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Saúde Coletiva I - RAS

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Saúde Coletiva I 
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 
RESUMO 
SITUAÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL 
 Transição demográfica (hoje a pirâmide está com o ápice 
largo) 
 Projeção para 2030 - aumento da expectativa de vida (15% 
população idosa, mais de 40 milhões) 
 Diminuição da taxa de natalidade 
 
DESAFIO 
Extensão: mais de 8 milhões de Km2 
População: mais de 200 milhões de pessoas 
 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
 
Tripla carga de doenças 
o Doenças infecciosas 
o Doenças crônicas 
o Violências urbanas 
 
VARIÁVEIS-CHAVE CONTIDAS NO CONCEITO DE CONDIÇÃO 
DE SAUDE 
Tempo de duração da condição de saúde: duração do problema 
Forma de enfrentamento pelo sistema de atenção à saúde: 
episódica, reativa ou contínua 
Modo como se estrutura o sistema de atenção à saúde: fragmentado 
ou integrado 
 
PREDOMINÂNCIA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS 
 
 Diminuição das doenças agudas (inferior a 3 meses) 
 Doenças crônicas: definitiva e permanente 
 
CONDIÇÕES CRÔNICAS: câncer, asma, doença cardiovascular, 
tuberculose, hanseníase, HIV, distúrbios mentais a longo prazo, 
deficiências físicas. 
 
CONDIÇÕES AGUDAS: doenças transmissíveis de curso curto, 
dengue, gripe, amigdalites e apendicite. 
 
DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL 
 
✓ 32% tem pelo menos uma doença crônica 
✓ 6% tem três ou mais doenças crônicas 
 
FRAGMENTAÇÃO 
 
Lacunas assistenciais 
Financiamento público insuficiente e fragmentado 
Configuração inadequada de modelos de atenção 
 
O QUE NÓS TEMOS HOJE E NÃO QUEREMOS MAIS 
 
❖ Pronto socorros cheios 
❖ Pacientes no chão 
❖ Assistência inadequada 
❖ Postos de saúde lotados 
 
PROBLEMAS COMPLEXOS x RESPOSTAS COMPLEXAS 
 
Relatório Dawson – 1920 
Primeiro relatório sobre rede de atenção à saúde. Pensava-se sobre 
organização do sistema de acordo com a complexidade. Aconteceu 
na Inglaterra. Frisa os centros de saúde secundários, com serviços 
especializados. 
 
Constituição de 1988 
 
Organização das ações e serviços integrados 
 
NOAS – SUS 01/02 
 
Enfatizou a regionalização do SUS 
 
Decreto 7508/2011 
 
 Nova forma de compactação dos municípios 
 Mapas de saúde 
 COAPS 
 Planos de saúde (RENASES e RENAME) 
 CGR (comissões intergestores regionais) 
 
CONCEITO 
 
As redes de atenção são arranjos (entre municípios) 
organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes 
densidades tecnológicas, que integradas por meio de 
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam 
garantir a integralidade do cuidado. 
 
POR QUE ORGANIZAR O SISTEMA DE SAÚDE EM REDES 
 
 Superar fragmentação 
 Qualificar gestores 
 Tirar foco no médico e doença 
 Considerar os contextos locais 
 Lidar com complexa inter-relação entre acesso, escala, 
qualidade e custo-efetividade. 
 
PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DE RAS 
 
 Realizar diagnóstico/análise situacional 
 Estabelecer prioridades baseadas em pactuações regionais 
 Montar um grupo para monitoramento 
 Desenhar a rede 
 Contratualizar os pontos de atenção 
 Acompanhar a implantação da rede e seus resultados 
 
CONCEITOS 
 
 
REGIÃO DE SAÚDE 
Espaço geográfico continuo constituído por agrupamento de 
municípios delimitado a partir de identidades culturais, econômicas 
e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes 
compartilhados, com finalidade de integrar a organização. 
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 Conjunto de ações e serviços que serão articulados dentro do 
território finalizando integralizar todos os níveis de atenção à saúde. 
MAPA DA SAÚDE 
É a descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de 
ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa 
privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os 
investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de 
saúde do sistema. 
REGIÕES DE SAÚDE – devem ser instituídas pelos estados, em 
articulação com os municípios, respeitadas as diretrizes gerais 
pactuadas na CIT: 
▪ Atenção primária 
▪ Urgência e emergência 
▪ Atenção psicossocial 
▪ Atenção ambulatorial 
▪ Vigilância em saúde 
 
Os entes federativos definirão os seguintes elementos em relação 
às regiões de saúde: 
• Seus limites geográficos 
• População usuária 
 
PORTA DE ENTRADA DO SUS 
 Atenção primária (grande ordenadora do cuidado) 
 Atenção de urgência e emergência 
 Atenção psicossocial 
 Serviços especiais de acesso aberto (CTA – centros de 
testagem e aconselhamento) 
 
CONTRATUALIZAÇÕES 
✓ Melhora o nível de saúde da população 
✓ Responde com efetividade às necessidades em 
saúde 
✓ Obter um efetivo e rigoroso controle sobre 
crescimento das despesas de origem publica com 
saúde 
✓ Alcança maior eficiência gestora no uso de recursos 
escassos, maximizando o nível de bem-estar 
✓ Coordenar as atividades das partes envolvidas 
 
ORGANIZAÇÃO DAS RAS 
Elementos constitutivos: 
População 
Rede de atenção primária à saúde (integralidade, 
orientação comunitária, primeiro contato, longitudinalidade, 
foco na família) 
Estrutura operacional da rede (pontos de atenção 
secundários e terciários, sistemas logísticos, sistemas de 
apoio e sistema de governança) 
Modelo de atenção à saúde (modelo da condição aguda, 
modelo de condição crônica, uma nova clínica, gestão da 
clínica, gestão da condição da saúde, auditoria clínica, fila 
de espera, gestão de caso) 
RAS 
Objetivo: promover a integração sistêmica de ações e 
serviços de saúde com provisão de atenção contínua, 
integral, de qualidade, responsável e humanizada, bem 
como incrementar o desempenho do sistema, em termos 
de acesso, equidade e etc. 
 
PROCESSO SAÚDE DOENÇA 
 Promoção 
 Prevenção 
 Diagnóstico 
 Tratamento 
 Reabilitação 
 
NIVEIS DE ATENÇÃO 
 Atenção básica 
 Atenção secundária 
 Atenção terciária 
 
NIVEIS DE ATENÇÃO + PROCESSO SAÚDE-DOENÇA = 
INTEGRALIDADE 
 
SISTEMA FRAGMENTADO X RAS 
ANTES 
Sistema fragmentado e hierarquizado, sem coordenação 
da atenção, sem comunicação entre os componentes, foco 
somente em condições agudas 
HOJE 
Rede democrática e poliárquica de atenção à saúde, feita 
pela atenção primária, com comunicação entre os 
componentes, foco nas condições agudas e crônicas, 
objetiva melhoria da saúde ofertado para população 
medindo os resultados

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