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AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

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AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
INSTRUMENTOS EMPREGADOS NA AVALIAÇÃO
Autor: Esp. Lilian Borges Maia
Revisor: Renée Coura Ivo Vituri
INICIAR
introdução
Introdução
No decorrer da respectiva unidade, apresentaremos algumas considerações sobre os instrumentos que envolvem o processo de avaliação no que se refere ao sistema educacional brasileiro. Dessa forma, abordaremos (um) estudo das informações resultantes do processo avaliativo, em que exploraremos as questões que envolvem a gestão democrática e o processo avaliativo atualmente. Em seguida, discutiremos sobre  processo avaliativo de planos: Planejamento e avaliação educacional, em que faremos uma breve exposição sobre os conceitos que envolvem o planejamento e a avaliação educacional.
Outro assunto a ser abordado refere-se à avaliação do âmbito da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e as orientações inclusas nos Parâmetros Curriculares relativas aos processos de avaliação, em que serão apresentadas as considerações do processo avaliativo em consonância com a respectiva Lei n.º 9.394/96. Por fim, faremos alguns apontamentos sobre o Sistema Nacional de Avaliação: Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),  Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), e o  Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
Estudo das Informações Resultantes do Processo Avaliativo
Assim como a sociedade se desenvolve e sofre mudanças significativas, a educação também se desenvolve e sofre alterações no decorrer dos anos. Sabemos que essas transformações ocorrem em outras áreas, como na economia, informação, tecnologia, comunicação, na maneira como as pessoas se relacionam, entre outras. Sendo assim, podemos afirmar que a cada ano que passa a sociedade se torna mais complexa e isso se reflete diretamente no setor educacional, pois todas as transformações também ocorrem intramuros das escolas.
É válido considerarmos que a educação acompanha transformações complexas vivenciadas pela sociedade, pois devemos levar em conta que vários são os fatores que  refletem diretamente na escola, ou melhor dizendo, em toda administração escolar, visto que as mudanças sofridas pela sociedade com o passar do tempo,  no ambiente escolar, começaram a acontecer após a redemocratização do ensino, mais precisamente, a partir da década de 1980, com fim da Ditadura Militar (1964-1985).
Nesse período, com o fim da Ditadura Militar, houve um otimismo em relação à desigualdade econômica e social, voltando-se os olhares para uma educação de qualidade. No entanto, esse otimismo em relação à educação durou pouco tempo, considerando o sucateamento em que as escolas públicas se encontravam.
Foi, então, caro(a) aluno(a), que houve a necessidade de rever essas mudanças ocorridas na sociedade, mas  voltadas para a educação, e a partir da Constituição Federal de 1988 a gestão democrática dentro das escolas passa a ser primordial, tendo como objetivo principal a busca de um ensino de qualidade em nossas escolas. Assim, o gestor escolar passa a ser visto com um elemento de destaque significativo, pois é quem irá administrar e organizar a escola em sua totalidade.
Sabemos que o termo gestão foi emprestado da área da administração, mas que ganhou forças quando utilizado no setor educacional, (passando a ser concebida,  segundo Libâneo, Oliveira, Toschi (2005, p. 318), como:
A atividade pela qual são mobilizados meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização, envolvendo, basicamente, os aspectos gerenciais e técnico-administrativos. Há várias concepções e modalidades de gestão: centralizada, colegiada, participativa, co-gestão [...].
É válido ressaltar que a gestão ganha novos rumos quando desenvolvida de forma participativa, democrática, deixando de ser centralizada e realizada de forma individual, sendo desenvolvida em parceria com todos os envolvidos no processo educativo, portanto, podemos afirmar que a educação utilizou um termo advindo da área da administração e lhe deu uma roupagem com as características que a escola atual exige, ou seja, trazendo para a administração das escolas uma gestão em que a participação de todos os envolvidos no contexto educacional se torna algo imprescindível.
Assim, com base no que mencionamos, podemos notar que a forma como o gestor escolar administra a sua escola faz a diferença no processo de ensino e aprendizagem, e reflete , inclusive, nos resultados das avaliações internas e externas da instituição, no entanto, não é somente isso que reflete os resultados ruins ou bons, temos vários outros fatores que interferem nos resultados das avaliações
É notório salientar, ainda,  que as avaliações institucionais iniciaram dentro das universidades, tendo como objetivo o cumprimento do princípio de transparência, isto é, uma forma de mostrar à sociedade como estava o ensino da instituição, era, portanto, um mecanismo de fortalecimento da instituição pública frente às ameaças contínuas de privatização (BALZAN; DIAS SOBRINHO,1995).
De acordo com os preceitos apontados por Bertelli e Eyng (2004), a Avaliação Institucional é vista como sendo uma ferramenta que auxiliará as instituições de ensino quanto à melhoria na qualidade do processo de ensino e aprendizagem, considerando que os alunos não serão os únicos beneficiados, mas toda a comunidade e também o nosso país. Portanto, a avaliação institucional deve ser uma ação organizada, que não considere apenas as avaliações que acontecem no cotidiano da escola, mas deve ser uma ação sistemática e global, com o objetivo de verificar todas as atividades desenvolvidas pela a escola, seu meios e finalidades, gestão, infraestrutura, as práticas pedagógicas e condições de trabalho.
No âmbito escolar temos  a participação efetiva do gestor democrático, pois cabe a ele gerenciar todas essas questões, organizando a participação significativa de todos os indivíduos que fazem parte da instituição. Sendo assim, a avaliação institucional, segundo os autores supracitados, é vista como uma estratégia para a gestão institucional,  e as considerações apontadas no decorrer do processo avaliativo devem orientar a tomada de decisão, contribuindo para a melhoria da qualidade do processo educativo. Conforme observamos na reflexão de Dias Sobrinho (2003, p.44):
A avaliação institucional educativa deve ser um amplo democrático processo de busca de compreensão das dimensões essenciais de uma instituição e de organização das possibilidades de transformação [...] como a educação comprometida com as necessidades e interesses públicos são de responsabilidade coletiva da comunidade educativa e do Estado, a avaliação há de ser democrática e participativa.
No mais, podemos afirmar que os fins da avaliação institucional devem pautar-se nos princípios da democracia, que perpassam os caminhos das decisões tomadas pela comunidade escolar e de todos os indivíduos inseridos nesse processo educacional, além, é claro, de um Estado participativo.
É válido lembrar que a avaliação institucional é dividida em avaliação institucional interna ou autoavaliação, que é desenvolvida pelos próprios agentes inseridos na instituição de ensino, quando a escola sente a necessidade de fazer alguma mudança na organização pedagógica interna do ambiente escolar; e a avaliação externa, que é feita pelas secretarias de educação, para o acompanhamento e melhoria do processo de ensino e aprendizagem, seus resultados auxiliam no desenvolvimento do sistema educacional de todo o país.
Todas as mudanças apresentadas em relação ao sistema educacional, no decorrer dos anos, foram em busca de oferecer um ensino de qualidade para todos, tendo, o gestor, conforme já mencionamos, papel fundamental na administração desse ensino ofertado pelas escolas, considerando que é seu dever zelar de maneira democrática pelo andamento de todos os setores envolvidos nesse processo mudança dentro de sua escola.
Assim, sabemos que todo o processo de ensino e aprendizagem, envolvendoinclusive a avaliação, passa por grandes mudanças e resulta em práticas educativas que precisam de uma relação dialética que possibilitem  entender o passado, problematizar o futuro e intervir de forma coerente e estruturadas no presente.
De acordo com as reflexões de Hoffmann (2005), a elaboração da avaliação educacional ainda está centrada em mitos e desafios. Segundo a respectiva autora, o mito está pautado no princípio do autoritarismo que acontecia nas gerações passadas. Em relação aos desafios, nos deparamos com um dos maiores desafios da educação e do processo avaliativo na atualidade, isto é, a tomada de consciência coletiva para que aos poucos os professores passem a se preocupar com o fenômeno da avaliação e a propagar essa discussão para toda a comunidade.
Observamos que o autoritarismo e a concepção de uma avaliação como um julgamento, exercidos por alguns gestores é fruto da história vivenciada por eles quando eram alunos. Portanto, a prática avaliativa de alguns gestores ainda é baseada em princípios e metodologias do passado, o que resulta em procedimentos finais e conclusivos, relacionando a prática avaliativa à uma ação de aplicação de provas finais com atribuição de nota para a aprovação ou reprovação do aluno.
Podemos afirmar que cabe ao gestor fazer as devidas intervenções no processo avaliativo de sua escola, para que consiga promover um ensino de qualidade e dinâmico. Para alcançar esse objetivo, deve sugerir ao seu corpo docente o exercício de avaliar continuamente os alunos, por meio de diferentes instrumentos, e não se limitar apenas a utilização de um único instrumento e um único momento avaliativo. Cabe tanto ao gestor quanto ao corpo docente, voltar seus olhares para a aprendizagem significativa dos alunos e não para a punição e classificação, como tratamos anteriormente.
praticar
Vamos Praticar
Vimos que o ato de avaliar e ser avaliado consiste em uma ação que faz parte do nosso dia a dia, ou seja, observarmos os processos avaliativos na escola, no trabalho, em casa ou em qualquer atividade em que podemos realizar durante o dia.
Assim, com base no processo avaliativo educacional, assinale a alternativa correta.
Parte superior do formulário
a) O processo avaliativo do sistema educacional brasileiro é inovador e serve de exemplo a muitos países.
b) A avaliação escolar não é importante no processo de ensino e aprendizagem, por isso algumas escolas nem a utilizam como prática.
c) A função verdadeira da avaliação seria em mensurar uma nota para a aprovação do aluno, mesmo que ele não tenha adquirido nenhum conhecimento
d) O processo de avaliação tem como princípio identificar em que medida os objetivos educacionais estão sendo realmente atingidos.
e) Ao avaliarmos queremos apenas mensurar uma nota ao aluno para que ele consiga ser aprovado para a série seguinte.
Parte inferior do formulário
Processo Avaliativo de Planos: Planejamento e Avaliação Educacional
O planejamento está presente em todos os instantes de nossa vida pessoal e também no trabalho. Por mais simples que seja, ações sem planejamento tendem a não alcançar os objetivos. Dentro do contexto educacional, o planejamento é o que dá direcionamento à ação, ele permite que se tenha uma visão das necessidades da escola e a identificação de possíveis obstáculos e é justamente nisso que consiste um de seus desafios: não se pode elaborar um planejamento sozinho e, principalmente, sem “mapear” as necessidades reais da instituição escolar. Também é de suma importância saber os usos adequados das estratégias do planejamento.
Assim, sabemos que a avaliação está inserida no planejamento e que faz parte do Projeto Político Pedagógico (PPP), portanto, precisamos compreender a avaliação nas suas diferentes perspectivas e abordagens e suas implicações no processo de ensino e aprendizagem.
Planejamento
Planejar é o desejo de transformar o que queremos em realidade, para isso precisamos utilizar de meios racionais e tangíveis, tanto no campo pessoal como profissional. Dentre as várias definições de planejamento, utilizaremos inicialmente a de Padilha (2001, p. 30), em que encontramos os seguinte: “o planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas”. Assim, o ato de planejar é reflexão de tomada de decisão sobre a ação, no sentido de trabalhar com os meios materiais e recursos humanos que estão disponíveis, tendo em vista os objetivos, prazos e avaliações.
Planejar é um modo de agir tendo em vista o futuro, e envolve métodos e coerência de quem planeja, no intuito de evitar improvisações, ou deixar que tudo aconteça ao “acaso” ou “como sempre aconteceu”. Se as coisas acontecerem como sempre aconteceram, não haverá mudança, a mudança requer sempre novas atitudes.
O Planejamento Educacional – também denominado Planejamento do Sistema de Educação, “[...] é o de maior abrangência, correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual ou municipal. Incorpora e reflete as grandes políticas educacionais” (VASCONCELLOS, 1995, p. 95).
Portanto, quando se fala em planejamento educacional, compreendemos que se trata de um processo amplo e que envolve todo sistema de ensino entre os níveis do planejamento na educação escolar, correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual e municipal.
Ainda no campo educacional, temos o planejamento curricular, o qual, de acordo com Vasconcellos (1995, p. 56) podemos definir como sendo um "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola e deve ter como preocupação elaborar uma proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares.
Partindo do princípio de que planejamento é uma mediação teórico-metodológica para a ação consciente e intencional (VASCONCELLOS, 1995), salientamos que o ato de planejar é um processo de reflexão, é um processo mental que envolve tomada de decisão e previsão de ação, tais aspectos baseados em uma intencionalidade.
Para o autor José Carlos Libâneo (1994, p. 222),
o planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classe. Isso significa que os elementos do planejamento escolar - objetivos-conteúdos-métodos – estão recheados de implicações sociais, têm um significado genuinamente político. Por essa razão o planejamento, é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos didaticamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade.
Dessa forma, o planejamento exige uma racionalidade em sua elaboração no sentido de superação de ações fragmentadas e de vontades individuais, pois também tem como um de seus objetivos a superação de conflitos e obstáculos.
É importante salientar que o planejamento é composto por dimensões que não podem ser dissociadas, trata-se da dimensão política, que consiste na construção coletiva, operacional, consiste na organização e na dinâmica das relações, ou seja, na dimensão política temos o discurso e na dimensão operacional temos a prática. Na educação essas dimensões são expressas no Plano Nacional de Educação (PNE), plano de trabalho docente, plano de ensino, plano de curso, plano de aula, proposta curricular, proposta política pedagógica, entre outros.
É no Plano Nacional de Educação que se define a política educacional do país, que será desenvolvidaem um determinado tempo. O Plano Escolar, embora esteja em uma dimensão menor, não pode estar dissociado das diretrizes do PNE. Segundo Libâneo (1994, p. 224) o plano escolar é onde são registrados os resultados do planejamento da educação escolar. O respectivo autor ainda salienta que o plano escolar "é o documento mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações do projeto pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente ditos" (LIBÂNEO, 1994, p. 224).
O plano de curso refere-se à organização das matérias que serão desenvolvidas em uma instituição de ensino durante o período que corresponde a duração de um curso. Para Vasconcellos (1995, p. 117), o plano de curso é a "sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de estudo, numa dada realidade. Veremos adiante esses planos de forma mais detalhada”.
Diferente dos planos, os projetos, de modo geral,  são documentos que também faz parte do planejamento e tem o interesse intencional de auxiliar no desenvolvimento da instituição escolar e/ou em aspectos relacionados à aprendizagem dos alunos. Um dos projetos mais importantes da escola é o Projeto Político Pedagógico que, segundo Vasconcellos (1995, p. 117),
é o instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da instituição.
Como percebemos, planejar envolve métodos e diretrizes, em qualquer nível que se encontre, seja governamental ou de ação docente. O ato de planejar requer uma postura de compromisso com os objetivos propostos, mostrando a intencionalidade da ação e para isso é preciso ter claro quais são as finalidades da educação e do tipo de aluno que se pretende formar.
O planejamento se apresenta em diversos níveis no ensino e os planos fazem parte também, como norteadores de ação pedagógica. Para Libâneo (1994, p. 223):
o plano é um guia para orientar o professor em suas ações educativas, ele é um guia de orientação, pois nele são estabelecidas as diretrizes e os meios de realização do trabalho docente. Sua função é orientar a prática partindo da exigência da própria prática. O plano deve ter uma ordem sequencial, progressiva. Para alcançar os objetivos, são necessários vários passos, de modo que a ação docente obedeça a uma seqüência lógica.
O plano também precisa ser objetivo, precisa estar coerente com a realidade da escola. Não podemos fazer um plano sem os meios e recursos para operacionalizá-lo. Existem alguns planos educacionais, entretanto, os  três níveis principais de planos são: o plano da escola, o plano de ensino, o plano de aula.
Dessa forma, o plano da escola consiste nas  orientações gerais e ligadas ao Projeto Político Pedagógico da instituição.O plano de ensino (ou plano de unidade) centra-se em elencar os objetivos e tarefas do trabalho do professor para o ano ou semestre, é dividido por unidades que seguem uma sequência, contendo os objetivos, conteúdos e metodologia. Quanto ao plano de aula, refere-se ao diário do professor, consiste no  desenvolvimento do conteúdo que será ministrado em uma aula ou em várias.
O Planejamento Escolar é o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. Conforme Libâneo (1994, p. 222):  "É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social" .
Sugiro a elaboração de um parágrafo para indicar e justificar os itens abaixo: Plano da Unidade Escolar; Plano de Ensino; Plano de Aula. Outra possibilidade é continuar em texto sequencial como feito até aqui.
· Plano da Unidade Escolar:
Esse é o plano que dispõe sobre a dinâmica das ações da escola, ele ordena a vida escolar do aluno. Segundo Padilha (2001, p. 33), o plano da unidade escolar é o "[...] processo de decisão sobre a atuação concreta dos professores no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações em constante interações entre professor e alunos e entre os próprios alunos".
O Plano da Unidade Escolar é um documento que organiza coletivamente o trabalho escolar e define ações imediatas necessárias à organização desse trabalho, explicitando quais são as condições necessárias à prática docente e articulando as ações para a efetivação do Projeto Político Pedagógico.
O Plano de Unidade Escolar trata dos assuntos da disciplina que irão corresponder ao planejamento mais geral das aulas, mas é importante lembrar que a elaboração de planos de unidade não significa que o professor não fará o planejamento de cada aula. E para definir as unidades da disciplina, o professor deve estar atento para que estejam ligadas e apresentadas de forma lógica, no sentido de que estão constituídas de assuntos afins e que apresentem relações entre si. O plano escolar é um guia para a elaboração do plano de ensino.
· Plano de Ensino:
O plano de ensino está voltado ao cotidiano do professor, na LDBEN 9394/96 no Artigo 13, II e IV aparece como “Plano de Trabalho” que deve ser elaborado pelo professor. Segundo Sant'Anna et al (1995, p. 19), esse nível de planejamento trata do "processo de tomada de decisões bem informadas que visem à racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem".
Portanto, para elaboração os professores devem além conhecer seus alunos, ter domínio ter um bom domínio de conteúdo. Assim, ele não negligencia aspectos importantes do conteúdo e articula a melhor maneira de trabalhar com seus alunos. Para Lück (2009, p. 39):
O plano de ensino se assenta sobre o PPP e a organização curricular adotada pela escola, em acordo com as Diretrizes Curriculares nacionais e estaduais definidas para o nível de ensino em questão. Ele organiza o conjunto das experiências de sala de aula e extraclasse a serem promovidas sob a orientação do professor, em um ano letivo. Embora sua implementação seja feita pelo professor de turma, sua elaboração deve ser participativa, envolvendo o diretor da escola, a coordenação/supervisão pedagógica e os demais professores.
O plano de ensino deve também ser orientado pelo diretor escolar, pois ele conhece quais são os desafios da unidade escolar.
· Plano de aula:
Como sendo uma das obras mais importantes na educação, o livro “Didática” de José Carlos Libâneo (1994) traz, dentre outros conteúdos, os elementos  da elaboração do plano de aula, de forma que os educadores reflitam sobre cada momento em sua elaboração. Para esse autor, o plano de aula é um detalhamento do plano de ensino e
as unidades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação de aulas é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar em um documento escrito que servirá não só para orientar ações do professor como também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano (LIBÂNEO, 1994 p. 241)
Algumas considerações devem ser feitas no momento da elaboração do plano de aula, como o fato de que a aula corresponde à um período de tempo variável. Essa consciência sobre o tempo, auxilia o professor a se orientar nos aspectos dos conteúdos que apresentam maior necessidade e mais atividades de fixação.
O plano de aula é o instrumento de trabalho em que as atividades estão organizadas de modo que os conhecimentos e habilidades a serem alcançadas pelos alunos estejam propostas. Deve contemplar diferentes situações e processos significativos para os alunos e marcar a curto prazo as aprendizagens esperadas.
Avaliação Educacional
A avaliação é um tema bastante debatido na educação e hoje sabemos que os sistemas de classificação utilizados nos processos avaliativos são muito subjetivos, no entanto precisamser próximos da realidade do aluno, no nível de seu desenvolvimento em relação aos conteúdos trabalhados. Hoje não se trata apenas de “classificar” alunos, mas de verificar como está o processo de sua aprendizagem e também como poderia ter possibilidades de mudanças na prática pedagógica do professor. No texto de nossa Lei de Diretrizes e Bases n.º 9394/96 a avaliação deve ser contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Conforme Luckesi (2011, p. 278-292), a avaliação envolve três passos:
3 PASSOS DA AVALIAÇÃO
PASSO 1
Saber o nível atual de desempenho do aluno (etapa também conhecida como diagnóstico);
PASSO 2
Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo educativo (qualificação);
PASSO 3
Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar atividades, sequências didáticas ou projetos de ensino, com os respectivos instrumentos avaliativos para cada etapa).
A avaliação faz parte da vida do aluno e o professor utilizará de meios para efetuá-la. As funções da avaliação são de selecionar (em relação aos métodos e diferentes conteúdos), diagnosticar (referentes aos problemas da aprendizagem), orientar (ajustar-se e conduzir), certificar (sobre os objetivos) e regular (verifica se o processo está indo na direção pretendida).
Instrumentos da Avaliação
Os instrumentos são os recursos que o professor utiliza para a coleta de dados durante o processo de ensino-aprendizagem. Se compreendemos a avaliação como sendo um processo contínuo, fica mais fácil perceber como os alunos estão assimilando o conteúdo. Alguns Instrumentos mais comuns de avaliação são:
· Provas objetivas
São provas desenvolvidas pelos professores, relacionadas aos conteúdos abordados no decorrer das aulas, em que os alunos devem optar por assinalar apenas uma alternativa correta.
· Provas dissertativas
São provas em que os alunos devem responder, por meio da escrita, as respostas solicitadas, muitas vezes, devem justificar ou argumentar suas produções.
· Seminários
Podem ser de dois tipos: simples, limitado à apresentação oral das ideias centrais de um texto. Tem por objetivo possibilitar o contato de todos os alunos com as ideias apresentadas em diferentes textos ou capítulos de um mesmo livro; aprofundar um assunto por meio de síntese pessoal de bibliografia. A partir de um tema o aluno deve ser orientado a ler diferentes autores que tratam do assunto, após leituras emitir sua opinião pessoal e apresentar oralmente as conclusões.
· Trabalho em grupo
O professor organiza a turma em grupos para realizar uma pesquisa que resultará em uma produção coletiva.
· Debate
São elencados duas opiniões em relação a um assunto e os alunos devem defender a sua opinião, com argumentos plausíveis.
· Relatório
Refere-se a um conjunto de informações acerca dos resultados de uma atividade prática.
· Observação
Realizada durante as aulas práticas sobre determinado conteúdo, ou quando o professor está fazendo a exposição do conteúdo.
· Conselho de classe
É a reunião realizada pelos professores para verificar a aprendizagem dos alunos no decorrer do período letivo, eles avaliam em conjunto se houve aprendizagem ou não, analisando aluno por aluno.
· Portfólio
É o conjunto de atividades desenvolvidas no decorrer de um período, relacionadas aos conteúdos trabalhados pelos professores.
O ato de avaliar é um ato reflexivo que deve estar pautado na realidade da sala de aula, com o objetivo de posicionar-se frente à essa realidade, portanto é um ato de conhecimento, tanto do aluno como do professor. Existem alguns critérios no momento da avaliação, como:
· Conhecimento da matéria a ser ensinada.
· Questionamento das concepções prévias sobre o ensino, a aprendizagem e avaliação.
· Valorização do conhecimento prévio de cada aluno.
· Situações problemas, para que o aluno possa construir seu próprio conhecimento.
· Questionamento sobre a redução da avaliação a uma mera pontuação dos estudantes, convertendo-a em um instrumento de aprendizagem.
· Diversificação dos instrumentos.
As competências que se evidenciam no momento da avaliação giram em torno da competência educacional, curricular e de aprendizagem. As competências educacionais dizem respeito ao desenvolvimento da cidadania; as competências curriculares estão relacionadas aos objetivos, desempenho dos docentes, estratégias de ensino, materiais didáticos e as próprias formas de avaliação da aprendizagem; as competências de aprendizagem estão relacionadas aos conteúdos, capacidades, habilidades e competências.
praticar
Vamos Praticar
O ato de avaliar deve estar pautado na realidade da sala de aula, e se configurar como um ato reflexivo, com o objetivo de verificar o processo do conhecimento, tanto do aluno como do professor. Para avaliar é necessário que se estabeleçam alguns instrumentos e critérios. Quais os instrumentos foram historicamente mais utilizados em sala de aula para se avaliar os alunos?
Parte superior do formulário
a) Portfólios e seminários.
b) Debate e relatórios de atividades.
c) Trabalhos em grupo e individual.
d) Provas objetivas, dissertativas e exames.
e) Conselho de classe e exames.
Parte inferior do formulário
Avaliação do Âmbito da LDBEN, as Orientações Inclusas nos Parâmetros Curriculares e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Relativas aos Processos de Avaliação
Quando nos remetemos ao processo avaliativo em nosso país, observamos que a prática avaliativa da nossa educação é vista, ainda hoje, como uma prática classificatória e excludente. De acordo com Rabelo (2003), a avaliação deve ser feita durante todo o processo educativo e envolve ação – reflexão – ação; é problematizar o mundo em que vivemos para superar as contradições. Conforme o pensamento de Luckesi (2011), o verdadeiro sentido da avaliação seria auxiliar na construção satisfatória da aprendizagem, entretanto não é o que ocorre atualmente em nossa educação.
A avaliação escolar deve estar ligada ao processo de aquisição do conhecimento. No entanto, sabemos que nem sempre essa relação existe dentro das escolas, os nossos alunos têm em mente que devem estudar para alcançar uma nota, e não para aprender, seu objetivo está centrado em conseguir passar para a série seguinte, e não em adquirir conhecimento, fazendo com que as nossas avaliações não cumpram seu objetivo proposto, ou seja, atuar de forma significativa no processo de ensino e aprendizagem.
Em seu livro intitulado “Avaliação sobre a aprendizagem escolar”, Luckesi (2011) aborda sobre o real sentido da avaliação hoje em dia, apresentando um conjunto de aspectos que envolvem a avaliação e seu significado, sobre diferentes perspectivas: aluno, professor, pais. Na perspectiva do aluno, observamos que a sua atenção está voltada para a sua promoção, mais precisamente, em “passar para o próximo ano”, ser promovido para a série seguinte. No que tange aos professores, a avaliação é utilizada como um instrumento de ameaça, de controle sobre a turma ou apenas em relação aos alunos que apresentam algum problema de comportamento; o professor deve tentar promover a avaliação como motivadora da aprendizagem e não como punição. Já em relação aos pais, o mais importante e o foco maior são as notas dos seus filhos e se serão promovidos para a série seguinte, não fazem relação da avaliação com a aprendizagem.
Ainda em consonância com as ideias defendidas por Luckesi (2011), a  Educação Infantil e os  Anos Iniciais do Ensino Fundamental existe a  preocupação em desenvolver uma avaliação voltada para a aprendizagem deve ser redobrada, pois ela deve promover a aprendizagem e não causar situações de bloqueio em nossas crianças, por isso, o professor deve promover uma avaliação motivadora da aprendizagem e não um instrumento que irá excluir os alunos que não conseguem alcançar com êxito um desempenho satisfatório, conforme observamos nos dizeres de Fernandes (2008, p. 20):
Tradicionalmente, nossas experiências em avaliação são marcadas por uma concepção que classificam as aprendizagens em certasou erradas e, dessa forma, termina por separar aqueles estudantes que aprenderam os conteúdos programados para a série em que se encontram daqueles que não aprenderam. Essa perspectiva de avaliação classificatória e seletiva, muitas vezes, torna-se um fator de exclusão escolar.
Seguindo o os preceitos descritos por  Fernandes (2008), citados acima, muitas escolas trabalham, na Educação Infantil, com as avaliações relatoriais, em que são realizados relatórios informando sobre o desenvolvimento integral da criança, englobando as diferentes áreas do conhecimento.
De acordo com nossas discussões relacionadas ao processo avaliativo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996, on-line), mais precisamente, no artigo 24, afirma o seguinte:
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.
Sabemos que muitos estudiosos da educação (LUCKESI, 2011; FERNANDES, 2008; LÜCK, 2009; LIBÂNEO, 2005; dentre outros) têm discutido sobre os objetivos do processo avaliativo no que se refere à educação brasileira, assim, abordaremos algumas especificidades do processo avaliativo, para que o professor consiga compreender como os instrumentos para avaliar seus alunos podem de ser utilizados satisfatoriamente: avaliação diagnóstica, avaliação formativa e avaliação somativa, para que a avaliação não se torne um instrumento de punição ou exclusão, como foi mencionado anteriormente.
A avaliação diagnóstica consiste em verificar e analisar em que etapa da aprendizagem o aluno se encontra, contribuindo para a organização do plano de trabalho docente do professor. É válido ressaltar que a avaliação diagnóstica pode acontecer em qualquer período do ano letivo. Quando nos referimos ao processo de alfabetização, a diagnóstica permite ao professor acompanhar a construção do processo de leitura e escrita por parte do aluno.
Quanto a avaliação formativa, segundo Haydt (2002), é por meio dela,  que o aluno percebe seus erros e acertos e aprende com eles; a autora considera esse tipo de avaliação como orientadora, pois ela orienta o trabalho do professor e o aprendizado do aluno, desfocando as fontes e as causas do estresse que permeiam a avaliação. É utilizada no decorrer do ano letivo para verificar se os objetivos estão sendo alcançados. É importante ressaltar que existe muita confusão em relação às definições de formativa e contínua. Para esclarecer tais dúvidas, salientamos que não basta que o processo de avaliação seja contínuo, é fundamental que ele seja formativo, ou seja, que permeie toda a intencionalidade do plano de trabalho docente.
Já a  avaliação somativa ocorre no final de bimestre, trimestre, semestre ou anual, de acordo com a instituição de ensino. Seu objetivo principal é quantificar os resultados que foram obtidos com a avaliação formativa, portanto, deve ser clara, transparente.
Para finalizarmos nossas discussões sobre o processo de avaliação escolar, atentemo-nos que existem ainda alguns instrumentos de avaliação, inseridos nas especificidades abordadas (diagnóstica, formativa e somativa) e que permitem o aprimoramento do processo de aprendizagem.
É por meio do processo avaliativo que conseguimos trabalhar com a progressão parcial dos estudos,  permitindo com que o aluno continue com os estudos mesmo tendo disciplinas pendentes no anterior, isto é, o aluno é promovido para a série seguinte, mas deve fazer as disciplinas que não teve resultado satisfatório e que fazem parte do ano anterior.
Seguindo o que mencionamos até o momento, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) descrevem que a avaliação da aprendizagem deve contemplar todo o processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, o ensino desenvolvido, a atuação do professor, os resultados dos alunos, a estrutura da escola, bem como a metodologia e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento dos conteúdos abordados. De acordo com o exposto nos PCN’s, observamos:
a avaliação das aprendizagens só poderá acontecer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, isto é, analisando a adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos prévios dos alunos e aos desafios que estão em condições de enfrentar (Brasil, MEC,1997, p. 81).
Portanto, o processo avaliativo, conforme explicita o documento supracitado, deve ser contínuo e auxiliar na construção do conhecimento por parte do aluno, ou seja, é um conjunto de ações que alimenta, sustenta e orienta o desenvolvimento do conteúdo.
Em relação à Base Nacional Comum Curricular, observamos que há uma preocupação com o desenvolvimento de dez competências gerais, ou seja, competências estas vistas como mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver problemas da vida cotidiana, conforme podemos observar nas palavras apresentadas na própria BNCC (2018, p.8):
Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Assim, essas habilidades e competências devem fazer parte do cotidiano escolar dos alunos, para que possam desenvolvê-las no decorrer da educação básica, seria a unificação dos currículos, levando em conta as especificidades de cada região e cidade. Essas competências também são desenvolvidas no momento da avaliação.
reflita
Reflita
As propostas de avaliação da Educação Básica brasileira são permeadas de por objetivos, como estabelecer a relação entre a prática e a teoria, os quais devem levar os alunos a aprenderem e não apenas a decorarem os conteúdos ensinados em sala de aula. No entanto, sabemos que os resultados da educação brasileira estão nas últimas posições ao analisarmos o ranking mundial. Isso nos leva a refletir sobre a forma como nossos alunos estão aprendendo e se realmente estão aprendendo, o que há de errado com a nosso ensino e com as nossas escolas?
Fonte: elaborado pela autora.
praticar
Vamos Praticar
Em nossas leituras, vimos que o sistema avaliativo brasileiro não atua de forma coerente para a aprendizagem significativa do aluno, pois os instrumentos utilizados, na verdade, servem apenas para classificar e, consequentemente, excluir o aluno. Dessa forma, de acordo com os preceitos estudados sobre o conceito de avaliação, considere o que for correto.
Parte superior do formulário
a) A avaliação não regula o trabalho, as atividades, as relações de autoridade e a cooperação em sala de aula, apenas classifica o aluno.
b) A avaliação regula também as relações entre a família e a escola, mas não contribui para uma aprendizagem significativa do conteúdo.
c) A avaliação não contribui em nada no que diz respeito às relações entre a família e a escola.
d) A avaliação envolve ação - reflexão - ação, deve ocorrer durante o processo educativo e deve problematizar o mundo no qual vivemos.
e) A avaliação não contribuiu em nada para a aprendizagem do aluno, apenas para informar sua promoção para o ano escolar seguinte.
Parte inferior do formulário
O Sistema Nacional de Avaliação: Saeb, Enem e o Enaade, EnccejaNCEJA
Ao falarmos em avaliação, não podemos deixar de mencionar sobre os diferentes sistemas de avaliação contemplados em nossa educação, para que se possa verificar como o processo de ensino e aprendizagem, em nosso país, vem sendo edificado, nas diferentes etapas de ensino.
Em relação à educação básica, temos o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que foi criado em 1990 e sua realização acontece a cada dois anos por amostragem. Elecompreende dois processos, a Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) ou Prova Brasil. A primeira avaliação refere-se à realidade de cada região brasileira, é aplicada aos alunos de 5º ao 3º ano, do Ensino Fundamental e Médio. Já a segunda avaliação é aplicada somente aos alunos do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental. Semelhanças e diferenças podem ser mais bem visualizadas no quadro abaixo:
	Prova Brasil
	Saeb - Anaeb
	Foi criada em 2005.
	A primeira aplicação ocorreu em 1990.
	Alunos fazem prova de Língua Portuguesa e Matemática.
	Alunos fazem prova de Língua Portuguesa e Matemática.
	Avalia apenas estudantes de ensino
fundamental, de 5º e 9º ano.
	Avalia estudantes de 5º e 9º ano do ensino fundamental e estudantes do 3º ano do ensino médio.
	Avalia as escolas públicas localizadas em área urbana.
	Avalia alunos da rede pública e da rede
privada, de escolas localizadas nas áreas urbana e rural.
	A avaliação é quase universal: todos os
estudantes das séries avaliadas, de todas as escolas públicas urbanas do Brasil com mais de 20 alunos na série, realizam a prova.
	A avaliação é amostral, ou seja, parte dos estudantes brasileiros das séries avaliadas participam da prova.
	Fornece as médias de desempenho para o Brasil, regiões e unidades da Federação, para cada um dos municípios e escolas participantes.
	Oferece resultados de desempenho apenas para o Brasil, regiões e unidades da Federação.
Quadro 3.1 - Semelhanças e diferenças entre a Prova Brasil e Saeb
Fonte: Adaptado do Portal do Inep (2020, on-line).
Em 2019, o Saeb passou por uma reformulação com o objetivo de se adequar ao que propõe a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em vista dessa adequação, as siglas ANA (Avaliação Nacional da Alfabetização), Aneb e Anresc deixarão de ser utilizadas  e todas as avaliações serão identificadas como Saeb, tendo como base as etapas, áreas de conhecimento e tipos de instrumentos inseridos no processo.
saiba mais
Saiba mais
Base Nacional Comum Curricular
Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei n.º 9.394/1996), a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil.
A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, a Base soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Fonte: BNCC (2020,on-line).
ACESSAR
Ao caminharmos um pouco mais nos processos de avaliação da educação brasileira, nos deparamos, ainda, com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que avalia o desempenho dos alunos inseridos no último ano do Ensino Médio. O resultado dessa avaliação colabora para a inserção do aluno no ensino superior. A primeira edição do Enem ocorreu em 1998.
O (Exame Nacional Para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Enccela) é um exame gratuito, destinado aos alunos que, por algum motivo, não conseguiram finalizar o ensino fundamental ou médio, foi criado em 2002. Para realizar o exame o aluno precisa ter, no mínimo, 15 anos para o ensino fundamental e 18 anos para o ensino médio.
Em relação ao Ensino Superior, nos deparamos com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado pela Lei n.° 10.861, de 14 de abril de 2004, são três etapas que o constitui: a avaliação das instituições de ensino superior; dos cursos; e do desempenho dos alunos, sendo o último caracterizado pelo  Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
praticar
Vamos Praticar
Vimos que o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) passou por algumas reformulações desde que foi criado, sempre visando o desenvolvido da sociedade, no entanto, em 2019, essa reformulação foi mais significativa que nos anos anteriores. Dessa forma, qual foi o objetivo principal dessa reformulação?
Parte superior do formulário
a) Realizar avaliações diagnósticas e formativas.
b) Proporcionar atividades extras.
c) Desenvolver novos instrumentos de avaliação.
d) Adequar às orientações da Base Nacional Comum Curricular.
e) Desenvolver atividades diagnósticas.
Parte inferior do formulário
indicações
Material Complementar
FILME
O Sorriso de Monalisa
Ano: 2003
‍ Comentário: o respectivo filme mostra o ensino tradicional e forma como as alunas dessa instituição tradicional é avaliada, no decorrer das aulas de História da Arte. Com a chegada da nova professora de História da Arte, há a inserção de uma nova metodologia na escola, causando sérias críticas à professora, que muda, inclusive, a forma como promove a avaliação dos conteúdos ensinados.
TRAILER
LIVRO
Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico
Cipriano Carlos Luckesi
Editora: Cortez
ISBN: 9788524916571
Comentário: o respectivo livro retrata, de forma significativa, o processo avaliativo e como ele deve ser realizado para que a aprendizagem se efetive. Apresenta, em suas páginas, algumas considerações sobre o sistema avaliativo do nosso país, fazendo críticas em relação à maneira como avaliamos nossos alunos.
conclusão
Conclusão
Ao fazermos uma breve reflexão sobre os apontamentos realizados na unidade, notamos que o processo avaliativo em nossa educação vem sofrendo avanços com o passar dos anos, ou seja, foi evoluindo, conforme a sociedade se desenvolveu, ao menos na lei, normas e regras. Na prática ainda persiste uma cultura arraigada: excludente e seletiva. Sabemos que ainda há muito que ser realizado para que o objetivo principal seja atingido, ou seja, a efetiva aprendizagem de nossos alunos.
Dessa forma, fizemos alguns apontamentos em relação aos principais instrumentos de avaliação que permeiam a educação brasileira, demonstrando seus respectivos conceitos e como são aplicadas aos nossos alunos. Verificamos que em cada etapa da educação há uma forma de se avaliar os alunos.
Ao final de nossas considerações, é possível observar que o processo de avaliação deve auxiliar o professor em sala de aula, visando o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos inseridos no processo de ensino e aprendizagem.
referências
Referências Bibliográficas
BALZAN, N.C.; DIAS SOBRINHO, J. (orgs.) Avaliação Institucional : teoria e experiências. São Paulo: Cortez, 1995.
BERTELLI, E.M.; EYNG, A. M. Avaliação Institucional : a relação dialógica dos dados da avaliação interna e externa na melhoria institucional. Disponível em < https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/35670/Eliseu%20Miguel%20Bertelli%20-%20Avalia%c3%a7%c3%a3o%20Instituccional.pdf?sequence=4&isAllowed=y >. Acesso em: 27 jan. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 : estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 1996. Disponível em:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf >. Acesso em:
DIAS SOBRINHO, J. Avaliação : políticas e reformas da Educação Superior. São Paulo: Cortez, 2003.
FERNANDES, C. O. Indagações sobre currículo : currículo e avaliação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
HAYDT, R. C. Avaliação do processo de ensino-aprendizagem . São Paulo: Ática, 2002.
HOFFMANN, J.M.L. Avaliação : mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 35. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
LIBÂNEO, J. Ca. Didática . São Paulo: Cortez, 1994.
LIBÂNEO, J. C; OLIVEIRA, J.F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar : Políticas, Estrutura e Organização. São Paulo: Cortez, 2005.
LÜCK, He. Planejamento em orientação educacional . Petrópolis: Vozes, 2009.
LUCKESI,C. C. Avaliação da aprendizagem . Componentes do ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011.
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico : como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.
RABELO, E. H. Avaliação : novos tempos, novas práticas. Petrópolis: Vozes, 2003.
SANT'ANNA, F. M.; ENRICONE, D.; ANDRÉ, L.; TURRA, C. M. Planejamento de ensino e avaliação . 11. ed. Porto Alegre: Sagra / DC Luzzatto, 1995.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento : plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995.
Documentos eletrônicos
Portal do Inep. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/educacao-basica/saeb/historico . Acesso em 28 jan. 2020.
Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: : http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ . Acesso em 28 jan. 2020.

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