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Leishmaniose Visceral Canina | Parasitologia

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CCBS 
Departamento de Biologia 
Licenciatura em Ciências Biológicas 
Parasitologia Para Ciências Biológicas 
Profa. Dra. Carla de Lima Bicha 
 
CONSTRUIR UM TEXTO ENXUTO, E COM SEQUÊNCIA DE IDEIAS, QUE 
CONTENHA OS SEGUINTES ASPECTOS SOBRE A LEISHMANIOSE VISCERAL 
CANINA: 
1) Agente etiológico. 
2) Vetor. 
3) Período de incubação – durabilidade. 
4) Leishmanioma – quando surge e como caracterizá-lo? 
5) Sinais clínicos nos cães – quais fatores influenciam? 
6) Animais assintomáticos – como diagnosticar a infecção? 
7) Animais sintomáticos – citar o sinal clínico mais evidente e citar também outras 
manifestações 
clínicas 
8) Principal achado laboratorial – discorrer. 
9) Método diagnóstico mais indicado – discorrer. 
10) Vacina – qual é utilizada atualmente? (consulta por meio da internet – resposta 
baseada em instituições reconhecidas e/ou artigos científicos) Mencionar a 
referência. 
LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA 
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é considerada uma zoonose 
sistêmica causada pelo protozoário cutâneo ​Leishmania chagasi ​pertencente ao 
gênero ​Leishmania​, ordem ​Knetoplastida ​e família ​Trypanosomatidae ​[2,3]​. ​Essa 
doença é transmitida por insetos hematófagos infectados (flebotomíneos) do sexo 
feminino [2,3], sendo uma das principais espécies de vetor a ​L. longipalpis ​e o cão 
doméstico um dos animais que apresentam uma maior susceptibilidade a 
obtenção dessa infecção [2]​. ​Contudo, a suscetibilidade não está diretamente 
Identificação: ​Raysla Maria de Sousa Almeida 
ligada a expressão dessa doença no hospedeiro [2]. Apesar dos mecanismos de 
susceptibilidade e resistência dos cães não estarem bem claros ainda, sabe-se 
que alguns animais desenvolvem resposta imunológica através dos linfócitos T, 
os ​quais produzem citocinas [2]. Ao mesmo passo, alguns animais infectados 
possuem uma queda significativa das taxas de células T CD4 + responsáveis por 
estimular a resposta imunológica. Desse modo, os animais infectados podem 
apresentar uma resposta humoral exuberante embora esse sinal não seja 
determinante para a progressividade da doença [2]. 
Para que ocorra o desenvolvimento da LVC é necessário a presença de 
dois ​fatores, sendo um deles a resposta imune do animal e o outro a virulência 
da cepa ​de ​Leishmania ​inoculada pelo vetor [2]. Nos cães, a doença permanece 
em ​período de incubação que pode variar de três à dois anos [2]. Essa doença 
ocorre ​através dos insetos vetores que realizam a hematofagia e inoculam o 
agente ​etiológico ​L. chagasi ​na via cutânea do hospedeiro [2]. Posteriormente, o 
vetor é ​fagocitado pelos monócitos do sistema imunológico do hospedeiro, que 
posteriormente se modifica e se divide até que a célula se rompe consolidando a 
infecção [3]. Em alguns casos é identificado a formação de uma lesão cutânea na 
pele do hospedeiro chamada de Leishmanioma no local do inóculo [2]. Essa 
formação pode ser caracterizada através da presença de diversos fatores, dentre 
eles: o nódulo, área de alopecia e até mesmo a úlcera, que pode desaparecer 
posteriormente [2]. A realização de exames histológicos em pacientes infectados 
através de uma análise realizada nos órgãos linfoides identificam a presença 
tanto ​de pequenos nódulos inflamatórios chamados de granulomas, como 
também 
detectam a presença de um parasitismo significativo no qual utiliza a via cutânea 
do hospedeiro como meio para disseminar a doença [2] 
Inicialmente, a Leishmaniose Visceral Canina apresenta manifestações 
clínicas como a perda de peso, apatia, regiões sem pelo e descamação da pele 
[2]. De forma geral, os principais sinais clínicos são caquexia, 
hipergamaglobulinemia, hepatomegalia, esplenomegalia, anemia, linfadenopatia e 
lesões em diversos órgãos internos [2, 3]. Nos animais assintomáticos, a infecção 
só pode ser confirmada através de resposta sorológica positiva em relação a 
presença de anticorpos IgG e detecção do parasito. Já nos animais sintomáticos, 
ocorrem várias manifestações clínicas, dentre elas estão a descamação da pele, 
perda de peso e de apetite. Ao passar do tempo, nota-se o aumento do tamanho 
das unhas, comprometimento ocular, edemas, paresia das patas posteriores, 
ascite, epistaxes, hemorragias gastrointestinais, anemia, diarreia, onicogrifose e 
úlceras de decúbito [2]. No estágio mais avançado ocorre falência renal 
progressiva e o emagrecimento evolui para caquexia levando o animal a óbito [2]. 
O diagnóstico da LVC pode ser realizado por meio de dois métodos, sendo 
um deles o método sorológico que é baseado na análise de anticorpos através 
das ​reação de imunofluorescência indireta (RIFI), ensaio imunoenzimático 
(ELISA), ​fixação do complemento e aglutinação direta; e o método parasitológico 
que é ​baseado na coleta de material biológico através de punções, biópsia ou 
escarificação [1]. No Brasil a vacina utilizada para prevenção da doença em cães 
não infectados se chama LeishTec, uma vacina recombinante aprovada pelo 
MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pelo Ministério da 
Saúde [4]. 
 
REFERÊNCIAS 
[1] Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento 
de Vigilância Epidemiológica. ​Manual de vigilância e controle da leishmaniose 
visceral / Ministério da Saúde​, Secretaria de Vigilância em Saúde, 
Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Editora do Ministério da 
Saúde, 2006. 120 p. 
[2] NEVES, David Pereira ​et al​. ​Parasitologia Humana​. 11. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2004. 498 p. 
[3] SILVA, Cláudia Marina Hachmann de Sousa e; WINCK, César Augustus. 
LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA: REVISÃO DE LITERATURA. ​Revista da 
Universidade Vale do Rio Verde​, [​s. l​], v. 16, n. 1, p. 1-12, 15 jul. 2017. 
[4] S.I. ​LEISH-TEC. ​Disponível em: https://www.ceva.com.br/Produtos/Lista-de 
Produtos/LEISH-TEC. Acesso em: 03 dez. 2020.

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