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INTRODUÇÃO: LEISHMANIOSE TEGUMENTAR É uma doença infecciosa cutânea- mucosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitida pela picada de insetos flebotomíneos. Muitos animais silvestres (marsupiais e roedores) e domésticos (canídeos, felídeo e equídeos) servem como reservatório da doença. Costuma ter como período de incubação de uma semana a dois anos. Principais agentes etiológicos: Leishmania (Viannia) braziliensis e L. (Viannia) guyanensis. Vetor: flebotomíneos do gênero Lutzomyia (mosquito-palha) Via de transmissão: picada de flebotomíneo fêmea infectada. FIGURA3- Vetor da leishmaniose tegumentar SINAIS E SINTOMAS As diversas formas de apresentação da leishmaniose estão ligadas ao estado imunológico do paciente e as espécies de leishmania, variando de lesões autorresolutivas a lesões desfigurantes. Leishmaniose cutânea: formação de úlceras únicas ou múltiplas, de base eritematosa, formato arredondado, fundo avermelhado e com granulações. Apresenta grande densidade de parasitas nos bordos da úlcera. Leishmaniose cutaneomucosa: lesões ulceradas e que evoluem após meses ou anos para lesões destrutivas secundárias em mucosas e cartilagens. As regiões mais afetadas costumam ser nariz, faringe, boca e laringe, sendo comum a destruição do septo nasal, que pode culminar com desabamento nasal (nariz de tapir). Leishmaniose cutânea difusa: pela formação de múltiplas lesões papulares ou nodulares não ulceradas por toda pele. Atinge principalmente extremidades e outras partes expostas. DIAGNÓSTICO Pesquisa do parasita: exame direto de esfregaço corado e exame histopatológico. Pesquisa de DNA do parasita: PCR Métodos para avaliação da resposta celular: teste de Montenegro Métodos para avaliação da resposta humoral: reação de imunofluorescência indireta. TEGUMENTAR E VISCERAL Medicina Veterinária – Raphaela Domitillo TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Recomenda-se como droga de primeira escolha o antimonial pentavalente (N-metilglucamina), exceto para pacientes HIV positivo e gestantes. QUADRO 1- Tratamento e acompanhamento das formas cutânea localizada ou disseminada, mucosa e difusa da leishmaniose tegumentar americana. PROFILAXIA Uso de mosquiteiro, telagem de portas e janelas e uso de repelente. Não se expor nos horários de atividade do vetor em ambientes onde ele pode ser encontrado. Limpeza urbana e outras ações que diminuam o número de ambientes propícios para profilaxia do vetor. Uso de telas em canis. Eutanásia a todos os animais com sorologia positiva ou parasitológico positivo. Medicina Veterinária – Raphaela Domitillo INTRODUÇÃO: LEISHMANIOSE VISCERAL É uma doença infecciosa sistêmica grave, que evolui para óbito, se não tratada, em mais de 90% dos casos. Também é causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida pela picada de insetos flebotomíneos. Possui período de incubação de 10 dias a 24 meses. Principais agentes etiológicos: Leishmania donovani; Leishmania infantum e Leishmania chagas. Via de transmissão: picada do mosquito Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi infectado. SINAIS E SINTOMAS Febre irregular de intensidade média e de longa duração; Palidez das mucosas; Anemia, leucopenia, trombocitopenia e hipoalbunemia; Esplenomegalia associada ou não a hepatomegalia; Emagrecimento progressivo; Icterícia e ascite. DIAGNÓSTICO Pesquisa de anticorpos: imunoflorescência indireta, testes rápidos imunocromatográficos e ensaio imunoenzimático (ELISA) Pesquisa do parasita: consiste em análise de material biológico obtido preferencialmente da medula óssea. Exame direto Isolamento em meio de cultura Tratamento medicamentoso Primeira escolha: antimonial pentavalente (N-metilglucamina), 3mg/kg/dia, durante 7 dias ou 4mg/kg/dia, durante 5 dias em infusão venosa, em uma dose diária. Em casos de contraindicação desse fármaco: anfotericina B, sendo a única opção no tratamento de gestantes e de pacientes que apresentam toxicidade ou refratariedade ás drogas de primeira escolha. Medicina Veterinária – Raphaela Domitillo
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