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Desenvolvimento da Comunicação e Linguagem

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TEXTO 01
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM E SEUS DISTÚRBIOS
AULA 01
DESENVOLVIMENTO 
DA LINGUAGEM
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
Ψ Durante as últimas décadas, muitas pesquisas foram
dedicadas à linguagem, tanto no que se refere à
aprendizagem e desenvolvimento normal como às suas
possíveis alterações ao longo de todo o ciclo vital.
Ψ Os enfoques teóricos em relação ao seu estudo foram
diversos.
Ψ Correntes inatistas como as de Chomsky, as teorias de
Piaget, de Bruner e especialmente de Vygotsky
representaram postulados teóricos bastante diferentes.
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
Ψ Para explicar a aquisição da linguagem ou seu uso, é
necessário se referir aos contextos de desenvolvimento
e à linguagem como comportamento comunicativo.
Ψ A comunicação é troca de informação e um fato social.
Ψ Todos os animais se comunicam, mas somente os
humanos possuem um código tão complexo como é a
linguagem.
LINGUISTICA MODERNA - A 
PERSPECTIVA SAUSSURIANA
Ψ Língua= Linguagem + Fala
Ψ Linguagem= Língua – Fala
Ψ Fala: aspecto social.
Ψ Signo: Significado Conceito
Significante Imagem Acústica
Representante 
psíquico do som 
no cérebro, que 
não é o som.
A Língua: sua definição
Ψ Mas o que é a língua?
Ψ Ela não se confunde com a linguagem.
Ψ É ao mesmo tempo um produto social da faculdade de
linguagem (fala) e um conjunto de convenções
necessárias (linguagem), adotadas pelo corpo social
para permitir o exercício dessa faculdade nos
indivíduos.
A Língua: sua definição
Ψ A língua é uma convenção e a natureza do signo
convencional é indiferente.
Ψ Não é a linguagem que é natural ao homem, mas a
faculdade de constituir uma língua: um sistema de signos
distintos correspondentes a ideias distintas.
Ψ A faculdade de articular palavras não se exerce senão
com a ajuda do instrumento criado e fornecido pela
coletividade, então, é a língua que faz a unidade da
linguagem.
Lugar da Língua nos fatos da linguagem
Ψ O circuito da fala
Ψ Supondo duas pessoas (A e B): o ponto de partida se
situa no cérebro de uma delas (p.ex. A) onde os
conceitos se associam às imagens acústicas (signos
linguísticos); em seguida o cérebro (de A) transmite para
seus órgãos de fonação um impulso correspondente à
imagem, as ondas sonoras saem da boca (de A) aos
ouvidos de B, onde o circuito se inverte.
O Aparelho Vocal e seu funcionamento
DIMENSÕES DA LINGUAGEM
Ψ Nas crianças, o fator comum é sua dificuldade e
progressão em aprender a se comunicar através da
linguagem.
Ψ A aquisição da linguagem acontece em função de
aspectos biológicos e contextuais.
Ψ A linguagem é um sistema complexo e dinâmico de
símbolos convencionais usado de várias formas para o
pensamento e para a comunicação.
DIMENSÕES DA LINGUAGEM
Ψ O subcomitê de Linguagem e Cognição da American
Speech Language Hearing Association (ASLHA, 1987)
cita uma série de aspectos cognitivos que podem afetar a
linguagem ou que refletem a interação mútua, cognição e
linguagem:
1. Dificuldades de atenção, percepção e memória.
2. Inflexibilidade, impulsividade ou pensamento e
maneira de agir desorganizados.
3. Processamento inadequado da informação.
4. Dificuldades em processar informação abstrata.
Aspectos cognitivos que podem afetar a 
linguagem
5. Dificuldades em adquirir nova informação.
6. Processo não-adequado para recuperar a informação
armazenada.
7. Comportamento social não apropriado ou pouco
convencional.
8. Alterações na velocidade de processamento da
informação.
9. Lentificação na velocidade do processamento da
informação, assim como problemas de fluência verbal
que podem afetar os turnos de conversação, no inicio e
no final de frases.
Aspectos cognitivos que podem afetar a 
linguagem
10. As dificuldades perceptivas podem conter problemas de
interpretação das mudanças na expressão facial, o que
pode influenciar nos processos de comunicação da
criança com o ambiente.
11. As dificuldades na capacidade de raciocínio encerram,
por exemplo, problemas para captar o duplo sentido, o
sarcasmo ou o humor.
Aspectos cognitivos que podem afetar a 
linguagem
12. Os problemas de linguagem podem afetar a mesma
situação de comunicação quanto à capacidade da
criança para se situar em relação a um tema, aos
interlocutores e ao mesmo objeto da comunicação ou da
compreensão da linguagem.
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
Ψ Na hora de estudar a aquisição normal da linguagem e as
alterações neste processo, deve-se levar em conta uma
série de aspectos:
1. A linguagem unida ao contexto, social, familiar e
histórico, e recebendo influências que a faz evoluir.
2. A linguagem como processo de comunicação e
cognitivo.
3. Os diferentes componentes da linguagem.
4. O fato de poder haver alterações congênitas e
adquiridas da linguagem.
DESENVOLVIMENTO NORMAL DA 
LINGUAGEM E DA COMUNICAÇÃO
Ψ A comunicação está presente desde o nascimento.
Ψ O recém-nascido busca a voz humana e demonstra
prazer ou surpresa quando encontra o rosto que é a
fonte de som.
Ψ Durante os primeiros meses de vida, os bebês são
capazes de discriminar, de comparar fonemas e de
diferenciar padrões de entonação e de fala da sua mãe.
Ψ Podem diferenciar vozes diferentes.
ESTÁGIOS PARA A COMUNICAÇÃO 
PREMATURA
Ψ Para Bates (1976), existem três estágios para a
comunicação prematura:
1. Inicialmente, os comportamentos da criança são
indiferenciados e suas intenções, desconhecidas.
2. Depois, a criança utiliza os gestos e a vocalização para
expressar intenção. Este estágio é significativo porque a
intenção da criança de se comunicar é acompanhada de
contato visual (SCOVILLE, 1983).
3. Finalmente, no terceiro estágio, são utilizadas palavras
para concretizar intervenções previamente expressas
mediante gestos (OWENS, 1978).
ESTÁGIOS PARA A COMUNICAÇÃO 
PREMATURA
Ψ Costuma-se produzir as primeiras palavras em torno de 1
ano, embora haja diferenças importantes entre as
crianças.
Ψ Essas palavras referem-se ao seu universo de objetos,
pessoas e acontecimentos e tendem a ser nomes de
joguinhos, animais, comida, verbos ou palavras de ação
(p. ex., “dá”) (OWENS, 1978).
CONTEXTO SOCIAL
Ψ A linguagem é aprendida em um determinado contexto
social, incorporando atividades de cada dia.
Ψ As crianças estão expostas à linguagem durante o
banho, a comida, o vestir, o jogo, etc.;
Ψ elas não podem iniciar essas atividades
independentemente, por isso, o primeiro contexto da
linguagem é social.
CONTEXTO DAS NECESSIDADES 
PESSOAIS E INTERESSES
Ψ A linguagem é o veículo por meio do qual são
comunicados necessidades e desejos.
Ψ Estes influenciam nas palavras e nas expressões que a
criança adquire.
CONTEXTO DE ATIVIDADE MENTAL 
INDIVIDUAL
Ψ A linguagem é o meio pelo qual nosso pensamento e
nossas ideias são transmitidos, apesar de o pensamento
e as ideias, abstratamente, não serem expressos até a
adolescência.
INTERLOCUTORES DA CRIANÇA
Ψ Especialmente durante os primeiros anos, os
interlocutores fazem adaptações da linguagem utilizada
Ψ com a criança, e seus estilos comunicativos têm muita
influência em sua aquisição da linguagem.
DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO 
E LINGUAGEM
INFÂNCIA
Desenvolvimento pré-verbal de forma e conteúdo
Ψ Vocalizações reflexas (Até a 6ª semana)
Ψ Balbucio e sorriso (6 a 16 semanas)
Ψ Jogo vocal (16 a 30 semanas)
Ψ Balbucio reduplicado (31 a 50 semanas)
Ψ Balbucio variado (10 a 14 meses)
Ψ Enunciados de uma palavra (início pelos 10 a 12 meses
até 18 meses)
Desenvolvimento pré-verbal do uso da 
linguagem
Estágio pré-Iocutivo
Ψ É caracterizado por pré-Iocuções que são ações por meio
das quais, de maneira não-intencional, se comunica uma
necessidade.
Estágio ilocutivo
Ψ Uso dos sinais não verbais,
Estágio locutivo
Ψ As locuções - palavras com significado - são utilizadas
intencionalmente
Desenvolvimento gramatical e semântico
Ψ Pré-estágio I
Ψ Fase l. Primeira palavra
Ψ Fase palavra média.
Ψ Estágio I. Idade, 16 a 31 meses.
Ψ Estágio Il. Idade,21 a 35 meses.
Ψ Estágio III. Idade, 24 a 41 meses.
Ψ Estágio IV. Idade, 28 a 48 meses.
Ψ Estágio V. Idade, 35 a 52 meses.
Ψ Estágio V Avançado. Idade, 41 meses e maiores.
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
Ψ Ao mesmo tempo em que aparecem as primeiras
palavras, a criança aprende a usar a linguagem para
controlar os outros, interagir no nível' social, chamar a
atenção, iniciar novos temas de conversação, manter
turnos com um interlocutor e manter o tema da
conversação por no máximo um ou dois turnos.
1. Desenvolvimento precoce do uso
2. Desenvolvimento do discurso social.
3. Desenvolvimento de monólogos.
4. Desenvolvimento da narração.
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
5 ANOS
Ψ Em torno de 5 anos muitas crianças sãos capazes de
utilizar a linguagem com vários propósitos:
Ψ Controlar os outros;
Ψ Interagir socialmente;
Ψ Chamar a atenção;
Ψ Iniciar novos temas;
Ψ Manter vários turnos de intervenção;
Ψ Prover informação adequada ao interlocutor, se este
pedir esclarecimentos;
Ψ Expressar sentimentos e emoções;
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
5 ANOS
Ψ Responder aos comentários de comunicação do
interlocutor com enunciados referidos ao tema
(contingentes);
Ψ Controle quando a situação exigir variação de
linguagem;
Ψ Fazer pedidos indiretos de ação;
Ψ Usar alguns termos dêiticos: isto - aquilo, aqui -ali;
Ψ Falar consigo mesma de maneira audível e inaudível.
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
6 ANOS
Ψ Nesta idade, as crianças são capazes de compreender e
de produzir linguagem complexa, têm vocabulário
receptivo e expressivo e utilizam a linguagem
adequadamente para diferentes objetivos.
Ψ Porém a aquisição da linguagem não está completa, pois
continua até à idade adulta.
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
7 ANOS
Ψ Nesta idade, as crianças compreendem parcialmente o
conceito de causalidade, entendem e usam parte da
palavra, assim como os conceitos espaciais opostos,
como direita – esquerda e adiante - atrás.
Ψ Fonologicamente, aos 7 anos muitas crianças são
capazes de manipular sons para criar canções ou rimas.
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
8 ANOS
Ψ Já entendem e usam as palavras de forma adequada.
Ψ O nível fonético tem de ser perfeito nesta idade.
Ψ Há progressos importantes, sobretudo no nível verbal.
Ψ Pragmaticamente são capazes de manter conversações
sobre temas reais e começara a entender e considerar as
intenções do outro, o que os torna mais hábeis para
participar em conversas.
Ψ Os provérbios ainda são interpretados literalmente.
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
9 ANOS
Ψ Conteúdo da linguagem: as crianças já são capazes de
associar palavras.
Ψ Alguns aspectos metafóricos da linguagem são
aprendidos e entendidos parcialmente
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
10 - 12 ANOS
Ψ 10 anos: As preposições são usadas para expressar
conceitos temporais, períodos específicos de tempo.até
os 9 anos.
Ψ 11 anos: Para expressar relações causais, utilizam a
conjunção "porque" referindo relação entre dois
acontecimentos.
Ψ 12 anos: Aos 12 anos a criança usa advérbios,
conjunções e outras formas complexas no nível
morfológico e sintático.
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
Adolescência
Ψ A maioria dos adolescentes é capaz de compreender e
usar a linguagem de uma forma muito mais abstrata do
que antes.
Ψ Compreendem os significados abstratos e os provérbios.
Ψ Continua a evolução na compreensão e no uso da
linguagem.
Ψ No nível pragmático, podem usar o sarcasmo, a
brincadeira ou o duplo sentido de forma efetiva.
Ψ Há um uso deliberado de metáforas.
Ψ O domínio da linguagem abstrata se aproxima ao do
adulto.
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DO USO
Adultos
Ψ A evolução da linguagem continua até à idade adulta.
Ψ A do adulto se torna mais elaborada com a experiência, e
há um uso mais diversificado da linguagem.
Ψ Em função das necessidades e da experiência, os
adultos tendem a desenvolver diferentes estilos
comunicativos;
Ψ Têm acesso a uma grande variedade de registros de
comunicação que dependem da situação.
TEXTO 02
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM E SEUS DISTÚRBIOS
AULA 02
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM NAS 
CRIANÇAS
Ψ A linguagem é um sistema dinâmico e complexo de
símbolos convencionais usado de vários maneiras para a
comunicação e para o pensamento.
Ψ Para qualificar a existência ou não de problemas, que
podem se apresentar com características muito
diferentes, são usados os seguintes termos:
Ψ Atraso de linguagem. Aquisição mais lenta das
competências normais da linguagem em relação ao
esperado, para crianças de sua idade cronológica.
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM NAS 
CRIANÇAS
Ψ Alteração da linguagem: Alteração ou atraso na
aprendizagem das habilidades e dos comportamentos
linguísticos.
Ψ Geralmente, inclui comportamentos linguísticos que
não são considerados parte do desenvolvimento
normal da linguagem.
Ψ Linguagem diferente: Os comportamentos e as
habilidades linguísticas não estão de acordo com as
pessoas de seu meio social ou linguístico.
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM NAS 
CRIANÇAS
Ψ Na perspectiva do ASLHA, uma alteração da linguagem
pode ser definida como: "compreensão e uso alterados
dos símbolos falados, escritos ou de outro tipo". Esta
alteração pode incluir:
Ψ A forma da linguagem (fonologia, morfologia, sintaxe).
Ψ O conteúdo da linguagem (semântica).
Ψ A função da linguagem na conversação (pragmática).
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM NAS 
CRIANÇAS
Ψ As crianças podem manifestar alguns destes problemas:
Ψ Problemas de linguagem compreensiva.
Ψ Problemas de linguagem expressiva.
Ψ Baixa habilidade de percepção auditiva.
Ψ Compreensão limitada do significado das palavras e
dos enunciados em geral.
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM NAS 
CRIANÇAS
Ψ Uso limitado dos aspectos morfológicos da
linguagem.
Ψ Uso limitado da estrutura da frase e da sintaxe.
Ψ Uso inapropriado da linguagem.
Ψ Uso deficiente da linguagem aprendida.
Ψ Habilidades conversacionais limitadas.
Ψ Habilidades limitadas para narrar experiências.
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM EM 
FUNÇÃO DA ETIOLOGIA
Ψ As alterações da comunicação são as patologias mais
freqüentes nos primeiros anos.
Ψ Cerca de 10 a 15% das crianças apresentam
problemas de fala, linguagem ou audição.
Ψ As alterações de linguagem, nessa faixa etária, se
relacionam aos problemas acadêmicos, emocionais ou
comportamentais.
Ψ A identificação e a intervenção precoce é o principal
caminho para prevenir problemas futuros.
Categorias etiológicas das alterações de 
linguagem - Fatores centrais
Ψ Problemas de processamento central que incluem
alterações corticais, influenciando a aprendizagem no
nível cognitivo ou linguístico
Ψ TDAH (transtorno de déficit de atenção/hiperatividade)
Ψ Retardo mental
Ψ Autismo
Ψ Déficit de atenção/hiperatividade
Ψ TCE (traumatismo cranioencefálicol
Ψ Outros
Categorias etiológicas das alterações de 
linguagem - Fatores periféricos
Ψ Inclui aspectos sensoriais ou motores que influenciam
em como a linguagem entra (aferência) ou sai (eferência)
do cérebro.
Ψ Problemas auditivos
Ψ Problemas visuais
Ψ Surdez-cegueira
Ψ Problemas físicos
Problemas do entorno e emocionais
Ψ Relacionados aos contextos de desenvolvimento ou
aspectos inerentes à pessoa
Ψ Mistos
Ψ Muitas alterações da linguagem incluem problemas
cognitivos, sensoriais, e/ou motores.
Relações sociais deficitárias 
Ψ A linguagem é um fenômeno social e se desenvolve no
contexto de relações sociais.
Ψ As crianças aprendem a usar a linguagem devido a
uma série de razões sociais, por exemplo, para
expressar e aprender ideias ou para iniciar e
desenvolver relações sociais.
Falta de oportunidades linguísticas no 
entorno
Ψ A maioria das crianças com problemas de linguagem tem
um ambiente semelhante ao das outras crianças, e, por
isso, o ambiente não é a causa.
Ψ No entanto, para algumas crianças, a dificuldade de
aquisição da linguagem pode estar relacionada a um
input linguístico alterado.
Ψ Existem casos de privação socialque demonstram que,
na ausência de oportunidades sociais no entorno, a
aprendizagem da linguagem, junto com outros aspectos
fica alterada.
TRANSTORNO ESPECÍFICO DA 
LINGUAGEM (TEL)
Ψ É um déficit significativo nas habilidades de linguagem
que está relacionado a problemas cognitivos, motores,
sensoriais ou socioemocionais.
Ψ Em crianças de 2 anos, quando não há sintomas
evidentes, um atraso no vocabulário ou dificuldades para
falar pode ser um primeiro sintoma.
Ψ Uma criança com 2 anos que possui um vocabulário
menor que 20 palavras e não as combina apresenta um
desenvolvimento atrasado.
TRANSTORNO ESPECÍFICO DA 
LINGUAGEM (TEL)
Ψ Muitas dessas crianças têm um desenvolvimento lento
do vocabulário.
Ψ O TEL inclui déficits semânticos, evidentes com um
número limitado de palavras ou conhecimento de
conceitos, e déficits gramaticais.
Ψ Em geral, as crianças de aproximadamente 18 meses,
quando adquirem em torno de 20 a 30 palavras
diferentes, começam a combiná-Ias.
Ψ No entanto, a criança com TEL não começa a combinar
palavras até que seu vocabulário passe de 200 palavras
(LEONARD, 1982).
CRIANÇAS COM RETARDO MENTAL 
(RM)
Ψ Muitas crianças com RM têm uma compreensão e uma
produção da linguagem de acordo com seu nível
cognitivo.
Ψ Em algumas delas a linguagem receptiva ou a expressiva
pode ser inferior ao nível cognitivo.
Crianças com autismo
1. Alterações na interação social:
Alteração na comunicação não-verbal, contato ocular,
expressão facial, linguagem corporal e falta de
habilidade para chamar a atenção e o interesse.
1. Dificuldades no comportamento verbal e não-verbal:
Atraso manifesto na fala, uso idiossincrásico da
linguagem, problemas conversacionais e dificuldades
no jogo interativo.
2. Insistência no mesmo comportamento: apresentando
movimentos repetitivos, comportamentos ritualistas,
preocupações anormais e resistência à mudança.
Crianças com traumatismo crânio-
encefálico (TCE)
Ψ Essas crianças apresentam características muito
diferentes, devido a acidente de circulação, a quedas ou
a maus-tratos.
Ψ O TCE inclui falta de inibição, falta de iniciativa,
distratibilidade, baixos níveis de frustração.
Ψ Os prejuízos produzidos por um TCE podem afetar a
linguagem e outros aspectos do desenvolvimento.
Síndromes genéticas e cromossômicas
Ψ Síndrome genética
Ψ Denota características específicas ou traços transmitidos
de uma geração à outra.
Ψ As alterações genéticas podem ser adquiridas quando
um gene sofre um processo de mutação ou por herança.
Síndromes genéticas e cromossômicas
Ψ Alterações croniossômicas
Ψ Refere-se aos desvios dos genes localizados nos
cromossomas e podem ser também herdadas ou
adquiridas.
Ψ As mais conhecidas são as síndromes de Down e do X
frágil.
Ψ Em geral, as crianças com síndrome do X frágil
apresentam déficit na recepção auditiva e visual, na
gramática e na memória sequencial.
Problemas auditivos
Ψ Como nos problemas motores, os problemas auditivos
apresentam uma grande heterogeneidade, com aspectos
que podem influenciar na graduação do problema de
linguagem:
Ψ Se a deficiência auditiva é progressiva ou não.
Ψ Se é unilateral ou bilateral.
Ψ O tipo de deficiência auditiva.
Ψ A ajuda que recebeu.
Ψ A atitude dos membros da família.
Ψ Se a deficiência auditiva é pré ou pós-linguística.
Efeitos da deficiência auditiva na forma
Ψ Dificuldades de inteligibilidade;
Ψ Omissão de consoantes, especialmente as finais;
Ψ Alteração na produção de vogais;
Ψ Pausas frequentes;
Ψ Dificuldades de articulação;
Ψ Incoordenação da respiração e da fala;
Efeitos da deficiência auditiva na forma
Ψ Atraso no desenvolvimento da sintaxe;
Ψ Dificuldades nos verbos e nos pronomes;
Ψ Uso rudimentar de advérbios, preposições,
quantificadores e pronomes;
Ψ Atraso compreensivo e expressivo na aquisição das
regras morfológicas;
Ψ Atraso compreensivo e expressivo na aquisição das
regras sintáticas.
Efeitos na semântica
Ψ Dificuldade em entender e usar palavras conceituais;
Ψ Dificuldade com os significados figurativos de palavras e
de frases;
Ψ Dificuldade com palavras que podem ter muitos
significados;
Ψ Dificuldades em estruturar o discurso na linguagem
falada.
Prematuridade
Ψ As crianças normais nascem depois de 38 semanas de
gestação e com um peso superior a 2.500g.
Ψ As crianças prematuras, frequentemente, pesam menos.
Entre 15 e 35% dos prematuros ou com baixo peso têm
atraso de linguagem a partir dos 24 meses.
Exposição pré-natal ao álcool e às 
drogas
Ψ Em alguns países desenvolvidos, a síndrome alcoólica
fetal se encontra entre as causas principais de retardo
mental. Essas crianças costumam apresentar baixo peso,
anomalias faciais e déficit do sistema nervoso central
(SNC).
Ψ Também acontecem casos de desenvolvimento
insuficiente do perímetro crânio-encefálico.
Déficit de atenção e déficit de atenção / 
hiperatividade
Ψ Em geral, o déficit de atenção é definido por aquilo que
não é:
Ψ Não é exatamente um problema de comportamento.
Ψ Não é um problema de aprendizagem.
Ψ Não é um problema de processamento auditivo.
Déficit de atenção e déficit de atenção / 
hiperatividade
Ψ Características:
Ψ Uma dificuldade em manter a atenção de forma
seletiva.
Ψ A causa pode ser devido a alterações na transmissão
das vias subcorticais que conectam o hemisfério
cerebral com o córtex frontal.
Ψ São áreas que se encarregam de focalizar a atenção, o
autocontrole e o planejamento.
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM NOS 
ADULTOS
Ψ Em alguns casos, as alterações de linguagem das
crianças persistem nos adultos.
Ψ Em outros, aparecem pela primeira vez na idade adulta,
por diversas razões:
Ψ Lesão cerebral hemisférica.
Ψ Tumor cerebral.
Ψ Envelhecimento cerebral.
Ψ Em outros casos, as habilidades linguísticas podem
deteriorar-se lentamente.
Ψ Problemas de audição nos adultos são comuns.
Afasias
Ψ Afasia é uma alteração da linguagem associada a uma
lesão cerebral, a problemas na compreensão ou
expressão da linguagem, ou 'ambos;
Ψ Dificuldade em reconhecer e escolher as palavras
adequadas.
Ψ Trata-se de um problema comunicativo e linguístico,
relacionado com algumas das etiologias comentadas:
infarto cerebral, acidente vascular encefálico (AVE),
envelhecimento cerebral, etc.
Problemas de voz
Ψ Os problemas de voz podem dificultar a comunicação, e
as causas (endócrinas, neurológicas, psicológicas,
infecciosas, funcionais) podem ser diversas.
Alzheimer e outras demências
Ψ Aproximadamente 5% das pessoas entre 65 e 70 anos
sofrem de demência.
Ψ A demência é definida como uma constelação de sinais e
sintomas de degeneração do SNC e é difícil de ser
diferenciada de outras alterações neurológicas da
linguagem, como, por exemplo, a afasia.
Alzheimer e outras demências
Ψ Uma das alterações mais comuns da demência sobre a
linguagem é a semântica. Especificamente são
percebidas quatro áreas de deterioração na semântica:
1. Alterações na denominação.
2. Discriminação do vocabulário.
3. Discriminação na habilidade em demonstrar o uso de
um objeto, ou expressar alguma coisa que o clínico
"imita" ou representa.
4. Desintegração nas habilidades de associação de
palavras.
Demências reversíveis
Ψ As demências reversíveis são provoca das pela ingestão
de toxinas, de drogas, ou por alterações metabólicas.
Demências irreversíveis
Ψ As chaves para o diagnóstico da demência são:
1. Deterioração sustentada da memória, acompanhada
de alterações nas seguintes áreas:
a) orientação no tempo e no espaço;
b) problemas de raciocínio e capacidade de
solucionar os problemas de cada dia;
c) problemas com a economia diária (compras,
finanças);
d) cuidado pessoal.
Ψ 2. Evolução progressiva.
Ψ 3. Duração de, no mínimo, 6 meses.
Efeitos da demência na comunicação 
Primeiros estágios
Ψ Sons: uso correto.
Ψ Palavras: pode omitir alguma palavra com significado,
normalmente um nome. Pode ter dificuldades para
encontrar a palavra adequadae reduz o vocabulário.
Ψ Gramática: geralmente correta.
Ψ Conteúdo: temas redundantes. Habilidade reduzida para
gerar séries de frases com significado. Dificuldade em
compreender informação nova.
Ψ Uso: fala muito sobre o mesmo tema. Pode ter
dificuldade para entender o humor, as analogias verbais,
o sarcasmo e os estilos indiretos.
Efeitos da demência na comunicação 
Estágio Intermediário
Ψ Sons: uso correto.
Ψ Palavras: dificuldade em usar palavras dentro de uma
categoria. Anomia na conversação. Dificuldade para
denominar objetos. Vocabulário notavelmente diminuído.
Ψ Gramática: frases fragmentadas e com alterações. Tem
dificuldade para entender frases complexas.
Ψ Conteúdo: repete frequentemente ideias. Fala de
acontecimentos passados ou triviais. Poucas ideias.
Ψ Uso: sabe quando falar. Reconhece perguntas. Perda de
sensibilidade para os companheiros de conversação.
Não costuma corrigir seus erros.
Efeitos da demência na comunicação 
Último Estágio
Ψ Sons: geralmente o uso é correto, mas podem aparecer
erros.
Ψ Palavras: anomia acentuada. Vocabulário pobre. Falta de
compreensão da palavra. Pode produzir jargões.
Ψ Conteúdo: geralmente é incapaz de produzir uma
sequencia com ideias corretas. O tema de muitas frases é
voltar a explicar um acontecimento passado. Acentuada
repetição de palavras e de frases.
Ψ Uso: geralmente incapaz de utilizá-lo no contexto.
Insensível aos outros. Linguagem muito pouco
significativa. Alguns são mudos; outros, ecolálicos.
Demências e HIV
Ψ Aproximadamente 50% das pessoas com HIV
desenvolvem complicações centrais ou periféricas. Nas
últimas fases da enfermidade
Ψ Se desenvolve a demência, e especialmente na fase
terminal, o uso da linguagem fica muito prejudicado.
Essas pessoas podem demonstrar, além disso, falta de
concentração e apatia.
Doença de Alzheimer
Ψ Caracteriza-se por dificuldades de memória de curto ou
longo prazo, que afeta as funções corticais superiores:
pensamento abstrato, raciocínio e mudanças de
personalidade.
Ψ Essas mudanças interferem nas atividades normais e em
suas relações.
Ψ A doença de Alzheimer é caracterizada por uma
deterioração progressiva que afeta o conhecimento, a
memória e a linguagem.
Doença de Alzheimer
Ψ No primeiro estágio, que pode durar entre um e três
anos, a pessoa com Alzheimer começa a ficar
desorientada em situações não - habituais e tem
dificuldade em recordar acontecimentos recentes ou
nomes.
Ψ O paciente usa pausas, circunlóquios e substituições de
palavras para compensar seus problemas de
denominação.
Doença de Alzheimer
Ψ No estágio intermediário, que dura de 2 a 10 anos, esses
pacientes têm dificuldades com muitas tarefas,
problemas afetivos para estar em sociedade e uma
crescente dificuldade na denominação, sem se esforçar
para se corrigir.
Doença de Alzheimer
Ψ Nos últimos estágios, a denominação fica muito
prejudicada, a linguagem expressiva costuma ficar
limitada a um jargão e há dificuldade para estruturar
tarefas.
Ψ As pessoas com Alzheimer tornam-se totalmente
dependentes, precisam de ajuda para as rotinas de cada
dia e, cognitivamente, são incapazes de reconhecer
nomes, acontecimentos e lugares.
Ψ Habitualmente não iniciam conversações, e as
habilidades linguísticas ficam muito prejudicadas;
parecem voltar à infância.
Doença de Pick
Ψ A doença de Pick tem sintomas semelhantes à doença de
Alzheimer, mas tem uma etiologia diferente.
Ψ Trata-se de uma enfermidade neurológica progressiva,
com diminuição gradual da massa encefálica,
especialmente dos lóbulos frontal e temporal.
Multi-infartos
Ψ Aproximadamente 20% dos pacientes que apresentam
algum tipo de demência senil tiveram vários infartos
cerebrais.
Ψ Este tipo de demência é o resultado de muitos infartos
que afetam a zona do córtex, provocando dano em toda
uma série de áreas cerebrais. Costuma ser referida como
demência vascular.
Ψ A cognição é caracterizada por uma memória
inconsciente, lapsos, dificuldades de pensamento
abstrato e raciocínio.
Multi-infartos
Ψ As alterações da linguagem diferem segundo o lugar da
lesão:
Ψ Apraxia: incapacidade para coordenar a musculatura
oral para fazer movimentos voluntários.
Ψ Alexia: incapacidade para ler.
Ψ Agrafia: incapacidade para escrever.
Doença de Parkinson (demências 
subcorticais)
Ψ As demências subcorticais se diferenciam das corticais
pela presença de transtornos motores associados à
demência.
Ψ Os transtornos motores precedem a demência.
Ψ Os pacientes com demência tipicamente subcortical
apresentam disartria, problemas de voz, problemas de
fala e articulação.
Ψ Entre 40 e 50% dos pacientes com a doença de
Parkinson sofrem de dificuldades de denominação,
cognição e memória.
Doença de Huntington
Ψ A doença de Huntington é uma alteração neurológica
associada, frequentemente, à demência subcortical.
Ψ A fala é irregular e espasmódica, os movimentos da boca
e dos músculos faciais são rápidos e involuntários.

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