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introdução a história- Marc Bloch

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QUESTÃO 1: Para que serve história? Qual a sua utilidade?
A história vem possibilitar a ação e reflexão dos problemas do tempo presente, utilizando-se de sua função social, política e cultural para compreender com mais eficácia uma problemática atual. De caráter contrário ao positivismo, anti-factual e não linear, busca compreender as ações humanas no tempo, promovendo críticas ao presente a partir do passado.
QUESTÃO 2: Explique: História é uma ciência em marcha?
Quando falamos em “marcha” podemos associar este termo diretamente ao sentido de evolução, progresso, movimento, dentre muitos outros significados. Este termo, associado a palavra “história”, nos faz pensar numa ciência em constante progresso, movimento, não ficando presa em um simples recorte de espaço e tempo. 
Dessa forma, mediante as ideias trazidas por Bloch (2001), percebe-se que a história não finda em si mesmo, não se limita ao passado. Ela, por sua vez, parte com questionamentos do tempo presente, buscando compreender o passado, com uma perspectiva de futuro. Passando então a questionar as fontes e fatos históricos, afastando-se de uma perspectiva positivista, tornando-se produto do que Bloch denominava de construção ativa, onde se transforma a fontes e fatos históricos em documentos, e consequentemente em um problema.
Sendo um vasto campo de estudos, a história por sua vez, como defende Bloch (2001), não pode ser compreendida por profissionais isolados, sendo necessário a existência de intercâmbios de outras ciências, disciplinas e ideias. Pois foi através da interdisciplinaridade com outras áreas de atuação que Bloch procurou compreender a memória social. 
Diante disto, o autor afirma ainda que “a história não é apenas uma ciência em marcha. É também uma ciência na infância: como todas aquelas que têm por objeto o espírito humano, esse temporão no campo do conhecimento racional.” (BLOCH. 2001, p 47). Infere-se então que, a história estará sempre em marcha, como uma criança em desenvolvimento, na medida em que o historiador do presente a discutir, questionar, superando a dinâmica dos fatos a partir da dinâmica do conhecimento. Conhecimento este, sempre em movimento. 
QUESTÃO 3: Explique: História como ciências dos homens no tempo.
O termo ciência dos homens é muito vago para conceituar a história, dessa maneira, de acordo Bloch (2001) a história é a ciência dos homens no tempo. O autor afirma que o historiador não pensa apenas no humano, pois é preciso também entendê-lo no espaço-tempo. Nesse aspecto, Marc Bloch afirma que é difícil imaginar qualquer ciência que possa deixar de levar em conta o tempo.
Nota-se, que o objeto da história são os seres humanos, em sua pluralidade, no tempo. E o bom historiador, segundo Bloch, fareja carne humana onde quer que esteja, seja no passado ou no presente. Diante disso, entende-se que a história não é a ciência do passado ou a ciência do homem, mas sim a ciência do homem no tempo, pois tudo que envolve ambas as partes, poderá ser conceituada como história. 
QUESTÃO 4: O que seria o “bom historiador”?
Segundo Marc Bloch, em Apologia da História ou o ofício do Historiador “O bom historiador se parece com o ogro da lenda, onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça. (2001, p 54)”, ou seja, para Bloch o historiador deve ter apetite e ser um “comedor de homens” visto que o seu principal objeto de pesquisa é o homem, é necessário compreender suas ações, intenções, significações e perspectivas ao longo da história. Além disso, para Bloch o trabalho do historiador pode ser comparado ao de um investigador visto que ele tenta reconstruir um crime ao qual não assistiu, portanto da mesma maneira o historiador tenta compreender o passado através de pistas, testemunhos, vestígios de ocupação e documentos escritos.
QUESTÃO 5: O que significa “o ídolo das origens”?
Neste tópico, Bloch faz um mea-culpa pelo fato de ser um homem de história e por conta disso ter uma inclinação ao culto das origens que, em outras palavras, nada mais é do que explicar o mais recente pelo mais distante. Esse modo de fazer história se perpetuou por muito tempo, fazendo com que fosse relatado pelo autor com certa dose de crítica a escola positivista. Contudo esta prática ainda é muito comum apesar de ter sido combatida por Bloch e os demais integrantes da escola dos Annales. Para Bloch essa idolatria as origens davam ao historiador uma visão não muito ampla, fazendo-o enxergar através de uma só ótica ou perspectiva, deixando de visualizar o todo ou a visão através outros âmbitos que não fossem só a origem do fato histórico.
QUESTÃO 6: Explique a relação passado-presente.
Segundo Bloch (2001, p 75), “o passado é, por definição, um dado que nada mais modificará. Mas o conhecimento do passado é uma coisa em progresso, que incessantemente se transforma e aperfeiçoa. A relação passado presente é interligada, o historiador utiliza de questionamentos do tempo presente para alcançar respostas nos fragmentos do tempo passado. Além disso, Bloch considera o passado imutável e impossível de se reproduzir em sua plenitude de forma pura e intocada. Não obstante, as demais ciências se valem da repetição como método de explicar suas teorias, já no estudo da história, o pesquisador não tem essa comodidade pois os fatos acontecidos não podem ser revividos. 
“Seria preciso ainda que as trocas entre as gerações operassem apenas, se ouso dizer, em fila indiana, as crianças só tendo contatos com seus ancestrais por intermédio dos pais” (BLOCH, 2001, p 64). Desse modo, Bloch faz críticas a uma sociedade determinada pelo momento logo anterior, onde o passado mais recente seria a forma não questionada de transmissão do saber. Para ele, o passado deve ser estudado de forma regressiva e que contemple o máximo possível de confirmações para as respostas dos questionamentos do presente. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Oficio de Historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. 160p.

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