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Direito do Trabalho

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Aluna: Thais Vizeu de Assis
Curso: Direito do Trabalho de acordo com a Reforma Trabalhista - 2017
Disciplina: Processo Trabalhista
Processo Trabalhista após a Reforma Trabalhista de 2017
O processo do trabalho, é a forma de efetivação das prerrogativas prevista em lei, é o instrumento para o exercício do direito.’’ O Direito Processual do Trabalho não faz parte integrante do Direito do Trabalho, apesar de o primeiro ser a forma como o segundo será exercitado em juízo”.
Com a reforma trabalhista o legislador optou por manter a petição inicial da reclamação trabalhista de forma oral e escrita, e a princípio se mantem o jus postuandi, mantendo- se inerte o artigo 840 da CLT no que tange a forma de acesso a justiça do trabalho, manteve-se também a causa de pedir próxima, pois a Justiça do Trabalho é voltada somente para as relações do trabalho.
Ao ajuizar uma reclamação trabalhista deverá ser indicado uma série de requisitos em atendimento ao artigo 840 § 1° da CLT, sendo eles endereçamento para o juízo competente, qualificação das partes, ora, reclamante e reclamada, fatos e fundamentos, pedido certo, líquido e determinado, assinatura e valor da causa. 
Com a reforma, foi um ponto bem discutido pelos profissionais do ramo, primeiramente cabe ressaltar que a justiça gratuita é garantida constitucionalmente no artigo 5, LXXIV da Constituição Federal, que de plano prevê total prestação jurisdicional gratuita aos que não tiverem condições. A finalidade do benefício da justiça, continua mantida e as 2 formas de concessão também, mudando somente detalhes o critério de concessão.
A alteração significativa foi a alteração do artigo 790, §3° e §4° da CLT que antes da reforma, previa que teria direito a justiça gratuita aquele que recebessem o dobro do mínimo legal, ou seja, o dobro do salário-mínimo vigente naquele ano, ou que comprovassem que os custos do processo prejudicariam a sua sobrevivência.
Nas estatísticas apuradas pela Coordenadoria de Estatística do TST, identificou que após a reforma o número de ajuizamento de reclamações trabalhistas caiu drasticamente entre dezembro de 2017 a janeiro de 2018, conforme apresenta o gráfico disponibilizado pelo tribunal.
Em novembro de 2017, mês de início da vigência das mudanças, houve um pico de casos novos recebidos no primeiro grau (Varas do Trabalho): foram 26.215 processos (9,9%) a mais em relação a março de 2017, segundo mês com maior recebimento no período. No entanto, em dezembro de 2017 e janeiro de 2018, o quadro se inverteu. Desde então, o número de casos novos por mês nas Varas do Trabalho é inferior ao de todos os meses referentes ao mesmo período de janeiro a novembro de 2017. 
Segundo a Coordenadoria de Estatística do TST, entre janeiro e setembro de 2017, as Varas do Trabalho receberam 2.013.241 reclamações trabalhistas. No mesmo período de 2018, o número caiu para 1.287.208 reclamações trabalhistas. 
Referências
SILVA, Barbara Delgado. O Processo do Trabalho e os efeitos da Reforma Trabalhista A vigência da Lei nº 13.467/2017 e os efeitos após o tempo. 2019. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/76976/o-processo-do-trabalho-e-os-efeitos-da-reforma-trabalhista/2. Acesso em 4.mar.2021.

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