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REDE DE ENSINO DOCTUM A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL DAS DOMÉSTICAS NEGRAS Nome do aluno: Ana Laura Bento; João Pedro Vieira; Liliane Silva Gandra; Taiane D’Àvila Souza Torres Disciplina: Projeto Integrador IV Professor(a): Andréa Marques Chamon; Poliana Prandini; Rodrigo Sávio Turma: PSI4A João Monlevade 2020 ANA LAURA BENTO; JOÃO PEDRO VIEIRA; LILIANE SILVA GANDRA; TAIANE D’ÀVILA SOUZA TORRES SAÚDE MENTAL DAS DOMÉSTICAS NEGRAS Trabalho do Integrador IV da instituição Rede DOCTUM de Ensino – João Monlevade. Orientador(a):Andréa Marques Chamon; Poliana Prandini; Rodrigo Sávio JOÃO MONLEVADE 2020 A IMPORTANCIA SAÚDE MENTAL DAS DOMÉSTICAS NEGRAS Modalidade: Banner PROFESSOR ORIENTADOR – Prof.ª. Ms. Andréa Regina Marques Chamon; Prof.ª Polliana Prandini De Assis; Prof. Rodrigo Sávio Souza COMPONENTES DO GRUPO: Ana Laura Bento; João Pedro Vieira; Liliane Silva Gandra; Taiane Torres RESUMO Historicamente, o trabalho doméstico está associado à tradição escravocrata. Esse trabalho continua sendo socialmente desvalorizado por estar ligado a resquícios do trabalho escravo, marcado pela condição étnico-racial, ou seja, ser negro significava ser escravo, atualmente, ser negro ainda pode significar ter trabalhos desvalorizados, especialmente quando falamos de mulheres negras, que são o outro do outro, traduzindo, a mulher negra nunca é vista como um sujeito, mas sim um outro absoluto, que está em menor posição na hierarquia social, sem reciprocidade. No Brasil cerca de 54% dá sua população é negra, mesmo sendo a maioria, a população negra ainda não atingiu a superioridade, nem mesmo a igualdade. No cenário doméstico 92% dá população são mulheres e cerca de 70% são negras. O trabalho doméstico só foi regulamentado em 2015, pela Lei Complementar nº 150, de 01 de junho de 2015. Mesmo a lei sendo sancionada não garantiu que houvesse mudanças efetiva da condição de trabalho. O trabalho doméstico é marcado pela inferioridade, oriunda dá condição étnico-racial e de gênero. A rotina de trabalho dessas mulheres é desgastante e humilhante, possui ciclos intermináveis fazer e refazer, além disso relação entre empregador e empregada vêm de uma relação de dominação e submissão, que dá à empregada doméstica o título de “coisa” para o patrão/patroa, dando margens para a violação dos direitos trabalhistas, com contravenção da carga horária, humilhações percebidas na maneira de vestir, se portar e pela forma com é tratada. Essa invisibilização, internalização de suas condições geram transtornos mentais que são subnotificados, dificultando o tratamento e a prevenção. A sobrecarga doméstica está diretamente ligada à presença de TMC (Transtornos mentais comuns) caracterizados por sintomas como fadiga, esquecimento, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, dores de cabeça e queixas psicossomáticas. É evidente que o trabalho doméstico para as mulheres negras é marcado pela história dá escravatura no Brasil, onde se fundou uma estrutura social pautada no racismo. A partir disso a saúde mental dessa população é subnotificada, o que dificulta conhecimento desse assunto para que se possa explorar e discutir métodos de tratamento de conservação dá saúde mental das domésticas negras. Palavras-Chave: Saúde Mental, Transtornos, Domésticas Negras, Racismo. REFERÊNCIAS GOUVEIA, Marizete; ZANELLO, Valeska. Psicoterapia, raça e racismo no contexto brasileiro: experiências e percepções de mulheres negras. Psicol. Estud., Maringá , v. 24, e42738, 2019 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 73722019000100239&lng=en&nrm=iso>. access on 29 Oct. 2020. Epub Dec 20, 2019. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v24i0.42738. Tavares, Jeane Saskya & Tavares, Campos. (2018). Suicídio na população negra brasileira: nota sobre mortes invisibilizadas. 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