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CIÊNCIAS POLÍTICAS E DO ESTADO ❖ DEMOCRACIA - Deve ser o governo do povo para o povo, busca a utilidade do maior numero e não a vantagem de alguns (todos são iguais perante à lei), trata-se da melhor e mais sábia forma de organização do poder, conhecida na história política e social de todas as civilizações. Marnoco e Sousa escrevia que a melhor justificação do princípio democrático “resulta da impossibilidade de encontrar outro que lhe seja superior”. A democracia foi a potente força condutora dos destinos da sociedade contemporânea”. Distinguem-se na história das instituições políticas, três modalidades básicas de democracia: → Direta (não representativa) → Indireta (representativa) → Semidireta ❖ DEMOCRACIA DIRETA (NÃO REPRESENTATIVA) - A democracia antiga era a democracia de uma cidade, de um povo que desconhecia a vida civil, que se devotava a vida inteira à coisa pública, que fazia de sua assembleia um poder concentrado no exercício da plena soberania de seus poderes. O valor que o Estado grego conferia à sua democracia estava preso, portanto, ao bem que ele almejava receber e que efetivamente recebia da parte do Estado. A democracia é o governo da cidadania, daqueles que estão livres para a ação e para a discussão no campo das ideias, tal qual perpetuado na noção difundida pelos três princípios gregos, que enalteceram a real noção de igualdade na política: A isonomia, a isotimia e a isagoria. → ISONOMIA - Consiste na igualdade de todos perante a lei, sem distinção de grau, classe ou riqueza, conferindo-lhes iguais direitos. → ISOTIMIA - Abolia a organização democrática da Grécia os títulos e funções hereditários, abrindo a todos os cidadãos o livre acesso ao exercício da função pública. → ISAGORIA - Direito de palavra, da igualdade reconhecida a todos de falar nas assembleias populares, de debater publicamente os negócios do governo, “liberdade de imprensa”. ❖ DEMOCRACIA INDIRETA (REPRESENTATIVA) - ATUAL Caracteriza-se pela presença do sistema representativo. Segundo Montesquieu o povo precisava de representantes que iriam decidir e querer em nome do povo. Razões de ordem prática há que fazem do sistema representativo condição essencial para o funcionamento no estado Moderno que já não é o Estado-cidade, mas o Estado-nação, de larga base territorial. O homem da democracia direta era integralmente político. O homem do Estado moderno é homem apenas acessoriamente político. Nos sistemas compactos da ordem totalitária, o homem, perante as esferas políticas, deixa de ser politicamente “sujeito” ou “pessoa” para anular-se por inteiro como “objeto”. O homem moderno precisa prover de imediato às necessidades materiais de sua existência, não se pode volver ele de todo para análise dos problemas do governo. Só há uma saída possível: Um governo democrático de bases representativas. A moderna democracia ocidental tem por bases principais a soberania popular, como fonte de poder legítimo, que se traduz através da vontade geral; com pluralidade de candidatos e partidos; a observância constitucional do princípio da distinção de poderes; com separação nítida no regime parlamentar; a igualdade de todos perante a lei; a manifesta adesão ao princípio da fraternidade social; a representação como base das instituições políticas; a limitação de prerrogativas dos governantes; O Estado de Direito e da ordem jurídica, abrangendo todas as manifestações de pensamento livre: Liberdade de opinião, de reunião, de associação e de fé religiosa; a temporariedade dos mandatos eletivos e, a existência plenamente das minorias políticas, com direito e possibilidades de representação. ❖ DEMOCRACIA SEMIDIRETA - Modalidade em que se alteram as formas clássicas da democracia representativa para aproxima-la cada vez mais da democracia direta, a alienação política da vontade popular faz-se apenas parcialmente. A soberania está com o povo, e o governo, mediante o qual essa soberania se exerce pertence por igual ao elemento popular nas matérias mais importantes da vida pública. Determinadas instituições, a iniciativas, o veto e o direito de revogação fazem efetiva a intervenção do povo, garantem-lhe um poder de decisão de última instância, supremo, definitivo, incontrastável. O povo na democracia semidireta não só elege, como legisla, acrescenta-se, portanto, à participação política, certa participação jurídica. • A democracia semidireta teve a mais larga proliferação no curso das 3 primeiras décadas deste século, após a primeira guerra mundial. O Estado atual é dominantemente partidário. O partido político é hoje o poder institucionalizado das massas. Todo consentimento das massas, manifesto ou presumido, há de circular sempre através de um órgão ou poder intermediário, onde corre o risco de alienar-se por inteiro (partido político). Com a corrupção partidária, o corpo eleitoral, sai bastante ferido.
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