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Manual Para Elaboração E Apresentação De Trabalhos Acadêmicos E Científicos Da Facnopar

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Prévia do material em texto

ANA CLEUSA DELBEN 
BRUNO AUGUSTO MONTEIRO GONÇALVES 
CLAUBER ANTÔNIO CEOLIN MARQUES 
IVANA NOBRE BERTOLAZO 
 
 
 
 
 
MANUAL PARA ELABORAÇÃO E 
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS E 
CIENTÍFICOS DA FACNOPAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APUCARANA 
2018 
ANA CLEUSA DELBEN 
BRUNO AUGUSTO MONTEIRO GONÇALVES 
CLAUBER ANTÔNIO CEOLIN MARQUES 
IVANA NOBRE BERTOLAZO 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL PARA ELABORAÇÃO E 
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS E 
CIENTÍFICOS DA FACNOPAR 
 
Manual para elaboração e apresentação 
de trabalhos acadêmicos e científicos, dos 
cursos de graduação e pós-graduação da 
Faculdade do Norte Novo de Apucarana – 
FACNOPAR. 
 
 
 
 
 
 
 
APUCARANA 
2018 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – Comparação entre os Tipos de Citação ................................................ 56 
Quadro 2 – Elementos essenciais para a elaboração das referências ..................... 70 
Quadro 3 – Elementos e modelos de referências ..................................................... 71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 MODALIDADES DE TRABALHOS ACADÊMICOS ............................................... .6 
1.1 TRABALHOS ACADÊMICOS ................................................................................ 6 
1.1.1 Fichamento ......................................................................................................... 6 
1.1.2 Resumo .............................................................................................................. 6 
1.1.3 Resenha ........................................................................................................... 10 
1.1.4 Seminário ......................................................................................................... 11 
1.1.4.1 Apresentação multimídia (apresentação de slides ou outros) ....................... 12 
1.2 ELABORAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO .......................................................... 12 
1.2.1 Submissão e Publicação na Revista Ciência e Humanidades – FACNOPAR .. 14 
1.2.2 Artigos Científicos como Requisito de Finalização de Curso (Trabalho de 
Conclusão de Curso – TCC)......................................................................................16 
1.2.2.1 Artigos científicos como trabalho acadêmico de final de curso, para o curso 
de Design de Interiores ............................................................................................. 16 
1.3 PROJETO DE PESQUISA .................................................................................. 18 
1.3.1 Tema de Pesquisa ........................................................................................... 18 
1.3.2 Problema de Pesquisa ..................................................................................... 19 
1.3.3 Justificativa ....................................................................................................... 19 
1.3.4 Hipóteses ......................................................................................................... 19 
1.3.5 Objetivos .......................................................................................................... 20 
1.3.6 Metodologia ...................................................................................................... 20 
1.3.7 Revisão Bibliográfica ........................................................................................ 21 
1.3.8 Sumário Provisório ........................................................................................... 21 
1.3.9 Cronograma ..................................................................................................... 22 
1.3.10 Referências .................................................................................................... 23 
1.4 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ........................................................ 23 
2 REDAÇÃO CIENTÍFICA ........................................................................................ 24 
2.1 AS DISTINTAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO .................... 24 
2.1.1 Conhecimento de Senso Comum ..................................................................... 24 
2.1.2 Conhecimento Teológico .................................................................................. 25 
2.1.3 Conhecimento Filosófico .................................................................................. 25 
2.1.4 Conhecimento Científico .................................................................................. 26 
2.2 MÉTODO CIENTÍFICO ....................................................................................... 27 
2.3 PROCESSO DE PESQUISA ............................................................................... 27 
2.4 REDAÇÃO CIENTÍFICA ...................................................................................... 30 
2.4.1 O TEXTO .......................................................................................................... 30 
2.4.2 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL ......................................... 31 
2.4.3 ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO ............................................................. 34 
2.5 SUGESTÕES PARA ELABORAÇÃO DE REDAÇÃO CIENTÍFICA ................... 34 
2.6 SUGESTÕES DE ORGANIZAÇÃO ..................................................................... 37 
2.7 CÓPIA E PLÁGIO DE TRABALHOS ................................................................... 39 
3 ASPECTOS DE NORMALIZAÇÃO E FORMATAÇÃO ......................................... 40 
3.1 APRESENTAÇÃO GRÁFICA .............................................................................. 40 
3.1.1 Papel e Margens .............................................................................................. 41 
3.1.2 Formato ............................................................................................................ 41 
3.1.3 Espaçamento ................................................................................................... 41 
3.1.4 Parágrafos ........................................................................................................ 41 
3.1.5 Numeração de Páginas .................................................................................... 42 
3.1.6 Numeração Sequencial das Seções do Texto .................................................. 43 
3.2 ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS ........................................................... 44 
3.3 ILUSTRAÇÕES, TABELAS E QUADROS ........................................................... 45 
3.4 CITAÇÕES .......................................................................................................... 50 
3.4.1 Citação Direta ................................................................................................... 50 
3.4.1.1 Interferência ou supressão na citação ........................................................... 52 
3.4.1.2 Interpolação na citação ................................................................................. 52 
3.4.1.3 Destaque na citação ...................................................................................... 52 
3.4.2 Citação Indireta ................................................................................................ 52 
3.4.3 Citação de Citação ........................................................................................... 53 
3.4.4 Indicações das Fontes Consultadas (Referências da Citação) ........................ 54 
3.4.4.1 Sistema autor - data ...................................................................................... 55 
3.4.4.2 Sistema numérico .......................................................................................... 57 
3.4.5 Expressões Latinas .......................................................................................... 58 
3.4.6 Casos Especiais de Citação .............................................................................61 
3.4.6.1 Constituição e códigos .................................................................................. 61 
3.4.6.2 Leis, decretos e súmulas ............................................................................... 62 
3.4.6.3 Jurisprudência ............................................................................................... 63 
3.4.6.4 Documentos eletrônicos ................................................................................ 64 
3.4.6.5 Outras considerações sobre citações............................................................ 65 
3.5 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 68 
3.5.1 Documentos Eletrônicos ................................................................................... 73 
3.5.2 Documentos Jurídicos ...................................................................................... 79 
3.5.2.1 Documentos jurídicos on-line ........................................................................ 81 
4 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) ............................................... 85 
4.1 Elementos Pré-textuais ....................................................................................... 86 
4.1.1 Capa ................................................................................................................. 86 
4.1.2 Folha de Rosto ................................................................................................. 86 
4.1.3 Termo de Aprovação ........................................................................................ 87 
4.1.4 Dedicatória ....................................................................................................... 87 
4.1.5 Agradecimentos ............................................................................................... 87 
4.1.6 Epígrafe ............................................................................................................ 87 
4.1.7 Resumo em Língua Vernácula ......................................................................... 88 
4.1.8 Resumo em Língua Estrangeira ....................................................................... 88 
4.1.9 Lista de Ilustrações,Tabelas e Quadros, Abreviaturas e Siglas e Símbolos..... 88 
4.1.10 Sumário .......................................................................................................... 91 
4.2 ELEMENTOS TEXTUAIS .................................................................................... 91 
4.2.1 Introdução ........................................................................................................ 91 
4.2.2 Desenvolvimento .............................................................................................. 91 
4.2.3 Conclusão ........................................................................................................ 92 
4.3 Elementos Pós-textuais ....................................................................................... 92 
4.3.1 Referências ...................................................................................................... 92 
4.3.2 Glossário .......................................................................................................... 92 
4.3.3 Apêndices ......................................................................................................... 93 
4.3.4 Anexos ............................................................................................................. 93 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 94 
ANEXOS ................................................................................................................... 97 
Anexo A - Modelos de nota indicativa ....................................................................... 98 
 
 
6 
 
1 MODALIDADES DE TRABALHOS ACADÊMICOS 
 
Dentro da vida acadêmica, vários tipos de trabalhos são exigidos, com o 
intuito de fixação ou aprendizagem de conteúdos e de elaboração de pesquisas. 
Todos esses trabalhos possuem objetivos diferentes e variados graus de 
profundidade. Aqui estão listados os trabalhos mais utilizados na vida acadêmica do 
graduando e pós-graduando da FACNOPAR. 
 
1.1 TRABALHOS ACADÊMICOS 
 
Todos os trabalhos solicitados aos alunos durante seu curso de graduação 
são trabalhos acadêmicos. Esses trabalhos podem ser simples ou complexos, com 
maior ou menor aprofundamento do tema tratado, com reduzida ou extensa 
referência bibliográfica. Neste capítulo, apresentam-se os trabalhos acadêmicos 
mais utilizados, excetuando-se o artigo científico e o trabalho de conclusão de curso 
em formato monográfico, que possuirão capítulos próprios. Entretanto, além dos 
trabalhos aqui citados, os professores das disciplinas poderão solicitar quaisquer 
outros (estudo dirigido, questionário, análises de casos concretos, etc), e deverão 
escolher, caso a caso, quais estruturas metodológicas serão necessárias. Na 
dúvida, pergunte ao professor da disciplina como ele quer o trabalho. 
 
1.1.1 Fichamento 
 
O fichamento é uma condensação das ideias principais utilizadas pelo autor 
no texto, podendo ser utilizada até a transcrição literal de partes do texto. Deve-se 
tomar cuidado para, ao descrever o raciocínio do autor com suas próprias palavras, 
não descaracterizar o pensamento deste autor. 
 
OBS – o fichamento pode ser um trabalho autônomo, como também pode ser uma 
estratégia de compreensão do texto a ser lido. Assim, como estratégia de 
compreensão, há vários tipos de fichamento. Os principais deles estão 
demonstrados abaixo. 
 
7 
 
Ao realizar uma pesquisa (trabalhos acadêmicos em geral) tem-se o 
costume de ler uma vasta bibliografia para a compreensão do tema abordado, no 
entanto, na hora da escrita, muitos estudantes e pesquisadores se perdem, pois não 
encontram informações lidas anteriormente para poder agregá-las ao trabalho. Eis a 
necessidade do Fichamento. 
Todo o trabalho de fichamento é precedido por uma leitura atenta do texto. 
Leitura que se afasta da categoria emocional (subjetiva) e alcança o nível da 
racionalidade, e compreende: capacidade de analisar o texto, separar suas partes e 
examinar como se inter-relacionam e como o texto se relaciona com outros, e 
competência para resumir as ideias do texto (MEDEIROS, 2009, p. 102). 
Há vários tipos de fichas que podem ser utilizadas no processo de leitura 
bibliográfica. Citar-se-ão algumas delas: 
 
a) Ficha Bibliográfica: Elenca-se obras que tratam de um mesmo tema e organiza-se 
para não deixar nenhuma de lado, exemplo: 
 
Sobrenome do Autor MEDEIROS 
Nome do Autor João Bosco de 
Título da Obra 
Redação Científica: a prática de fichamentos, 
resumos, resenhas 
Tradução / Coordenação / 
Ilustração 
Não consta 
Cidade São Paulo 
Editora Atlas 
Ano 2009 
 
b) Ficha de Citações: Durante a leitura da obra, separa-se citações diretas ou 
indiretas que poderão ser utilizadas no trabalho, exemplo: 
8 
 
 
 
c) Ficha de Resumo ou Conteúdo: após a leitura de uma obra ou até de um capítulo, 
o leitor sintetiza as informações obtidas em um texto, facilitando o acesso a elas no 
momento da escrita, exemplo: 
 
 
 
d) Ficha de Comentário (analítica): O autor, além de resumir o texto, tece 
comentários, faz análises, critica, aponta intertextualidades, etc. (O modelo de ficha 
é o mesmo da Ficha de Resumo, somente se acrescenta o comentário que pode 
fazer parte do texto [Resenha] ou ser um tópico separado). 
 
1.1.2 Resumo 
 
9 
 
O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um 
documento, "uma síntese das ideias e não das palavras do texto" (SEVERINO, 
2002, p. 204). O resumo também informa sobre a finalidade, a metodologia, os 
resultados e conclusões do texto, de tal forma que se possa, inclusive, dispensar a 
consulta aooriginal. Não pode ser utilizada de forma alguma a transcrição literal de 
partes do texto. Assim, o aluno tem uma maior maleabilidade na apresentação da 
redação do resumo, uma vez que não está preso a qualquer tipo de transcrição de 
trechos da obra. 
 
OBS – assim como acontece com o fichamento, o resumo também pode ser um 
trabalho autônomo, ou também uma estratégia de compreensão do texto a ser lido. 
Assim, como estratégia de compreensão, há vários tipos de resumo. Os principais 
deles estão demonstrados abaixo. 
 
 
 
Resumo é a forma de sintetizar as informações mais relevantes contidas em 
um texto. Ele "[...] abrevia o tempo dos pesquisadores; difunde informações de tal 
modo que pode influenciar e estimular a consulta do texto completo" (MEDEIROS, 
2009, p. 128). 
Resumir um texto é fazer uma síntese dele. Por isto, a principal 
característica de um resumo é ser fiel à ideia do texto original. Ao se resumir um 
texto, deve-se reescrevê-lo e não copiá-lo, evitando-se que o resumo se transforme 
em mera transcrição de algumas frases. Além disso, um bom resumo deve ser breve 
e claro para o leitor. Ser breve significa dizer muito em poucas palavras, explicitando 
ao leitor a principal ideia do texto de modo claro e objetivo (MELO e PAGNAN, 2001, 
p. 59). 
 
10 
 
Para elaborar um bom resumo, o estudante e/ou pesquisador deve, 
inicialmente, ler a obra, selecionar os trechos de maior importância, para então 
agrupá-los em um texto que pode ser: 
Indicativo – Uma introdução em que é relatado todos os assuntos abordados 
no texto original, assim, não dispensando sua leitura, exemplo: 
Informativo – Uma síntese temática, isto é, um resumo de cada tema contido 
no texto original, podendo assim, dispensar partes da leitura. 
Crítico (Resenha) – Resumo analítico do texto original. Você coloca seu 
parecer concordando ou discordando do autor, com base em outras leituras. 
Os resumos são ótimos textos para organização de ideias e comprovação da 
compreensão de um conteúdo, pois o autor deve expor os principais conceitos de 
um texto com as suas próprias palavras, intermediando a relação entre o texto 
original e seu possível leitor, facilitando o entendimento da obra estudada. 
 
1.1.3 Resenha 
 
Já a resenha é uma síntese que contém uma análise crítica do texto. O texto 
a ser resenhado deve ser lido na íntegra, analisado e interpretado conforme critérios 
estabelecidos pelo autor da resenha. Deve ter uma contribuição estritamente 
pessoal do autor, apontando os pontos positivos ou negativos do texto, 
relacionando-o com outras obras, sugerindo direções que o autor do texto poderia 
ter tomado na redação original, e até mesmo sugerindo novas interpretações sobre o 
tema tratado. Não pode ser utilizada a transcrição literal de trechos do texto. 
 
OBS – assim como acontece com o fichamento e o resumo, a resenha também 
pode ser um trabalho autônomo, ou também uma estratégia de compreensão do 
texto a ser lido. Assim, como estratégia de compreensão, a resenha tem umas 
peculiaridades como demonstradas abaixo. 
 
Conhecida também como resumo crítico, a Resenha é, basicamente, a 
síntese de uma obra onde são acrescidos comentários, análises e/ou avaliações. O 
resenhista pode trazer estudos externos para complementar suas críticas, ou seja, é 
possível utilizar outros autores para fundamentar a opinião sobre um texto. Para 
Machado o gênero resenha: 
11 
 
 
[...] exige que os textos que a ele pertençam tragam as informações centrais 
sobre os conteúdos e sobre outros aspectos de outro(s) texto(s) lido(s) - 
como por exemplo, sobre seu contexto de produção e recepção, sua 
organização global, suas relações com outros textos etc. -, e que, além 
disso, tragam comentários do resenhista não apenas sobre os conteúdos, 
mas também sobre todos esses outros aspectos. (et al 2004, p. 14) 
 
 Assim como a maioria dos textos, a resenha também possui uma estrutura 
básica que, não necessariamente, precisa ser seguida à risca, porém pode facilitar 
muito a construção do texto. Para Lakatos e Marconi (2003, p. 265), a estrutura da 
resenha deve conter os seguintes tópicos: 
- Referência Bibliográfica: síntese das principais informações da obra, como: título, 
edição, tradução, editora, ano de publicação, etc; 
- Credenciais do Autor: informações sobre o autor da obra, como: autoridade no 
campo científico, linhas de pesquisa, etc; 
- Conhecimento: principais ideias apontadas no texto (resumo) e forma como o autor 
abordou o tema; 
- Conclusão do Autor: verificação se o autor alcançou seus objetivos; 
- Referências do Autor: teóricos que serviram de embasamento nos estudos; 
- Apreciação: julgamento da obra, viés crítico, análise em geral. 
No ambiente acadêmico, a resenha é muito utilizada por ser um texto em 
que o estudante consegue distinguir os elementos importantes de uma obra e ainda 
realizar uma análise, desenvolvendo um olhar crítico em relação ao que se estuda. 
 
1.1.4 Seminário 
 
Trabalho que pode ser dividido em duas partes, uma escrita, a ser 
desenvolvida como trabalho acadêmico, a critério do professor, e outra oral, com 
explanação perante todo o grupo envolvido (normalmente os colegas de sala de 
aula). A parte oral poderá ser ou não seguida de debate com a plateia, a critério do 
professor da disciplina. 
 
1.1.4.1 Apresentação multimídia (apresentação de slides ou outros) 
 
12 
 
Caso o seminário ou qualquer outro trabalho acadêmico tenha a 
apresentação oral apoiada em apresentação visual, especialmente em Power Point, 
na montagem das telas deverão ser levadas em consideração as seguintes 
orientações: 
a) utilizar frases completas, mesmo que curtas, mas que tenham início, meio e fim; 
b) o tamanho da fonte deverá levar em consideração o tamanho da sala para que 
toda plateia possa visualizar com clareza as informações; 
c) utilizar o mesmo tipo de fonte em todos os slides; 
d) adequar à quantidade de texto em cada tela, para não prejudicar a absorção das 
informações; 
e) atentar para o excesso de cores, contrastes, músicas, efeitos visuais ou sonoros, 
que podem distrair a plateia do conteúdo do texto. Recomenda-se utilizar fundo de 
uma única cor, com no máximo duas variações de cores para o texto. 
 
1.2 ELABORAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO 
 
Artigo é um trabalho técnico-científico, destinado especificamente para ser 
publicado em uma revista científica, e tem por finalidade registrar e divulgar 
resultados de novas pesquisas. Costuma ser um trabalho com número de páginas 
normalmente menor do que uma monografia, em geral este número de páginas é 
definido pelo periódico ao qual o artigo será submetido. Pode ser escrito por um ou 
mais autores, e deve seguir as normas editoriais do periódico a que se destina. 
O artigo deve sempre conter: 
 
a) Cabeçalho: Contendo o título do artigo, o nome(s) do(s) autor(es), a filiação 
institucional e a titulação acadêmica do(s) autor(es), em nota de rodapé. Por 
exemplo: Professor Doutor da Universidade...; Acadêmico do Programa de Pós-
Graduação em... 
 
b) Sumário: trata-se das sessões primárias, secundárias e terciárias (não se 
recomenda dividir muito o sumário de artigos científicos), ou seja, os capítulos e sub-
capítulos que fazem parte do trabalho. 
 
13 
 
c) Resumo: Trata-se da apresentação concisa de todos os pontos relevantes do 
artigo. Visa fornecer elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a 
necessidade de consulta ao texto integral. O resumo deve ressaltar a problemática 
que se pretendeu solucionar e explicar: os objetivos, a abordagem metodológica 
empreendida, os resultados e as conclusões. Os resultados devem evidenciar, 
conforme os achados da pesquisa: o surgimento de fatos novos, descobertas 
significativas, contradições com teorias anteriores, bem como relações e efeitos 
novos verificados. O resumo deve ser composto de uma sequência corrente de 
frasesconcisas, e não de uma enumeração de tópicos. Deve-se dar preferência ao 
uso da terceira pessoa e do verbo na voz ativa. Deve-se evitar o uso de parágrafos, 
frases negativas, símbolos, fórmulas, equações e diagramas. O resumo é digitado 
com espaçamento simples e conter, no máximo, 250 palavras, em alinhamento 
justificado. A versão do resumo para a língua inglesa é o Abstract, para a língua 
espanhola é o Resumen e para a língua francesa, o Resumé. E em italiano, 
Riassunto. 
 
d) Texto, com as seguintes seções: 
 
Introdução – em que o tema é apresentado de maneira clara, precisa e sintética. 
Deve-se evitar introdução que se refira vagamente ao título do artigo, como também 
uma introdução abrupta, que leve o leitor a entrar confusamente no assunto. Nada 
de introdução histórica, que remeta a questão a seus antecedentes remotos; nem 
introdução exemplificadora, em que se formulam exemplos ilustrativos acerca do 
tema. Fundamentalmente, a introdução deverá responder as perguntas: (1) o quê 
fazer? Ou seja, o quê será abordado. (2) Por que fazer? Ou seja, por que foi 
escolhido o tema. (3) Quais são as contribuições esperadas? E (4) Como fazer? Ou 
seja, qual será a trajetória desenvolvida para a construção do trabalho empreendido. 
De maneira geral, a introdução deve informar, em aproximadamente cinco 
parágrafos: o primeiro parágrafo trata dos antecedentes do tema, ou problema. O 
segundo parágrafo trata da natureza e importância do tema. O terceiro parágrafo 
trata da justificativa da escolha do tema, englobando a relevância na escolha. O 
quarto parágrafo trata dos objetivos do estudo, com a contribuição esperada e o 
quinto parágrafo trata da distribuição de tópicos dentro do artigo, ou mais 
precisamente, sobre o que será cada capítulo do artigo. 
14 
 
 
Desenvolvimento – em seguida à Introdução, deve-se construir a moldura 
conceitual do artigo: referenciar autores e estudos assemelhados, ou seja, mostrar o 
apoio teórico ao desenvolvimento do tema objeto do artigo. Assim, devem ser 
descritos, brevemente, o material, os procedimentos, técnicas e métodos utilizados 
para a condução da investigação – abordagem metodológica empreendida. O 
desenvolvimento deve ser dividido em quantos capítulos bastarem para análise do 
tema, desde que leve em consideração o número de páginas total do trabalho 
(exigido pelo periódico ao qual o trabalho será submetido). Dentro do 
desenvolvimento devem ser utilizadas as regras para citação direta e indireta 
analisadas neste Manual. Após, devem-se analisar e avaliar os resultados e 
caminhar para a conclusão. 
 
Considerações Finais – em seguida ao desenvolvimento deve proceder a 
conclusão, na qual será feito o desfecho do trabalho desenvolvido, apresentado, de 
forma concisa, os resultados obtidos e os novos caminhos de pesquisa, se for o 
caso. 
 
1.2.1 Submissão e Publicação na Revista Ciência e Humanidades – FACNOPAR 
 
A Revista Ciência e Humanidades é uma publicação da Faculdade do Norte 
Novo de Apucarana – PR, de periodicidade semestral, de publicação digital, que tem 
por objetivos: 
1. Divulgar pesquisas pertinentes, de interesse da comunidade educacional, 
cultural, científica e tecnológica; 
2. Estimular o intercâmbio de informação científica entre as diversas áreas do 
conhecimento; 
3. Estimular a produção científica na instituição e de toda região. 
 
A publicação obedece critérios conforme explicitado abaixo: 
 
- Título e Autoria: o título deve ser centralizado, em letra arial, tamanho 12, 
totalmente em letras maiúscula e em negrito. Abaixo do título, após o espaço de 1,5, 
alinhado a direita, fonte tamanho 12, deverá (ão) estar o(s) nome(s) do(s) autor(es), 
15 
 
e em nota de rodapé deverá estar contida a respectiva afiliação (nome do curso ao 
qual pertence e instituição de atuação). Esta nota de rodapé deverá ser indicada 
com um número de nota de rodapé (¹). Dar um espaço de 1,5 para o próximo 
elemento; ao final o título deve ser traduzido para a mesmo língua que foi traduzido 
o resumo. 
- Sumário: a palavra sumário deve estar em negrito e alinhada à esquerda. Na 
sequencia, devem ser apresentado o conteúdo do sumário, como as sessões do 
texto, numeradas e dividias entre si por ponto e vírgula. O conteúdo do sumário deve 
ser digitado em um único parágrafo, com fonte 12, espaçamento simples e 
justificado; Dar um espaço de 1,5 para o próximo elemento; 
- Resumo: a palavra resumo deve estar em negrito e alinhado à esquerda. Na 
sequência deve ser apresentado conteúdo do resumo, que deve conter no máximo 
250 palavras, ser digitado em um único parágrafo, com fonte 12, espaçamento entre 
linhas simples e justificado. Dar um espaço de 1,5 para o próximo elemento; 
- Abstract: a formatação deve ser igual a do resumo, com os mesmos elementos 
normalizadores. Dar um espaço de 1,5 para o próximo elemento ; 
- Texto principal: deve ser subdividido, em: 1 INTRODUÇÃO, 2 
DESENVOLVIMENTO e 3 Considerações Finais. O texto deve ser escrito usando-se 
fonte tamanho 12, espaçamento de 1,5 cm entre linhas, alinhamento justificado, com 
recuo de 3 cm no início de cada parágrafo. Observação: a palavra desenvolvimento 
é uma palavra genérica, que indica que o aluno deverá substituir essa palavra pelos 
títulos de capítulos utilizados no seu trabalho em especial; 
- Referências: as referências devem ser colocadas em ordem alfabética dentro das 
normas da ABNT (NBR 6023). O espaçamento deve ser simples e deve-se deixar 
dois espaços simples entre cada referência. 
 
OBS: 
a) Para o desenvolvimento do artigo é necessário à utilização de no mínimo 30 
autores na fundamentação teórica; 
b) O artigo deve ter entre 15 a 30 páginas, devendo ser entregue sem capa e folha 
de rosto. É necessário entregar apenas 01 cópia gravada em mídia no formato .doc. 
 
1.2.2 Artigos Científicos como Requisito de Finalização de Curso (Trabalho de 
Conclusão de Curso – TCC) 
16 
 
 
Para os cursos que deverão entregar um artigo científico como requisito a 
obtenção de nota final de curso, seguir a formatação destacada no item 1.2.1 
(Submissão e Publicação na Revista Ciência e Humanidades – FACNOPAR). 
 
1.2.2.1 Artigos científicos como trabalho acadêmico de final de curso, para o curso 
de Design de Interiores 
 
O artigo deve obedecer critérios conforme abaixo: 
 
- Título e Autoria: o título deve ser centralizado, em letra arial, tamanho 12, 
totalmente em letras maiúscula e em negrito. Abaixo do título, após o espaço de 1,5, 
alinhado a direita, fonte tamanho 12, deverá (ão) estar o(s) nome(s) do(s) autor(es), 
e em nota de rodapé deverá estar contida a respectiva afiliação (nome do curso ao 
qual pertence e instituição de atuação). Esta nota de rodapé deverá ser indicada 
com um número de nota de rodapé (¹). Dar um espaço de 1,5 para o próximo 
elemento; 
- Sumário: a palavra sumário deve estar em negrito e alinhada à esquerda. Na 
sequencia, devem ser apresentado o conteúdo do sumário, como as sessões do 
texto, numeradas e dividias entre si por ponto e vírgula. O conteúdo do sumário deve 
ser digitado em um único parágrafo, com fonte 12, espaçamento simples e 
justificado; Dar um espaço de 1,5 para o próximo elemento; 
- Resumo: a palavra resumo deve estar em negrito e alinhado à esquerda. Na 
sequência deve ser apresentado conteúdo do resumo, que deve conter no máximo 
250 palavras, ser digitado em um único parágrafo, com fonte 12, espaçamento entre 
linhas simples e justificado. Dar um espaço de 1,5 para o próximo elemento; 
- Abstract: a formatação deve ser igual a do resumo, com os mesmos elementos 
normalizadores. Dar um espaço de 1,5 para o próximo elemento ; 
- Texto principal: deve ser subdividido, em: 1 INTRODUÇÃO, 2 
CONCEITUAÇÃO/FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA, 3 MEMORIAL DESCRITIVO E 
JUSTIFICATIVO, 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS. O texto deve ser escrito usando-se 
fonte tamanho 12, espaçamento de 1,5 cm entre linhas, alinhamentojustificado, com 
recuo de 3 cm no início de cada parágrafo. 
17 
 
- Referências: as referências devem ser colocadas em ordem alfabética dentro das 
normas da ABNT (NBR 6023). O espaçamento deve ser simples e deve-se deixar 
dois espaçamento simples entre cada referência. 
 
Obs: 
a) Para o desenvolvimento do artigo é necessário à utilização de no mínimo 15 
autores na conceituação/fundamentação teórica; 
b) O memorial descritivo e justificativo é apenas um texto explicativo no qual são 
apresentados o projeto, complementado com as plantas, cortes, elevações, 
perspectivas, entre outros; 
c) As ilustrações do trabalho devem ser apresentadas com boa resolução, 
desenvolvidos em softwares como Autocad ou Sketchup, e salvos individualmente 
em mídia digital no formato PDF; 
d) O artigo deve ter entre 20 a 30 páginas, devendo ser entregue com capa e folha 
de rosto (seguir modelo da norma) e encadernado em formato A3. Deve-se entregar 
também 01 cópia gravada em mídia no formato .doc. 
e) excetuando-se os detalhes aqui explicados de forma diferente, devem ser 
seguidas as normas gerais da FACNOPAR em relação aos artigos científicos. 
 
1.3 PROJETO DE PESQUISA 
 
O projeto de pesquisa deve esclarecer como se processará a pesquisa. Este 
manual fornece as etapas fundamentais para a elaboração de um projeto de 
pesquisa, de acordo com a NBR 15287. No entanto, é importante ressaltar que, 
embora o presente documento tenha o objetivo de ajudar o acadêmico na 
elaboração de seu projeto, o orientador terá autonomia para efetuar as alterações 
necessárias em função do tipo de pesquisa que será desenvolvido. O projeto de 
pesquisa deverá conter os elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos 
pós-textuais, assim distribuídos: 
 
a) Elementos pré-textuais: capa, folha de rosto e sumário. 
b) Elementos textuais: tema de pesquisa, problema de pesquisa, justificativa, 
hipóteses, objetivos, metodologia, revisão bibliográfica, sumário provisório, 
cronograma; 
18 
 
c) Elementos pós-textuais: referências 
 
Para a formatação do projeto de pesquisa, deverão ser seguidas as normas 
gráficas constantes no Capítulo 3 deste Manual. Os elementos do projeto devem 
atender às especificações apresentadas a seguir e ter no mínimo 1 página para 
cada elemento aqui explicado. 
 
1.3.1 Tema de Pesquisa 
 
Essa parte deve situar o projeto no contexto do tema escolhido, permitindo 
um nivelamento dos conhecimentos e possibilitando a compreensão do que vai ser 
apresentado ao longo do projeto. O tema de pesquisa é o assunto que será 
abordado durante a pesquisa, que se deseja desenvolver. 
Se for necessário, ainda deve conter um breve histórico do tema a ser 
abordado, assim como as motivações que levam o autor a propor essa pesquisa, 
mencionado-se a aptidão para a realização do trabalho. 
A revisão bibliográfica aqui contida não necessita ser exaustiva, porém, 
deverá conter as referências necessárias ao embasamento dos pressupostos do 
trabalho. A revisão deve permitir uma adequada compreensão do estado atual do 
conhecimento sobre o tema que será abordado. Assim, deve permitir caracterizar a 
importância do tema e a necessidade de realizar o projeto. 
 
1.3.2 Problema de Pesquisa 
 
Já o problema de pesquisa indica exatamente qual dificuldade (dentro do 
tema) que se pretende resolver. 
Deve existir a delimitação do tópico a ser tratado, bem como as 
circunstâncias de espaço e tempo. Ou seja, precisa-se identificar um local no espaço 
(um Município, um Estado, um País), bem como um lapso temporal a ser estudado. 
Se necessário deve-se indicar o quadro histórico ou geográfico que delimite o 
assunto. A problematização é o próprio núcleo de desenvolvimento da pesquisa, que 
vai explicitar a extensão e profundidade da pesquisa a ser feita. 
 
1.3.3 Justificativa 
19 
 
 
A justificativa de um projeto consiste em apresentar todos os motivos pelos 
quais será desenvolvida a pesquisa dentro do tema proposto. Assim, ela retrata a 
contribuição que se pretende com os resultados da pesquisa (SEVERINO, 2007, p. 
130). O conteúdo de uma justificativa deve contemplar dois aspectos: importância ou 
relevância do tema e a abrangência do assunto, isto é, o relato do interesse da 
comunidade humana, especialmente no presente, em relação ao tema que se quer 
pesquisar. 
 
1.3.4 Hipóteses 
 
A Hipótese de Pesquisa é uma resposta provisória à pergunta que sintetizou 
o problema, ou seja, é uma resposta provisória ao problema de pesquisa levantado. 
Essa hipóteses deve ter conceitos claros, não deve ser específica (pois se for 
específica, já está respondendo ao problema – o que só é possível saber após a 
realização da pesquisa), não pode ser baseado em valores morais (deve ater-se a 
área científica pesquisada) e deve ter por base uma teoria que a sustente (essa 
teoria será explicitada na metodologia). 
 
1.3.5 Objetivos 
 
Os objetivos são os resultados concretos a que se pretende chegar com a 
elaboração da monografia. São as metas que serão alcançadas. Eles devem 
responder às questões “para quê?” e “para quem?”. Os objetivos estão diretamente 
ligados ao problema da pesquisa, do qual são decorrentes e, na sua essência, 
constituem aquilo que precisa ser feito para que o problema da pesquisa seja 
resolvido. 
O objetivo geral expõe ou diz respeito a uma visão global e abrangente do 
tema escolhido para o estudo, vinculando-se diretamente ao problema indicado na 
pesquisa. Os objetivos específicos, por sua parte, apresentam caráter mais concreto 
e detalhado; têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir 
o objetivo geral e, de outro, aplicá-lo a situações particulares (LAKATOS; MARCONI, 
1991, p. 23). 
20 
 
Os objetivos devem ser elaborados a partir de verbos, na forma infinitiva, 
que indiquem as ações da pesquisa. Para a formulação do objetivo geral, devem ser 
usados verbos que admitam muitas interpretações, tais como: avaliar, analisar, 
apreciar, entender, aperfeiçoar, julgar, aprender, melhorar, determinar, 
compreender, raciocinar, conhecer, saber, desenvolver, verificar e dominar. Já os 
verbos que admitem menos interpretações devem ser usados para a formulação dos 
objetivos específicos, tais como: aplicar, exercer, apontar, exemplificar, buscar, 
descrever, caracterizar, classificar, listar, comparar, marcar, numerar, distinguir, 
relacionar, enumerar, traduzir e adquirir. Os objetivos, tanto o geral, como os 
específicos, devem ser elaborados cada um com um verbo específico, não podendo 
utilizar um verbo em todos os objetivos. 
 
1.3.6 Metodologia 
 
A metodologia cuida dos instrumentos, dos procedimentos, das ferramentas, 
dos caminhos para se atingir a finalidade da pesquisa. É a descrição dos passos a 
serem dados e dos recursos que serão utilizados. O método científico compreende 
os procedimentos empregados para generalizar e aprofundar os conhecimentos sem 
a finalidade de demonstrá-los (LARA, 1992, p. 14). 
A autora ainda mostra que a metodologia compreende os seguintes 
componentes: revisão bibliográfica, tipo de delineamento, operacionalização das 
variáveis, amostragem, técnicas de coleta de dados, tabulação, análise dos dados e 
forma do relatório. Aqui na Facnopar a metodologia divide-se em Referencial 
Teórico, Método Científico, Método Auxiliar (de abordagem) e Técnicas de Pesquisa. 
 
1.3.7 Revisão Bibliográfica 
 
Revisão bibliográfica, como o nome diz, é rever, ou seja, ver novamente a 
bibliografia apresentada. Aqui, o pesquisador irá ler novamente os autores de livros 
e artigos científicos escolhidos para avaliar o que já foi publicado sobre o tema. 
Essa etapa é fundamental para a elaboração do projeto, pois dá ao autor do 
trabalho uma visão do que já foi escrito sobre o assunto, quem escreveu e quais 
foram os tópicos abordados. Nessa fase o autor da pesquisa deverá ter em mente 
as seguintes questõespara poder fazer a revisão bibliográfica: 
21 
 
a) quais os autores já escreveram sobre o assunto? 
b) quais aspectos do assunto esses autores abordaram? 
c) há algum aspecto do problema sobre o qual existem lacunas? Quais são elas? 
A revisão bibliográfica não precisa ser longa ou profunda, mas deve 
responder as perguntas acima citadas, a fim de melhor instrumentalizar o projeto. 
 
1.3.8 Sumário Provisório 
 
O Sumário Provisório também pode ser chamado de Plano Provisório de 
Trabalho (PPT). Ele é uma proposta inicial dos assuntos que serão desenvolvidos 
dentro do trabalho de conclusão de curso, da monografia ou do projeto de pesquisa. 
Deverá estar dentro do tema de pesquisa proposto e divididos em seções e 
subseções. 
O Sumário Provisório é, como o próprio nome diz, provisório. Poderá, 
durante o curso da elaboração do trabalho final, ser refeito quantas vezes forem 
necessárias. Na realidade a função dele é de ser um guia provisório do que está 
sendo pesquisado e estudado, podendo ser adequado sempre que houver 
necessidade. Ele é elaborado do seguinte modo: tendo sido definido o tema de 
estudos, e este tema tendo sido delimitado e problematizado (com a elaboração dos 
objetivos, da justificativa e da metodologia, por exemplo), passa-se então à redação 
do sumário provisório, que nada mais é do que uma lista de assuntos que serão 
tratados nos capítulos. Essa lista ajudará (e muito) na redação definitiva. Assim, 
numa folha ou mesmo no computador (de preferência com a ajuda do professor da 
disciplina de metodologia ou do orientador do trabalho) escreva o título do trabalho, 
e relacione os títulos provisórios dos assuntos que serão abordados nos capítulos, 
enumerando-os. Cada capítulo pode ser subdividido em subitens, como no exemplo 
abaixo. 
 
TÍTULO OU TEMA 
CAPÍTULO 1 
1.1 
1.2 
1.3 
CAPÍTULO 2 
22 
 
2.1 
2.2 
2.3 
CAPÍTULO 3 
(...) 
CAPÍTULO 4 
(...) 
CONCLUSÃO 
 
1.3.9 Cronograma 
 
Deverão ser especificadas no cronograma as fases do projeto, indicando as 
atividades propostas para todos os meses, de seu início ao seu término. Os prazos 
previstos em cada fase deverão estar distribuídos em termos de sequência lógica, 
tempo de duração e disponibilidade de recursos humanos e materiais. 
 
1.3.10 Referências 
 
A finalidade das referências é informar o leitor a respeito das fontes que 
servem de referência para a realização do trabalho escrito. Elas devem conter a 
indicação de todos os documentos (impressos, multimídia ou retirados da internet) 
utilizados na realização do estudo, fornecendo ao leitor não só as coordenadas do 
caminhar do autor, mas também um guia para uma eventual retomada e 
aprofundamento do tema ou revisão do trabalho, por parte do leitor. (SEVERINO, 
2007, p. 131). 
 
1.4 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
O termo “monografia” designa um tipo especial de trabalho científico. 
Considera-se monografia aquele trabalho que reduz sua abordagem a um único 
assunto, a um único problema, com um tratamento especificado. 
De acordo com Loureiro e Campos (1999), a monografia é uma experiência 
de trabalho por meio da qual o aluno aprende a organizar uma bibliografia sobre 
23 
 
determinado assunto, bem como suas próprias ideias, de modo a apresentá-las por 
escrito, de forma coerente, inteligível e encadeada. É uma oportunidade ímpar para 
a aplicação dos conceitos e modelos estudados ao longo do curso de formação 
acadêmica. Considera-se, também, como o passo inicial para uma pesquisa mais 
ampla relacionada com o exercício da profissão escolhida. 
Apesar da diversidade dos tipos de monografia, existe uma ordenação lógica 
dos elementos que a compõem, que deve ser obedecida, sendo de fundamental 
importância a observância às normas definidas pela Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) para apresentação gráfica do texto. 
 
24 
 
2 REDAÇÃO CIENTÍFICA 
 
Antes de começar a estudar o que seria a redação científica, é interessante 
mencionar que a redação científica seria uma forma de redação que tem por objetivo 
comunicar as descobertas feitas pelo conhecimento científico. Assim, faz-se 
necessário mencionar quais seriam as formas de conhecimento e como o 
conhecimento científico interage com as outras formas de conhecimento. 
 
2.1 AS DISTINTAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO 
 
No planeta Terra, o ser humano é a única criatura que reflete sobre o mundo 
ao seu redor e tal reflexão, sobre a vida e/ou seu meio, sempre gerou dúvidas e uma 
busca incansável por respostas. Do homem das cavernas ao contemporâneo 
fomentou-se o que se chama de conhecimento: um conjunto de saberes 
apreendidos, gerados por meio dos questionamentos do ser humano. Cordi et al 
(2000, p. 31) afirmam que o conhecimento humano é composto de dois elementos: o 
sujeito e o objeto. Sendo assim, o sujeito é aquele que deseja conhecer e o objeto 
seria aquilo que pode ser conhecido. 
Há algumas distinções no que diz respeito à forma como o ser humano 
obtém conhecimento. São elas: senso-comum, conhecimento teológico, 
conhecimento filosófico e o conhecimento científico. 
 
2.1.1 Conhecimento do Senso-Comum 
 
O senso-comum é a maneira de chegar a alguma conclusão a partir da 
experiência vivida, é o saber popular, não provado cientificamente. Uma sabedoria 
herdada e que está em constante aprimoramento. Vale ressaltar que essa ciência, 
mesmo que inexata, não é errada, muitas vezes são constatações feitas com auxílio 
dos sentidos do ser humano, ou seja, o aprendizado ocorre sobre aquilo que se 
ouve, que se vê, que se degusta, que se cheira ou que se sente. Para Ferrari: 
 
O conhecimento popular é dado pela familiaridade que temos com alguma 
coisa, sendo resultado de experiências pessoais ou suposições, ou seja, é 
uma informação íntima que não foi suficientemente refletida para ser 
reduzida a um modelo ou uma fórmula geral, dificultando, assim, sua 
25 
 
transmissão de uma pessoa a outra, de forma fácil e compreensível. (1974 
apud Prodanov e Freitas, 2013, p. 21) 
 
Para exemplificar o senso comum pode-se utilizar um profissional como um 
pedreiro que, possivelmente, não tem conhecimento dos processos químicos 
existentes na mistura de areia, cimento e água utilizada para preparar um reboco de 
parede, no entanto, seu conhecimento empírico (por experiência) faz com que ele 
consiga exercer bem sua função e ser reconhecido por seu trabalho. 
O senso-comum não pode (e nem deve) ser desmerecido, porém, para a 
aquisição de um conhecimento mais completo não basta somente experiência. É 
preciso compreender o todo e teorizá-lo, a fim de que outras pessoas também 
possam ter acesso. 
 
2.1.2 Conhecimento Teológico 
 
Sabe-se que desde o início dos tempos o ser humano se questiona sobre os 
mais diversos assuntos e fundamenta seu conhecimento com as respostas 
adquiridas. No entanto, para algumas dúvidas ainda não foram encontradas 
soluções e para saná-las o homem busca respostas na espiritualidade. 
Cordi et al (2000, p. 34) afirmam que "A crença consiste na aceitação dos 
dados na forma como outras pessoas o propõem", ou seja, o conhecimento 
teológico é aquele apresentado pelas crenças e obtido por meio da fé. Tal forma de 
aquisição de conhecimento é inquestionável, pois se refere àquilo em que se 
acredita, constituindo-se num tipo de voto de confiança, porém, não aceita no 
ambiente acadêmico por não ter como base dados comprováveis. 
 
2.1.3 Conhecimento Filosófico 
 
Da mesma forma que os anteriores, o conhecimento filosófico busca 
respostas às dúvidas do ser humano, mas neste caso, sua aquisição se baseia na 
construção lógica a partir de raciocínios sobre aquilo que se analisa. 
 
O conhecimento filosófico é um trabalho intelectual. É sistemático porque 
não se contenta em obter respostas para as questões colocadas, mas exige 
que as próprias questões sejam válidas e, em segundo lugar, que as 
respostassejam verdadeiras, estejam relacionadas entre si, esclareçam 
26 
 
umas às outras, formem conjuntos coerentes de ideias e significações, 
sejam provadas e demonstradas racionalmente (CHAUI, 2000, p. 13). 
 
Assim, obtém-se o conhecimento filosófico quando o próprio ser chega a 
conclusões quando se analisa um objeto. É um tipo de conhecimento individual, 
onde não se faz necessário ter acesso às proposições de outras pessoas. 
 
2.1.4 Conhecimento Científico 
 
A distinção que mais interessa ao estudante de qualquer área é a aquisição 
científica do conhecimento, pois esta se destaca por partir da pesquisa, ou seja, 
para saber algo novo deve-se conhecer o que já se sabe dele. 
O conhecimento científico se aproxima muito do conhecimento filosófico, 
diferindo-se apenas no que diz respeito à metodologia de estudo para que ele possa 
ser justifica do e revisado sempre que necessário. Para Prodanov e Freitas: 
 
O conhecimento científico difere dos outros tipos de conhecimento por ter 
toda uma fundamentação e metodologias a serem seguidas, além de se 
basear em informações classificadas, submetidas à verificação, que 
oferecem explicações plausíveis a respeito do objeto ou evento em questão. 
(2013, p. 22). 
 
Durante muito tempo a humanidade se utilizou das outras formas de 
aquisição do conhecimento. Somente entre os séculos XVI e XVII, com os estudos 
de Galileu Galilei acerca do método experimental, é que a aquisição do saber por 
meio da ciência e da pesquisa começou a ser levada em consideração. 
 
Galileu é o criador da ideia de experiência científica tal como existe em 
nossos dias. O seu processo de raciocínio combina a indução experimental 
e o cálculo dedutivo. Ser filósofo, para Galileu, significava não se limitar a 
construir sistemas rigorosos mas puramente hipotéticos; ser filósofo 
significava procurar descrever a existência das coisas e como se 
desenvolvem os fenômenos naturais (CORDI et al, 2000, p. 40). 
 
O conhecimento científico pode ser considerado a forma mais completa de 
aquisição do saber, pois em seu processo é possível perceber características das 
outras vertentes anteriormente estudadas. No conhecimento científico, o ser humano 
se depara com um problema, identifica-o, formula hipóteses e as confirma, 
sistematiza os conhecimentos obtidos em uma linha teórica totalmente falível, pois 
27 
 
novos fatores podem influenciar uma reteorização, ou seja, é um conhecimento em 
constante mudança a fim de ser sempre verossímil e verdadeiro para a sociedade. 
 
2.2 MÉTODO CIENTÍFICO 
 
Pode-se conceituar método como o caminho seguro para se chegar ao 
conhecimento, que é a forma de organizar os estudos e de como proceder durante a 
pesquisa a fim de chegar aos resultados esperados. Prodanov e Freitas definem o 
método científico como: 
 
[...] o conjunto de processos ou operações mentais que devemos empregar 
na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa 
[...] método é um procedimento ou caminho para alcançar determinado fim e 
que a finalidade da ciência é a busca do conhecimento, podemos dizer que 
o método científico é um conjunto de procedimentos adotado com o 
propósito de atingir o conhecimento.(2013, p.24) 
 
Foi a partir de Galileu Galilei que surgiram métodos utilizados para aquisição 
do conhecimento tendo a ciência como base. Este autor, por exemplo, propôs um 
tipo de "indução experimental" que, basicamente, consistia em: observar 
determinados fenômenos; analisá-los; induzir hipóteses sobre a análise; verificá-las; 
generalizar os resultados em casos semelhantes; e, assim, confirmar as hipóteses. 
Nos entanto, o método proposto por Galileu não foi o único a ser utilizado pelos 
estudiosos. Muitos outros filósofos como: Bacon, Descartes, Kant, Hegel, Locke, 
Hobbes, Hume, Marx, Popper, entre outros, também fizeram suas contribuições 
melhorando os métodos científicos anteriores e adequando-os a formas diferentes 
de pesquisa. 
 
2.3 PROCESSO DE PESQUISA 
 
No momento em que um estudante, profissional ou pesquisador se depara 
com um problema que gere dúvidas ou questionamentos pode ser uma boa hora 
para dar início à pesquisa científica. 
Inicialmente é importante que o pesquisador delimite o assunto a ser 
trabalhado, pois por meio dele será formulado um Projeto de Pesquisa. Esse projeto 
tem o objetivo de organizar as ideias, objetivos, informações e leituras para que o 
28 
 
autor não se perca durante a pesquisa, não dê valor a pontos irrelevantes, não 
estude conceitos desnecessários e ainda consiga cumprir possíveis prazos. O 
projeto de pesquisa compreende os seguintes tópicos: tema, justificativa, revisão 
literária, delimitação do problema, formulação de hipóteses, formulação dos 
objetivos e metodologia utilizada. 
Após delimitar o assunto trabalhado o pesquisador escolherá o tema do qual 
será feita a pesquisa. Para Barros e Lehfeld: 
 
Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, 
estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa 
pretendida. A definição do tema pode surgir com base na sua observação 
do cotidiano, na vida profissional, em programas de pesquisa, em contato e 
relacionamento com especialistas, no feedback de pesquisas já realizadas e 
em estudo da literatura especializada.(1999) 
 
Com o tema escolhido o pesquisador precisará justificá-lo, ou seja, explicar 
os motivos que o levaram a iniciar a pesquisa além de explicar a relevância do tema 
abordado. Depois disso inicia-se o processo de revisão bibliográfica (conhecido 
também como fundamentação teórica), momento em que se realiza uma busca por 
outros estudiosos que já tenham escrito sobre o tema; visando analisar, comparar e, 
principalmente, compreender aquilo que está sendo estudado. Pode ser considerado 
o início da pesquisa, momento em que as principais bases teóricas são lidas 
resumidas, resenhadas e fichadas (veremos os gêneros textuais utilizados na 
redação científica nas próximas aulas), além disso, o pesquisador começa a se 
familiarizar com a temática a ser desenvolvida. 
O próximo passo consiste na problematização que significa identificar o 
motivo pelo qual se fará a pesquisa. O problema pode ser considerado o centro do 
desenvolvimento da pesquisa, geralmente é o questionamento instigador ou ainda 
algum tipo de necessidade humana relacionada ao resultado da pesquisa, o 
conhecimento científico. 
 
O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de 
definido o tema, levantamos uma questão para ser respondida através de 
uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de 
pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema 
escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a 
abrangência de sua pesquisa. Não há regras para redigir um Problema, 
pode ser expresso em forma de pergunta ou enunciando-o através de uma 
afirmação, no caso de questão norteadora (PRODANOV e FREITAS, 2013, 
p. 83). 
29 
 
 
Com o problema delimitado o autor pode iniciar a formulação de hipóteses: 
possibilidades de resultados que poderão ser obtidos através da pesquisa. Elas são 
elaboradas a partir do conhecimento do autor acerca do objeto de estudo. Prodanov 
e Freitas destacam: 
 
Um mesmo problema pode ter várias hipóteses, que são soluções possíveis 
para a sua resolução. Além disso, à medida que verificarmos uma hipótese 
e não pudermos comprová-la, isto é, a explicação não se ajustar ao 
problema, automaticamente poderemos criar outra, agora com maior grau 
de informação do que antes. A(s) hipótese(s) irá(ão) orientar o planejamento 
dos procedimentos metodológicos necessários à execução da pesquisa. O 
processo de pesquisa estará voltado para a procura de evidências que 
comprovem, sustentem ou refutem afirmativa feita na hipótese. A hipótese 
define até que estágio você quer chegar e, por isso, será a diretriz de todoo 
processo de investigação. A hipótese é sempre uma afirmação, uma 
resposta possível ao problema proposto.(2013, p.88) 
 
O próximo passo é a formulação dos objetivos da pesquisa, seria como um 
desdobramento do tema e do problema explicitando todos os pontos que deverão 
ser estudados para que se alcance o resultado esperado. São divididos em: objetivo 
geral e objetivos específicos. 
O objetivo geral "está ligado a uma visão global e abrangente do tema. 
Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das 
ideias estudadas" (LAKATOS e MARCONI, 2000, p. 219); por sua vez, os objetivos 
específicos "apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e 
instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicá-lo a 
situações particulares" (LAKATOS e MARCONI, 2000, p. 219). 
Com os objetivos definidos, falta apenas ao pesquisador definir a 
metodologia utilizada para a pesquisa. Sua escolha dependerá de todos os passos 
anteriores, pois pode ser realizada somente com estudos teóricos ou de forma 
prática e, sendo desta forma, também há de ser delimitada no projeto. 
Trabalhados esses pontos finaliza-se o projeto de pesquisa e inicia-se a 
parte prática que gerará o conhecimento científico por meio do texto escrito. 
 
Obs - título de complementação do que foi aqui estudado, veja o tópico 1.3 do 
Manual de Normas da Facnopar que especifica as necessidades de um Projeto de 
Pesquisa. 
 
30 
 
2.4 REDAÇÃO CIENTÍFICA 
 
Redação científica é a forma como se apresenta ao público o conhecimento 
adquirido por meio do método de pesquisa. O mais importante nessa etapa é a 
maneira como se escreve, pois esse tipo de produção textual se difere totalmente 
dos usuais. 
Neste momento, o aluno se valerá de todos os conhecimentos textuais 
obtidos no ensino regular atentando-se aos aspectos estéticos (formatação e 
normas); gramaticais (ortografia, acentuação, pontuação, concordância e regência 
verbal); estruturais (tipologia e forma textual); estilísticos (objetividade, coerência, 
coesão e linguagem); e de conteúdo (adequação ao tema, à problemática e aos 
objetivos). 
Os textos de divulgação científica possuem bases dissertativas e descritivas, 
ou seja, deve-se argumentar, elencando provas, dados, exemplos e/ou qualquer 
outra forma de confirmação, além de explicitar o estudo, o método e os resultados 
para a boa compreensão do leitor. 
 
2.4.1 O TEXTO 
 
Inicialmente é importante conceituar esse termo tão amplo que é o Texto. 
Para Melo e Pagnan (2001, p.07) considera-se texto uma: 
 
[...] unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e 
informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, 
um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de 
televisão também são formas textuais. Tal como o texto escrito, todos esses 
objetos geram um todo de sentido [...] 
 
O todo de sentido citado mostra que um texto deve ser lido e compreendido 
em sua totalidade, nunca em fragmentos, pois assim, seu significado pode ser 
comprometido. 
 
[...] para entender qualquer passagem de um texto, é necessário confrontá-
la com as demais partes que o compõem sob pena de dar-lhe um 
significado oposto ao que ela de fato tem. Em outros termos, é necessário 
considerar que, para fazer uma boa leitura, deve-se sempre levar em conta 
o contexto em que está inserida a passagem a ser lida. Entende-se por 
contexto uma unidade linguística maior onde se encaixa uma unidade 
linguística menor. Assim, a frase encaixa-se no contexto do parágrafo, o 
31 
 
parágrafo encaixa-se no contexto do capítulo, o capítulo encaixa-se no 
contexto da obra toda (FIORIN e SAVIOLI, 2003, p. 12). 
 
É possível retirar informações explícitas e implícitas de um texto, ou seja, 
algumas poderão estar visíveis e ser facilmente identificadas no processo de leitura, 
enquanto outras dependerão da experiência do leitor para serem então percebidas. 
São esses os conceitos para Compreensão e Interpretação. 
 
2.4.2 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
 
Como abordado anteriormente, um texto pode trazer consigo um sem-
número de informações, sendo elas: opiniões, fatos, dados, entre outras. No 
entanto, nem sempre essas informações estão explícitas ao leitor. Trata-se da 
chamada Leitura em entrelinhas, onde os autores "escondem" informações que 
deverão ser identificadas pelo leitor, a partir de sua experiência. Observe os 
exemplos: 
 
Exemplo 01: 
 
 
WhatsApp libera atualização que permite ligação de voz no iPhone 
Versão 2.12.1 está disponível a partir desta terça-feira (21) para iOS. Função será 
implantada aos poucos; Android já tem esse recurso. 
 
O WhatsApp liberou nesta terça-feira (21) uma versão para iPhone 
que permite ligação de voz. Para o usuário que atualizar o aplicativo, a função vai 
ser ativada aos poucos. "A Ligação do WhatsApp será liberada gradualmente no 
decorrer das próximas semanas", diz a descrição da versão 2.12.1 na App Store. 
Entre outras novidades estão compartilhar fotos, vídeos e links 
através de outros aplicativos e enviar múltiplos arquivos de vídeo, que podem ser 
cortados e girados antes de enviar. 
As ligações de voz via WhatsApp já foram liberadas no final de 
março para todos os usuários do aplicativo de mensagens que usam smartphone 
Android. 
http://g1.globo.com/tudo-sobre/whatsapp
32 
 
Anteriormente, para ter acesso ao recurso, era necessário baixar 
uma atualização manualmente do site do aplicativo, instalá-lo e aguardar que 
alguém com acesso ao recuso efetuasse uma ligação. Agora, basta baixar uma 
atualização do app hospedado na Google Play. 
O update cria o ícone de telefone no canto superior da tela de 
exibição das mensagens do aplicativo. 
 
FONTE: WhatsApp libera atualização que permite ligação de voz no iPhone. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/tecnologia/tem-um-aplicativo/noticia/2015/04/whatsapp-libera-atualizacao-que-
permite-ligacao-de-voz-no-iphone.html>. Acesso em: 21 abr 2015. 
 
 
Após a leitura do exemplo 01 é possível perceber que todas as informações 
nele contidas são de fácil compreensão, ou seja, o leitor não necessita de leituras 
prévias para entender o contexto citado, basta ter conhecimento do assunto tratado. 
No caso deste exemplo o próprio título (manchete da notícia) resume o tema 
abordado e já consegue transmitir a mensagem desejada: "WhatsApp libera 
atualização que permite ligação de voz no iPhone". Assim como o exemplo 01, que 
se trata de uma notícia, outros gêneros textuais possuem as mesmas 
características, como: a reportagem, a bula de remédio, as receitas culinárias, as 
placas de trânsito, entre outros. 
 
Exemplo 02 
 
RETRATO 
 
Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, 
nem o lábio amargo. 
 
Eu não tinha estas mãos sem forca, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração 
que nem se mostra. 
33 
 
 
Eu não me dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
 - Em que espelho ficou perdida 
a minha face? 
 
Fonte: MEIRELES, Cecília. Viagem. Ebooks Brasil, 2006 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No exemplo 02 é possível perceber a inclusão da subjetividade, ou seja, 
informações que podem gerar inúmeros significados, dependendo da interpretação 
daquele que a lê. 
Para a difusão de estudos científicos, tais textos não são os ideais, pois 
permitem ao leitor uma vasta possibilidade de compreensão, tirando a objetividade 
que deve ser uma característica do texto científico. 
Deve-se ler e pesquisar sempre compreendendo e interpretando, entretanto, 
os escritos de divulgação científica deverão ser claros e objetivos a fim de que o 
leitor entenda sem ter dúvidas sobre o tema tratado. 
 
2.4.3 ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO 
 
34 
 
Um bom leitor, no momento da pesquisa ou não, deve analisar os textoslidos, retirar deles todas as informações necessárias para compreensão do tema 
estudado e organizá-las, pois autores diferentes podem concordar ou discordar 
sobre um mesmo tema. Assim, o trabalho do pesquisador será a distinção da 
relevância das informações obtidas e o modo como ele às acrescentará em seus 
estudos. 
Para organizar tais conhecimentos pode-se nos valer de vários gêneros 
textuais, mas, aqui na Facnopar serão utilizados basicamente o Fichamento, o 
Resumo e a Resenha (já explicados no tópico 1.1 deste Manual). 
 
2.5 SUGESTÕES PARA ELABORAÇÃO DE REDAÇÃO CIENTÍFICA 
 
Marques (2006, p. 27) considera que o trabalho acadêmico deve ter um tipo 
de criatividade próprio do autor do texto, que consiste em organizar a ideias e 
explorá-las segundo seu próprio estilo de escrita, sem fazer do texto mera cópia dos 
autores estudados. Além disso, o autor deve expor de forma clara, direta e objetiva 
sobre o tema pesquisado, para que os leitores do texto entendam o que está sendo 
transmitido. Sempre que possível o autor do texto deve inverter sua posição e 
colocar-se no lugar do destinatário do texto, analisando se o texto possui as 
seguintes características: 
 
a) clareza: é a qualidade do texto que consegue expressar o tema tratado de forma 
que seja entendido facilmente. Um pensamento claro gera um texto também claro; 
 
b) concisão: concisão é a brevidade do texto, é transmitir o que se necessita com o 
menor número de palavras possível, de preferência utilizando frases curtas e 
parágrafos sucintos; 
 
c) correção: significa estar de acordo com as regras gramaticais de língua 
portuguesa vigentes em nosso país. Ortografia, pontuação, concordância nominal, 
verbal são itens indispensáveis na redação científica; 
 
d) encadeamento: independentemente do método escolhido para o embasamento 
teórico do trabalho (por exemplo: dedutivo ou indutivo), o trabalho tem que ser 
35 
 
organizado de modo lógico e harmônico, no qual cada ideia apresentada tem ligação 
com as outras já tratadas anteriormente e não há tópicos "soltos"; 
 
e) consistência: o texto apresentado deve fornecer informações seguras, que foram 
devidamente conferidas, e que tenham sido devidamente referenciadas ao final do 
trabalho; 
 
f) precisão: característica que faz com que o texto não se torne ambíguo, no qual 
cada ideia é expressa com o maior rigor conceitual possível; 
 
g) correção política: deve atentar para o uso não só de expressões, mas também de 
ideias comprometidas com posicionamentos preconceituosos, racistas, xenófobos, 
etnocêntricos ou que façam apologia ao crime. 
 
Para complementar, podem ser utilizadas as seguintes sugestões para a 
redação científica: 
 
a) escrever frases breves e parágrafos curtos; 
 
b) uma frase deve ter necessária ligação com a frase seguinte, assim como um 
parágrafo deve ter necessária ligação com o parágrafo seguinte, construindo um 
texto com encadeamento lógico, e não uma colcha de retalhos; 
 
c) Evite generalizações. Elas tornam o texto superficial; 
 
d) Evite a repetição de palavras. Troque-as, sempre que possível, por sinônimos; 
 
e) Evite os modismos linguísticos, bem como frases redundantes e com ausência de 
significado real (“vamos estar encaminhando a sua ligação”, “o Brasil é país do 
futuro”); 
 
f) Cuidado com aumentativos, diminutivos, superlativos e principalmente adjetivos, 
pois eles podem empobrecer o texto. O texto científico é técnico, e como tal deve 
descrever informações e discutir ideias, e não enaltecer em demasiado um 
36 
 
determinado autor ou ideia. Exemplo clássico disso: "o famoso autor José..."; "o 
excelso doutrinador...". Se o autor do texto escolheu um doutrinador X ou Y e está 
citando uma obra dele, entende que este doutrinador tem algo a contribuir com o 
trabalho e discute ideias interessantes. É desnecessário tentar elogiá-lo de forma 
vazia, apenas para tentar valorizar o trabalho que está sendo feito; 
 
g) Toda ideia ou trecho que outro escritor que não o autor do texto, deve ser 
utilizado de forma a deixar clara esta situação, ou como citação direta ou como 
citação indireta, e sempre referenciada, não importa se utilizando o sistema autor 
data ou o sistema de nota de rodapé; 
 
h) Devem-se utilizar notas explicativas, no rodapé do trabalho, para informações e 
definições que, embora importantes, possam confundir ou truncar o texto que está 
sendo escrito; 
 
i) Utilizar sempre terceira pessoa do singular ou do plural ao escrever um texto 
acadêmico. Nunca escrever o texto em primeira pessoa (eu ou nós); 
 
j) Evite expressões estrangeiras. Quando seu uso for indispensável (ex: brocardos 
jurídicos em latim) grafe-os em itálico; 
 
k) Utilize os termos técnicos da sua área de atuação, mas cuidado para que a 
utilização desses termos técnicos não descambe para o uso de jargões 
incompreensíveis, entendidos apenas por um pequeno grupo; 
 
l) Não use eufemismos. Há sempre um termo técnico específico para o caso. Caso 
não haja, descreva a situação; 
 
m) Cuidado com neologismos. Palavras utilizadas livremente por órgãos de 
imprensa (rádio, televisão) e principalmente pela internet podem não ser as 
melhores escolhas para o caso. Consulte sempre um dicionário. 
 
n) Atente para a forma de abreviação correta de professor, professora, doutor, 
doutora, mestre, mestra. Ex: Prof. – Prof.ª, Dr. – Dr.ª, Me - Ma . 
37 
 
 
2.6 SUGESTÕES DE ORGANIZAÇÃO 
 
Além dos conselhos descritos acima, ainda há algumas situações a serem 
consideradas dentro de um trabalho acadêmico. A seguir, cada parágrafo discute 
uma situação específica, muito comum em trabalhos acadêmicos. Dentro de um 
trabalho não se começa nem se termina um capítulo com citação de autores que 
foram utilizados como base para a pesquisa. O capítulo deve ser iniciado por uma 
introdução elaborada pelo autor, e deve ser finalizado também por conclusões 
pessoais do autor. O fato de o trabalho ser elaborado em terceira pessoa (do 
singular ou do plural) não invalida o fato de que é a opinião do autor que está ali 
expressa, e como tal, deve ser exposta. Essa opinião se percebe levando em 
consideração a pesquisa feita e o material apresentado. Por exemplo, em um 
trabalho que discute a possibilidade do aborto de fetos anencéfalos, o simples fato 
do autor do texto embasar a sua pesquisa em autores favoráveis a este tipo de 
aborto já deixa entrever, de forma subjacente, que concorda com esse 
posicionamento. Ele não precisou escrever "em minha opinião" ou "eu acho que", 
mas o fato de ter escolhido autores que tem esse tipo de entendimento já deixa claro 
o posicionamento adotado. Também não se utilizam citações nem na introdução 
nem na conclusão do trabalho, pois essas partes específicas também têm regras 
próprias de elaboração e, dentre essas regras, não estão à possibilidade de utilizar-
se de citações. 
Um trabalho acadêmico é um trabalho de pesquisa, e como tal, deve ser 
embasado em uma pesquisa real, com vários autores. Não se pode embasar um 
capítulo de um trabalho em um ou dois autores, e o capítulo seguinte em mais um 
terceiro e um quarto autor. A pesquisa deve ser realizada como um todo e as 
citações durante o trabalho devem ser amplas e variadas, intimamente ligadas, é 
claro, com o que está sendo desenvolvido e pesquisado. 
Os capítulos do trabalho devem ser interligados. O primeiro capítulo é o mais 
abrangente, o segundo capítulo começa a entrar no tema, o terceiro e o quarto 
capítulos são cada vez mais específicos, e assim se segue, se existirem mais 
capítulos. Por exemplo, em um trabalho sobre uso de drogas, os capítulos podem 
ser assim organizados: 
 
38 
 
1) Histórico do uso de substâncias que alteram a percepção: da antiguidade até os 
dias de hoje. 
2) Tipos de drogas existentes hoje: drogas lícitas e drogas ilícitas. 
3) Lei de drogas no Brasil: um avanço ou um retrocesso? 
4) Análisedas estatísticas mais recentes sobre consumo de drogas no Brasil. 
 
Um trabalho assim estruturado parte do mais geral (Capítulo 1 – histórico do 
tema), para um tema mais específico (Capítulo 2 – como as drogas se dividem em 
lícitas e ilícitas), acaba sendo mais específico ainda (Capítulo 3 – como se organiza 
a lei de drogas no Brasil) e finaliza com uma análise de dados concretos (Capítulo 4 
– análise de estatísticas). Outro exemplo sobre isso seria o levantamento da 
situação de uma empresa e o posicionamento da marca dessa empresa no 
mercado. Um trabalho assim poderia ser dividido: 
 
1) Histórico da empresa: dos fundadores até os dias de hoje. 
2) Importância e consolidação da marca. 
3) Crise econômica: o passado influencia o futuro? 
4) Como a empresa se posiciona em uma crise? Análise estatística de como a 
marca desenvolvida pela empresa X está posicionada no mercado neste momento 
de crise. 
 
Um trabalho assim estruturado parte do mais geral (Capítulo 1 – histórico da 
empresa), para um tema mais específico (Capítulo 2 – importância e consolidação 
da marca que essa empresa detém), acaba sendo mais específico ainda (Capítulo 3 
– análise da crise atual, fazendo uma relação entre o passado e o futuro) e finaliza 
com uma análise de dados concretos (Capítulo 4 – análise de estatísticas sobre o 
posicionamento da marca da empresa em tempos de crise). 
Outro fato importante que deve ser mencionado é o tamanho do trabalho. 
Embora seja perfeitamente possível fazer um trabalho consistente em poucas 
páginas, essa não é a regra. Principalmente ao fazer um levantamento bibliográfico, 
no qual se discute o posicionamento de vários autores, é preciso ter o mínimo de 
aprofundamento para que se possa fazer o cotejo de ideias, e isso não se consegue 
com um trabalho muito enxuto. Assim, deve-se ficar atento para o número de 
39 
 
páginas mínimas exigidas para a elaboração do trabalho1, para que se possa fazer o 
aprofundamento necessário do tema. 
 
2.7 CÓPIA E PLÁGIO DE TRABALHOS 
 
O plágio é a falta de autenticidade, caráter e atitude. É antiético (ou mesmo 
imoral), e também é crime, conforme Código Penal em vigor: 
 
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
§ 1º Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de 
lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, 
interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, 
do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de 
quem os represente: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (VADE MECUM, 
2010, p. 1023). 
 
“Plágio é o ato pelo qual você se apropria indevidamente da obra intelectual 
de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma.” (DICIONÁRIO AURÉLIO, 2010, p. 
823). 
Também se deve fazer um alerta necessário contra a bricolagem e o 
trabalho Frankenstein. Bricolagem, segundo Mezzaroba e Monteiro (2009, p. 217) é 
um tipo de pesquisa na qual o aluno se empolga com o conteúdo dos livros que ele 
pesquisou e fez o fichamento que, transcreve vários textos dessas ficha no trabalho 
final, como se a pesquisa fosse uma mera justaposição de citações ou uma mera 
síntese da ideia de outros autores, sem qualquer compromisso analítico ou reflexivo 
Já o trabalho Frankenstein é um fruto dos tempos modernos, da era da 
internet. Consiste numa sucessão de recortes e colagens (tal qual o famoso 
personagem), principalmente de trechos retirados da internet, no qual o texto 
transforma-se num quebra-cabeça, numa colcha de retalho de vários pedaços de 
textos. Desnecessário dizer que um texto assim não cumpre sequer as funções mais 
elementares da pesquisa, quando não descamba para plágio puro e simples. É um 
tipo de trabalho totalmente proibido. 
 
1
 Na FACNOPAR, o Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade monografia deve ter no mínimo 
50 páginas de produção textual (a partir da Introdução). Já se for feito na modalidade de artigo, deve 
ter no mínimo 15 e no máximo 30 páginas de texto, excetuando-se a folha introdutória e as 
referências. 
40 
 
 
3 ASPECTOS DE NORMALIZAÇÃO E FORMATAÇÃO 
 
Visando padronizar os escritos acadêmicos nacionais, a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamentou regras que unificariam as 
formas de apresentação e divulgação dos resultados de pesquisas científicas. Tais 
normas são facultativas às instituições de ensino superior, que podem utilizá-las da 
forma como foram descritas ou basear-se nelas para a construção de normas 
específicas à instituição. 
Trata-se de modelos para os elementos pré-textuais (capa, folha de rosto, 
folha de aprovação, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumos, listas, 
sumário); elementos textuais (considerações iniciais, desenvolvimento e 
considerações finais); e elementos pós-textuais (referências, glossário, apêndice, 
anexo). Além de apontar a formatação do texto com: margens, paragrafação, 
espaçamento entre linhas, tipo de fonte, tamanho da fonte, formatação de citações 
curtas e longas, referências, entre outros pontos. 
A utilização das normas organiza os escritos e auxilia a compreensão textual 
por parte do leitor. Um trabalho bem formatado, além de ter mais credibilidade, 
alcança o objetivo da divulgação científica com mais facilidade, pois apresenta as 
ideias do autor e suas referências, promovendo uma interação (intermediada pelo 
texto) entre o leitor e a área de estudo. 
Os aspectos normativos e tipográficos referem-se às orientações utilizadas 
para facilitar a apresentação formal de trabalhos acadêmicos de qualquer natureza, 
com o intuito de manter uma ordem lógica e uma estética, não só no trabalho como 
um todo, mas em todos os trabalhos apresentados perante a Instituição. 
 
3.1 APRESENTAÇÃO GRÁFICA 
 
Neste capítulo apresentam-se os elementos necessários à elaboração e 
apresentação gráfica de trabalhos acadêmicos. 
 
3.1.1 Papel e Margens 
 
41 
 
O papel deve ser branco, de formato A4 (21 cm x 29,7 cm), de boa 
qualidade, devendo ser usado apenas o anverso das folhas para impressão, exceto 
a ficha catalográfica, que deve ser impressa no verso da folha de rosto. As margens 
superior e esquerda do papel devem ter 3 cm, e as margens direita e inferior 2 cm. 
 
3.1.2 Formato 
 
Baseado nas normas da ABNT deve ser utilizado exclusivamente a fonte 
ARIAL, tamanho 12, em todo o corpo do trabalho, incluindo títulos e subtítulos. 
Exceção deve ser feita quanto ao tamanho da letra a ser utilizada na nota explicativa 
da folha de rosto, notas de rodapé, citações maiores que três linhas, legendas de 
ilustrações, tabelas, paginação e ficha catalográfica. Para estes casos, deve-se 
utilizar a fonte ARIAL, tamanho 10. Todo o trabalho deve ser impresso com tinta na 
cor preta. 
O recurso tipográfico negrito deve ser usado para destacar alguma parte do 
texto que mereça esse tratamento, seguido da expressão “grifo acrescentado”, entre 
colchetes, quando tratar-se de citação de obra de outro autor. 
O recurso itálico deverá ser utilizado apenas para as palavras estrangeiras, 
desde que sejam usadas no corpo do texto. Este recurso não deve ser utilizado nas 
citações, exceto naquelas em que o autor assim haja procedido, nem nas 
referências. 
 
3.1.3 Espaçamento 
 
O texto deve ser impresso em espaçamento 1,5 entre linhas em todo o 
trabalho. As exceções estão na capa, na folha de rosto, no resumo, nas citações 
maiores que três linhas, nas notas de rodapé, nas referências, na ficha catalográfica 
e nas legendas das ilustrações e tabelas, que são impressas em espaçamento 
simples. 
 
3.1.4 Parágrafos 
 
O parágrafo inicia-se com recuo de 1,5 cm na margem esquerda, com 
alinhamento justificado. Esta formatação deve ser obedecida do início ao fim do 
42 
 
trabalho.

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