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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍICAS E SOCIAIS – CEJURS DISCILINA: DIREITO E SOCIEDADE DOCENTE: ALAN PINHEIRO DE PAULA ACADÊMICO: IVAIR JOSÉ CRISTOVAO JUNIOR DATA: 24/04/2020 TURNO: NOTURNO PERÍODO: 10º 1. Discorra sobre o conceito e a ideia do Estado de Direito. Qual sua origem repercussões políticas? (2,5 pontos); R: Em uma frase simples, podemos definir Estado de Direito a partir da estrutura estatal em que o poder público é definido/limitado/controlado por uma Constituição. Assim entende-se aquele que, constituído livremente com base na lei, regula por esta todas as suas decisões. A sua origem está ligada ao jurista alemão Robert von Mohl, no século XIX, ao procurar sintetizar a relação estreita que deve haver entre Estado e Direito ou entre política e lei. Segundo Canotilho, por oposição a Estado de não-Direito, podemos entender o Estado de Direito como o Estado propenso ao Direito: "Estado de direito é um Estado ou uma forma de organização político-estatal cuja atividade é determinada e limitada pelo direito. Em um Estado de Direito, a Constituição e as leis, a um só tempo, legitimam e limitam o poder político.Já no plano da aplicação do Direito, sua separação da política é tida como possível e desejável. Tal pretensão se realiza, sobretudo, por mecanismos destinados a evitar a ingerência do poder político sobre a atuação judicial. Isso inclui limitações ao próprio legislador, que não pode editar leis retroativas, destinadas a atingir situações concretas. Essa separação é potencializada por uma visão tradicional e formalista do fenômeno jurídico. Nela se cultivam crenças como a da neutralidade científica, da completude do Direito e a da interpretação judicial como um processo puramente mecânico de concretização das normas jurídicas, em valorações estritamente técnicas. 2. Discorra sobre o conceito de Estado Democrático. Qual conceito e espécies de Democracia? (2,5 pontos); R: O Estado Democrático de Direito está baseado no cumprimento por parte dos governos das normas de Direito (o que já era proposto pelo chamado Estado de Direito, que teve seu nascimento e ascensão nos séculos XVII e XVIII) e no chamado Estado social de Direito ou Estado de bem-estar social, que compreende uma série de medidas que devem ser atendidas pelo Estado soberano para tornar digna a vida da população. Portanto, um Estado Democrático de Direito é aquele que garante, a partir de um Estado governado democraticamente e submetido ao Direito como fundamento primeiro de suas ações, o atendimento a elementos básicos que promovam uma vida digna a todos os cidadãos e cidadãs. ESPÉCIES DE DEMOCRACIA Distinguimos aqui três tipos de sistemas que atendem a estas diretrizes de democracia: a democracia direta, a democracia indireta e a democracia semidireta. Sendo a primeira mera reminiscência histórica, aplicam-se modernamente a segunda, em suas variantes representativa pura, representativa partidária e plebiscitária, e a terceira, frequentemente vista como variante da segunda, dadas as semelhanças. Democracia direta A democracia direta, tem seu modelo na antiga Atenas. Nela, o supremo poder era atribuído a todos os cidadãos, tendo estes o direito de participar e votar nas decisões políticas fundamentais quando reunidos em assembleia. Democracia indireta Na democracia indireta, visa-se ainda a máxima coincidência entre governantes e governados; no entanto, é reconhecida a inviabilidade desta ser total, e institui-se um mecanismo de representação em que, escolhido pelo povo, o representante toma em seu nome e presumidamente em seu interesse as decisões de governo. São democracias indiretas a democracia representativa pura ou tradicional, a democracia representativa partidária e a democracia cesarista. Democracia indireta representativa pura A democracia representativa pura começou com as revoluções liberais do final do século 18, e visava dar o seu exercício efetivo a uma minoria dos mais capazes, eleitos pelo povo em geral, a quem falta a capacidade para decidir os problemas políticos. Seria, portanto, indireta, com o povo governando por meio de quem elege. Democracia indireta representativa partidária Exigindo o governo representativo a reiteração das eleições, criaram-se naturalmente os partidos políticos, grupos organizados com o objetivo de obter o poder na disputa eleitoral. Estes eram inicialmente voltados às elites, mas evoluíram com o sufrágio universal e o socialismo, tornando-se partidos de massa e visando abranger o maior número possível de simpatizantes. Daí advêm os maiores problemas da representação partidária: o deslocamento do poder do povo para os seus representantes e a atuação Democracia indireta cesarista Divergindo das democracias indiretas pura e partidária, a cesarista consiste em conferir o poder a um só homem, com este consultando o povo diretamente nas medidas de importância capital. Foi o caso dos governos de Napoleão I e de Hitler. Consiste, é claro, de uma ditadura disfarçada, com as massas sempre dizendo “sim” ao césar devido às manipulações da mídia e a fatores psicológicos. Este modelo de “democracia” é, portanto, completamente descreditado em regimes legítimos. Democracia semidireta A democracia semidireta surge das críticas feitas à indireta, tendo em vista o caráter oligárquico do regime partidário. Visa assegurar ao povo a possibilidade de intervenção direta na tomada das decisões políticas, revertendo o deslocamento de poder na direção do representante, conquanto mantendo a natureza representativa como base realista da democracia. 3. Diferencie o conceito analítico de formas e sistemas de governo. Quais os modelos adotados no Brasil atualmente? (2,5 pontos); R: FORMA DE GOVERNO: Pode ser dividido em 2 (dois) sub itens Monarquia: Ocorre por hereditariedade. República: Se da por eleição (forma adotado no BRASIL) FORMA DE ESTADO: Pode ser classificar em dois SIMPLES E COMPOSTO. Simples: o estado com pequena extensão territorial, formado por um único ente estatal. Composto: Adotado pelo Brasil união de 2 (dois) ou mais estados. REGIME DE GOVERNO: Pode ser classificar em 2 (dois) sub itens. Autocrático: Sem a participação da população. Democrático: Com a participação dos cidadãos. SISTEMA DE GOVERNO: Pode ser dividido em 2 (dois) sub itens. Presidêncialista: Goverdado pelo presidente da república Parlamentarista: Governado pelos parlamentares 4. Discorra sobre os fundamentos republicanos previstos no art. 1° da Constituição Federal, (2,5 pontos). R: Os fundametos da republica federativa do Brasil, previsto no artigo 1ª da Contituição Federal são: SOBERANIA: É a qualidade de um Estado nacional ou País. “Todo Estado nacional é soberano, seja ele o Brasil, Portugal, China, Cuba ou Venezuela. Soberania significa que, no território nacional, não há nenhum poder acima do poder do Estado. Na seara internacional, há equivalência entre os Estados”, disse o especialista. Como o Brasil é um Estado Democrático de Direito, a soberania do Estado significa a soberania do povo. “No período da monarquia absolutista, o soberano detentor do poder era o rei. O símbolo do poder era a coroa. Hoje, o símbolo do poder é a Constituição, porque ela é a materialização do poder soberano que pertence ao povo”, completou. CIDADADIA: Para entender o que é cidadania é necessário diferenciar, antes, os conceitos de povo e população. “A população compreende todos os que vivem em uma determinada nação. O povo, por sua vez, são os brasileiros natos e naturalizados. Essa distinção é importante porque, em regra, só quem pode exercer cidadania no Brasil é o povo”, destacou Leite. No conceito de população, também entram os estrangeiros e os apátridas que moram no Brasil. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: Esse princípio, segundo Leite, passa, ao longo do tempo, “por um processo de evolução” e é algo de difícil definição. “O interessante é que, apesar de a dignidade ser difícil de definir, é muito fácil identificarsua violação. É algo de difícil definição, mas de fácil visualização”, afirmou. Injúria e estupro são considerados crimes contra a dignidade, segundo o Código Penal Brasileiro. VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA: Esse princípio determina que, no Brasil, o indivíduo tem a possibilidade de crescer, se desenvolver ou empreender por meio de seu trabalho e livre iniciativa. “Esse dispositivo constitucional possui relação com o artigo 170 da Constituição, que trata da ordem econômica e financeira; e deixa claro que vivemos em uma sociedade na qual a livre iniciativa e o trabalho são a base do nosso Estado.” PLURARISMO POLÍTICO: Conceito ligado à própria noção de democracia, o pluralismo político é a admissão de ideias contrapostas, em todas as situações. “Qualquer um pode assistir a uma peça de teatro e fazer uma crítica, ou ouvir uma música de determinado cantor e não gostar. Da mesma forma, qualquer cidadão têm o direito de não concordar com a política de Estado adotada por quem estiver governando o País”, afirmou. É importante não confundir pluralismo político com multipartidarismo. Este último está explícito no artigo 17 da Constituição e significa que o Brasil deve ter mais de dois partidos políticos.
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