A ÉTICA MÉDICA

Prévia do material em texto

A ÉTICA MÉDICA
NO OCIDENTE
“A história da ética médica é a história dos ideais professionais e dos valores associados que influenciam na função do médico.”
O CÓDIGO DE HAMURABI
· Mesopotâmia (2050 a. C.) 
·  Considerado o primeiro código deontológico da Humanidade. 
· Primeiro código jurídico regedor do ato médico, contém alusões claras com relação a honorários médicos, assim como às sanções previstas em caso de erros terapêuticos. 
CONSELHO DE ESCULÁPIO
· um texto sobre as bases e as motivações da profissão médica. 
· Fala sobre os deveres e sacrifícios que o médico precisa fazer.
“Enquanto a maioria de teus concidadãos uma vez cumpridas suas tarefas podem ir embora longe de importunos, tua porta deverá estar sempre aberta para todos.”
O JURAMENTO DE HIPÓCRATES
· Antes de Hipócrates o exercício da Medicina estava nas mãos dos sacerdotes de Esculápio, o deus grego e romano da cura. 
· Hipócrates, conhecido como “Pai da medicina”, concentrou-se em compreender o corpo humano, na esperança de encontrar explicações racionais para as doenças.
· Ele separou a medicina da religião e fundou uma escola onde ensinava além dos princípios da Medicina, as relações pessoais adequadas entre médico e paciente.
· “A convicção que o médico e o paciente são seres com igual valor, que sua relação é decisiva para o exercício da medicina e que nesta relação o interesse do doente é o mais importante”.
· O juramento foi um dos escritos de Hipócrates, no qual ele escreveu sobre princípios para a prática médica.
· “Nele se definem quatro pontos: agradecer aos professores pelo ensino recebido e estabelecer com eles e com a deles uma família intelectual; colocar o benefício do paciente acima de tudo como fundamento da prática profissional; manter uma moralidade e vida pessoal impecáveis; respeite absolutamente, sem dúvidas ou hesitações, o sigilo médico”.
· O juramento hipocrático é considerado um patrimônio da humanidade por seu elevado sentido moral, e até hoje influencia a ética médica.
O SERMÃO DE ASAPH
· Asaph Ben Berachiach, discípulo de Hipócrates, considerava a medicina como um sacerdócio e uma religião. 
· Criou um código para complementar a formação médica, através de normas morais sobre a ação médica.
AVERRÓIS E MAIMONIDES
· Averróis acentuou com suas teorias o contraste entre razão e fé, filosofia e religião; e, seguindo a filosofia de Aristóteles, ele negou a imortalidade da alma.
· Maimonides, foi o maior discípulo de Averróis, e escreveu “O guia perplexos “e “A oração do médico” (que define como dever do médico utilizar todos os recursos científicos possíveis para oferecer ao paciente o melhor tratamento possível)
O CÓDIGO DE PERCIVAL NO SÉCULO XIX
· O primeiro código moderno da história da médica.
· Separar os deveres religiosos e civis. 
· A partir de este momento, aparecem dois comportamentos éticos dentro da prática médica: o médico religioso e o secular. 
· Explica, como o médico deve agir com seus colegas, e como, através de algumas normas, pode o serviço oferecido ao paciente e à sociedade.
· . O código ético da American Medical Association, (1847) se inspira nele.
O CÓDIGO DE NUREMBERG
· Estabelece dez princípios fundamentais, que devem ser adotados pelos médicos ao realizar experimentos em seres humanos.
· Foi elaborado em 1947, por ocasião do julgamento, de médicos nazistas acusados de crimes de guerra. 
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE
· Adotado pela Associação Médica Mundial de Helsinque em 1964
· Define os princípios básicos da pesquisa clínica e as regras a serem seguidas em suas diversas modalidades.
O CÓDIGO INTERNACIONAL DE ÉTICA MÉDICA
· Aprovado pela Assembleia Geral da Associação Médica World in London, outubro de 1949. 
· É dividido em três vertentes: os deveres dos médicos e entre eles os deveres do médico em geral e os deveres do médico com o paciente. Seguidamente viriam outras declarações que incidiriam sobre problemas novos de urgente consideração.
O CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA (BRASIL)
· Estabelece os limites, deveres e direitos dos médicos na sua relação entre si, com os pacientes e com a sociedade.
· Possui 26 princípios fundamentais 
DESTACAM-SE:
I - A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza.
II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.
VI - O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício, mesmo depois da morte. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativas contra sua dignidade e integridade.
VII- O médico deverá exercer sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os dilemas de sua consciência ou a quem não deseje, executadas as situações de emergência, ou quando a recusa pode trazer danos à saúde do paciente.
IX- A medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser exercida como comercio 
XXI- No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo com seus dilemas de consciência e as previsões legais, o medico aceitara as escolhas de seus pacientes relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente reconhecidos 
XXIII- Quando envolvido na produção de conhecimento cientifico, o medico agira com isenção, independência, veracidade e honestidade, com vista ao maior beneficio para os pacientes e para a sociedade.
· Também apresenta pontos sobre: direitos dos médicos; responsabilidade profissional; direitos humanos; relação com paciente e familiares; doação e transplante de órgãos e tecidos; relação entre os médicos; remuneração profissional; sigilo profissional; documentos médicos; auditoria e perícia médica; ensino e pesquisa médica; publicidade médica.