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HISTORIA ANTIGA E MEMORIA SOCIAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
KAUANE ADRIELLY DO NASCIMENTO SILVA
FICHAMENTO DO TEXTO
HISTORIA ANTIGA E MEMORIA SOCIAL
Disciplina: Antiguidade Oriental
Profª Drª Caroline Borges
Recife – PE
2019
HISTÓRIA ANTIGA E MEMÓRIA SOCIAL
Norberto Luiz Guarinello
Na Introdução da obra de Guarinello, ele revela que a História antiga é crucial e deve ser utilizada para que passamos a entender o nosso lugar em um mundo que está em constante transformação, ou seja, a identidade de um indivíduo ou da coletividade permite que uma reflexão sobre si mesmo, fazendo com que o indivíduo compreenda o seu passado e os seus limites para que assim consiga construir o próprio futuro. Para o autor não existem identidades naturais e que elas são obtidas e moldadas ao longo da vida, por exemplo, quando um indivíduo tem contato com uma cultura ou costumes de um povo, a vivencia faz com que isso faça parte dele, ou como o autor cita “Elas são socialmente construídas, através de inúmeros processos, muitas vezes colocando pessoas e grupos em conflitos, ou, pelo contrário, justificando conflitos já existentes” (p. 8). Outro ponto ressaltado pelo escritor é a manutenção da identidade ocidental que está atrelada a as práticas culturais, hábitos, linguagem, nas canções que ouvimos, no que assistimos, nas crenças e religiões. (p. 8)
Em seguida Guarinello faz uma pergunta ‘Como situar a História e a História Antiga nesse amplo quadro social de produção e reprodução da memória? ” (p. 8) Ele aponta que a história é um tipo de memória social e que é fundamental para a construção da identidade coletiva, revela também que nem toda identidade origina-se da memória, e que as identidades do passado parecem ser mais naturais, já que elas não são passageiras e que adquirimos elas por meio de nossos ancestrais. O autor coloca a memória como propriedade de conservar informações e diz que o corpo do indivíduo é um lugar de memória, tanto quanto a memória social, visto que o mesmo tem a capacidade de valorizar ou descartar lembranças, mas da mesma forma há também o esquecimento de um fato que não deixou rastros. A diferença entre a memória individual e a social é que a de segundo tipo ela é partilhada pelo coletivo. O autor relata que a memória social é uma área que bastante conflito, visto que há personagens e acontecimentos históricos que são valorizados e outros não, a luta social das minorias que lutam pela legitimidade no ambiente social. (p. 8,9)
Na contemporaneidade, o autor aponta o Estado como maior produtor de memorias sociais, e o principal meio de propagação é na escola, visto que é os discentes são influenciados por meio de livros didáticos, pelas disciplinas obrigatórias, filmes apresentados em sala, por Ministérios, o conjunto disso faz com que haja a manutenção da memória social. O autor cita que até o ano de 1970 a história era baseada em grandes eventos e personagens da formação do Estado nacional e das elites, com o tempo o Estado deixou o seu caráter doutrinador e passou a abarcar temáticas antes esquecidas, como por exemplo, o movimento feminista do século XIX que lutava pela igualdade de direitos das mulheres ou do movimento negro na luta contra a escravidão. (p. 9,10)
Para Guarinello, a história feita pelos historiadores é a principal fonte de legitimidade visto que tem uma base cientifica para que se possa compreender as ações humanas no tempo. A história cientifica é importantíssima para a produção de memória social, visto que o uso de documentos e debates fazem com que a história se diferencie das outras formas de memória social pois ela possibilita um conhecimento que é analisado em termos científicos. Os vestígios encontrados no tempo presente é uma forma de dar veracidade aos fatos, possibilitando então que o historiador tenha uma interpretação segura das fontes, vale ressaltar que a história não produz verdade acerca do passado, visto que o passado jamais volta puro, mas que para o autor a história é uma ciência que pode ser controlada e debatida por meios científicos. (p. 10,11)
O autor enfatiza que há lacunas na história que não podem ser preenchidas, um exemplo disso é uma civilização que foi destruída pela ação do homem ou decorrência de desastres naturais e que jamais poderão ser compreendidas tendo em vista que não deixaram vestígios e consequentemente sempre estarão ocultas, o escritor expõe que grande parte vestígios revelam o modo em que os indivíduos agiam e o sua de vida. (p. 11)
Como as demais ciências, a história está em constante transformação e evolui ao decorrer do tempo, para isso a história vem passando por uma reformulação de seus pressupostos e a história antiga é um ponto principal para essa mudança, o impulso para essa a modificação foi a globalização do planeta, visto que os historiadores necessitavam do estudo de uma história mundial, as não europeias, para a compreensão das dificuldades do mundo contemporâneo. (p. 12)
A história Antiga se limita em estudar os primórdios do Ocidente, há um recorte histórico especifico do passado onde se estuda apenas a origem do ocidente, e desconsidera os demais acontecimentos no mundo, há um trabalho de memória e manutenção da identidade. Ela é chamada assim devido ao modo em que ela é estudada, na sequência temporal: história medieval, história moderna e história contemporânea. Há uma crítica a esse modo sequencial, visto que o autor faz a seguinte alusão “nenhum pesquisador sério, por exemplo, considera que a história da Grécia acabou quando a de Roma começou” (p. 14) por esse motivo, os historiadores buscam romper com essa antiga sequencia temporal devido ao anacronismo, para que a história possa ser universal. O autor finaliza falando que os historiadores precisam buscar respostas para entender o presente (P. 12,13,14)

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