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ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE Esta unidade vai abordar a Administração Estratégica e as Análises Ambientais onde as empresas estão inseridas. O mercado está repleto de empresas de todos os tipos e setores, sejam organizações familiares, religiosas, educacionais, esportivas, governamentais e empresariais. O foco deste estudo será nas organizações empresariais, sem desprezarmos as outras que são partes interessadas de toda empresa. Os setores como comércio, indústria, serviços e terceiro setor estão cada vez mais se misturando neste mercado em mudança, com aumento globalizado da concorrência, a velocidade dos sistemas, processos, tecnologia e qualificação profissional. As empresas buscam investimentos, investidores, sistemas modernos, processos eficientes, tecnologia de ponta e pessoas capazes de se reinventar e criar a todo momento. O mercado exige flexibilidade, velocidade nas ações em todos os sentidos. Os recursos de entrada chamados input, de transformação e a serem transformados devem estar disponíveis dentro da melhor qualidade e variedade, para servir o ambiente de operações onde estão inseridos os planejamentos, os projetos, a execução das tarefas, o controle, a melhoria e certamente a atuação das estratégias no sentido de atender todos stakeholders. A Gestão Empresarial tem a função de exercer o papel fundamental de administrar todos os recursos citados com excelência e eficácia. Palavras-chave: Administração Estratégica. Análise de ambiente. Organização. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 4 CAPÍTULO 1 - ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA ................................................... 7 1.1 Evolução do conceito do planejamento estratégico à administração estratégica. .................................................................................................................. 7 1.2 Os Stakeholders: identificação das partes interessadas e suas necessidades. ........................................................................................................... 10 1.3 Entendimento e definição dos negócio, valores, missão, visão ................... 15 CAPÍTULO 2 - ANÁLISES AMBIENTAIS................................................................. 23 2.1 Análise do Ambiente Externo: Conceitos importantes. ................................ 24 2.1.1 Análise do Macroambiente: econômico, sociocultural, político-legal, demográfico, tecnológico e global ............................................................................. 24 2.1.2 Análise do ambiente Setorial: fornecedores, concorrentes, clientes e mercado alvo ............................................................................................................. 26 2.2 Análise do Ambiente Interno: Conceitos importantes ................................... 29 2.3 Análise do ambiente interno e suas funções essenciais: Produção, Recursos Humanos, Marketing, Finanças e P&D ..................................................................... 30 CAPÍTULO 3- INTEGRAÇÃO DAS ANÁLISES E ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS .................................................................................................................................. 39 3.1 As cinco forças competitivas de Porter e a elaboração de cenários ............ 39 3.2 Matriz SWOT e a elaboração de cenários .................................................... 45 3.3 Alguns Tipos de Estratégias ......................................................................... 52 3.4 Implantação, monitoramento e melhoria: breve abordagem ........................ 56 REFERENCIAS ......................................................................................................... 60 4 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO A promulgação da Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, regulamenta a profissão de Administrador. A mesma lei prevê a criação dos órgãos responsáveis pela disciplina e fiscalização do exercício profissional: o então denominado CFTA - Conselho Federal de Técnicos de Administração e os CRTAs - Conselhos Regionais de Técnicos de Administração, que também teriam como missão trabalhar pela afirmação da existência e pela fixação da profissão de Administrador no sistema sócio-jurídico-econômico nacional. Assim iniciou-se o reconhecimento do trabalho do administrador como uma profissão, apesar de existir essa função dentro das empresas no Brasil há muito tempo. Este módulo pretende informar e provocar a reflexão dos profissionais da área, a cerca do imenso sistema social em que as empresas estão inseridas. Torna-se necessário entender que existem diversos tipos de organizações, em setores variados da sociedade, como: organização religiosa, familiar, empresarial e educacional. O módulo em destaque vai tratar especificamente da organização empresarial no que diz respeito á Administração estratégica, abordando de certa forma, sua origem, seus fundamentos e suas mudanças, no decorrer da evolução do mercado. Um tema de grande relevância aos adoradores da administração, por se referir à evolução das empresas, de seus colaboradores, fornecedores, clientes e da sociedade. Este módulo será dividido em três temas específicos, para colaborar com o aprendizado e o desenvolvimento do profissional, assim disposto: Administração Estratégica, Análises Ambientais e Integração das Análises e Estratégias Empresariais. O texto vai trazer informações sobre a origem da Estratégica, desde o Planejamento Estratégico mais rígido e inflexível até a Administração Estratégica mais ajustável, flexível e transformadora. Também a importância das análises ambientais internas e externas, onde deve se verificar todo andamento, desenvolvimento, ameaças, oportunidades do ambiente global onde a empresa está 5 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. inserida, considerando fatores geográficos, demográficos, econômicos, políticos, legais, socioculturais e tecnológicos. Consequentemente, discutir sobre as análises dos ambientes setoriais, referente ao setor de atuação específico de cada empresa, seus clientes, fornecedores, parceiros, sejam de investimentos, desenvolvimento de estudos e tecnologias, força de trabalho entre outros. Também será abordado o ambiente interno da empresa, como seus principais departamentos, Recursos Humanos, Produção, Financeiro, Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento, para definir suas forçase fraquezas, fomentando assim a organização de informações necessárias para o processo decisório. Finalmente, a abordagem terá foco no monitoramento e nas melhorias. Monitoramento como controle, investigação, análise, alternativas de mudanças, sugestões, verificação de tarefas, sistemas, processos, onde o levantamento de todas essas informações deve servir para discussão, reflexão e identificação de situações que devem ser melhoradas. Assim sendo, chega-se ao ponto de mudanças, ou seja, dentro do universo gerencial, tecnológico e humano, onde encontram-se as forças a serem melhoradas e as fraquezas a serem mudadas. A Administração Estratégica deve servir como um acompanhamento eterno das ações da empresa, no sentido de identificar falhas, riscos e problemas a serem solucionados imediatamente e ajustados à evolução, desenvolvimento, transformação e atualização de mercado. Lista de algumas expressões usadas na administração CORE BUSINESS - É a parte principal de um determinado negócio, é o ponto forte de uma empresa, que deve ser trabalhado estrategicamente. Tendo como objetivo explorar sua vantagem competitiva através deste segmento. MIOPIA - Em negócios, quando a empresa tem a visão curta em relação ao negócio e ao mercado, muitas vezes os fatores do ambiente externo são favoráveis ao crescimento e mesmo assim a empresa permanece em níveis estagnados, isso significa falha administrativa. EXPANSIONISMO - Ações encaminhadas no sentido de ampliar a atuação da empresa no mercado, baseado em poder e atuação econômica. 6 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. MARKET SHARE – É a participação da empresa no mercado. STAKEHOLDERS – São as partes interessadas, envolvidas diretamente com a empresa, aqueles que sofrem influência e impactos pelas decisões estratégicas e empresariais. SHAREHOLDERS - Faz parte do grupo de stakeholders, são acionistas com interesses diretos no desempenho e rentabilidade da empresa. ALTA PERFORMANCE – É representada por um elenco de compromissos, ações, decisões e planos que se fazem necessários para que a empresa alcance este intento. Para tanto, é preciso dispor de informações pertinentes, a partir de análise dos ambientes externo e interno e de formulação das estratégias corretas, que levarão uma empresa à alta performance, ou seja, a obter retornos superiores à média. PDCA – Plan, de plano – Do, de fazer – Check, de checar, verificar – Action, de ação. PENSAMENTO ESTRATÉGICO – É uma maneira de pensar o caminho a seguir no sentido de alcançar seus objetivos, saber buscar, interpretar, analisar e utilizar as informações. Ter a visão macro do negócio, além do fato ocorrido. SWOT - A expressão SWOT resulta das palavras strengths (pontos fortes), weaknesses (pontos fracos), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças). BENCHMARKING – Pode ser entendido como um processo de avaliação e comparação de produtos, serviços, modelos gerenciais, onde uma empresa analisa a vantagem competitiva do concorrente e verifica qual diferencial positivo de sucesso ele utiliza, copia, ajusta a sua realidade e implanta. DOWNSIZING – É uma técnica utilizada para redução de pessoal ou de custos, dependendo do setor, ou atuação da empresa no mercado. BRAINSTORMING – Conhecido no Brasil como “tempestade de ideias”, é uma técnica onde as pessoas se reúnem afim de expor suas ideias em equipe para solução de problemas ou até mesmo aproveitamento de oportunidades. 7 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1 - ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Nesta unidade vamos abordar a importância do planejamento estratégico ao longo do tempo, seus desdobramentos, ajustes, mudanças, flexibilização desta ferramenta gerencial e sua evolução até o que chamamos de Administração Estratégica, mais flexível, transformadora e ajustável. Os conceitos de Planejamento estratégico e Administração estratégica serão discutidos com base nos autores escolhidos, diante da dinâmica do mercado. Os envolvidos como impactados e impactantes do sistema administrativo, chamados de partes interessadas e sua participação no processo de desenvolvimento do mercado, onde a empresa está inserida, seja indústria, comércio, serviços ou terceiro setor, suas necessidades e a importância da gestão empresarial no atendimento ao mercado com assertividade. Consequentemente estudaremos a filosofia da organização, através da definição do negócio como seu core business, os valores e sua cultura organizacional, a missão pela qual a empresa foi instituída e a visão como objetivo a ser atingido com eficiência e eficácia. A importância do ponto de partida para análise da organização com reflexões sobre o mercado e todos envolvidos como clientes, comunidade e sociedade em geral, fornecedores, funcionários, terceirizados, parceiros de desenvolvimento tecnológico, de materiais, sistemas, processos, qualificação dos recursos humanos, governo, economia, legislação e responsabilidade social. Atuar na Administração Estratégica requer do profissional o entendimento e o atendimento amplo, com pensamento estratégico e atualização prática e teórica. 1.1 Evolução do conceito do planejamento estratégico à administração estratégica. Importante saber que a estratégia como disciplina da Administração é nova quando comparada com outras, sendo tratada no meio acadêmico como disciplina a partir da segunda metade do século XX, do pós-guerra. A administração em suas facetas, sempre teve forte influência do militarismo no desenvolvimento e até criação 8 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. de ferramentas para colaborar com a organização e alcance de objetivos. Com a estratégia não foi diferente, pois, se tratou de uma forte ferramenta de guerra para vencer seu oponente, adversário ou inimigo. Atuando com o intuito de minimizar riscos e maximizar ganhos, no sentido de colaborar com situações, previsões, planejamentos, execução, monitoramento e controle, para definir o melhor caminho para atingir seu opositor com assertividade e, assim, chegar ao resultado esperado, suas conquistas. Entretanto, como conceito, existe há muito tempo. Em 400 a.C, na China, Sun Tzu, general do Rei de Wu por quase duas décadas (até o seu falecimento), escreveu "A Arte da Guerra" que ensina que "o mérito supremo consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar" (Tzu; 1983-9). Uma das máximas de Sun Tzu é que "se você se conhece e ao o inimigo, não precisa temer o resultado de uma centena de combates" (Tzu; 1983:9). Portanto, conforme Fernandes & Berton (2012, p. 3), “O estudo de estratégias empresariais está fundamentado historicamente nos conceitos militares sobre como vencer os inimigos [...]. O autor ainda comenta o amplo sentido da estratégia no mundo corporativo para vencer a batalha do mercado e cita [...] concretizar uma situação futura desejada, tendo em conta as oportunidades que o mercadooferece, por um lado, e os recursos de que a organização dispõe, por outro. Estratégia empresarial é o conjunto dos grandes propósitos, dos objetivos, das metas, das políticas e dos planos para concretizar uma situação futura desejada, considerando as oportunidades oferecidas pelo ambiente e os recursos da organização. (FERNANDES & BERTON, 2012, p. 4) Entendido o conceito de Estratégia, importante destacar no comentário do autor a necessidade de concretizar esse conjunto de grandes valores, pensamentos e visão, de forma organizada, controlada e planejada, podendo então estabelecer o Planejamento Estratégico, traçando um plano provisionando todos os recursos, as tarefas a serem executadas, o prazo, o caminho a seguir e o esforço dos executantes. Por sua vez, o planejamento estratégico busca sistematizar o pensamento estratégico, formalizando processos e procedimentos para que a empresa saiba exatamente os caminhos a seguir, [...] “uma estrutura mais amarrada, presa ao que foi definido pelo planejamento e documentado nos planos da empresa [...]. (FERNANDES & BERTON, 2012, p. 9) 9 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Após refletirmos sobre Estratégia e Planejamento Estratégico, chegou o momento de entender e diferenciar esses, da Administração estratégica. O planejamento estratégico é visto como algo estático, inflexível, apenas executável, puramente sistemático e engessado. Já com Administração estratégica pensa-se o planejamento como algo flexível, ajustável, elaborado para sofrer mudanças e melhorias, quando for necessário, devido as informações e transformações do mercado. Existem várias discussões sobre o conceito de Administração estratégica, conforme o autor: [...] não existe um consenso. Segundo Certo (1993), a administração estratégica é definida como um processo contínuo e interativo que visa manter uma organização como um conjunto apropriadamente integrado com seu ambiente. Por sua vez, Oliveira (1991ª) define a administração estratégica como o estabelecimento de providências a serem tomadas pelo administrador, para que a situação futura seja diferente da situação passada. (FERNADES & BERTON, 2012, p. 7) A abordagem nos faz pensar que a evolução da estratégia, através de sua transformação em planejamento estratégico, por meio de planos sistematicamente definidos, caminhou com o desenvolvimento de mercado e crescimento das empresas para a administração estratégica, que trabalha com o planejamento estratégico através de um conjunto de planos, previsões, ajustes, mudanças, melhorias, flexibilidade, controle, ferramentas gerenciais, baseado em informações dos ambientes, para fomentar o melhor caminho, afim de atingir seus objetivos. Para Pereira (2005), a estratégia tem alguns questionamentos importantes que devem ser respondidos. A empresa deve saber fazer as coisas certas e fazer certo as coisas, centralizar o foco no cliente com qualidade em seus produtos e serviços. Quando a opção for viável, escolha em que segmento atuar. Por intermédio de leitura e literatura específicas, você poderá saber quais os segmentos econômicos mais ativos do momento e quais as tendências futuras desses segmentos. (PEREIRA, 2005, p. 76) O mercado acadêmico oferece muitas ferramentas de apoio ao aprendizado de empresas que procuram aprimoramento, desenvolvimento e crescimento em seus modelos gerencias. Trabalhos são produzidos em grande volume, no sentido de fomentar as mudanças e gerar vantagens competitivas em todas as áreas. Saber o 10 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. que deve ser feito é um caminho de propósitos indispensável para empresas dinâmicas. Em certo sentido precisamos pensar de forma sistêmica, ou seja, entender que toda organização é composta de sistemas que devem ter sua hierarquia de funcionamento e decisões, portanto é preciso aprender a fazer mas também praticar, executar conforme o processo de aprendizado. Muitas empresas erram no planejamento, algumas erram na execução e outras tantas não encontram os erros. A eficiência operacional é utilizar todas as ferramentas disponíveis da melhor maneira, com todos os recursos existentes na organização e, se possível, gerar mudanças e acompanhar o mercado enriquecendo a empresa de qualidade e recursos melhorados. Precisamos fazer certo as coisas. É você ter qualidade e boa performance com seus produtos e serviços, é buscar constantemente a redução de custos sem depreciar os seus serviços e produtos. Os custos de produção devem ser compatíveis com o que você produz e com a expectativa de mercado. (PEREIRA, 2005, p. 76) Entenda sua empresa, entenda o mercado, estude seus clientes e surpreenda- os com o melhor do atendimento, produtos e serviços. 1.2 Os Stakeholders: identificação das partes interessadas e suas necessidades. Stakeholders, compreendida como as partes interessadas, ou seja, todos aqueles que influenciam ou sofrem influência das decisões empresariais do mercado e setor onde estão inseridos. Essas decisões estão ligadas à economia, responsabilidade social, empregabilidade, tecnologia, ciência, educação e outros tantos fatores discutíveis posteriormente. Para identificarmos as partes interessadas é importante que a estrutura de níveis de tomada de decisões organizacionais estejam definidas. Conforme Fernandes& Berton (2012), podemos definir três níveis de tomada de decisões: Nível Estratégico, Nível Tático e Nível Operacional. 11 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 1 – Níveis de Decisão NÍVEL ESTRATÉGICO NÍVEL TÁTICO NÍVEL OPERACIONAL FONTE: (FERNANDES & BERTON, 2012, p.6, Figura 1.1 Níveis de decisão) Conforme Fernandes & Berton (2012), o Nível Estratégico é onde as grandes decisões são tomadas, por seu Presidente, CEO e Diretores, decisões impactantes e a longo prazo. O Nível Tático, com decisões gerenciais, a médio prazo e influência nos setores e departamentos da empresa. O Nível Operacional, decisões a curto prazo, muitas vezes cotidianas, afetam as tarefas, a materialização dos níveis anteriores e afeta áreas específicas. Para Sobral & Peci (2008), os níveis de tomada de decisão podem ser entendidos no sentido de respeitar uma determinada hierarquia e definição de posições de comando, onde as decisões devem ser tomadas a longo, médio e curto prazo. Os administradores podem ser classificados pelo nível que ocupam na organização e pelo âmbito das atividades pelas quais são responsáveis - administradores gerais ou funcionais. Com relação à posição que ocupa na estrutura organizacional, é possível distinguir três níveis hierárquicos: os níveis estratégico, tático e operacional. (SOBRAL & PECI, 2008, p. 6) Importante também é destacar as áreas funcionais da administração, onde serão definidas e executadas as ações estratégicas. 12 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, deacordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Fernandes & Berton (2012, p. 7) destaca as áreas funcionais da administração como sendo: o marketing, as operações, as pessoas e as finanças. Slack (2009), destaca a área de Produção, Marketing, Financeiro, Recursos Humanos e P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Produção como setor capaz de implementar, apoiar e impulsionar a estratégia organizacional através das operações produtivas e sua rede de processos. Marketing como setor de pesquisa de mercado e produtos, clientes, preços, propaganda, distribuição, divulgação e promoções. Financeiro com a responsabilidade de gerenciar as receitas, despesas, busca de investimentos, o retorno de investimento, lucratividade, distribuição de recursos financeiros para o crescimento e desenvolvimento da organização. Recursos Humanos capazes de fomentar a mão de obra da empresa, com recrutamento, processo de seleção, socialização, treinamento e desenvolvimento, plano de carreira, retenção de talentos e responsabilidade social. Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), setor responsável pela inovação, criação, desenvolvimento de produtos e serviços e estreita relação com os setores citados. Toda organização, lucrativa ou não, possui clientes e um mercado a atender. Seus clientes constituem, de alguma maneira, a razão de ser da organização. Ao atendê-los, justifica sua existência e obtém recursos para sobreviver. Em uma empresa privada, essa lógica é imediata: a empresa vende seus produtos e serviços aos consumidores, que, se satisfeitos, voltarão a comprar e a recomendarão a terceiros. Mas, mesmo quando se considera uma organização não governamental, essa lógica é revestida de maior complexidade, uma vez que se multiplicam os clientes: aqueles que os quais os serviços são prestados ou os que consomem os produtos nem sempre são os que trazem recursos à organização. [...]. (FERNANDES & BERTON, 2012, p. 7 e 8) Portando, após conhecermos os níveis de tomada de decisões, as áreas importantes, impactadas e impactantes da organização, iremos identificar e destacar os stakeholders, ou seja, as partes interessadas. Alguns autores podem destacar como partes interessadas primárias e secundárias, mas nós vamos entender como partes interessadas. Podemos então destacar algumas importantes: Sócios, proprietários e acionistas; Funcionários e colaboradores terceirizados; Clientes e Consumidores; 13 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Fornecedores, de matéria-prima, serviços, e todos produtos necessários para manutenção da empresa em funcionamento; Governo, municipal, estadual e federal; Sindicatos, associações, ONGs e representações profissionais; Sociedade, comunidade em geral; Universidades, organizações educacionais; REFLITA SOBRE: É importante para toda empresa, criar em suas estratégias, políticas ambientais e o comprometimento da alta administração com o atendimento aos requisitos legais aplicáveis e a outros requisitos, com a prevenção de poluição e com a melhoria contínua. Após identificarmos os stakeholders será preciso definir suas necessidades, que podem ser vistas com um amplo leque de situações e decisões impactantes, como: investimento, retorno de investimento, produtividade, receita, despesa, salários, benefícios, plano de carreira, treinamentos, capacitação, qualificação, preços baixos, qualidade, variedade, quantidade, prazos, parcerias, desenvolvimento tecnológico, impostos, taxas, financiamentos, legislação, política, economia, acordos sindicais, qualidade de vida, responsabilidade social, formação superior, pós-graduação, pesquisas e crescimento coletivo. Com esta abordagem podemos entender, através das informações obtidas até aqui, que identificar os stakeholders tem uma importância fundamental para organização, ainda mais quando as necessidades são atendidas e os impactos minimizados. Destaca-se o fator de eficiência para atingir a eficácia, quanto mais stakeholders forem identificados e suas necessidades atendidas, a empresa aumenta sua vantagem competitiva. Stakeholders + Atendimento das Necessidades = Resultados Positivos Toda gestão pode ser baseada em fatos e dados e a tomada de decisão fundamentada em informações capazes de gerar valor para empresa. Os 14 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. profissionais responsáveis pela administração da empresa devem tomar muito cuidado com algumas armadilhas que o mercado instala. Informações são sempre bem vindas, mas o cuidado deve se estender em verificar a qualidade e quantidade dessas informações. Em determinadas situações, o gestor deve verificar se as informações que estão chegando foram retiradas de fontes importantes, relevantes e qualificadas. Ao mesmo tempo deve-se verificar se a quantidade de informações são suficientes ou estão extrapolando no sentido de, por conta de muitos dados, o processo decisório estar sendo prejudicado por informações irrelevantes. Conforme Pereira (2005, p.85), “Toda empresa de alta performance deve basear suas ações de fatos e dados no seguinte tripé: Referenciação (Benchmarking) Indicadores internos Indicadores externos dos processos de satisfação dos clientes Fonte: (PEREIRA, 2005, p. 85) Precisamos entender que a educação e o processo de aprendizagem estão inseridos e diretamente ligados ao desenvolvimento da empresa, ao seu crescimento e a busca pela vantagem competitiva. Uma empresa é constituída de recursos que quando integrados geram forças, organização e alcance de objetivos. A organização moderna é um ambiente de aprendizado e precisa ser tratado como tal. Conforme Senge (2005, p. 47), o domínio pessoal deve ser pensado como “Cultivando as aspirações individuais e a consciência da realidade”, construindo uma série de práticas que ajude as pessoas a manter seus sonhos, cultivando uma consciência da realidade atual que as rodeia. O autor ainda destaca os modelos mentais, “Tornando-se consciente das fontes de seu pensamento”, Senge (2005, p. 50). Não menos importante a visão compartilhada, “Fomentando o compromisso com propósitos comuns” é outra disciplina destacada pelo autor, Senge (2005, p. 53). 15 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Complementando a abordagem do autor a aprendizagem em equipe, “Transformando nossas capacidades de pensar coletivamente”, Senge (2005, p. 54) e de importância complementar o pensamento sistêmico, “Desenvolvendo a consciência da complexidade, interdependências, mudança e poder de influenciar”, Senge (2005, p. 56). FIQUE ATENTO Importante destacar no fechamento deste tópico as cincodisciplinas de Peter Senge (2005, p. 17), apresentadas para um processo de aprendizagem: Domínio Pessoal, Visão compartilhada, Modelos mentais, Aprendizagem em equipe e Pensamento sistêmico. O autor destaca como fundamental para aprendizagem organizacional. Para saber mais sobre esse assunto, leia: SENGE, Peter. Escolas que aprendem: um guia da quinta disciplina para educadores, pais e todos que se interessam pela educação. Trad. Ronaldo Cataldo Costa – Porto Alegre: Artmed, 2005. 1.3 Entendimento e definição dos negócio, valores, missão, visão Neste tópico iremos abordar a importância de se definir especificamente o negócio para poder construir a estratégia adequada. Quando definimos o negócio da empresa, seja indústria, comércio ou serviços, estamos definindo a existência da empresa, para que a empresa foi criada e seu Core Business como parte principal de um determinado negócio, aquele que garante a sustentabilidade da empresa. Quando se define uma organização como empresa do setor da indústria, logicamente estaremos definindo o que produzir, qual público alvo e todos recursos envolvidos. Seja uma indústria automobilística, de alimentos, de confecções, tecelagem, bebidas e outras tantas. No caso da indústria, Slack (2009) comenta a necessidade de trabalhar com processos, operações, estratégias, projetos, planejamento, estando integrados em direção da busca pelos resultados. O autor comenta a necessidade de trabalhar com um modelo geral de administração da produção, conforme figura explicativa do processo de transformação, abaixo: 16 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 2 – Ambiente de Transformação Fonte: Adaptado de Slack, Chambers & Johnston, 2009. A figura 2 contempla um processo onde existem recursos de entrada que devem sofrer modificações se transformando em produtos ou serviços disponíveis posteriormente ao cliente consumidor. A principal razão de ser de uma organização é a produção de bens ou a prestação de serviços. Por esse motivo, o sistema de operações de uma organização é o centro ou 'coração' de sua atividade. O sistema de operações é o conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens ou prestação de serviços de uma organização, representando o modo como esta transforma os insumos em produtos ou serviços, agregando valor de forma a alcançar os objetivos organizacionais. (SOBRAL & PECI, 2008, p. 10) Em relação à organização como uma empresa do setor de comércio, trabalha- se com vendas de produtos, através de vários canais de vendas, sejam físicos ou virtuais. Como exemplo, podemos estar vendendo produtos eletrônicos, confecções, bebidas, alimentos, medicamentos, móveis, produtos de beleza entre outros tantos. Neste segmento, como todos citados, se faz importante a definição da estrutura organizacional para delimitar o processo decisório, a hierarquia e seus departamentos. O fator comunicação, emissor, receptor, mensagem, linguagem, canais de comunicação são essenciais para o alcance dos resultados desejados. Finalmente chegamos ao setor de serviços, com tantas variáveis, estruturas de funcionamento diferenciadas, porte da empresa conforme participação de mercado, citamos serviços de manutenção, instalações, construção, limpeza, entretenimentos 17 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. e outros tantos. Muitas vezes o atendimento é personalizado, outras vezes padronizado com o objetivo certamente de atender as necessidades do cliente e consumidor. Em todos os casos citados, o entendimento da viabilidade do negócio e os esforços para o funcionamento em direção aos resultados propostos é um fator de sucesso preponderante. Portanto, alguns critérios podem ser relevantes na definição do negócio, como: competências fundamentais, a vocação da empresa, o faturamento, posição no ranking do mercado setorial, ciclo de vida e core business. Fernandes & Berton (2012), comentam a importância de definir o processo decisório com responsabilidade de cada nível de decisão estrutural já citado anteriormente. Apesar de algumas empresas terem dificuldades de limitar o processo decisório em níveis definidos, o mesmo deve ter seus limites respeitados, para trabalhar com eficiência e eficácia. [...] nem sempre essa decisão se dá de uma forma estruturada e formal. Por exemplo, sempre que um empreendedor decide entrar em um novo negócio, indiretamente está repensando o negócio de sua organização. [...]. (FERNANDES & BERTON, 2012, p. 25) O autor destaca ainda algumas dicas para contribuir com sua análise, entendimento, diagnóstico, reflexão sobre como definir o negócio: Pense no negócio com os olhos da concorrência ampliada e de produtos substitutos. [...]. Pense não só no produto, mas nos serviços que esse produto presta ao cliente. [...]. Pense não só no produto, mas no uso do produto pelo cliente. [...]. Pense no produto como um meio para satisfazer o cliente. [...]. (FERNADES & BERTON, 2012, p. 26) A identificação da cultura organizacional e o respeito pelas origens da empresa faz com que o trabalho de planejamento, coordenação, controle, monitoramento, avaliação, e organização final sejam baseados em missão, visão e valores. Das quatro funções da administração -planejamento, organização, direção e controle-, a primeira é a mais importante de todas. Sua importância deriva do fato de todas as outras funções da administração se originarem dela. Sem uma definição clara das metas e objetivos da organização e sem uma estratégia para alcançá-los, dificilmente os administradores podem organizar os recursos, dirigir as pessoas e controlar os resultados. (SOBRAL & PECI, 2008, p. 131) A missão como algo pelo qual a empresa foi constituída, a visão como algo a ser alcançado com etapas de curto, médio e longo prazo, os valores como a imagem da empresa perante seus stakeholders. 18 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Perceba a importância da dedicação ao estudo e desenvolvimento da prática de criação, ou seja, a criatividade e a busca de informações devem estar presentes em todos os momentos da gestão empresarial. Como conceito de missão, destacamos já o primeiro ponto da presença criativa na organização. Fernandes & Berton (2012) destacam algumas questões fundamentais para serem colocadas e respondidas no momento de definição da missão da empresa. [...]. O que é missão? A missão responde a pergunta mais básica que uma organização (e, talvez, uma pessoa) pode se propor: para que existimos? È verdade que se trata de uma pergunta distante das operações do dia a dia da empresa. No entanto, é ela que dá sentido às ações diárias. FERNANDES & BERTON, 2012, p. 143) Fernandes & Berton (2012), trazem ainda a reflexão sobre o despertar da importância do cotidiano e da participação de todos como uma ação de encaixe no todo organizacional. A visão se trata do foco ao resultado. É precisovisualizar onde se deseja chegar, os resultados a serem alcançados, a clara noção dos obstáculos a serem vencidos, ultrapassados, com dificuldades provisionadas, no sentido de minimizar riscos e maximizar ganhos. [...]. Mas o que vem a ser visão? Grosso modo, trata-se de responder “aonde a organização quer chegar”, enquanto a missão delimita sua atuação no negócio escolhido. Nessa concepção, a visão é a explicitação do que se idealiza para a organização. Envolve os desejos de aonde se quer chegar, compreendendo temas como valores, desejos, vontades, sonhos e ambição. (FERNADES & BERTON, 2012, p. 147) Os valores também devem ser pensados com alguns princípios básicos, para que possam contribuir na construção da cultura organizacional. Conforme Pereira (2005), é importante destacar um modelo de valores baseados nos seguintes princípios: Factíveis e poucos; Existentes e desejados; Compartilhados; Compatíveis com o modelo de negócio e a visão da empresa; Praticáveis. (PEREIRA, 2005, p. 75) 19 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Alguns profissionais confundem eficácia com eficiência. Ser uma organização eficaz é ser competitiva constantemente. A busca pelos resultados e seus alcances devem fazer parte da vida cotidiana da empresa e de sua participação no mercado. A empresa deve cuidar da sua carteira de clientes, o seu banco de dados cadastrais devem estar atualizados, o contato com o consumidor tende a fazer parte de um processo corriqueiro e cotidiano. Cuidar do patrimônio também é manter seus clientes ativos e gerando lucratividade para empresa com satisfação de consumo. O conhecimento das preferências em termos de qualidade, preço, prazo, quantidade, deve estar sempre renovado. A manutenção dos clientes deve ser um objetivo da empresa e para seu crescimento, a aquisição de novos clientes deve ser um foco, uma meta bem dimensionada para que a conquista seja mantida. Cuidar do cliente deve ser tão importante quanto conquistar novos clientes e a recíproca deve ser pensada, ou seja, conquistar novos clientes deve ser tão importante quanto manter os clientes que temos. Torna-se fundamental a participação de todos, o envolvimento, o planejamento flexível, a transparência e a harmonia dos processos como partes indispensáveis para o sucesso organizacional. Sistemas, máquinas, processos, procedimentos, modelos gerenciais, ferramentas estratégicas, atualizações, pessoas qualificadas, reconhecimento e motivação devem ser fatores de competências essenciais e organizacionais para empresa. A somatória de recursos de forma balanceada e organizada, produz a implementação de estratégias capazes de gerar sucesso e alcance de objetivos. Pereira (2005, p. 106), comenta que “há uma diferença fundamental entre melhoria contínua e inovação: uma quebra paradigmas; a outra propõe aperfeiçoamento”. Portanto, definir a missão e a visão é o princípio essencial para elaboração de uma estratégia, pois, daí será construído todo planejamento e suas tarefas, metas, implantação, execução, monitoramento, controle, avaliação e mudanças necessárias, baseadas nas informações dos ambientes interno e externo, no sentido de fomentar o plano de alcance de objetivos. Importante destacar que a estratégia deve ser dimensionada no sentido da alta performance. 20 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Trabalhar com performance é ter foco definido, com objetivos palpáveis, planejamento coerente e modelos flexíveis. Objetivos palpáveis são aqueles que podem ser alcançados, baseados nos recursos disponíveis na organização, como; tecnologia, estrutura física, equipamentos, máquinas, funcionários capacitados e em constante treinamento, talentos atualizados, financeiro em dia e com disponibilidades de investimentos, sendo assim, a empresa contempla um vasto material como ferramenta para ser utilizada em busca dos objetivos e sempre com a pretensão de minimizar riscos, maximizar ganhos e rapidez nas mudanças quando necessário. Planejamento coerente significa produzir dados qualificados e quantificados, no sentido de serem utilizados como informações úteis, através de análise de ambiente externo, ambiente setorial e ambiente interno, aplicar essas afirmações em planos criteriosos e direcionados ao desenvolvimento e crescimento da organização, prever possíveis obstáculos e suas alternativas de soluções, traçar um caminho a seguir em busca dos objetivos previstos e alinhados a missão e visão. Modelos flexíveis são orientações organizacionais de gestão e que podem ser modificadas conforme as exigências de mercado. Uma empresa moderna, bem estruturada, organizada, estrategicamente evoluída e buscando sempre a vantagem competitiva, deve estar preparada às mudanças em todos setores, sendo essas mudanças identificadas no parque fabril, na linha de produção, nas máquinas, na tecnologia, na qualificação, contratação e possíveis demissões no quadro funcional, na disponibilidade de caixa ou busca de recursos financeiros para investimentos imediatos, ou até mesmo em ferramentas de gestão, acompanhando a evolução dos sistemas e modelos atuais. A melhoria deve fazer parte da estratégia com a flexibilização dos seus recursos. Sempre vai existir algo novo para fazer, para mudar, para melhorar e a percepção dos gestores também faz parte dos modelos flexíveis. Atender a expectativa dos stakeholders é uma busca incessante e deve ser perseguida sempre. Um modelo indicado para alta performance é o PDCA, onde o foco está no planejar, fazer, checar e agir. Conforme Pereira (2005, p. 47): 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. [...] o modelo se repete infinitamente. Esta é uma das receitas para as empresas alcançarem alta performance. Entretanto, é necessário que haja uma mudança cultural na empresa para busca da alta performance. O autor ainda comenta a existência de dois eixos balizadores e considerados ao longo do tempo: [...] do estado atual para o estado futuro desejado; [...] do novo estado atual para o novo estado futuro desejado, e, assim, sucessiva e continuamente até chegarmos ao estado de excelência. (PEREIRA, 2005, p. 48) Toda organização deve traçar seus caminhos com diagnósticos precisos, através de informações importantes para o processo decisório, tomar decisões baseadas em mudanças necessárias em processos anteriores obsoletos, monitorar os resultados dessas decisões, se certificar que as melhorias aconteceram e visualizar o futuro como algo também mutável e adaptável. Alta performance, pode então, ser entendida como a vantagem competitiva da empresa em seu mercado setorial, com suas mudanças de melhoria, visando estar sempre à frente de seu tempo e seus concorrentes, criando a aplicando suas inovações. SAIBA MAIS: Uma das ferramentas mais poderosas na busca dos processos com alta performance, método interativo de gestão em quatro passos, utilizadopara o controle e para a melhoria contínua de processos e produtos é a gestão utilizando o “PDCA”, Plan de plano, Do de fazer, Check de checar, Action de ação. Leia sobre está temática no livro: PEREIRA, Giancarlo da Silva Rego. Gestão estratégica: revelando alta performance às empresas. São Paulo: Saraiva, 2005. 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. IMPORTANTE O capítulo 1 nos trouxe informações para refletirmos sobre o conceito de Estratégia Empresarial como um caminho a ser escolhido, para atingir seus objetivos com base nos ambientes, normas, regras, e seus recursos. De forma organizada, controlada, se estabelece o Planejamento Estratégico através de um plano sistemático, com tarefas a serem executadas com prazo definido, atuando com o planejamento através da Administração Estratégica afim de, após informações ambientais relevantes, acompanhar as transformações do mercado, ajustando seus recursos e estratégias, monitorando, controlando e exercendo mudanças sempre que for necessário, através de ferramentas gerencias capazes de orientar o papel do gestor no sentido do sucesso, com eficiência e eficácia. Com atenção ao ponto de partida, por meio da cultura organizacional, missão, visão, valores, com foco no negócio principal da empresa, respeitando sempre as partes interessadas, que são influenciadas e influenciam o processo decisório da organização. Importante saber diferenciar e entender de forma clara a diferença entre eficiência e eficácia, missão de visão e valores fundamentais, através da cultura organizacional. 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 - ANÁLISES AMBIENTAIS As empresas estão presentes em ambientes complexos, em constante transformação e exigindo por parte dos seus gestores conhecimentos técnicos, teóricos e práticos para permanecerem sustentáveis no mercado e cada vez mais alcançando seus objetos de sucesso. A ideia de ambiente é tratada de maneira vaga e imprecisa dentro da teoria das organizações, como se fosse um conjunto de forças externas à organização. Porém, ainda que não haja uma formulação clara do que seja esse ambiente, há um consenso de que ele represente um dos elementos centrais no processo de formação da estratégia. (FERNANDES & BERTON, 2012, p.31) Operar em ambiente estável e formalizado nos leva a uma tendência de que as coisas são mais fáceis de serem administradas devido ao fator surpresa e mudanças serem inexistentes, ou seja, a previsibilidade se torna possível. Operar em um ambiente instável e em constante transformação, considerando a concorrência acirrada, a tecnologia, os talentos, as estruturas variadas, a inovação, a política, a economia e vários outros tantos fatores faz com que o mercado se torne imprevisível e a tomada de decisão mais complexa, necessitando, assim, de muitas informações para fomentar o processo decisório e implantação de estratégias. O que se deve entender é que apesar da estabilidade ou da instabilidade de mercado, as empresas trabalham em ambientes que podem ser limitados ou ilimitados, trazendo assim a necessidade da busca por informações sobre os ambientes, sejam internos, caracterizados pelos departamentos das organizações, como por exemplo, Financeiro, RH, Produção, Marketing, P&D, entre outros, sejam externos, como concorrentes, clientes, fornecedores, governo, ou seja, tudo aquilo que está fora da organização. Fernandes & Berton (2012, p. 31-32)), comentam o conceito dos ambientes externo e interno: Para efeito da administração e do planejamento estratégico, o ambiente tem sido dividido em dois níveis: o ambiente geral, ou macroambiente, relativo às grandes forças externas que influenciam a organização; e o ambiente operacional ou setorial, mais próximo a organização [...]. 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Outro ambiente importante destacado pelos autores é o ambiente interno, diz respeito a sua estrutura de trabalho, aos recursos internos organizacionais, conforme Fernandes & Berton (2012) A seguir vamos estudar as características e conceitos dos ambientes internos e externos, para aprendermos a importância de identificar e buscar informações relevantes para empresa. 2.1 Análise do Ambiente Externo: Conceitos importantes. O Ambiente Externo trata-se do ambiente visualizado da porta para fora da empresa, tudo aquilo que faz parte do universo externo da organização. Geralmente neste ambiente as decisões influenciam diretamente a estratégia da empresa, mas agem de forma incontrolável, por parte da organização. São decisões tomadas neste ambiente que afetam a empresa, que não consegue dominá-las, portanto existe a necessidade de mudanças, ajustes, adaptações e principalmente criatividade para acompanhar as mudanças do ambiente com melhorias. Este ambiente pode ser chamado de ambiente geral, macroambiente e composto pelo ambiente operacional ou setorial. O ambiente geral, também definido como macroambiente, refere-se às questões amplas do universo social, econômico e político em que as organizações empresariais individualmente pouco conseguem influenciar, mas que, por outro lado, influenciam diretamente as empresas. (FERNANDES & BERTON, 2012, p. 32) 2.1.1 Análise do Macroambiente: econômico, sociocultural, político-legal, demográfico, tecnológico e global Entendido como se dividem os ambientes para serem analisados pelas organizações, com informações atualizadas, afim de elaborar estratégias pertinentes e aplicáveis, no sentido de alcançar objetivos, com planejamento, organização, execução, controle, através de um cenário bem definido, vamos especificar o estudo e entender sua aplicabilidade. O ambiente externo composto pelo macroambiente e ambiente setorial é definido por alguns autores em níveis de análise, da seguinte forma: O macroambiente: possui componentes econômico, político, tecnológico, social, demográfico, legal, cultural e global. Se faz necessária a busca de 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. informações nas áreas citadas, para o desenho de um cenário, afim de facilitar a identificação do posicionamento da empresa neste ambiente e, assim, desenhar o cenário onde está inserida. Informações importantes como, taxa de juros, câmbio, valor de ações, inflação, comando político e sua filosofia de atuação, decisões governamentais, federais, estatuais e municipais, o avanço da tecnologia, sistemas, máquinas, processos, programas, o comportamento social da comunidade, qualificação, níveis educacionais, saúde, infraestrutura, disponibilidade demão de obra, quantificação da população jovem, adulta, idosa, crianças, lazer, importante destacar quanto melhor a qualidade das informações obtidas destes componentes do macroambiente, melhor o comportamento da empresa na análise, construção de cenário e, posteriormente, estratégias e planejamento para atuação no mercado. As empresas deverão investigar e compreender essas forças, bem como prever cenários com o comportamento dessas variáveis e sua influência. Todavia, vale destacar que a distinção em fatores econômicos, tecnológicos, sociais e políticos é mais de caráter didático do que propriamente algo presente na realidade factual. Na prática, essas forças se interpenetram, e seus limites não são nada claros. (FERNADES & BERTON, 2012, p. 33) O autor ainda comenta sobre a necessidade de entendimento das informações coletadas e quais informações devem ser realmente utilizadas, ou seja, quais informações são relevantes. Fernandes & Berton (2012), se refere às variáveis econômicas como estabilização econômica, estabilização e explosão do consumo, estabilização e inadimplência, fusões e aquisições, crescimento dos serviços. Aos fatores tecnológicos, citamos o impacto da internet, telecomunicações, automação e informática, biotecnologia e engenharia genética, redução do ciclo de vida de setores. Variáveis sociais, culturais, demográficas e ecológicas, como: envelhecimento da população, preocupação com estética, saúde e ecologia, fim do emprego, transformação da família, aumento de taxas de violência, incremento nos valores democráticos e mais tempo livre. Fatores políticos e legais como: incentivos fiscais e tributação, mudança de legislação, direito do consumidor, legislação trabalhista e previdenciária, monopólios e concessões do Estado. Sobral& Peci (2008), ainda comenta a importância de todas empresas em relação à função planejamento, sendo como a mais importante dentre todas, pois, 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. não basta apenas buscar informações, mas é preciso saber usá-las através de um bom plano: As organizações contemporâneas atuam em ambientes cada vez mais dinâmicos, complexos e competitivos. Nesse contexto, para sobreviver, as organizações necessitam de um rumo, de uma direção. É por meio do planejamento que os administradores definem para onde a organização deve caminhar e como lá chegar. [...], é fundamental para que as organizações sejam capazes de responder com eficácia aos desafios ambientais e, assim, manterem uma trajetória rumo ao sucesso. (SOBRAL & PECI, 2008, p. 131) Algumas questões importantes para refletirmos: Para onde vamos? Por onde vamos? Por que vamos? Com quem vamos? Do que vamos? Quando chegamos? Portanto, terminamos este tópico refletindo sobre a análise de ambiente externo composto do macroambiente, suas variáveis e fontes de informações relevantes. 2.1.2 Análise do ambiente Setorial: fornecedores, concorrentes, clientes e mercado alvo O Ambiente Setorial, também conhecido como Ambiente Operacional, faz parte do ambiente externo, mas está mais próximo da empresa. Trata-se de um universo relacionado diretamente com o setor de atuação da organização, seja comércio, indústria ou serviço e tem fundamental importância para análise e definição de estratégias, fomentando o caminho a ser seguido, para o alcance dos objetivos. Vamos buscar informações em relação aos nossos fornecedores e suas atividades de melhoria, qualidade e parceria de desenvolvimento; nossos clientes e suas necessidades de adquirir novos produtos, serviços, preços, prazos, variedades, quantidades e modelos; concorrentes, investigando o que estão fazendo de melhor e como estão fazendo, também a posição que ocupam no ranking de melhores organizações; e o mercado alvo, quais consumidores e clientes pretendemos atingir, queremos atender e qual posicionamento iremos adotar. 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Segundo Fernandes & Berton (2012), o foco deve ser no mercado onde a empresa atua e existem diversas técnicas e metodologias para serem utilizadas, no sentindo de mapear e desenhar o cenário de atuação da organização. Análise estrutural da indústria (Modelo das Cinco Forças de Porter); Análise do ciclo de vida do setor; Análise do tamanho e crescimento do mercado; Análise da atratividade do setor; Análise estratégica da concorrência. (FERNADES & BERTON, 2012, p. 67) Analisando as informações através das técnicas citadas acima, poderemos encontrar situações que podem indicar à empresa possíveis ameaças ou oportunidades. Entendemos ameaças como situações que possam interferir no crescimento, desenvolvimento, alcance de objetivos e até influência na queda de participação de mercado. Em contrapartida, as oportunidades podem ser situações que ao serem identificadas, irão colaborar diretamente com a estratégia da empresa, para o crescimento, investimento, desenvolvimento e busca de permanência e aumento da participação de mercado. Podem-se identificar as oportunidades para novos produtos ou serviços da empresa e, assim, atender seu principal stakeholders, o cliente. Importante destacar que, no mercado competitivo e em constante crescimento, novos concorrentes podem surgir a qualquer momento, e é preciso detectar, não se pode esquecer os concorrentes já existentes e que disputam o mercado com sua empresa. Alguns produtos novos e serviços podem ser inseridos no mercado, afim de provocar a troca de consumo ao cliente e também grandes fornecedores com poder de precificação de insumos e clientes com poder de precificação de consumo dos produtos. Destaca-se também a economia de escala, onde cada empresa investe na necessidade de diminuir custos e aumentar o volume de produção e venda. Outro fator para causar reflexão está relacionado ao ciclo de vida do setor onde se deve organizar informações evidenciando as tendências e megatendências, para prever a durabilidade do setor, onde a empresa atua e, consequentemente, o tempo de vida. 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A ideia de um ciclo de vida para diferentes setores sugere que toda indústria obedeça a um ciclo composto de quatro etapas: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Essa curva de maturidade pode ser prolongada ou encurtada, segundo a emergência de tecnologias concorrentes. Ainda, a posição do setor na curva determina o tipo de estratégia a ser seguida. (FERNANDES & BERTON, 2012, p. 83) O mercado deve ser sempre acompanhado de perto para que, através de indicadores, possamos medir o tamanho e abrangência do mesmo, assim podemos nos localizar e até mesmo ampliar nossa participação, se necessário, por mais ou menos tempo. Estimativas de tamanho de mercado são importantes como indicadores das possibilidades de crescimento do negócio. O número sinaliza o teto de um setor e, portanto, as possibilidades de ganho.[...]. As estimativas do tamanho do setor podem ser feitas tanto em unidades físicas de produtos quanto no valor de monetário das transações, e seu nível de agregação [...]. (FERNANDES & BERTON, 2012, p. 85) A atratividade do setor e a estratégia do concorrente surgem por conta de ambos aparecerem com uma imagem positiva e participativa de destaque no ramo. O setor em expansão pode se diferenciar de uma tal forma que todo o mercado estará com suas atenções voltadas ao desenvolvimento e crescimento do mesmo e, consequentemente, os concorrentes estarão de olho para encontrar oportunidades de acesso tanto quanto sua empresa. Identificar os fatores externos críticos que impactam a atratividade dos negócio; Avaliar o grau de atratividade de cada um dos fatores identificados, tanto para o presente como para o futuro; Extrair dessa análise as oportunidades e ameaças associadas ao negócio. (FERNANDES & BERTON, 2012, p. 86) A análise estratégica se dedica à busca de informações específicas dos concorrentes, para mapear suas decisões e diagnosticar os pontos importantes, que podem nos indicar uma ameaça ou oportunidade por conta da participação desse concorrentes de mercado. As oportunidades se referem a mudanças e tendências ambientais que têm impacto positivo na organização, ao passo que as ameaças correspondem a mudanças e tendências ambientais que apresentam impacto negativo. (SOBRAL & PECI, 2008, p.145) 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Refletimos neste tópico sobre a análise do ambiente externo, composto do macroambiente e microambiente, ou seja, ambiente geral e ambiente operacional ou setorial, refletindo sobre a necessidade da busca por informações, indicadores e situações para favorecer o diagnóstico tão importante para criação, definição e execução da estratégia. Importante destacar as 5 Forças competitivas de Porter, que serão estudadas posteriormente, para auxiliar no entendimento e interpretação do posicionamento da empresa no mercado, através de fatores como, entrantes potenciais, produtos substitutos, compradores, fornecedores e rivalidade entre as empresas existentes. 2.2 Análise do Ambiente Interno: Conceitos importantes A Análise do Ambiente Interno está diretamente relacionada ao acompanhamento de tudo aquilo que acontece internamente na empresa, seus departamentos, seus recursos e sua dinâmica de funcionamento. A preocupação agora é estabelecer, através de indicadores, avaliações de desempenho e monitoramento de tudo que está acontecendo dentro da empresa, para definirmos seus pontos fracos e pontos fortes. Sistemas, processos, pessoas, estrutura, filosofia, modelo de gestão, ou seja, todos os recursos e situações devem ser verificados. A análise do ambiente interno consiste na análise dos recursos e das capacidades da organização que determinam sua competitividade. Para isso, os administradores buscam coletar informações sobre diversos fatores internos, como a situação financeira da empresa, a qualidade dos produtos e serviços oferecidos, a imagem da organização, a qualidade e as competências dos administradores e trabalhadores, a cultura organizacional, entre outros. [...]. (SOBRAL & PECI, 2008, p. 145) Com essa abordagem, a empresa pode encontrar recursos, habilidades, competências que podem ser únicas da organização e se destacarem como atributos de competências organizacionais, capazes de definir sua vantagem ou desvantagem competitiva no mercado. Para alguns autores é possível também entender análise do ambiente interno como análise da organização. Alguns pontos devem ser destacados, conforme Fernandes & Berton (2012): Identificação das competências da organização. Análise da cadeia de valor. Análise das estratégias genéricas. 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Análise das áreas funcionais da empresa. (FERNANDES & BERTON, 2012, p. 93) Analisando todos os pontos definidos se obtêm informações internas, quantificadas, qualificadas e prontas para serem avaliadas, no sentido de fomentar o processo decisório para estratégias funcionais, aquelas destinadas aos setores internos da empresa. As características internas relativas a recursos ou capacidades que têm potencial para contribuir parao alcance dos objetivos estratégicos são denominadas pontos fortes, enquanto as características internas que inibem ou restringem o desempenho da organização são seus pontos fracos. As organizações devem procurar minimizar seus pontos fracos e potencializar seus pontos fortes. (SOBRAL & PECI, 2008, p. 146) 2.3 Análise do ambiente interno e suas funções essenciais: Produção, Recursos Humanos, Marketing, Finanças e P&D Neste tópico vamos refletir sobre as funções essenciais da empresa como sendo a Produção, Recursos Humanos, Marketing, Finanças e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), não desconsiderando as outras funções como importantes, mas como funções de alicerce de toda organização, e vamos abordar com ênfase esses setores da empresa. Figura 3 - A importância da integração estrutural da empresa pode ser representada conforme a figura abaixo: Fonte: Sobral & Peci, 2013. 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A Produção, como muitos especialistas destacam, é um setor onde acontecem as operações de transformação, ou seja, onde existem as entradas de recursos para serem transformados em produtos e serviços. Existem uma série de recursos que devem ser definidos, para o perfeito funcionamento deste departamento, para que se possa implementar, apoiar e impulsionar a estratégia organizacional. Conforme Slack (2009), a gestão de operações produtivas compreende a operação como sendo um conjunto de atividades voltadas, tanto para geração de bens materiais, quanto para a prestação de serviços. Existem recursos de entrada a serem transformados, que são insumos, informações e clientes/consumidores; e recursos de transformação que são instalações, estrutura física, equipamentos e colaboradores, para operacionalizar o processo de transformação. Esses recursos devem circular por um ambiente de transformação, composto por planejamento, projetos, estratégias, sistemas, processos, controle, execução, monitoramento, mudanças e melhorias. O resultado deve ser a saída de produtos ou serviços, para atender as necessidades dos consumidores/clientes. O núcleo central de qualquer organização é seu sistema de operações, responsável pela transformação dos insumos em produtos ou serviços concretos. Por meio de uma administração competente desse processo de transformação, as organizações tornam-se mais eficientes, mais produtivas e capazes de oferecer produtos e serviços de acordo com as necessidades de seus clientes. (SOBRAL & PECI, 2008, p. 261) A eficiência deve estar presente em todo sistema operacional, afim de utilizar todos os recursos disponíveis, da melhor maneira, para alcançar o resultado propostoe esperado, definido pela estratégia. Com eficiência se alcança a eficácia que está relacionada ao objetivo final, a visão estratégica da organização. O Gerente de Operações ou também conhecido como Gestor de Produção, deve ter sua função pré definida com suas tarefas específicas e pautadas por um processo decisório complexo e de grande responsabilidade. No decorrer do processo de administração de operações, os gerentes devem tomar uma série de decisões complexas, que variam desde o projeto do produto, a especificação da capacidade de produção, a localização das instalações, a escolha dos processos de produção e dos arranjos físicos até as abordagens mais complexas, como gestão da cadeia de valor ou implementação de sistemas just-in-time, que imprimem novas orientações à administração de operações. (SOBRAL & PECI, 2008, p. 261) 32 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Os processos de produção são variados e determinados, conforme a capacidade produtiva, necessidades dos clientes, dimensões de volume e variedade, layout da fábrica e logística. A produção deve estar pronta para atender a estratégia da empresa, apoiar utilizando todos os recursos disponíveis e impulsionar quando os recursos favorecerem, com eficiência, o aumento da produtividade atendendo o aquecimento do mercado. Alguns objetivos de desempenho devem ser considerados como: rapidez, confiabilidade, custo, flexibilidade e qualidade. Essa última com uma abordagem mais específica, dada importância do tema. De todas as prioridades competitivas da administração de operações, a qualidade é a que tem assumido maior destaque no ambiente atual de negócios, uma vez que permite agregar valor aos produtos e serviços oferecidos por uma empresa. Cada vez mais, as organizações tendem a reconhecer a importância estratégica da qualidade e a tomar medidas para sua melhoria contínua. (SOBRAL & PECI, 2008, p. 282) O autor ainda representa a importância e o significado dos objetivos de desempenho, para que possam ser alcançados, priorizando os resultados do departamento de produção, como integrante importante do sistema gerencial, estratégico e competitivo da empresa, capaz de praticar a execução das tarefas destinadas a sua participação no contexto de assertividade do planejamento estratégico, conforme figura destacada a seguir: Figura 4 – Prioridades competitivas da administração de operações Fonte: Sobral & Peci, 2013. 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Vamos abordar o departamento de Recursos Humanos e a participação importantíssima deste setor para a estratégia empresarial. Este departamento tem como função a responsabilidade de recrutamento, seleção, socialização, treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho, plano de carreira, retenção de talentos, programas de desligamento e responsabilidade social. Com recrutamento é importante destacar a necessidade de estar atualizado com os cargos e funções, salários, análises de mercado de mão de obra, desenho eficiente de cargo para o futuro candidato, afim de minimizar os erros e maximizar os acertos, para localização daqueles que realmente têm o perfil da empresa e a análise de currículos com qualidade para manutenção do banco de dados da organização. O processo de seleção deve estar alinhado com o recrutamento, com características criteriosas para desenvolver as etapas, no sentido de realmente prover uma avaliação capaz de processar, comparar e encontrar a pessoa procurada, com competências comprovadas para o cargo. As etapas devem ter critérios comprobatórios, com prática, teorias, simulações e abordagens de crescimento e desenvolvimento, para que todos selecionados e aprovados possam compor o quadro funcional da empresa, em todos departamentos, com eficiência e eficácia. A socialização deve ser uma ferramenta capaz de apresentar a organização com todas suas características, estrutura organizacional, unidades de negócios, missão, visão, valores e porte empresarial. O treinamento e o desenvolvimento devem ser precedidos de avaliação de desempenho, promovendo indicadores de pontos fortes e pontos fracos, ajudando a definir quais necessidades de investimentos de melhorias em máquinas, sistemas, processos, pessoas e em quais setores da empresa. Identificando necessidades de treinamentos imediatos para tarefas cotidianas, até mesmo o desenvolvimento a longo prazo, com qualificações mais complexas, capazes de acompanhar o crescimento tecnológico e de novos modelos gerencias apresentados pelo mercado. A avaliação de desempenho deve ser dimensionada, planejada e desenvolvida com parâmetros do passado, presente e futuro. Devem ser utilizadas ferramentas de 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. avaliação capaz de produzir indicadores voltados à interpretação e constante atualização. O plano de carreira deve ser uma ferramenta capaz de reter talentos, conquistar novos talentos e apresentar para o público interno e externo da organização uma imagem positiva e sustentável da empresa. O planejamento tem como possibilidade a manutenção das pessoas na organização, com expectativas de crescimento e qualidade de vida. Programas de desligamento e responsabilidade social são de grande importância, pois, o desligamento pode causar um impacto naqueles que ficam na empresa e, principalmente, aos que se desligam. A recessão que o país vive, com milhões de desempregados, desperta a necessidade de cuidados especiais, com a força de trabalho. A responsabilidade social é um dever que as empresas têm em relação à sustentabilidade, proteção e respeito às leis ambientais, participação no desenvolvimento da sociedade e cuidados com a qualidade de vida das pessoas. Chiavenato (2009), destaca as relações de intercâmbio entre as pessoas e a organização, onde as duas partes têm objetivos, e que o maior desafio é equilibrar esses objetivos. O Marketing é um setor da organização, capaz de produzir indicadores para fomentar a estratégia da empresa, no sentido de apresentar a dinâmica de funcionamento do mercado e do ambiente externo. A pesquisa é uma ferramenta essencial para busca de informações para toda organização, todos os departamentos dependem de informações para construção da sua estratégia funcional. O estudo do mercado pode trabalhar com a produção de dados como: Pesquisa de produtos concorrentes; Pesquisa de produtos substitutos; Pesquisa de preços; Pesquisa de condições de pagamento; Pesquisa de promoções; Pesquisa sobre novas tecnologias; Benchmarking como um processo de comparação de serviços e práticas empresariais; Pesquisa de público alvo; 35 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações,
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