Contestação com reconvenção

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE UBERLÂNDIA – MINAS GERAIS.
Processo nº __
EDUARDO, já qualificado nos autos em epígrafe, vem respeitosamente através do seu advogado, abaixo assinado, com endereço profissional completo, para fins do artigo 77, V do CPC, nos autos da ação indenizatória danos morais e materiais, pelo procedimento comum, movida por MARCELA, já qualificada, APRESENTAR:
CONTESTAÇÃO com RECONVENÇÃO
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I. DOS FATOS
Segundo a requerente, ao parar diante da faixa de pedestre, na cidade de Uberlândia/MG, teve seu veículo abalroado pelo automóvel conduzido pelo requerido e, em razão do acidente, teve sua mão direita amputada. Por esse motivo, propôs conta o requerido, ação de indenização no valor de R$15.000,00 pelos danos materiais referentes a despesas hospitalares e gastos com remédios. E indenização por danos morais, no valor de R$60.000,00 pela amputação sofrida.
II. DAS PRELIMINARES
2.1. DA LITISPENDÊNCIA
Da análise dos autos, surge como evidente a ocorrência da preliminar de mérito litispendência. Uma vez que a requerente já propôs ação idêntica a esta na 2ª Vara Cível de Uberlândia/MG e esta ação aguardava apresentação da réplica da requerente.
Desta forma, o processo há de ser extinto sem resolução do mérito, nos termos do art. 337, VI, do Código de Processo Civil.
III. DO MÉRITO
3.1. DO NÃO CABIMENTO DA INDENIZAÇÃO DE DANO MORAL E MATERIAL
Inicialmente, cumpre ressaltar que, constata-se culpa única e exclusiva da requerente, eis que dirigia de forma completamente incompatível com a via, de forma imprudente, uma vez que a requerente parou o seu veículo indevidamente, diante da faixa de pedestre, não havendo qualquer pessoa aguardando para atravessar a via, conforme podem comprovar duas testemunhas que a tudo assistiram e se puseram a disposição para relatar o ocorrido perante esse juízo.
A requerente, por sua vez, agiu de forma completamente desidiosa ocasionando o acidente por negligência e imprudência exclusiva deste, pois esta não deveria estar parada diante da faixa de pedestre. Assim sendo, resta evidente que os danos materiais e morais sofridos pela autora não podem ser reputados ao requerido, vez que em momento algum agiu de forma a contribuir para o acidente.
Notoriamente, quando se fala em danos materiais e morais, é necessário que haja um ato ilícito nos termos do art. 186 do CC, a ser reputado ao agente causador do dano, para que então se desencadeie a obrigação de indenizar por tais danos, nos termos do art. 927 CC. No caso em questão, não resta dúvida que o agente causador do dano foi a requerente.
IV. DA RECONVENÇÃO
 Nos termos do art. 343 do CPC, é possível o requerido trazer em sua peça contestatória, pretensão própria conexa com a causa principal.
Assim, a requerente é causadora do dano, portanto deve indenizar pelos danos morais e os demais transtornos sofridos pela requerida em decorrência, negligência e imprudência exclusiva da parte requerente, por parar o seu veículo de forma errada diante da faixa de pedestre.
Diante do exposto, requer a indenização material de R$10.000,00 pelos prejuízos sofridos .
V. DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, REQUER:
a) O acolhimento da preliminar, devendo ser reconhecida a ocorrência da litispendência por ter outra ação tramitando na 2ª Vara Cível, ação idêntica, e extinção do presente processo sem julgamento de mérito, conforme art.485 do CPC;
b) O reconhecimento da improcedência do pedido no mérito da questão do caso em tela, visto que o ocorrido se deu por negligência e imprudência exclusiva da requerente;
c) Deferido o pedido da Reconvenção proposta, que seja condenar a requerente a pagar como forma indenizatória pelos danos morais e os demais transtornos sofridos pelo requerido em decorrência, negligência e imprudência exclusiva da requerente, por parar o seu veículo de forma errada diante da faixa de pedestre, no valor de R$10.000,00;
d) A citação da requerente para querendo apresentar defesa ao pedido de reconvenção;
e) Condenação da requerente ao pagamento dos honorários advocatícios em 20%, bem como das custas processuais.
f) Desde já manifesta pelo interesse da audiência conciliatória nos termos do art.319, VII do CPC;
g) A concessão da gratuidade da justiça, nos termos do art. 98 do CPC.
VI. DAS PROVAS
Requer todos os meios de provas a serem produzidas, em especial as de caráter documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil.
Dar-se o valor da causa de R$10.000,00 (dez mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data.
ADVOGADO
OAB/UF