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@veterinariando_ Existem cerca de 60 espécies conhecidas São vermes que parasitam mamíferos, aves, repteis e anfíbios Possuem ciclo de vida complexo Fêmeas são partenogenéticas – eliminam larvas nas fezes do hospedeiro Ovos e larvas no meio externo podem evoluir de duas formas: ciclo direto originando L3 (infectante) ou ciclo indireto (vida livre) diferenciando em machos e fêmeas, que se reproduzem no meio externo Reino: Animalia Filo: Nematoda Classe: Secernentea Ordem: Rhabditida Família: Strongyloididae Gênero: Strongyloides PRINCIPAIS ESPÉCIES S. papillosus S. westeri S. ransomi S. avium S. stercoralis • Não são vermes embainhados • São bastante suscetíveis a condições climáticas extremas • Calor e umidade favorecem o desenvolvimento e permitem acúmulo de estágios infectantes Reservas de larvas nos tecidos das mães – estrongiloidose clínica Progênies da mesma fêmea – infecções intensas Rebanhos de reprodutores adultos – infectados com larvas latentes na gordura subcutânea Prenhez e parição – estimulam o reaparecimento das larvas, podendo infectar leitões por meio do colostro Leitões bebendo colostro 7 dias após o nascimento – podem excretar ovos nas fezes S. westeri - parasitam equinos S. papillosus – parasitam ruminantes S. avium – parasitam aves (galinhas, perus, gansos e aves selvagens) S. ransomi – parasitam suínos S. stercoralis – parasitam humanos e cães → A transmissão se inicia com a eliminação dos ovos por meio das fezes → Animais jovens são os mais suscetíveis a infecção, devido a sua imunidade imatura – podem adquirir a infecção no momento do parto → Ingestão de alimentos contaminados – hortaliças in natura sem lavagem correta com a forma viável do verme → Ingestão de pastagem contaminada → Pode ocorrer a transmissão transmamária (S. papillosus) – bezerros infectados por meio do leite → Pode ocorrer penetração ativa da larva infectante na pele – entram na circulação venosa e migram para os pulmões, atingem sacos alveolares. Atingem a faringe e são delgados Extremidade anterior arredondada e posterior recurvada ventralmente Possuem cerca de 6,7cm comprimento Sua boca possui 3 lábios Possui esôfago rabditoide, além de intestino e cloaca Possui testículo, canal deferente e canal ejaculador Há 2 espículos Podem medir de 1 a 1,5mm de comprimento Possuem corpo fusiforme Boca com 3 pequenos lábios Seu esôfago e curto e rabditoide Intestino simples e retilíneo Presença de abertura vulvar Medem cerca de 2mm de comprimento Corpo delgado com extremidade anterior fina Boca com 3 lábios minúsculos Presença de esôfago longo e cilíndrico Vulva no terço posterior do corpo Os ovos possuem 2, 4 ou 6 cromossomos São ovos com formato elipsoide As extremidades polares são simétricas Casca é delgada com superfícies lisas e camada uniforme Medem cerca de 45,5 a 57,5 micrometros S. papillosus S. westeri S. ransomi S. avium Delgados Delgados Delgados Ovos – formato ovoide Filiformes Filiformes Filiformes Fêmeas: 6 a 9mm Fêmeas: 6 a 9mm Fêmeas: 3 a 4mm → É um ciclo de vida complexo → Pode ser dividido em 2 fases: fase de vida livre e fase de vida parasitaria → Pode envolver a autoinfecção → Período pré-patente é de 7 a 15 dias 1. Somente as fêmeas partenogenéticas parasitam o intestino delgado 2. As fêmeas fazem a postura de ovos, que sem para o ambiente por meio das fezes 3. Há uma exceção na espécie S. stercoralis, em que os ovos eclodem no intestino e as L1 saem nas fezes 4. Os ovos liberados, em condições ambientais favoráveis, embrionam desenvolvendo L1, L2 e L3 5. O hospedeiro se contamina por meio da penetração das larvas L3 na pele e estas migram, pelas arteríolas, para o coração e o pulmão 6. Nos bronquíolos, a L3 passa para a L4 e segue para os brônquios, traqueia e laringe, onde são deglutidas 7. No tubo digestivo, tornam-se adultos, que se fixam no intestino e passam a ser chamados de fêmeas partenogenéticas 8. Outro meio de infecção é pela ingestão de alimentos contaminados, em que L3 chega ao tubo digestivo e, no intestino, passa para a circulação e repete o ciclo pulmonar anterior 9. Pode ocorre contaminação da mãe para os filhotes por meio do leite Em S. stercoralis, pode acontecer a autoinfecção – as larvas eclodem ainda no intestino, passam de L2 para L3 no intestino e penetram novamente na mucosa, fazendo o ciclo pulmonar pela circulação Existem 3 modos de eliminação de estágios de Strongyloides spp. nas fezes do hospedeiro: Eliminação de ovos larvados nas fezes recém-eliminadas, o que ocorre em S. papillosus, S. ransomi e S. westeri Eliminação de larvas L1 nas fezes frescas, como S. stercoralis Eliminação de ovos larvados e larvas de primeiro estágio, que ocorrem em S. ratti 1. Em condições ambientais ideais, os ovos postos pela fêmea partenogenética eclodem e liberam L1 2. Essa larva sofre muda para L2, L3, L4 e adultos de vida livre (não parasitam) 3. Todos possuem esôfago rabditiforme (com bulbos) 4. Os machos e fêmeas de vida livre de Strongyloides spp. Após copularem, podem, dependendo da espécie, desenvolver somente L3 infectantes ou também larvas de vida livre 5. Para muitas espécies de Strongyloides, como em S. stercoralis há somente uma geração de adultos de vida livre → A migração das larvas até o pulmão pode causar múltiplas hemorragias pequenas, visíveis sobre a maior parte da superfície dos pulmões → Sinais clínicos: hemorragia grave, pneumonia difusa, tosse com ou sem expectoração, crises asmatiformes e edema pulmonar → Os parasitas adultos escavam a parede intestinal e se instalam em túneis, no epitélio da base das vilosidades do intestino delgado (duodeno e jejuno) ocasionando uma resposta inflamatória – essa infiltração lesionará o epitélio do intestino o que ocasionará a diarreia com sangue → Edema e erosão do epitélio - (aumento da permeabilidade com infiltração de células leucocitárias) → Enterite catarral com prejuízo a digestão e a absorção → Retarda do crescimento de filhotes → Atrofia de vilosidade, com infiltração mista de células mononucleares (monócitos e macrófagos) na lâmina própria → Epitélio das criptas: hiperplásicos e há fusão dos vilos → Sinais clínicos: desidratação, anorexia, depressão, perda de peso ou diminuição da taxa de crescimento, fraqueza, emaciação e diarreia sanguinolentas viscosas Achados clínicos Coproparasitologico (OPG) Post-mortem (achados da necropsia e histopatológicos no intestino) História clínica completa – viagens a regiões endêmicas Exame parasitológico de fezes Fluídos parasitológicos de fezes Sorológicos • Ivermectina (taxa de cura mais alta) ou albendazol • Ivermectina – 200mg/kg via oral, 1x ao dia por 2 dias – para infecções não complicadas e geralmente é bem tolerado • Pacientes imunocomprometidos – terapia prolongada até que o escarro e/ou fezes permaneçam negativos por 2 semanas • Pacientes graves que não conseguem tomar os medicamentos por via oral – preparações retais da ivermectina ou formulações subcutâneas podem ser administradas → Não andar descalço em locais com areia e lama principalmente → Lavar bem os alimentos antes de consumi-los → Lavar as mãos após usar o banheiro → Tratar corretamente a infecção para evita reinfecções → Lavar região genital após defecar para evitar reinfecção → Sistema sanitário e manejo zootécnico adequado associado com estudos epidemiológicos – minimizar o uso de antiparasitários → Recolhimento das fezes, lavagem e desinfecção do ambiente → Consultas periódicas e pastejo rotacionado (diminui infecção)
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