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A3- CONSTITUCIONAL

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Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas
Luiza de Souza Rodrigues 
RA: 6708785
ESTUDO DE CASO 
Atividade 3 (A3)
São Paulo – SP
2020
ESTUDO DE CASO- ADPF 672
Primeiramente, parte-se da premissa que o País se encontra em um estado de Emergência Sanitária devido a pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, há um aumento no número de pessoas doentes, o que exige das autoridades medidas para conter a transmissão e fornecer acesso à saúde igualmente.
A Constituição Federal em seu Art.6, caput, aponta como fundamental o direito a saúde, reforçado no Art. 196, e a proteção do bem jurídico mais valioso no Art. 5, caput, a vida. Percebe-se que o Executivo não faz uso coerente de suas competências previstas na Constituição e não age em defesa da saúde pública. O Presidente, inclusive, esteve em manifestações, frequentemente vem desrespeitando as medidas sugeridas pela OMS, descredibilizando as ações tomadas pelos governadores dos Estados e Distrito Federal e ridicularizando a doença. Isto posto, percebe-se a violação dos direitos fundamentais já mencionados e o não cumprimento de competências federativas administrativas comuns por parte da União. 
Tendo em vista que o Art.18, caput, garante autonomia aos Estados e Distrito Federal (Lei Orgânica), estes podem elaborar matérias legislativas baseadas em suas necessidades. No que tange à saúde, o Art. 23, II, prevê competências administrativas comuns entre a União, os Estados e o Distrito Federal, e o Art. 24, XII estabelece competências concorrentes entre os entes federados. Levando-se em consideração a hierarquia das normas legislativas e sabendo, até o momento, que a União não determinou nenhuma medida restritiva de combate a disseminação da covid-19, o Poder Executivo não deve diminuir as medidas que visam frear a propagação da doença, como isolamento, restrição de pessoas em locais fechados, obrigatoriedade do uso de máscaras e suspensão das aulas, tomadas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, pois estas estão protegidas constitucionalmente e procuram preservar o direito à vida e à saúde. Dessa forma, considera-se acertada a concessão parcial da medida cautelar, pois, haja vista a situação em que o Brasil se encontra, é necessária ação das autoridades para a promoção da saúde em respeito ao devido cumprimento de competências constitucionalmente previstas.

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