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Esqueleto Axial - Crânio

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Ana Luísa Rubim
Osteologia: Esqueleto Axial – Crânio
Definições
O esqueleto pode ser dividido em esqueleto axial e esqueleto apendicular. O esqueleto axial é aquele composto pelo crânio e a coluna vertebral. O apendicular é o formado pelos membros superiores e inferiores. O ponto de ligação entre ambos esqueletos é feito pelos cíngulos do membro superior e inferior.
O esqueleto axial, diferentemente do apendicular, está muito mais envolvido com a proteção do que com o movimento. Ele é quem protege o sistema nervoso central e também órgãos importantíssimos como o coração e o pulmão.
Esqueleto Axial
Um osso que faz exceção ao esqueleto axial é o hioide, pois sua função é de movimento e está extremamente relacionado à deglutição. Ele pode ser palpado e movimentado de lado a lado. Embora ele faça parte do esqueleto axial, ele não se articula com nenhum outro osso!! Ele fica imediatamente superior à laringe, na parte anterior do pescoço.
Tá ai o osso hioide. 
Crânio
Podemos classificar o crânio entre os ossos do neurocrânio (frontal, parietal, occipital, temporal, esfenoide, etmoide) e os ossos da face (maxila, mandíbula, zigomático, frontal, vômer, palatino, nasal, concha nasal inferior, lacrimal).
Observações Importantes sobre o Crânio
Os ossos que constituem a cavidade ocular (onde ficam os olhos!!) são menos espessos do que os outros ossos. Isso foi uma adaptação do ser humano para que, em caso de traumas e fraturas, o olho não fosse esmagado pelos ossos que formam a cavidade ocular. Esses ossos são: lacrimal, maxila, esfenoide, zigomático, frontal, palatino.
amarelo = Osso frontal; verde = Osso lacrimal; marrom = Osso etmóide; azul = Osso zigomático; roxo = Osso maxilar; aqua = Osso palatino; vermelho = Osso esfenóide
os ossos que constituem a calota craniana apresentam a impressão de vasos. Isso ocorre porque a ossificação dessa região é a desmal, ou seja, o processo de ossificação ocorre em um contato muito íntimo entre os tecidos (o tecido ósseo formado e o que fica subjacente a ele).
o ponto mais cranial do crânio (tipo o ápice, o ponto mais alto) é chamado de vértex. A localização desse ponto pode variar de pessoa pra pessoa.
os forames que existem são imprescindíveis para a comunicação do encéfalo com as outras partes do corpo.
a região onde os ossos frontal, parietal, esfenoide e temporal estão em estreita proximidade é o ptério. As consequências clínicas de uma fratura do crânio nesta área podem ser muito graves. O osso nesta área é particularmente fino e fica sobre a divisão anterior da artéria meníngea média, que pode ser lacerada por uma fratura do crânio nesta área, resultando em um hematoma extradural.
O neném nasce sem que tenha ocorrido a ossificação nos ossos do crânio com um motivo simples: facilitar o parto! Os ossos saem desunidos para que a cabeça se deforme durante sua passagem pelo canal do parto e também para o crescimento pós natal.  A maioria dos chamados fontículos se fecham no primeiro ano de vida. Mas, a ossificação completa começa no final da terceira e década e, normalmente, apenas se completa na quinta década de vida.
Para continuar o estudo do crânio, é necessário saber onde fica cada um desses ossos. Alguns só podem ser observados em vistas específicas, outros podem ser vistos mais de uma. Olhem:
Ossos do Crânio: Visão Anterior e Lateral
De frente, de lado… Falta agora calota craniana, vista interna e vista posterior:
Ossos do Crânio: Calota Craniana
Ossos do Crânio: Visão Posterior
Ossos do Crânio: Vista Interna
Agora sim. Vamos falar de cada osso.
1) Osso Frontal
É um dos ossos que forma a cavidade ocular.
É um osso pneumático.
É o osso que forma a “testa”, e também é um dos ossos que compõem a calota craniana.
Quando o neném nasce, esse osso não se articula com os ossos parietais, e entre eles ficam as famosas moleiras, chamadas tecnicamente de fontanelas ou fontículos. Quando ocorre a ossificação, o osso frontal se articula com o parietal através da sutura coronal (coronal vem de coroa, mesmo! porque é mais ou menos nesse lugar em que a coroa fica na cabeça da pessoa).
Entre os dois arcos ciliares (no homem, esses dois arcos são bem mais protuberantes do que nas mulheres!), fica uma região chamada de glabela. É uma parte da testa em que misteriosamentegeralmente não nascem pelos da sobrancelha. Clinicamente, essa região é importante, pois é um dos pontos craniométricos importantes em medida do esqueleto cefálico.
Perímetro Cefálico
Os acidentes anatômicos importantes desse osso são: incisura supra – orbital (forame onde passam nervos e vasos supra – orbitais), detalhe que é possível sentirmos essa incisura quando palpamos a região onde ela se encontra. Há ainda a glabela. Internamente, podemos citar outros acidentes importantes como o sulco do seio sagital superior (é uma estrutura venosa intradural), sulco do ramo anterior da artéria meníngea média. Não podemos esquecer, por último, da cristal frontal, que é um ponto de fixação para a foice do cérebro, que é uma especialização da dura-máter que separa parcialmente os dois hemisférios cerebrais.
2) Ossos Zigomáticos
É um dos ossos que forma a cavidade ocular.
É o osso que forma as “maçãs do rosto”, ou também chamado de “osso da bochecha”.
A importância clínica do osso zigomático é que esse é um osso alvo de traumatismo, quando ocorrem acidentes de trânsito, esportes, etc.
Os acidentes anatômicos importantes desse osso são: forame zigomáticofacial (onde passa o nervo zigomático), processo temporal do osso zigomático, que, junto com o processo zigomático do osso temporal formam o arco zigomático.
3) Ossos Nasais
“A abertura piriforme é a grande abertura na região nasal e a abertura anterior da cavidade nasal. Visível através da abertura piriforme estão o par de conchas nasais inferiores e as cristas nasais fundidas, formando a parte inferior do septo nasal e terminando anteriormente como espinha nasal anterior.” (Gray’s Anatomia para Estudante, p. 764).
É o osso mais comum de ocorrer fratura.
4) Maxilas
Nas maxilas e na mandíbula existem os processos alveolares, onde os dentes ficam inseridos. Tanto os dentes, quanto o processo alveolar só existem em “mutualismo”, ou seja, enquanto existe dente funcional, existe processo alveolar, enquanto existe processo alveolar, existe dente funcional! É por isso que quando pegamos a mandíbula de um idoso ela é “lisinha”, não tem nenhum buraquinho do processo alveolar, porque não tem mais dente, então não tem mais processo alveolar, simples assim. Isso ocorre, porque com a queda dos dentes, o processo alveolar vai se atrofiando e é absorvido. Detalhe que a presença do dente só é fator para a existência do processo alveolar se o dente for funcional, ou seja, se o indivíduo usar esse dente, continuar mastigando…
É um osso pneumático.
Os acidentes anatômicos importantes desse osso são: forame infra – orbital (onde passam nervos e vasos infra – orbitais), processo alveolar, espinha nasal anterior, processo zigomático da maxila.
Os acidentes anatômicos importantes desse osso (parte inferior) são: fossa incisiva, tem a região chamada de palato duro.
5) Mandíbula
Presença do processo alveolar.
Há três articulações sinoviais na cabeça. A maior é a ATM (articulação temporomandibular). – As outras duas são entre os três ossículos da orelha média.
A mandíbula é o segundo osso mais vulnerável a fraturas (o primeiro é o nasal). É comum também que ocorra o deslocamento da ATM, às vezes por causa de um simples bocejo, ou também por traumatismos maiores. Isso ocorre quando o processo condilar da mandíbula se move anteriormente à eminência articular.
Os acidentes anatômicos importantes desse osso são: mandíbula composta pelo processo condilar (constituído pela cabeça da mandíbula e pelo colo da mandíbula, detalhe que é a cabeça da mandíbula que se articula com a fossa mandibular do osso temporal), processo coronoide (inserção do tendão do músculo temporal), ramo da mandíbula, processo alveolar, forame da mandíbula (passa o nervo alveolar inferior, artéria e veia entram na mandíbulapor esta abertura), ângulo da mandíbula, espinhas genianas (inserção de músculos – genioglosso e geniohióide – essas espinhas podem ainda ser chamadas de tubérculos da mandíbula), forame mentual (passagem de nervos e vasos mentuais), tubérculo mentual, protuberância mentual, linha oblíqua (é uma crista que tem como função ser um ponto de fixação para músculos relacionados com a cavidade oral).
6) Parietal
Os dois osso parietais constituem a maior parte do teto do crânio, ou seja, da parte de cima da cabeça. A parte exterior desses dois ossos não tem nada muito relevante a ser dito. É importante lembrar que os dois parietais se articulam na sutura sagital. Entre o parietal e o esfenoide tem a sutura esfenoparietal, e entre o parietal e o occipital tem a sutura lambdoidea. Outra sutura importante é entre o parietal e o temporal, em que temos a sutura escamosa e a sutura parietomastoidea. Existe um forame no osso parietal chamado de forame parietal (passagem de veias emissárias).
Na parte interna do teto craniano, também composta na sua maioria pelos ossos parietais, podemos perceber a grande quantidade de impressão de vasos, como os sulcos da artéria meníngea média.
7) Temporais
É um osso pneumático.
O osso temporal pode ser dividido em 4 partes: escamosa, processo zigomático, timpânica e petromastoidea (petrosa e mastoidea).
A parte escamosa do osso temporal é muito fina e pode ser facilmente fraturada, mas, pelo menos, fica em cima dela o músculo temporal, que é muito forte, e ele se dispõe exatamente na região da fossa média, protegendo a região.
Os acidentes ósseos (na parte lateral) importantes desse osso são: processo zigomático do osso temporal (um dos processos que formam o arco zigomático), processo mastoide (ponto de fixação para vários músculos), processo estiloide (origem dos músculos estiloióide, estiloglosso e estilofaríngeo), incisura mastoide (ponto de fixação para o músculo digástrico), meato acústico externo (canal auricular).
Os acidentes ósseos (vista inferior) importantes desse osso são: fossa mandibular, forame jugular (veia jugular interna), incisura mastoidea, canal carótico (passagem da artéria carótida interna e plexo nervoso), forame estilomastoideo (passagem do nervo facial), forame lacerado (é um forame que só existe em defuntos, pois em vida ele é fechado por uma membrana e nada importante passa por ele).
Na visão interior podemos encontrar o meato acústico interno.
8) Osso Occipital
Os acidentes ósseos importantes desse osso (vista posterior) são: linha nucal superior e linha nucal inferior (importantes pontos de origem muscular), protuberância occipital externa e ínio (que é a parte mais protuberante da protuberância occpital externa) e por fim a crista occipital externa.
Os acidentes ósseos importantes desse osso (vista inferior) são: tubérculo faríngeo (fixação de partes da faringe à base do crânio), forame magno (continuação do encéfalo e da medula espinal, artérias espinais posteriores, raízes do nervo acessório e meninges), côndilo occipital (articulação com a primeira vértebra cervical), canal do hipoglosso (nervo hipoglosso e vasos).
Na parte interna, é importante saber da existência do clivo (entradinha do forame magno), tubérculo jugular.
9) Osso Esfenoide
É um dos ossos que forma a cavidade ocular.
“Ele é composto por um corpo central, um par de asas maiores e um de asas menores projetando – se lateralmente do corpo, e dois processos pterigoides, que se projetam em direção caudal, imediatamente laterais à cada coáno”.
Os acidentes anatômicos importantes desse osso (vista inferior) são:  hâmulo pterigoideo (hâmulo do processo pterigoideo da lâmina medial/lateral do osso esfenoide!), fossa pterigoidea, abertura do canal pterigoideo, forame espinhoso (passagem da artéria meníngea média), lâminas lateral e medial do processo pterigoideo.
Os acidentes anatômicos importantes desse osso (vista interior) são: formando a sela túrcica: fossa hipofisal (onde fica a hipófise), dorso da sela, e tubérculo da sela. Tem ainda a fissura orbital superior (que dá pra ver na vista anterior da face), forame redondo.
Repare que o lugar em que a hipófise fica guardada é em uma região muito, muito interna do crânio, ela realmente fica bem protegida, pois um trauma em que a hipófise é acometida, teve que passar por diversas outras estruturas rígidas. A natureza deve ter tido todo esse trabalho porque a hipófise deve ser um pouquinho importante pro nosso corpo, né?
Os processos clinoides (vista interior): servem de ponto anterior de fixação para o tentório do cerebelo, que é uma camada de durá – mater que separa a parte posterior dos hemisférios cerebrais do cerebelo.
10) Osso Vômer
O vômer é melhor visto na vista inferior do crânio, na qual podemos perceber a abertura nasal posterior chamada de coáno.
Ele é importante por contribuir na formação do septo nasal (que separa os dois coános).
11) Osso Etmoide
Na vista interior, encontramos a cristal etmoidal e anterior a ela o forame cego (veias emissárias para a cavidade nasal). No osso etmoide também temos a lâmina cribriforme, e nessa lâmina ficam os forames da lâmina cribiforme, que são importantíssimos por serem a passagem dos nervos olfatórios. As células etmoidais são as responsáveis por fazerem do osso etmoide, um osso pneumático.
12) Osso Lacrimal
É o osso mais frágil e menor da face! Geralmente, ele tá quebrado no anatômico.
13) Ossículos da Audição
Os ossículos da audição são eles: bigorna, martelo e estribo. Com o tempo, esses vão perdendo a elasticidade que tem um com o outro e endurecendo, e é por isso que o idoso vai ficando surdo.
14) Osso Palatino
É o osso que forma a parte posterior do céu da boca (a maior parte é composta pela maxila)!
Os acidentes anatômicos dessa região mais importantes são: forame palatino maior, forame palatino menor, espinha nasal posterior.
Fonte: Anatomia Moore

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