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- Ética médica: conjunto de preceitos e normatizações estabelecidos pelo código de ética médica (direitos e deveres do médico) → a dimensão normativa (moral) é o Código de ética Médica → direitos e deveres - Bioética: exame moral, interdisciplinar e ético das dimensões da conduta humana nas áreas das ciências da vida e da saúde - Ética: é a fundamentação da moral, é a “práxis” (prática) da moral, sendo então a prática de um conjunto de regras desejável em um grupo social → dimensão descritiva - Moral: parte da filosofia que trata dos costumes, deveres e modo de preceder dos homens para com ou outros homens; conjunto de regras de conduta desejável num grupo social → dimensão normativa - Ética de Al Capone: prática de condutas visando o seu bem estar, a manutenção de seu “status” social, seu poder sobre a comunidade de Chicago → fazia trafico de álcool e fazia de tudo para manter esse contrabando - Ética de Madre Tereza de Calcutá: prática da moral cristã, do acolhimento, do serviço ao outro, da benevolência, independentemente do bem estar próprio Todas as pessoas têm ética, mas cada um vai apresentar o seu grupo de regras que vai representar o seu caráter. ATIVIDADE – TEXTO: ÉTICA E BIOÉTICA (REYNALDO AYER DE OLIVEIRA) 1. Basta conhecer e atender cuidadosamente às normatizações do Código de Ética Médica para que o médico seja capaz de tomar decisões acertadas no exercício da profissão, como nos casos de definição sobre reprodução assistida ou tomada de decisão diante de paciente em fase final da vida, e assim nunca se deparar com conflitos éticos em relação à atitude a tomar. Resposta: Falso 2. A Bioética surgiu em decorrência da necessidade de se debater e decidir quanto aos avanços científicos, sendo a expressão crítica do nosso interesse em usar convenientemente os progressos da medicina e da ciência e afirma-se como uma área do conhecimento humano que relaciona os valores éticos com fatos biológicos sobretudo aqueles fatos que envolvem a vida e a saúde dos seres humanos. Resposta: Verdadeiro 3. O estudo da Bioética e a assimilação de seus conceitos poderão nortear os médicos na tomada de decisão em sua atividade assistencial, estabelecendo uma ponte com as normatizações vigentes estabelecidas no Código de Ética Médica. Resposta: Verdadeiro ÉTICA E BIOÉTICA – STELLA GONTIJO 71D INTRODUÇÃO A ÉTICA MÉDICA/BIOÉTICA - Contextualização da Noruega (Bergen) → Lepra – St. Jorgens Hospital - Contextualização Polônia (Auschwitz) → Nazismo – Código de Nuremberg - Contextualização USA (Seattle) → Hemodiálise para insuficiência renal: decisão de prioridade de tratamento - Década de 1970: Estudo Tuskeegue (1932-1972): 600 homens negros, 399 com sífilis e 201 sem a doença no Alabama → observação da doença livre sem tratamento (mas ainda não se sabia qual era) e sem consentimento, omitindo o diagnóstico conhecido e o prognóstico esperado. Hospital de Israelita de Nova York (1969): células cancerígenas foram injetadas em idosos Hospital estatal de Willowbrook: injetaram vírus da hepatite B em crianças “retardadas” – com síndrome de Down. Em consequência, o congresso americano criou então uma comissão para apurar os fatos → Relatório de Belmont (1978) estabeleceu três princípios: respeito pela pessoa (pessoa com autonomia plena e pessoa com autonomia reduzida), beneficência (não sob o aspecto de caridade, mas como obrigação) e justiça (imparcialidade na distribuição de riscos e de benefícios. A ciência emite juízos na ordem do ser (trata a realidade como ela é) e a moral emite juízos na ordem do deve ser (trata da realidade com ela deve ser). Assim, a medicina ensina (emite juízo) como fazer (ordem do ser) e a bioética ensina (emite juízo) quando fazer (ordem do dever ser feito) se estruturando em modelos de análise teórica. - Paradigmas da bioética: paradigma principialista, paradigma liberatório, paradigma das virtudes, paradigma casuístico, paradigma fenomenológico e hermenêutico, paradigma do cuidado, paradigma do direito natural, paradigma contratualista e paradigma antropológico-personalista. - Quatro pilares da ética principalista: beneficência, não maleficência, respeito e justiça. - Código de ética médica: a medicina é uma profissão a serviço do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza. O alvo de toda atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício, mesmo depois da morte. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade. É vedado ao médico participar de qualquer tipo de experiência envolvendo seres humanos com fins bélicos, políticos, eugênicos ou outros que atentem contra a dignidade humana. ATIVIDADE – TEXTO: EXPERIMENTAÇÃO HUMANA (CÓDIGO DE NUREMBERG – 1947) 1. Durante a realização de experimento envolvendo seres humanos o grau de risco aceitável deve ser limitado pela importância do problema a resolver. Após iniciado o experimento, o participante somente terá liberdade para se retirar do estudo quando puder justificar sua decisão, explicitando os riscos que não deseja assumir. Resposta: Falso 2. Embora devam ser tomados todos os cuidados especiais para proteger o participante do experimento de qualquer possibilidade de dano ou invalidez, a continuidade do experimento poderá ser justificada, CONTEXTO HISTÓRICO DA BIOÉTICA ainda que dano de menor gravidade venha a ocorrer, quando os objetivos terapêuticos do estudo venham a beneficiar o tratamento de um grande número de pessoas doentes, produzindo, assim, resultados vantajosos para a sociedade. Resposta: Falso 3. Resultados previamente conhecidos justificam a realização do experimento, mas danos causados em experimentação prévia com animais podem ser desconsiderados, quando na experimentação com seres humanos, quando o estudo envolver doenças que incidem exclusivamente na espécie humana. Resposta: Falso Lei: s.f.a relação necessária que deriva da natureza das coisas prescrição emanada da autoridade soberana preceito que emana do poder legislativo/...// F lat Lex - Dicionário Caldas Aulete Hierarquização legal: ordem de hierarquia das leis, na qual as de menor grau devem obedecer às de maior grau. A denominada Pirâmide de Hans Kelsen apresenta esta hierarquização, tendo no topo da pirâmide a Constituição Federal (Carta Magna) Constituição Federal (Legislativo) - lei maior do país (Carta Magna) Lei Complementar (Legislativo) - matéria específica complementar à CF Lei Ordinária (Legislativo) - matéria não tratadas por Lei Complementar Medida Provisória (Legislativo) - poder de lei com validade por 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias Decretos (Executivo/Legislativo) - poder de regulamentar uma lei Carta magna constituição federal 1988 - cláusula pétrea: Art 5 º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos termos desta Constituição II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante SISTEMA DE HIERARQUIZAÇÃO LEGAL – A REGULAMENTAÇÃO DO ATO MÉDICO XII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer LEGISLAÇÃO MÉDICA Conselhos federal e regionais de medicina – Lei 3.268 de 30 de setembro de 1957 Dispõe sobre os Conselhos de Medicinae dá outras providências O Presidente da República, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art 1º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina, instituídos pelo Decreto lei n º 7.955 de 13 de setembro de 1945 passam a constituir em seu conjunto uma autarquia, sendo cada um deles dotados de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira Ato médico – Lei 12.842 de 10 de julho de 2013 Dispõe sobre o exercício da Medicina A Presidenta da República, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Art. 1º O exercício da Medicina é regido pelas disposições desta lei Código de Ética Médica – Resolução CFM 2.217 de 27 de setembro de 2018 Aprova o Código de Ética Médica O Conselho Federal de Medicina, no uso de suas atribuições conferidas pela Lei nº 3 268 de 30 de setembro de 1957 regulamentado pelo Decreto nº 44.045 de 19 de julho de 1958 modificado pelo Decreto nº 6.821 de 14 de abril de 2009 e pela Lei nº 11.000 de 15 de dezembro de 2004 e consubstanciado na Lei nº 6.838 de 29 de outubro de 1980 e na Lei nº 9.784 de 29 de janeiro de 1999 e Resolve: Art. 1º Aprovar o Código de Ética Médica anexo a esta Resolução, ... Código de Ética Médica - Lei 3.268 de 30 de setembro de 1957 Dispõe sobre os Conselhos de Medicina e dá outras providências O Presidente da República, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 30º Enquanto não for elaborado e aprovado pelo Conselho Federal de Medicina, ouvidos os Conselhos Regionais o Código de Deontologia Médica, vigorará o Código de Ética da Associação Médica Brasileira. Código de Ética Médica - Superior Tribunal de Justiça Recurso Especial 159527 RJ “Esse Código de Ética (Médica) foi definido pelo eg Supremo Tribunal Federal como norma jurídica de caráter especial, submetida a regime jurídico semelhante ao das normas e atos normativos federais, sendo possível o controle da sua constitucionalidade através de ação direta (RTJ 93 506) ... os médicos registrados nos Conselhos Regionais são obrigados à observância e cumprimento das normas contidas no Código de Ética Médica, sob pena de sanção EXERCÍCIO PROFISSIONAL Carta magna constituição federal 1988 - cláusula pétrea: Art 5 º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer Conselhos federal e regionais de medicina – Lei 3.268 de 30 de setembro de 1957 Dispõe sobre os Conselhos de Medicina e dá outras providências O Presidente da República, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Art. 17º Os médicos só poderão exercer legalmente a medicina em qualquer dos seus ramos ou especialidades, após o prévio registro de seus títulos diplomas certificados ou cartas no Ministério da Educação e Cultura e de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade FORMAÇÃO PROFISSIONAL E MÉDICA “A responsabilidade individual do médico não é maior nem menor do que a dos demais profissionais da instituição. Apenas está mais exposto, pela confiança e expectativa nele depositados pelo paciente. Daí sua grandeza e, paradoxalmente, o seu calvário” Obs: tem tido a tendencia de invasão à atividade profissional do médico INVASÃO AO ATO MÉDICO O CFM criou a Comissão Jurídica de Defesa do Ato Médico que assumiu a responsabilidade de coordenar estratégias frente aos abusos cometidos contra o Ato Médico. A comissão é composta por advogados e representantes de várias entidades, como Associação Médica Brasileira (AMB) Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) e sociedades de especialidades médicas. As entidades médicas e Conselhos de Medicina monitoram ameaças e impetram medidas administrativas e judiciais para defender os interesses da profissão e dos brasileiros. Esse esforço contínuo, centrado no Ministério Público e no Poder Judiciário está submetido às regras processuais em vigor, o que implica, em grande parte dos casos, uma tramitação longa, que está sujeita ao esgotamento de todos os recursos. Mesmo obtendo uma liminar, cada conquista deve ser motivo de comemoração pelos médicos e suas entidades de representação. Decisões favoráveis mesmo que provisórias, criam uma cultura no mundo jurídico que, aos poucos, consolida o peso da Lei nº 12.842/13 como parâmetro, criando jurisprudência o que é decisivo nesses embates. Isso amplia a efetividade das ações de defesa profissional promovidas pelo sistema conselhal que se preocupa, sobretudo, com o respeito aos limites definidos em lei. Reitere-se que vários magistrados em diferentes instâncias já apontam a ausência de lastro legal para resoluções que têm sido publicadas por outras categorias na expectativa de ampliação de escopo de atuação de seus associados. Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Caixa de texto Jurisprudência: decisão que vai influenciar outras decisões. Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce Heloysa Realce EXERCÍCIO DA PROFISSÃO Para o correto exercício da profissão você deve ter conhecimento, habilidades, tomar atitudes práticas e ter um comportamento ético. LEGISLAÇÃO MÉDICA/2 Código de Ética Médica - Capítulo I: Princípios Fundamentais I - A medicina é uma profissão a serviço do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano em benefício da qual deverá agir com máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional Código de Ética Médica - Capítulo III: Responsabilidade Profissional É vedado ao médico: Art 1 º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência Parágrafo único. A responsabilidade médica é sempre pessoal e não pode ser presumida Código de Ética Médica - Capítulo V: Relação com pacientes e familiares É vedado ao médico: Art 32 Deixar de usar todos os meios disponíveis de promoção de saúde e de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente Código de Ética Médica - Capítulo XIII: Publicidade Médica É vedado ao médico: Art 114 Anunciar títulos científicos que não possa comprovar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no Conselho Regional de Medicina Objeção da consciência Objeção de consciência direito a se recusar cumprir determinado dever (realizar ou deixar de realizar determinado procedimento) com base em princípios pessoais. A justificativa ou fundamentação decorre da noção de que cada indivíduo tem a liberdade de atuar conforme os valores (princípio) que carrega Art. 11. Em situações de urgência e emergência que caracterizarem iminente perigo de morte, o médico deve adotar todas as medidas necessárias e reconhecidas para preservar a vida do paciente, independentemente de recusa terapêutica. ATIVIDADE – TEXTO: LEI DO “ATO MÉDICO” (10 DE JULHO DE 2013) 1. O Conselho Federal de Medicina possui competência para editar normas definindo o caráter experimental de procedimentos em Medicina, podendo autorizar ou vedar a sua prática pelos médicos. Resposta: Verdadeiro Heloysa Realce Heloysa Realce 2. A Comissão Jurídica de Defesa do Ato Médico, criada pelo Conselho Federal de Medicina e tendo como responsabilidade coordenar estratégias frente aos abusos cometidos contra o Ato Médico, encaminha sua demandasomente ao Ministério Público, visando obter sucesso em suas ações de proteção ao trabalho médico. Resposta: Falso 3. A Lei 12.842/2013, conhecida como a Lei do Ato Médico, estabelece como atividade privativa do médico o diagnóstico e a prescrição de medicamentos em todas as modalidades de atendimento ao paciente pelo serviço de saúde. Resposta: Falso Juramento: s. m. ação de jurar / a fórmula com que se jura, promete ou afirma tomando a Deus por testemunha ou invocando o nome de coisa que se reputa sagrada /...// F lat Juramentum É uma afirmação de um fato ou de uma promessa, geralmente feito perante ou sobre algo ou alguém que quem o faz considera sagrado, como testemunha da natureza vinculativa desta promessa ou da veracidade desta declaração ou fato. Afirmação ou promessa solene que se faz invocando como penhor de sua boa-fé um valor moral reconhecido Compromisso solene (pessoal ou recíproco) pronunciado em público a fórmula que o exprime. Jurar: v.tr. assegurar, declarar, prometer por juramento F lat Jurare Necessidade: é fato conhecido que tudo necessita de uma ordem. O Universo, para ser considerado com tal, precisa de uma determinada ordenação. A Medicina, como instituição consagrada por princípios seculares, necessita não apenas de uma sedimentação técnica e científica, mas também estar determinada para um fim. Sendo essa determinação imposta pela ética. À medida que a Medicina avança em suas investigações e conquistas, maior se torna o risco inerente a esse desenvolvimento. Longe de se atenuar ou diluir a significação da Ética, esta se faz, doravante, mais necessária do que nunca Juramento hipocrático: obriga, publicamente, o novo médico a assumir as reconhecidas responsabilidades da sua profissão. “Juro por Apolo, médico, por Asclépio, Hygeia e Panaceia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, conforme o meu poder e a minha razão, o juramento cujo texto é este. Estimarei como aos meus próprio pais quem me ensinou esta arte e com ele farei vida comum e, se tiver alguma necessidade, partilharei os meus bens cuidarei dos seus filhos, como meus próprios irmãos, ensinando lhe esta arte, se tiverem necessidade de aprendê-la, sem salário nem promessa escrita farei participar dos preceitos, das lições e de todo restante do ensinamentos, os meus filhos, como os filhos do mestre que me instruiu, os discípulos inscritos e arrolados de acordo com as regras da profissão, mas apenas esses. Aplicarei os regimes para o bem dos doentes, segundo o meu saber e minha razão, e nunca para prejudicar ou fazer mal a quem quer que seja. A ninguém darei, para agradar, remédio mortal nem conselho que o induza à destruição. Também não fornecerei a uma senhora pessário abortivo. Conservarei puras minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, ainda que seja em calculoso manifesto, mas deixarei essa operação para os práticos. Na casa onde eu for, JURAMENTO DE HIPÓCRATES entrarei apenas pelo bem do doente, abstendo me de qualquer mal voluntário, de toda sedução, e sobretudo dos prazeres do amor com mulheres ou homens, sejam livres os escravos o que, no exercício ou fora do exercício e no comércio da vida, eu vir ou ouvir, que não seja necessário revelar, conservarei em segredo Se cumprir este juramento com fidelidade, goze eu minha vida e minha arte com boa reputação entre os homens, e para sempre mas, se dele me afastar ou violá-lo, suceda me o contrário”. “Prometo que ao exercer a arte de curar, mostrar me ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e a ciência. Penetrando no interior da lares, meus olhos serão cegos minha boca calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei de minha profissão para comprometer os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu, para sempre, a minha vida e a minha arte de boa reputação entre os homens se o infringir ou dele me afastar suceda-me o contrário”. - Principais pontos: Agradecimento aos mestres pelos ensinamentos recebidos e constituir, com eles e os seus, uma família intelectual Moralidade em uma vida profissional irretocável Respeito ao segredo médico Benefício incondicional ao paciente, como polo principal do exercício médico Concepção da Medicina como uma arte de observação cuidadosa e como ciência da natureza Libertação da Medicina das mãos dos bruxos e sacerdotes - Pontos positivos da pandemia: Resgatada a importância e o prestígio da profissão médica Evidenciada a nobreza do exercício da Medicina Reconhecida a atuação do médico como profissional necessário e competente Evidenciada a dedicação do médico ao paciente, assumindo riscos pessoais Despertada a atenção para a Ética Médica e a sua aplicabilidade Código de ética médica: conjunto de regras que baliza o comportamento do profissional da Medicina, cuja, denominação, “Código de Deontologia”, poderia ser mais apropriada, por agrupar as obrigações e os deveres dos médicos quanto aos aspectos éticos e jurídicos Código de ética Médica x Juramento de Hipócrates - Justiça: Código de Ética Médica Capítulo I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS I - A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza Juramento de Hipócrates Heloysa Caixa de texto Deontologia = termo fala só sobre deveres, exclui os direitos dos médicos. Na casa onde for, entrarei apenas pelo bem do doente mulheres ou homens, sejam livres os escravos - Beneficência e não maleficência: Código de Ética Médica Capítulo I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional Juramento de Hipócrates Aplicarei os regimes para o bem dos doentes segundo o meu saber e minha razão, e nunca para prejudicar ou fazer mal a quem quer que seja - Beneficência: Código de Ética Médica Capítulo I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS IV - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão Juramento de Hipócrates Se cumprir este juramento com fidelidade, goze eu minha vida e minha arte com boa reputação entre os homens e para sempre, mas, se dele me afastar ou violá-lo, suceda-me o contrário - Autonomia (Respeito pelo paciente): Código de Ética Médica Capítulo I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS XI - O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em lei Juramento de Hipócrates O que, no exercício ou fora do exercício e no comércio da vida, eu vir ou ouvir, que não seja necessário revelar, conservarei em segredo - Justiça (colegas): Código de Ética Médica Capítulo I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS XVIII - O médico terá para com os colegas, respeito, consideração e solidariedade sem se eximir de denunciar atos que contrariem os preceitos éticos Juramento de Hipócrates Estimarei como aos meus próprios pais quem me ensinou os discípulos inscritos e arrolados de acordo com as regras da profissão. ATIVIDADE – TEXTO: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ETICA MÉDICA – DR. GENIVAL VELOSO DE FRANÇA (7ª EDIÇÃO – 2019) 1. Na elaboração do Código de Ética Médica considera-se imperativa a participação exclusiva dos médicos, por serem estes os profissionais que atuam e compreendem as relações estabelecidas no exercício da Medicina, não havendo a necessidade da contribuição da sociedade às questões cujas diretrizes e valores dizem respeito apenas à relação entre o médico e o paciente. Resposta: Falso 2. Ainda que a Medicina tenha avançado cientifica e tecnicamente nos últimos anos, o atual Código de Ética Médica, ao normatizar uma ética milenar e regularmente estabelecida, consegue atender às demandas dos médicos e dos conselhos de Medicina,não havendo necessidade de revisão periódica de suas normativas. Resposta: Falso 3. O Código de Ética Médica, promulgado pelo CFM em 2018 e atualmente em vigor, sustenta-se por uma estrutura paternalista, ainda que não fuja aos padrões hipocráticos centrados no compromisso com a saúde do ser humano e da coletividade. Resposta: Falso Os Conselhos Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais foram criados pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957 O Presidente da República, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina, instituídos pelo Decreto lei n. n.°7.955, de 13 de setembro de 1945, passam a constituir em seu conjunto uma autarquia, sendo cada um deles dotados de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957 Art. 2 O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina são os órgãos supervisores da ética profissional em toda a República e, ao mesmo tempo, julgadores e disciplinadores da classe médica, cabendo lhes zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestigio e bom conceito da profissão e dos que a exerçam legalmente. Art. 17 Os médicos só poderão exercer legalmente a Medicina, em qualquer dos seus ramos ou especialidades, após o prévio registro de seus títulos, diplomas certificados ou cartas no Ministério da Educação e Cultura e de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina, sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade. Art. 36 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogados o Decreto lei n 7.955, de 13 de setembro de 1945, e disposições em contrário. Rio de Janeiro, 30 de setembro de 1957, 136. da Independência e 69. Da República . Juscelino Kubitschek Clóvis Salgado / Parsifal Barroso / Maurício de Medeiros A ESTRUTURA E O FUNCIONAMENTO DO CFM/CRM - I CFM E CRM-MG O CFM e o CRM-MG são autarquias federais, dotadas de personalidade jurídica, com autonomia administrativa e financeira. Suas ações abrangem todo o trabalho individual e institucional, público ou privado, inclusive toda a hierarquia médica que presta, direta ou indiretamente, assistência à saúde. Atualmente a sede do CRM-MG é em BH, tendo 25 delegacias regionais (cidades com mais de 200 médicos e Faculdade de Medicina, contam com Del Titular, Del Adjunto e Agente Administrativo e proporcionam agilidade e comodidade na prestação de serviços, tendo atendimento administrativo aos médicos) e 41 delegacias seccionais (cidades com mais de 50 médicos, contam com Delegado Seccional e apoiam as Delegacias Regionais, mas não prestam atendimento administrativo aos médicos). - Estrutura: 1. Assembleia Geral (Assembleia dos Médicos regularmente inscritos no CRM MG) 2. Corpo de Conselheiros Plenário 3.Diretoria do CRM MG 4 Câmaras: - Julgamento de Sindicâncias / Conciliação / Julgamento de Processos Ético Profissionais - Câmaras Técnicas de Especialidades (conselheiro e médicos especialistas) 5. Comissões de Apoio às Atividades do Conselho: - Tomada de Contas e Controle Interno - Fiscalização da Publicidade Médica - Qualificação de Especialistas - Coordenação das Comissões de Ética Médica e Diretores Clínicos - Defesa das Prerrogativas do Médico - Educação Continuada e Telemedicina 6. Corregedoria / Setor de Processos 7 Superintendência Administrativa - Setor de Tecnologia da Informação / Setor de Documentação / Setor de RH / Setor de Registro de - Médicos / Setor de Registro de Pessoas Jurídicas / Setor de Compras 8. Tesouraria 9. Assessorias - Secretaria / Comunicação / Redação 10. Departamentos - Jurídico / Fiscalização do Exercício Profissional / Coordenação das Delegacias Regionais / - Controle Interno 11. Serviços Gerais (terceirizado) - Corpo de conselheiros do CRM-MG: 42 conselheiros para um mandato de 5 anos; 20 conselheiros efetivos e 20 conselheiros suplentes eleitos pela assembleia geral dos médicos de minas gerais; 01 conselheiro efetivo e 01 conselheiro suplente indicados pela associação médica de minas gerais - Corpo de apoio conselheiros do CFM: 56 conselheiros para um mandato de 5 anos; 01 conselheiro efetivo e 01 conselheiro suplente eleitos em cada estado da união e no distrito federal, totalizando 54 conselheiros; 01 conselheiro efetivo e 01 conselheiro suplente indicados pela associação médica brasileira - Câmaras técnicas do CRM-MG: câmaras (comissões) criadas para subsidiar os conselheiros na emissão dos pareceres e das resoluções, bem como assessorar em processos ético profissionais. São compostas por 3 a 5 médicos, com notório conhecimento na especialidade, sendo presididas por um conselheiro - Atividades do CRM-MG: Categoriais: Registrar os diplomas de Medicina, expedir a Carteira Profissional e o Cartão de Identidade Médica, emitir outros documentos requeridos. Efetuar o registro do Título de Especialidade Médica e das Áreas de Atuação em Medicina. Efetuar o Registro de Pessoa Jurídica, prestadora de serviço médico (hospitalar, ambulatorial, exame complementar e afins) em todo o estado e manter seu cadastro regional. Autorizar ou suspender, no todo ou em parte, o exercício da atividade médica no estado. Obs: existem 55 especialidades médicas e 59 atuações, você pode registrar todas, mas divulgar só duas Legislativas e normativas: Elaborar e promulgar o Código de Ética Médica – CFM. Dar suporte ao funcionamento das Diretorias Clínicas e Comissões de Ética das instituições de saúde. Emitir Pareceres em resposta às consultas encaminhadas pelos médicos instituições de saúde pública ou privada, órgãos governamentais e pela sociedade. Emitir Resoluções, visando normatizar e orientar a atividade médica, o cumprimento do Código de Ética Médica e o bom desempenho da medicina. Obs: Código de Ética Médica - Resolução CFM 2217/2018: 26 Princípios Fundamentais, 11 Normas Diceológicas, 117 Normas Deontológicas (117 artigos), 4 Disposições Gerais RESOLUÇÃO – Normatização ética, técnica ou administrativa elaborada pelo CFM, ou pelo CRM para disciplinar determinados procedimentos ou condutas dos médicos, possuindo caráter complementar ao Código de Ética Médica PARECER – Opinião do CFM, ou do CRM, emitida em resposta a uma consulta sobre assuntos éticos técnicos ou administrativos, possuindo abrangência restrita ao assunto questionado. Quando emitido pelo CFM com validade para todo o país, quando emitido pelo CRM restrito ao estado da união. Fiscalizadoras: Fiscalizar os serviços e as ações prestadas pelos médicos, nos termos da lei. Fiscalizar as penalidades aplicadas aos médicos. Fiscalizar a Publicidade (Propaganda) médica. Atuar solidariamente com o sistema educacional na promoção e controle da qualidade e aprimoramento da formação médica. Executar vistorias em estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, observando suas condições de funcionamento, elaborando relatórios e fornecendo recomendações técnicas e outras informações. Atuar junto à Vigilância Sanitária no controle das condições do exercício da medicina. Fiscalizar a realização das eleições de Diretores Clínicos e Comissão de Ética Médica dos estabelecimentos de saúde Educativas e preventivas: zelar pelo bom conceito da profissão médica, pela autonomia do CFM/CRM e pelo exercício legal da profissão. Conhecer, apreciar e decidir sobre assuntos relacionados à Ética Médica. Realizar programas de Educação Médica Continuada (médicos) e Cursos de Ética Médica (médicos e acadêmicos). Promover encontros com Diretores Técnicos e Clínicos e membros de Comissão de Ética Médica visando a perfeita aplicação das normas contidas no Código de Ética Médica. Representar a categoria médica perante os poderes constituídos, nas matérias de sua competência. Manter em funcionamentosas Câmaras Técnicas de Especialidades. Elaborar órgão comunicativo (Jornal do CRM) divulgando as atividades do conselho, informações e orientações aos médicos, mudanças na legislação e apoio aos movimentos de classe médica. Promover articulações com as entidades profissionais que atuam no campo da saúde ou entidades representativas dos médicos. Acionar o Poder Judiciário diante de situações de invasão ao Ato Médico. Encaminhar ao Ministério Público denúncia de exercício ilegal da profissão médica. Atuar junto ao Poder Legislativo na elaboração de leis que venham a assegurar a atividade profissional do médico. Atuar junto aos Gestores de Saúde buscando a melhoria da assistência médica. Participar de encontros com Poder Legislativo e Ministério Público visando a discussão dos problemas de saúde pública e a busca de soluções. Judicantes: Instaurar Sindicâncias, julgar e decidir por Arquivamento / PEP / TAC / Conciliação. Instaurar Processos Éticos Profissionais visando apuração de possível infração ética por parte dos médicos envolvidos, julgar e decidir por absolvição ou penalização. Instaurar Procedimentos Administrativos visando apuração da capacidade laborativa do médico, julgar e decidir sobre intervenção ética, parcial ou total, ou não. Impor penalidades prevista em lei (artigo 22 da Lei 3268/1957), quando julgados pertinentes. Ao CFM e ao CRM- MG cabem zelar e trabalhar, com todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da medicina, por adequadas condições de trabalho, pela valorização do médico e pelo prestígio e bom conceito da profissão ATIVIDADE – TEXTO: PARA QUE SERVEM O CFM E OS CRMS? - CONS. CRISTOFER MARTINS (CFM) 1. Dentre as ações Educativas e Preventivas do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais é certo afirmar que é de sua competência: a. Manter em funcionamento Câmaras Técnicas de Especialidades coordenadas pela Associação Médica Brasileira. b. Instaurar Processo Ético Profissional quando de denúncia de falso médico em exercício da Medicina no estado. c. Realizar intervenções em Faculdades e/ou Escolas de Medicina quando a formação médica de seus cursos se apresentar deficiente. d. Realizar programas de Educação Médica Continuada destinados aos médicos e cursos de Ética Médica direcionados aos médicos e estudantes de Medicina. Resposta: D 2. Com relação às atividades dos Conselhos Regionais de Medicina, podemos afirmar que: a. Participam de encontros com Poder Legislativo e Ministério Público visando a discussão dos problemas de saúde pública, apenas quando acionados pelo Poder Judiciário. b. Emitem resoluções e pareceres visando regulamentar assuntos de interesse médico, sejam éticos, administrativos ou científicos em complementação aos dispostos no Código de Ética Médica. c. Registram os diplomas dos médicos para o regular exercício da profissão e o registro de, no máximo, duas especialidades médicas. d. Executam vistorias apenas em estabelecimentos de saúde pública, buscando avaliar as condições de trabalho e fornecendo recomendações técnicas. Resposta: B 3. Aos Conselhos Federal e Regionais de Medicina, de acordo com a Lei 3268/1957, competem, exceto: a. Atender aos critérios estabelecidos pela Associação Médica Brasileira quando do registro das especialidades médicas e áreas de atuação dos profissionais de medicina. b. Supervisionar o exercício da atividade médica, seja na atividade profissional individual ou na atividade profissional em instituições de saúde, neste último caso sempre em parceria com o Ministério da Saúde. c. Acatar denúncias e instaurar sindicâncias ou processos ético-profissionais visando apurar possibilidade de infração, por parte do médico denunciado, às normatizações do Código de Ética Médica. d. Disciplinar a atividade médica em todo o país, possibilitando aos médicos o perfeito desempenho ético da Medicina e o atendimento eficaz aos pacientes assistidos. Resposta: B Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957 Art. 2 2°O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina são os órgãos supervisores da ética profissional em toda a República e, ao mesmo tempo, julgadores e disciplinadores da classe médica, cabendo lhes zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestigio e bom conceito da profissão e dos que a exerçam legalmente. RESOLUÇÃO CFM Nº 2.145/2016 Aprova o Código de Processo Ético Profissional (CPEP) no âmbito do Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Art 1 º A sindicância e o processo ético profissional (PEP) nos Conselhos Regionais de Medicina (CFM) e no Conselho Federal de Medicina (CRM) serão regidos por este Código de Processo Ético Profissional (CPEP) e tramitarão em sigilo processual Parágrafo único. As sansões confidenciais previstas no art 22 letras “a” e “b” da Lei 3 268 1957 não poderão ser tomadas públicas, mesmo após a conclusão definitiva do PEP A ESTRUTURA E O FUNCIONAMENTO DO CFM/CRM - II Art 2 º A competência para apreciar e julgar infrações éticas é do CRM em que o médico esteja inscrito ao tempo da ocorrência do fato punível Parágrafo único. A competência para instaurar sindicância, analisar seu relatório e, se for o caso, instaurar o PEP e sua instrução é do CRM onde o fato punível ocorreu, ainda que o médico não possua inscrição na respectiva circunscrição ou, tendo sido inscrito, já tenha sido transferido para a circunscrição de outro CRM Art 4 º A sindicância e o PEP terão forma de autos judiciais, com as peças anexadas por termo e os despachos, pareceres, notas técnicas, petições e decisões ou acórdãos juntados em ordem cronológica, sendo vedada a juntada de qualquer peça ou documento no verso de folhas já constantes nos autos Art 5 º O processo e o julgamento das infrações às disposições previstas no Código de Ética Médica (CEM) são independentes, não estando em regra, vinculado ao processo e julgamento da questão criminal ou cível sobre os mesmos fatos Denúncia: escrita ou verbal, identificada pelo denunciante (pessoa física), assinada, com relato dos fatos (qualificação do médico / provas) Sindicância: meio sumário de elucidação de irregularidades no serviço para subsequente instauração de processo e punição do infrator - Solicitação de esclarecimentos às partes - Solicitação de cópia do prontuário - Solicitação de outros documentos relacionados ao fato - Solicitação de esclarecimentos de outras partes envolvidas Decisões em Câmara de Julgamento de Sindicância: Conciliação: casos que não envolvam lesão corporal de natureza grave, assédio sexual, óbito do paciente. Aprovada em Câmara de Julgamento de Sindicância. Vedado acerto pecuniário Termo de Ajustamento de Conduta: casos que não envolvam lesão corporal de natureza grave, assédio sexual, óbito do paciente. Aprovada em Câmara de Julgamento de Sindicância. Elaboração do documento e estabelecimento das cláusulas obrigatórias Processo Ético Profissional: forma ou maneira de tratar no foro ético uma questão ou demanda - Fase de Instrução: solicitação de Defesa Prévia ao denunciado; solicitação de nova manifestação ao denunciante; solicitação de cópia de prontuário e/ou outros documentos; audiência para oitava das partes e testemunhas arrolada; e apresentação de Alegações Finais - Sessão de Julgamento - Decisões: absolvição ou apenação Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957 Art. 22. As penas disciplinares aplicáveis pelos Conselhos Regionais aos seus membros são as seguintes: a) advertência confidencial em aviso reservado b) censura confidencial em aviso reservado c) censura pública em publicação oficial d) suspensão do exercício profissional até 30 (trinta) dias e) cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal Ao final do Processo Ético Profissional: elaboração do Acórdão informando resultado do julgamento; encaminhamento do Acórdão às partes; possibilidadedo denunciante recorrer ao CFM, em até 30 dias; possibilidade do denunciado recorrer ao CFM, em até 30 dias; CFM como Segunda Instância (e última) de avaliação; e CFM instaura novo PEP para apuração dos fatos e novo julgamento. Código de Processo Ético Profissional Art 124 Decorridos 8 anos após o cumprimento da pena e sem que tenha sofrido qualquer outra penalidade ético profissional, poderá o médico requerer sua reabilitação ao CRM onde está inscrito, com a retirada dos apontamentos referentes a condenações anteriores Procedimento administrativo: doença psiquiátrica/neurológica; dependência de drogas lícitas/alcoolismo; dependência de droga ilícitas - Instrução: solicitação de Defesa Prévia do denunciado; realização de Perícia Médica; audiência para oitava do denunciado - Resultado da sessão de julgamento: aptidão ou inaptidão total ou parcial ATIVIDADE – TEXTO: CPEP COMENTADO – PAULO EDUARDO BEHRENS – CONSLHO FEDERAL DE MEDICINA 2010 1. Poderá ocorrer instauração de Processo Ético Profissional decorrente de denúncia em desfavor do médico apenas quando aprovada em Câmara de Julgamento de Sindicância no Conselho Regional de Medicina por maioria simples dos conselheiros componentes na Câmara. Resposta: Verdadeiro 2. Todas as penalidades previstas no artigo 22 da Lei 3268/1957 poderão ser automaticamente aplicadas pelos Conselhos Regionais de Medicina, após julgamento de Processo Ético Profissional, exceto Cassação do Registro Profissional, caso não haja recurso junto ao CFM. Resposta: Verdadeiro 3. A proposta de assinatura de Termo de Conciliação entre as partes (denunciante e denunciado) pode ser aprovada pela Câmara de Julgamento de Sindicância em qualquer situação quando manifestarem sua concordância. Resposta: Falso Na relação médico-paciente-familiar, 3 pilares devem sempre ser considerados: Competência Técnica: boa formação, aprimoramento científico continuo, atualização ética, atualização legislativa Princípios da Bioética: beneficência = ação de fazer o bem. não maleficência = não prejudicar, autonomia = compartilhar a decisão, justiça = equidade/imparcialidade Relação Humanitária: respeito à dignidade da pessoa humana, compreensão dos valores éticos sociais, boa relação médico-paciente, cuidado com a postura paternalista Assim, para cada artigo do código de ética médica (capítulo V) faremos considerações sob os pilares: bioético, tecnológico e humanitário. Código de Ética Médica – Capítulo I = Princípios Fundamentais I - A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza. II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. Código de Ética Médica – Capítulo V = Relação com pacientes e familiares É vedado ao médico: Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte. - Técnico: busca de outros recursos - Bioético: autonomia - Humanitário: respeito à Dignidade da Pessoa Humana Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de promoção de saúde e de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente. - Técnico: atualização científica - Bioético: beneficência/justiça - Humanitário: disponibilização dos recursos disponíveis Art. 33. Deixar de atender paciente que procure seus cuidados profissionais em casos de urgência ou emergência quando não houver outro médico ou serviço médico em condições de fazê-lo. - Técnico: disponibilizar conhecimentos - Bioético: não maleficência - Humanitário: atenção/não negligência Art. 34. Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal. Art. RELAÇÃO MÉDICO X PACIENTE X FAMILIAR - Técnico: uso dos conhecimentos reconhecidos - Bioético: autonomia/não maleficência - Humanitário: respeito à Dignidade da Pessoa Humana Art. 35. Exagerar a gravidade do diagnóstico ou do prognóstico, complicar a terapêutica ou exceder-se no número de visitas, consultas ou quaisquer outros procedimentos médicos. - Técnico: uso correto de tecnologia - Bioético: não maleficência / justiça - Humanitário: não exploração / justiça Art. 36. Abandonar paciente sob seus cuidados. § 1° Ocorrendo fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o pleno desempenho profissional, o médico tem o direito de renunciar ao atendimento, desde que comunique previamente ao paciente ou a seu representante legal, assegurando-se da continuidade dos cuidados e fornecendo todas as informações necessárias ao médico que o suceder. § 2° Salvo por motivo justo, comunicado ao paciente ou à sua família, o médico não o abandonará por este ter doença crônica ou incurável e continuará a assisti-lo e a propiciar-lhe os cuidados necessários, inclusive os paliativos. - Técnico: propiciar a terapêutica adequada - Bioético: não maleficência / justiça - Humanitário: acolhimento Art. 37. Prescrever tratamento e outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente depois de cessado o impedimento, assim como consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa. - Técnico: desrespeito à semiologia - Bioético: beneficência / não maleficência - Humanitário: respeito à Dignidade da Pessoa Humana Art. 38. Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais. - Técnico: respeito à semiologia - Bioético: autonomia (respeito) - Humanitário: respeito à Dignidade da Pessoa Humana Art. 39. Opor-se à realização de junta médica ou segunda opinião solicitada pelo paciente ou por seu representante legal. - Técnico: possibilidade de uso de novos recursos - Bioético: autonomia / justiça - Humanitário: compreensão / respeito à pessoa Art. 40. Aproveitar-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou de qualquer outra natureza. - Técnico: uso correto de tecnologia - Bioético: justiça / autonomia (respeito) - Humanitário: não exploração Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal. Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas (distanásia), levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal (ortotanásia). - Técnico: uso correto de conhecimentos científicos - Bioético: beneficência / não maleficência / autonomia - Humanitário: justiça distributiva Art. 42. Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre método contraceptivo, devendo sempre esclarecê-lo sobre indicação, segurança, reversibilidade e risco de cada método. - Técnico: uso correto de recursos - Bioético: respeito à autonomia - Humanitário: acolhimento / esclarecimento Exemplos de situações conflituosas na relação médico x paciente x familiar 1. A reportagem de O TEMPO visitou três unidades de saúde na Região Metropolitana de Belo Horizonte (...) a consulta dura menos de cinco minutos e não tem nenhum tipo de contato, nem mesmo visual, com o médico. “Eles nem olham no nosso rosto e não encostam na gente. Estou com dor abdominal, e o médico nem apertou minha barriga para ver onde estava doendo”, se queixou a balconista KR, 18 anos, no Hospital Municipal de... 2. Paciente relata que seu filho de 5 anos, após consulta no ambulatório, foi encaminhado com urgência à UPA, pois estava com 40 C de febre e muitas dores no corpo. A declarante informa que seu filho, apesar de possuir encaminhamento de prioridade no atendimento e estar desfalecendo, ficou esperando mais de uma hora, sendo atendido somente após a declarante ligar para a polícia e para a imprensa. No consultório, ele teve convulsões ... 3. Filha de paciente, internada em Hospital Geral para atendimento de doença neurológica e submetida a procedimento cirúrgico, apresentava se inconformada com o comportamento do médico residente de neurocirurgia que não lhe explicava, em seu entendimento, como sua mãe evoluía. “E é médico, olha! Se ele não fosse médico eu iria falar que era um burro, toupeira. Queria saber em qual faculdade ele estudou?” Princípios da atividade médica Relacionamento pessoal Apresentação pessoal/vestimenta Pontualidade Postura/Linguagem Atenção ao paciente Relacionamento harmonioso com familiares Uso correto de telefone celular e computador Lembrar sempre de COOEE Cumprimentar Olhar Ouvir (escutar) Examinar Explicar (adequadamente) ATIVIDADE – TEXTO: RELAÇÃO MÉDICO X PACIENTE - CONS. ANTÔNIO JOSÉ PESSOA DA SILVEIRA DÓREA - CRM-BA 1. É vedado ao médico abandonar paciente sob seus cuidados, ainda que a relação médico-paciente esteja comprometida. Resposta: Falso 2. Compete ao médico, considerando o princípio bioético da beneficência, empreender todas as ações terapêuticas, ainda que sem comprovação cientifica quanto à eficácia, visando salvaguardar a vida do paciente. Resposta: Falso 3. É dever do médico manter a assistência ao paciente em doença terminal, ainda que na inexistência de tratamento eficaz, proporcionando os cuidados paliativos indicado. Resposta: Verdadeiro Resolução CFM 1974/2011 (alterada pela resolução 21216/2015 e pela resolução CFM 2133/2015) Art. 1º Entender-se-á por anúncio, publicidade ou propaganda a comunicação ao público, por qualquer meio de divulgação, de atividade profissional de iniciativa, participação e/ou anuência do médico. Por que o tema é relevante? Em momentos chave da vida humana, a medicina desperta interesse ao homem, particularmente em dois momentos: nascimento e a morte, e no transcurso desse período, durante a vida, o homem se deseja o máximo de bem-estar e qualidade de vida. O fascínio humano pela Medicina se faz presente desde a Antiguidade, passando pela idade média e atualidade. Nas últimas décadas, o avanço científico-tecnológico, a melhoria da qualidade de vida e o prolongamento da vida têm despertado interesse do homem e por isso tem alimentado a publicidade médico a cada dia mais, para esclarecimento desses assuntos. Existe permissão ética para publicidade médica? Sim, o médico divulgar sua especialidade é permitido, porém deve-se ater à legislação ética sobre publicidade. O Código de Ética Médica tem um capítulo especifico sobre isso (XIII). Complementando, temos a resolução CFM 1974/2011, alterada pela resolução 21216/2015 e pela resolução CFM 2133/2015. Resolução CFM 2217/2018 I - O presente Código de Ética Médica contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua profissão, inclusive nas atividades relativas a ensino, pesquisa e administração de serviços de saúde, bem como em quaisquer outras que utilizem o conhecimento advindo do estudo da medicina. Capítulo XIII – Publicidade Médica É vedado ao médico: Art. 111. Permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade. Art. 112. Divulgar informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico. Art. 113. Divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não esteja expressamente reconhecido cientificamente por órgão competente. Art. 114. Anunciar títulos científicos que não possa comprovar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no Conselho Regional de Medicina. Art. 115. Participar de anúncios de empresas comerciais, qualquer que seja sua natureza, valendo-se de sua profissão. Art. 116. Apresentar como originais quaisquer ideias, descobertas ou ilustrações que na realidade não o sejam. Art. 117. Deixar de incluir, em anúncios profissionais de qualquer ordem, seu nome, seu número no Conselho Regional de Medicina, com o estado da Federação no qual foi inscrito e Registro de Qualificação de Especialista (RQE) quando anunciar a especialidade. Parágrafo único. Nos anúncios de estabelecimentos de saúde, devem constar o nome e o número de registro, no Conselho Regional de Medicina, do diretor técnico. PUBLICIDADE MÉDICA Correspondência com o Código de Defesa do Consumidor Capítulo II – Da política Nacional das Relações de Consumo Art. 6º São direitos básicos do consumidor: III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; Código de Ética Médica (Cap V) É vedado ao médico: Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de promoção de saúde e de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente. Capítulo II – Da política Nacional das Relações de Consumo Art. 6º São direitos básicos do consumidor: IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; Código de Ética Médica (Cap V) É vedado ao médico: Art. 112 Divulgar informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico Resolução CFM 1974/2011 Estabelece critérios norteadores da propaganda em Medicina, conceituando-se os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as proibições referentes à matéria. É vedado ao médico: Anunciar título ou especialidade médica não registrada no CRM de sua jurisdição. Anunciar que trata de determinado sistema, órgão ou doença específica, sem ter especialidade registrada. Anunciar cursos de especialização, pós-graduação ou estágios em determinadas áreas, quando não possuir especialidade registrada. Oferecer garantia de resultado final do tratamento realizado ao paciente ou familiar Fazer propaganda de uso de técnicas ou métodos não cientificamente comprovados Divulgar e publicar as fotos tiradas do paciente no momento do atendimento em sites de relacionamento (“selfies”). Usar expressões tais como “o melhor”, “o mais eficiente”, “o único capacitado”, “resultado garantido” ou outras com o mesmo sentido; Sugerir que o serviço médico ou o médico citado é o único capaz de proporcionar o tratamento para o problema de saúde; Realizar consulta, dar diagnóstico ou prescrever por qualquer meio de comunicação à distância → está suspenso em pandemia. Participar de anúncios de empresas ou produtos ligados à medicina Oferecer seu serviço profissional por meio de consórcio ou similares, bem como consultoria como substituição da consulta Participar de concursos ou enquetes que visam indicar o “melhor médico”, o “médico do ano” ou “o médico que os médicos indicam” O que é permitido? Publicar em perfil de rede social dados como nome, CRM, especialidade (RQE) devidamente registrada, endereço e telefone Apresentar-se como membro de sociedade relacionada à sua especialidade devidamente registrada no CRM de sua jurisdição Usar imagem de paciente, quando imprescindível e devidamente autorizado, em eventos científicos e publicações médicas Utilizar meio de divulgaçãoleiga para prestar informações ou publicar artigo versando sobre assunto médico com fins educativos. Publicitar seu local de trabalho e os procedimentos relacionados à especialidade Dar entrevista, participar de programas de debates que se destinam a discutir as atividades médicas, sem, contudo, realizar ou sugerir autopromoção. Redes sociais Whatsapp: é permitido para discutir casos em grupos de trabalho médico, sem expor a identidade do paciente; trocar plantões/ evitar informações administrativas; solicitar ao colega/preceptor apoio para atendimento médico; e enviar informações de conteúdo científico, em grupos de médicos É proibido discutir casos em grupos não médicos, expondo a identidade do paciente, diagnosticar ou prescrever pelas redes sociais, expor fotos de pacientes em cirurgia (antes e depois) e divulgar imagem ou áudio com propaganda sensacionalista ou autopromoção Aplicativos em atendimentos médicos: podem ser usados. O CRM MG mantém uma Comissão de Fiscalização da Publicidade Médica à disposição dos médicos de MG. Consultas, sobre uso correto da Publicidade Médica, podem ser encaminhadas ao CRM MG ATIVIDADE – TEXTO: RESOLUÇÃO 1974/2011 - PUBLICIDADE MÉDICA - CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA 1. É permitido ao médico anunciar que trata de determinado sistema, órgão ou doença específica, quando estiver regularmente inscrito no Conselho Regional de Medicina, não havendo necessidade de registro de especialidade. Resposta: Falso 2. É permitido o uso de rede social para receber resultados de exames complementares realizados pelo paciente. Resposta: Verdadeiro 3. É permitido o uso de rede social, como o WhatsApp, quanto da atividade profissional do médico residente para solicitar troca de plantões ou solicitar orientações ao preceptor. Resposta: Verdadeiro PRONTUÁRIO MÉDICO Resolução CFM 1638/2002 Art 1 Definir prontuário médico como o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. Capítulo X –Documentos Médicos É vedado ao médico: Art.87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. §1º O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina. §2º O prontuário estará sob a guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente. §3º Cabe ao médico assistente ou a seu substituo elaborar e entregar o sumário de alta do paciente ou, na sua impossibilidade, ao seu representante legal. Tipos de prontuário médico: Prontuário em papel - uso de papel e registro manual Prontuário informatizado - uso do computador impressão do documento Prontuário eletrônico - normatizado pela Resolução CFM 1821/2007 → poucos hospitais tem, a maioria é informatizado, ou seja, necessita da impressão Finalidades: assistencial, ética (é obrigado a ser feito e quando tem denúncia em conselho serve para defensa), legal, científica e econômica. Documentos equivalentes: Ficha de Atendimento em Unidade de Emergência (Pronto Socorro - UPA); Ficha de Atendimento em Consultório Médico ou Clínica, Caderneta da Criança; Caderneta da Gestante; Cartão de Pré-Natal e Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. Elaboração de itens obrigatórios ao prontuário: - Identificação do paciente: nome completo, data de nascimento (dia, mês e ano com quatro dígitos), sexo, nome da mãe, naturalidade (indicando o município e o estado de nascimento) e endereço completo (nome da via pública, número, complemento, bairro/distrito, município, estado e CEP). → muitas vezes já vem pronto, mas sempre tomar cuidado e conferir -Anamnese -Exame Físico -Exames Complementares solicitados e seus resultados -Hipóteses Diagnósticas -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – não está na resolução, mas é necessário DOCUMENTOS MÉDICOS I -Diagnóstico Definitivo – pode mudar durante a internação -Tratamento Efetuado - Evolução Diária com data e hora - Discriminação dos procedimentos aos quais o paciente foi submetido - Identificação e assinatura dos profissionais que os realizaram - Sumário de Alta Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível a colheita de história clínica do paciente, o prontuário deverá conter um relato médico completo de todos os procedimentos realizados e que tenham possibilitado o diagnóstico e/ou a remoção para outra unidade. Na UPA no primeiro atendimento devemos registrar os dados de anamnese e clínicos. Em uma nova avaliação registrar dados clínicos que justifiquem a liberação ou internação do paciente. Guarda do prontuário médico: Prontuário em papel – 20 anos após o último atendimento Prontuário informatizado – 20 anosa pós o último atendimento Prontuário eletrônico – guarda permanente Obs: em caso de incêndio fazer BO Problemas mais frequentes: Falta de identificação do paciente; Falta de dados relacionados à queixa do paciente; Preenchimento incompleto da evolução e/ou da prescrição; Descrição médica diferente da descrição da enfermagem; Falta de transcrição de resultados dos exames realizados; Falta de registro de procedimentos autorizados ou negados pelo paciente; Ausência de registro na reavaliação ou no retorno; e Ausência de registro de indicação de procura de vagas ou encaminhamento. Obs: mostrou alguns exemplos O prontuário pertence ao paciente estando sob a guarda do médico ou da instituição onde foi realizado o atendimento. É um direito do paciente ter acesso ao seu prontuário, a qualquer momento, ou receber uma cópia. Não se deve registrar problemas ou questões administrativas no prontuário médico, assim como opiniões, sugestões ou reclamações referentes ao atendimento ou à instituição no prontuário médico. Obs: cuidado com o copiar-colar em evoluções Capítulo X - Documentos Médicos É vedado ao médico: Art 85 Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade. Art 88 Negar ao paciente ou, na sua impossibilidade, a seu representante legal, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros. Obs: o prontuário é do paciente, mas estará sob guarda do médico ou da instituição. RECEITUÁRIO MÉDICO Capítulo III - Responsabilidade Profissional É vedado ao médico: Art 11 Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos. Avaliação → Exame Físico → Prontuário → Receituário Art 80 Expedir documento sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade. Art 82 Usar formulários institucionais para atestar, prescrever e solicitar exames ou procedimentos fora da instituição a que pertençam tais formulários. Obs: toda receita precisa do nome do médico, número do registro e uma forma de contato (endereço ou telefone) e em pedidos de exame se você colocar o diagnóstico provável pode facilitar a execução do exame. ATIVIDADE – DOCUMENTOS MÉDICOS II PROF. LEANDRO DE CARVALHO 1. Em caso de falecimento do paciente, não há impedimento ao médico em providenciar a destruição do prontuário, haja visto não haver mais possibilidade de registro de dados referentes a atendimento.Resposta: Falso 2. O prontuário médico é um documento criado para manter o registro de informações de interesse do médico e do paciente, restrito ao atendimento assistencial, não produzindo efeitos jurídicos na esfera médico-legal. Resposta: Falso 3. Na elaboração da prescrição médica (receituário), o médico deve ter o cuidado de estabelecer a dosagem e forma de administração do medicamento indicado, sempre constando nome, nome, número de registro no CRM e forma de contato. Resposta: Verdadeiro Atestado Médico: atestado é um documento com o objetivo de firmar a veracidade de um fato ou existência de determinado estado, ocorrência ou obrigação. Assim o atestado médico é um documento com conteúdo de fé pública e pressuposto de verdade e exatidão → ele pode ser verdadeiro, materialmente falso (uso de assinatura e carimbo falsificados) ou ideologicamente falso (ele é verdadeiro, mas não retrata a realidade) Resolução CFM 1851/2008 Art 3 º Na elaboração do atestado médico, o médico assistente observará os seguintes procedimentos: I - especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a recuperação do paciente DOCUMENTOS MÉDICOS II II - estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente III - registrar os dados de maneira legível IV - identificar se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina Obs: diagnóstico não é obrigatório Atestado de afastamento do trabalho: período de afastamento até 15 dias e não é obrigatória a colocação da CID Atestado para atividade física esportiva: especificar a atividade, sempre avaliar a necessidade de exames e definir se atividade competitiva ou não Então o atestado médico é um documento médico fornecido em decorrência de uma necessidade ou indicação, sempre emitido após a realização da avaliação médica e da elaboração do prontuário médico. Atesto para os devidos fins que o paciente ... foi por mim atendido em 01/11/2021 e apresenta ... (ou) e necessita de ... → NÃO USAR ESSE MODELO Situação I Paciente idoso internado em hospital geral com quadro de insuficiência respiratória, sendo admitido em CTI e estabilizado. Alta para apartamento para continuidade do tratamento, em uso de antibióticos e sintomáticos, em oxigenioterapia e soroterapia, com curativos devido escaras de decúbito dorsal → ao chegar lá o paciente estava sem o suporte ventilatório no banheiro tendo relações com sua esposa que se encontrava em um surto psiquiátrico, para evitar esse ocorrido o hospital não podia proibir a mulher de entrar, mas com um laudo psiquiátrico eles conseguiram Atesto para comprovação junto à instituição (empresa, escola, justiça, delegacia, previdência social) que o paciente ...... foi por mim atendido no dia 01/11/2021 e ... apresenta ... ... necessita de ... → MODELO CORRETO Código de Ética Médica Capítulo X – É vedado do médico: Art 80 - Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade Código Penal Decreto Lei 2848 - 07 de dezembro de 1940 Art 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular Art 302 - Dar o médico, no exercício de sua profissão, atestado falso Pena - detenção, de um mês a um ano Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica se também multa Atestado Médico → médico firma, por ter fé de ofício - prova, reprova ou confirma (tem juízo de valor) Relatório Médico → médico relata o fato ou estado - atende ao pedido do paciente ou familiar (não tem juízo de valor) Código de Ética Médica Capítulo X - É vedado do médico: Art 91 Deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo paciente ou por seu representante legal Situação II Paciente em acompanhamento endocrinológico pelo plano de saúde suplementar, sendo prescrito medicamento de alto custo. Aciona a Promotoria de Defesa da Saúde solicitando que a SMS forneça o medicamento. MPMG solicita apresentar relatório médico detalhado da indicação do medicamento, tempo de uso e possibilidade de substituição. Situação III Paciente apresentando enfermidade que indica afastamento do trabalho (período definido ou indefinido). Encaminhamento à Perícia Médica Previdenciária com relatório médico especificando o quadro do paciente e definindo período de afastamento ou indicação de aposentadoria. Declaração Médica/Relatório Médico: declaração é uma afirmação por palavras proferidas em público ou diante de testemunhas, documento escrito, confissão Certidão → documento legal em que se certifica alguma coisa - certidão de nascimento/certidão de casamento Certidão de Óbito: documento jurídico fornecido pelo cartório de Registro Civil após o registro do óbito Declaração de Óbito - DO: é nome do formulário oficial no Brasil → preenchido e assinado pelo médico A Declaração de Óbito é o documento base do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). Composta por três vias auto copiativas, pré numeradas sequencialmente, fornecida pelo Ministério da Saúde e distribuída pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde conforme fluxo padronizado para todo o país. Lei 12.842 - 10 de julho de 2013 Art 4 º São atividades privativos do médico: XVI - atestação do óbito, exceto em casos de morte natural em localidade em que não haja médico Código de Ética Médica Capítulo X - É vedado do médico: Art 83 Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de necropsia e verificação médico legal Art 84 Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta Obs: morte violenta o corpo deixa de ser da família e passa a ser do estado Situação IV Paciente vítima de atropelamento, deu entrada no Pronto Atendimento da cidade de ..., sendo atendido pelo plantonista. Inicialmente estabilizado, evoluiu com hemorragia interna, choque hipovolêmico e PCR. Médico plantonista constata o óbito e, atendendo pedido de familiares, emite a Declaração de Óbito → paciente foi exumado, está errado, em acidente não podemos preencher declaração de óbito Encaminhamento: documento emitido com o objetivo de fornecer informações ao médico que irá assistir ao paciente em outra instituição. Encaminhamento para internação → médico relata o estado do paciente, justifica a necessidade de transferência Encaminhamento para perícia → médico relata o quadro do paciente, justifica necessidade de afastamento laboral Resolução Plenária CRMMG 292/2008 Art 3 º O atestado, declaração ou relatório do médico assistente, solicitado ou autorizado pelo paciente ou representante legal para fins de perícia médica previdenciária, deve conter apenas informações relacionadas ao diagnóstico, exames complementares, evolução, tratamento, prognóstico e as consequências à saúde do paciente, não sendo permitido ao médico assistente determinar providências previdenciárias, salvo quando solicitado neste sentido pelo médico perito Perícia Médica Resolução CFM 2003/2012 Art 1 º É vedado ao médico assistente o preenchimento de formulários elaborados por empresas seguradoras com informações acerca da assistência prestada a pacientes sob seus cuidados Código de Ética Médica Capítulo I – Princípios fundamentais IV Ao médico cabe zelar e trabalhar peloperfeito desempenho ético da Medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão ATIVIDADE – DOCUMENTOS MÉDICOS II e III PROF. LEANDRO DE CARVALHO 1. A emissão de atestado médico gracioso, atendendo a pedido do paciente, pode enseja repercussões exclusivamente em esfera ética, com devida apuração pelo CRM Resposta: Falso 2. A elaboração do relatório médico é um direito do paciente, independente da finalidade a que se destina devendo seu pedido ser sempre acatado pelo médico assistente e podendo ensejar majoração dos honorários devidos. Resposta: Falso 3. Ao não registrar no Atestado Médico, emitido em favor da paciente o diagnóstico estabelecido quando da avaliação realizada, o médico estará observando o pilar bioético da autonomia do paciente. Resposta: Verdadeiro Testamento Vital: é a expressão da vontade, de uma pessoa consciente, sobre como gostaria que fosse tratada em uma situação hipotética, futura, específica; na qual estivesse impedido de expressar sua vontade (inconsciência) em uma situação de doença incurável. Procurador de Cuidados de Saúde: figura jurídica nomeada pelo paciente (no momento certo) com a responsabilidade de tomar decisões (pelo paciente), tendo como base o quadro de valores da pessoa doente ou, quando este referencial é desconhecido, de buscar o melhor interesse do doente incapaz de se expressar. Obs: acaba que os pais acabam sendo dos filhos e depois esses papeis se invertem, porém aqui não representa uma figura jurídica Valores e sociedade plural: 1. Visão humanista nas relações interpessoais 2. Cultura pós moderna com contorno distintos de outros modelos culturais 3. Evolução científico tecnológica e acesso ao conhecimento 4. Avanço da Medicina e melhoria das condições sociais proporcionando uma maior expectativa de vida → idoso de hoje é muito diferente da figura do idoso que tínhamos até então Princípios para legalização do testamento vital: PROVA 1. Limitação a pessoa capaz, competente, maior de idade, sem anomalia psíquica 2. Informação e esclarecimentos adequados, por intermédio de médico 3. Efeito compulsivo na decisão médica e não meramente indiciário 4. Existência de um “formulário tipo” objetivando padronizar procedimentos 5. Possibilidade de revogação a qualquer momento 6. Renovação periódica da manifestação da vontade TESTAMENTO VITAL E DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE 7. Certificação perante o notário para garantir autenticidade 8. Criação de um Registro Nacional de Testamento Vital (Rentev) Princípios para legalização do procurador de cuidados de saúde: PROVA 1. Limitação a pessoa capaz, competente, sem anomalia psíquica, bem informada 2. Adoção pelo procurador de um julgamento substitutivo 3. Efeito compulsivo na decisão médica e não meramente indiciário 4. Existência de um “formulário tipo” objetivando padronizar procedimentos 5. Possibilidade de revogação a qualquer momento 6. Possibilidade de hierarquizar procuradores de modo claro e eficaz 7. Certificação perante o notário para garantir autenticidade 8. Criação de um Registro Nacional de Testamento Vital (Rentev) RESOLUÇÃO CFM Nº 1.805/2006 (Publicada no D.O.U., 28 nov. 2006, Seção I, pg. 169) Na fase terminal de enfermidades graves e incuráveis é permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente, garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, na perspectiva de uma assistência integral, respeitada a vontade do paciente ou de seu representante legal. Resolução suspensa por decisão liminar do M. Juiz Dr. Roberto Luís Luchi Demo, nos autos da Ação Civil Pública n. 2007.34.00.014809 3, da 14ª Vara Federal, movida pelo Ministério Público Federal → alegou que estavam legalizando a eutanásia → depois de dois anos perceberam que não era isso RESOLUÇÃO CFM Nº 1.995/2012 (Publicada no D.O.U., 31 ago. 2012, Seção I, pg. 169 270) Dispõe sobre as Diretivas Antecipadas de Vontade do paciente. Considerando a necessidade, bem com a inexistência de regulamentação sobre diretivas antecipadas de vontade do paciente no contexto da ética médica brasileira Considerando a necessidade de disciplinar a conduta do médico em face das mesmas Considerando a atual relevância da questão da autonomia do paciente no contexto da relação médico paciente, bem como sua interface com as diretivas antecipadas de vontade Considerando que, na prática profissional, os médicos podem se defrontar com esta situação de ordem ética ainda não prevista nos atuais dispositivos éticos nacionais Considerando que os novos recursos tecnológicos permitem a adoção de medidas desproporcionais que prolongam o sofrimento do paciente em estado terminal sem trazer benefícios, e que estas medidas podem ter sido antecipadamente rejeitadas pelo mesmo RESOLVE: Art 1 º Definir diretivas antecipadas de vontade como o conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade Art 2 º Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade § 1º Caso o paciente tenha designado um representante para tal fim, suas informações serão levadas em consideração pelo médico. § 2 º O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica § 3 º As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares § 4º O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que lhes foram diretamente comunicadas pelo paciente. § 5º Não sendo conhecidas as diretivas antecipadas de vontade do paciente, nem havendo representante designado, familiares disponíveis ou falta de consenso entre estes, o médico recorrerá ao Comitê de Bioética da instituição, caso exista, ou, na falta deste, à Comissão de Ética Médica do hospital ou ao Conselho Regional e Federal de Medicina para fundamentar sua decisão sobre conflitos éticos, quando entender esta medida necessária e conveniente. Obs: pedir pra um outro médico assinar junto é sempre positivo Código de Ética Médica Capítulo I - Princípios Fundamentais XXII - Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados Capítulo IV - Direitos Humanos É vedado ao médico: Art 24 Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo Capítulo V - Relação com pacientes e familiares É vedado ao médico: Art 41 Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal Parágrafo único - Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal Portaria 1820 - Ministério da Saúde “Dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde nos termos da legislação vigente” (Art. 1º) Aprovou o que passou a constituir a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde (Art. 9º) Art 4 º Toda pessoa tem direito ao atendimento humanizado e acolhedor, realizado por profissionais qualificados, em ambiente limpo, confortável e acessível a todos Parágrafo único - É direito da pessoa, na rede
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