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Fisiologia Tammi Ráisla Mecânica da Respiração Função principal – a principal função do nosso sistema respiratório, mais especificamente do pulmão, é a hematose. A hematose consiste na troca da gasosa, captando oxigênio e liberando gás carbônico. Na inspiração, que é a captação do ar, dois músculos auxiliam nesse processo. Primeiro há a contração do diafragma, fazendo com que ele abaixe e dê mais espaço para o pulmão. Além disso, os músculos intercostais externos também se contraem, elevando a costela. Dessa forma, com a contração desses dois músculos, há uma expansão da caixa torácica, diminuindo a pressão e permitindo a entrada do ar. Essa pressão negativa puxa o pulmão para baixo. Já no processo da expiração, que é a saída de ar, ocorre de forma inversa. Há o relaxamento do diafragma, fazendo com que ele suba e também o relaxamento dos músculos intercostais internos, que vai abaixar as costelas. Há uma diminuição do volume da caixa torácica e um aumento de pressão, permitindo assim que o ar saia. No processo de respiração, quando mais forçada, há também a utilização de músculos acessórios, como esternocleidomastóideo, escalenos, peitoral maior e o serrátil anterior. Tipos de respiração: ✓ Apneia – Ausência de movimentos respiratórios ✓ Eupneia – Movimentos respiratórios normais ✓ Dispneia – Dificuldade na execução dos movimentos respiratórios ✓ Bradipneia – Frequência diminuída dos movimentos respiratórios ✓ Taquipneia – Frequência aumentada dos movimentos respiratórios ✓ Ortopneia – Dificuldade de respirar em posição não erétil. ✓ Hiperpneia ou hiperventilação – Frequência e/ou amplitude aumentada dos movimentos respiratórios. Mecânica respiratória em asmáticos: Os músculos respiratórios, em especial os inspiratórios, dos pacientes com doença obstrutiva encontram-se encurtados, fato que compromete a capacidade de gerar força. Todavia, devido ao grande esforço a que são submetidos frequentemente, esse grupo de músculos pode apresentar adaptações, que incluem hipertrofia. O indivíduo com crise de asma tem exerce mais força para inspirar do que para expirar, fazendo com que parte do ar inalado fique preso dentro dos alvéolos, provocando uma hiperinsuflação dos pulmões. Esse problema pode ser detectado por um aparelho que vai pedir a pressão nos dois processos, e se der a pressão muito maior na inspiração do que na expiração (pela quantidade de ar que ficou aprisionado nos pulmões após a expiração), o paciente poderá ter problemas asmáticos. Logo, a asma é um processo em que o paciente tem um problema mais na expiração do que na inspiração. Insight! O coração também repousa em cima do diafragma, por isso acúmulo de gordura no abdômen impede o diafragma de se contrair, causando dificuldade no processo de respiração e pressiona o coração, deixando-o mais deitado. Volumes e Capacidades Pulmonares A complacência pulmonar determina os volumes pulmonares. São reconhecidos 4 volumes pulmonares: VRI: Volume de Reserva Inspiratória – corresponde ao máximo de ar que é possível inspirar ao fim de uma inspiração normal; em geral é de 3.000 ml. VC: Volume Corrente – volume de ar mobilizado normalmente a cada ciclo respiratório; em geral é de 500 ml. VRE: Volume de Reserva Expiratória – máximo de ar que pode ser exalado a partir da posição de repouso respiratório (fim de uma inspiração normal); em geral corresponde a 1.000 ml. VR: Volume Residual – volume de ar que permanece no pulmão ao fim de uma expiração máxima; em geral corresponde a 1.000 ml. São reconhecidas 4 capacidades respiratórias: 1. Capacidade Vital (CV): significa o maior volume de ar que pode ser movimentado num único movimento respiratório; portanto, é a somatória de 3 volumes: VRI + VC + VRE; corresponde a 4.500 ml. Fisiologia Tammi Ráisla 2. Capacidade Inspiratória (CI): é a soma de VRI + VC. É o volume máximo que pode ser inspirado a partir da posição expiratória de repouso, distendendo os pulmões ao máximo. Compreende, portanto a soma do volume corrente e do volume de reserva inspiratório, ou seja, cerca de 3.500 ml. 3. Capacidade Residual Funcional (CRF): somatório de: VRE + VR; cerca de 2000 ml. 4. Capacidade Pulmonar Total (CPT): é o volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço respiratório possível; somatório de: VRI + VC + VRE + VR ou CV + VR; cerca de 5.500 ml a 5.800ml. Todos os volumes e capacidades pulmonares são cerca de 20 a 25% menores na mulher do que no homem, e evidentemente apresentam valores maiores em pessoas grandes e atléticas do que nas pessoas astênicas e pequenas. OBS: Na realidade, somente 70% do ar inspirado chega aos alvéolos, ficando o restante pelas vias aéreas, no chamado espaço morto, onde não há troca gasosas. OBS: Existem fatores que alteram a capacidade pulmonar, como a prática esportiva, altura, sexo, etc. Hematose O sangue que vem do ventrículo direito chega nos pulmões através das artérias pulmonares., vai em direção aos alvéolos para liberar o CO2, captado nos tecidos do corpo, e receber o O2, captado na inspiração. As veias pulmonares recebem o sangue oxigenado do pulmão (alvéolos) e entram no coração, através do átrio esquerdo, o qual contrai e joga sangue oxigenado para o corpo. V. Pulmonar – leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. A. Pulmonar – traz sangue venoso do coração para o pulmão. Pleura – Parietal e Visceral É uma membrana serosa de dupla camada (parietal + externa; visceral + interna) que envolve e protege cada pulmão. Entre elas há um líquido que permite a complacência do pulmão. Pneumotórax: quando o ar se instala entre as pleuras, comprimindo os pulmões e diminuindo a expansibilidade.
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