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APG 21

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Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º Período 
 
APG 21 – A CULPA É DO PULMÃO 
1) COMPREENDER A FISIOLOGIA DO TRABALHO 
MECÂNICO RESPIRATÓRIO 
 A mecânica respiratória é a utilização de oxigênio 
e produção de gás carbônico através de 
diferença de pressões onde o ar entra e sai do 
sistema respiratório, através com o mecanismo 
de bombas. O mecanismo bombeador são os 
músculos da respiração. 
 Refere-se ao conjunto de propriedades 
mecânicas do pulmão e da caixa torácica que 
permitem a movimentação de ar para dentro e 
para fora dos pulmões, necessária para que as 
trocas gasosas aconteçam. Há a mecânica 
respiratória estática e a dinâmica. 
MECÂNICA RESPIRATÓRIA DINÂMICA 
 Inspiração: a entrada de ar nos pulmões; 
 Expiração: a saída de ar nos pulmões; 
 O músculo diafragma é essencial para que a 
respiração aconteça. Isso se deve, porque a 
respiração acontece por diferença de pressão. 
Quando o diafragma contrai, ele se movimenta 
para baixo, e como a pleura pariental dos 
pulmões está grudada no diafragma, acaba 
tracionando os pulmões junto com ele. 
 Ao tracionar os pulmões e aumentar o volume 
do sistema respiratório, a pressão que está 
dentro dos pulmões, pressão alveolar, se torna 
menor em comparação com a pressão 
atmosférica. E assim, o ar é puxado do meio de 
maior pressão para o de menor pressão. 
 A inspiração tranquila (ATIVO) é realizada quase 
totalmente pelo músculo diafragma, sendo que 
os músculos intercostais também podem ajudar, 
elevando as costelas e aumentando o diâmetro 
horizontal do sistema. 
 Na expiração tranquila (PASSIVO) o diafragma 
relaxa, e a própria retração elástica dos 
pulmões e da caixa torácica comprimem os 
pulmões, fazendo com que a pressão alveolar se 
torne superior à pressão atmosférica, e assim 
o ar é expelido. 
 Na inspiração forçada, após uma atividade física, 
por exemplo, existem músculos auxiliares que 
ajudam nesse processo, além do diafragma. 
Esses músculos são: os intercostais externos, os 
serráteis anteriores e os escalenos, que tem 
como principal função elevar as costelas. Além 
disso, tem-se os músculos 
esternocleidomastóideos, localizados no pescoço, 
que se inserem no osso esterno, e quando eles 
se contraem elevam o mesmo. 
 Todos esses músculos atuando juntos ajudam a 
aumentar o diâmetro do sistema respiratório, 
para que o ar entre com maior velocidade e 
maior volume. 
 Da mesma forma, quando é necessário uma 
expiração forçada, como durante a tosse ou 
espirro, músculos acessórios da respiração 
acabam ajudando, já que a retração dos pulmões 
e da caixa torácica não é suficiente para expelir 
o ar do sistema em altas velocidades. Os 
músculos que ajudam nesse processo são: os 
abdominais e os intercostais internos. 
 
 COMPLACÊNCIA DA CAIXA TORÁCICA: O 
espaço intrapleural, espaço entre o pulmão 
e a caixa torácica, apresenta pressão 
negativa, uma vez que a caixa torácica 
tende à expansão, enquanto os pulmões 
tendem à retração, o alvéolo quer colabar 
o tempo todo. Essa pressão é responsável 
por manter a conexão das pleuras parietal 
e visceral e, consequentemente, entre a 
caixa torácica e o pulmão. 
 O espaço intrapleural pode ser “furado” = 
pneumotórax, com isso a pressão pode ser 
positiva, já que entrou ar nesse espaço. Os 
pulmões colapsam e a caixa torácica 
expande. 
MECÂNICA RESPIRATÓRIA ESTÁTICA 
 A mecânica pulmonar estática estuda o pulmão 
cujo volume não varia com o tempo, isto é, não 
avalia o fluxo de ar, mas sim os volumes 
Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º Período 
 
pulmonares máximos alcançados. É uma análise 
da relação entre pressão e volume, que vai 
depender das características do parênquima 
pulmonar e dos músculos esqueléticos que 
auxiliam a respiração. 
 Os testes de função pulmonar (espirometria, 
curva fluxo-volume, pletismografia corporal) 
podem detectar anormalidades na função 
pulmonar antes que os indivíduos passem a ser 
sintomáticos. 
 A DPOC é caracterizada por aumentos dos 
volumes pulmonares e da resistência das vias 
aéreas e por reduções nas velocidades do fluxo 
expiratório. O enfisema, tipo específico de DPOC, 
é ainda caracterizado pelo aumento da 
complacência pulmonar. 
 Doenças pulmonares restritivas são 
caracterizadas por redução do volume pulmonar, 
velocidade e resistência normais do fluxo 
expiratório e redução acentuada da complacência 
pulmonar. 
2) DISCUTIR SOBRE AS CAPACIDADES E VOLUMES 
PULMONARES 
 VOLUMES PULMONARES: Existem 4 tipos de 
volumes pulmonares, que quando somados, 
resultam no volume máximo dos pulmões, ou 
seja, o máximo que eles podem expandir. Nesse 
sentido, têm-se como volumes: 
 Volume corrente (VC): volume de ar inspirado ou 
expirado, em cada respiração normal, cerca de 
500 ml no homem adulto; VOLUME QUE ESTÁ 
FLUINDO!!! 
 Volume de reserva inspiratória: é o volume extra 
de ar que pode ser inspirado, que vai além do 
volume corrente normal, cerca de 3000 ml; 
 Volume de reserva expiratório: é o máximo 
volume extra de ar que pode ser expirado, no 
momento de expiração forçada, cerca de 1.100 
ml; 
 Volume residual (VR): é o volume de ar que fica 
nos pulmões, após a expiração forçada, 
corresponde a cerda de 1.200 ml. Ele impede que 
o pulmão colabe. 
 CAPACIDADES PULMONARES: A capacidade é 
determinada, durante os eventos do ciclo 
pulmonar, considerando dois ou mais volumes 
combinados. Essas combinações são chamadas 
de capacidades pulmonares, dentre elas, serão 
destacadas aqui as mais importantes. 
 Capacidade inspiratória: é correspondente ao 
volume corrente mais o volume de reserva 
inspiratório, cerca de 3.500 ml; 
 CI = VC + VRI 
 Capacidade residual funcional (CRF): é o volume 
de reserva expiratório mais o volume residual, 
ou seja, é a quantidade de ar que permanece 
nos pulmões, ao final de expiração 
normal/TRANQUILA; 
 CRF = VR + VER 
 Capacidade vital (CV): é igual ao volume de 
reserva inspiratório mais o volume corrente 
mais o volume de reserva expiratório, ou seja, é 
a capacidade máxima de ar que a pessoa pode 
expelir dos pulmões, após enchê-los 
previamente à sua extensão máxima e então 
expirar, também à sua extensão máxima; 
 Capacidade pulmonar total (CPT): é o volume 
máximo a que os pulmões podem ser expandidos 
com o maior esforço, cerca de 5.800ml, que é 
igual a capacidade vital mais o volume residual. 
TUDO!!! 
 CPT = CV + VR 
 A espirometria é uma técnica de medição dos 
volumes e capacidades, porém não mede o VR, 
CRF e CPT. Aqui o gás hélio é acoplado. 
 Outra técnica é a diluição do gás hélio. O hélio, é 
um gás virtualmente insolúvel no sangue, o que o 
impede de escapar dos alvéolos para a corrente 
sanguínea. 
 E há também a pletismografia corpórea. 
Pressão X volume = constante. 
DETERMINANTES DO VOLUME PULMONAR 
 Os volumes pulmonares são determinados pelas 
propriedades do parênquima pulmonar e pela 
sua interação com a caixa torácica. Desse modo, 
a magnitude dos volumes de reserva inspiratória 
e expiratória depende de diversos fatores. 
 Complacência do pulmão: medida das 
propriedades elásticas do pulmão que 
representa a pressão necessária para 
variar o volume pulmonar. Quanto maior a 
complacência, menor a força necessária 
para enchimento. Assim, quedas na 
complacência pulmonar reduzem o VRI. 
Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º Período 
 
 Força muscular: o VRI diminui quando a 
musculatura respiratória está fraca ou sua 
inervação está comprometida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) ENTENDER A HEMATOSE E O TRANSPORTE DE 
GASES 
 Depois que o ar que está na atmosfera entra 
no sistema respiratório, ele chega até os 
alvéolos. Onde o oxigênio passa do alvéolo para o 
capilar sanguíneo através da DIFUSÃO, ou seja 
do meio de maior concentração (alvéolo) para o 
de menor (sangue). 
 Também acontece a passagem do C02 no 
sentido inverso: do capilar sanguíneo para o 
alvéolo para ser exalado pelos pulmões. O CO2também passa do sangue para o alvéolo através 
da difusão. 
 Esse processo é chamado de HEMATOSE: 
transformação do sangue rico em CO2 para 
sangue rico em O2. 
 Esse fluxo de gases ao passar dos alvéolos para 
o sangue, ou vice-versa, precisa ultrapassar 
algumas barreias: a parede do alvéolo (epitélio), o 
espaço intersticial, que fica entre o alvéolo e 
capilar sanguíneo, e a parede do próprio capilar 
sanguíneo. Essas estruturas são conjuntamente 
chamadas de BARREIRA OU MEMBRANA 
ALVÉOLO CAPILAR OU MEMBRANA 
RESPIRATÓRIA. 
4) EXPLICAR OS PRINCIPAIS FATORES E 
REGULADORES (SISTEMA NERVOSO) DA 
FISIOLOGIA PULMONAR 
 O tamanho do tórax é alterado pela ação dos 
músculos respiratórios, que se contraem como 
resultado dos impulsos nervosos transmitidos 
dos centros no encéfalo e relaxam na ausência 
de impulsos nervosos. 
 Estes impulsos nervosos são enviados de grupos 
de neurônios localizados bilateralmente no tronco 
encefálico. Este grupo amplamente disperso de 
neurônios, chamados coletivamente de centro 
respiratório, pode ser dividido em duas regiões 
principais de acordo com sua localização e 
função: (1) o centro respiratório bulbar no bulbo 
e (2) o grupo respiratório pontino na ponte. 
 
CENTRO RESPIRATÓRIO BULBAR 
 O centro respiratório bulbar é composto por 
duas coleções de neurônios chamados de grupo 
respiratório dorsal (GRD), antigamente chamado 
de área inspiratória, e o grupo respiratório 
ventral (GRV), antigamente chamado de área 
expiratória. 
 Durante a respiração tranquila normal, 
neurônios do GRD produzem impulsos para o 
diafragma por meio dos nervos frênicos e para 
os músculos intercostais externos por meio dos 
nervos intercostais. Quando os impulsos 
nervosos alcançam o diafragma e os músculos 
intercostais externos, eles se contraem e 
ocorre a inspiração. 
 Quando o GRD se torna inativo após 2 s, o 
diafragma e os músculos intercostais externos 
relaxam por aproximadamente 3 s, possibilitando 
a retração passiva dos pulmões e da parede 
torácica. 
 Localizado no GRV está um aglomerado de 
neurônios chamado de complexo pré-Bötzinger, 
que se acredita ser importante na geração do 
ritmo respiratório. Este gerador de ritmo, 
análogo ao do coração, é composto de células 
Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º Período 
 
marca-passo que estabelecem o ritmo básico da 
respiração. O mecanismo exato dessas células 
marca-passo é desconhecido e é tema de muitas 
pesquisas em andamento. No entanto, acredita-
se que as células marca-passo contribuam para 
o GRD ao controlar a taxa na qual os neurônios 
do GRD disparam potenciais de ação. 
 Os neurônios restantes do GRV não participam 
da respiração tranquila normal. O GRV é ativado 
quando é necessária respiração forçada, como 
durante o exercício. 
 Durante a inspiração forçada, os impulsos 
nervosos do GRD não só estimulam os músculos 
do diafragma e intercostais externos a se 
contraírem, como também ativam os neurônios 
do GRV envolvidos na inspiração forçada a enviar 
impulsos aos músculos acessórios da inspiração 
(esternocleidomastóideo, escalenos e peitoral 
menor). A contração destes músculos resulta na 
inspiração forçada. 
 Durante a expiração forçada, o GRD está inativo 
juntamente com os neurônios do GRV que 
resultam em inspiração forçada, mas os 
neurônios do GRV envolvidos na expiração 
forçada enviam impulsos nervosos aos músculos 
acessórios da expiração (intercostais internos, 
oblíquo externo, oblíquo interno, transverso do 
abdome e reto do abdome). A contração destes 
músculos resulta na expiração forçada. 
GRUPO RESPIRATÓRIO PONTINO 
 O grupo respiratório pontino (GRP), antigamente 
chamado de área pneumotáxica, é uma coleção 
de neurônios na ponte. Os neurônios no GRP 
estão ativos durante a inspiração e a expiração. 
O GRP transmite impulsos nervosos para o GRD 
no bulbo. O GRP participa tanto na inspiração 
quanto na expiração, modificando o ritmo básico 
da respiração produzido pelo GRV, como ao 
exercitar-se, falar ou dormir. 
 
REFERÊNCIAS 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall 
tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2017. 
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem 
Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. 
TORTORA, Gerard J.. Principios de anatomia e fisiologia. 
14 ed. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 1201 
p.

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