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Biossegurança e segurança do paciente

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@isanogueira 
27/04/2021 
INTRODUÇÃO A CLÍNICA ODONTOLÓGICA 
Biossegurança e segurança do 
paciente 
A biossegurança está para que a gente diminua e 
evite o máximo possível de infecção, seja ela feita 
através de contaminação direta ou indireta. 
“Infecção é o ato ou efeito de um microrganismo 
corromper ou contaminar um organismo 
superior, desencadeando um conjunto de 
fenômenos biológicos no organismo agredido, 
com liberação de toxinas, acarretando uma série 
de reações locais e generalizadas de natureza 
imunológica e inflamatória em diversos níveis.” 
Conceitos importantes 
Virulência: é a capacidade e intensidade que o 
microrganismo vai provocar a doença e se 
espalhar, ou seja, a virulência de um 
microrganismo se refere ao grau de 
patogenicidade ou a força que esse 
microrganismo apresenta em sua habilidade de 
causar doença. 
Número de microrganismos: para uma doença 
ser causada, um numero suficientemente elevado 
de microrganismos patogênicos deve estar 
presente para sobrecarregar as defesas do 
organismo a ser invadido. 
Hospedeiro suscetível: é aquele paciente que é 
mais “fácil de pegar uma doença”, ou seja, trata-
se de um indivíduo incapaz de resistir a infecção 
por um patógeno especifico. 
Porta de entrada: para causa infecção os 
microrganismos patógenos devem ter uma porta 
de entrada ou um meio de entrar no corpo. 
Tipos de infecções: aguda, crônica, latente e 
oportunista ou secundárias. 
Formas de transmissão na odontologia: vias 
aéreas (gotículas), aerossol tipo névoa, spray e 
respingo. A diferença entre estes é o tamanho 
das partículas. Podem ser produzidos durante o 
tratamento odontológico e podem conter 
sangue, saliva, secreções nasofaringes e etc. 
Transmissão direta: contato pessoa a pessoa 
(sangue, fluidos, espirros, sexuais e etc.). 
Transmissão indireta: é quando eu toco ou tenho 
contato com algo infectado. 
Protocolo geral de controle de 
infecção odontológica 
 Precauções padrão 
 Desinfecção 
 Barreiras físicas 
 Radioproteção 
 Central de esterilização 
Precauções padrão 
 Higienização das mãos (com o uso de sabão 
ou álcool em gel); 
 Equipamento de proteção individual (EPI); 
 Imunização (vacinação em dia); 
@isanogueira 
27/04/2021 
INTRODUÇÃO A CLÍNICA ODONTOLÓGICA 
 os materiais perfurocortantes vão ter que ser 
descartados adequadamente em caixas 
apropriadas, recapagem da agulha sem tocar 
na mesma; 
 Condutas pós-exposição com material 
biológico: quando se perfurar tem que lavar 
a região com água e sabão, relatar o ocorrido 
ao responsável e ao paciente, solicitar ao 
paciente para lhe acompanhar até o centro 
de infectologia da região em até 72 horas, 
caso o resultado der negativo e você não se 
contaminou, a um acompanhamento de 
aproximado 6 meses. Se o teste der positivo, 
vai ser feito de imediato um medicamente 
antiviral que é administrada por 30 dias e o 
indivíduo vai ser acompanhado por 18 
meses. 
Desinfecção 
 Descontaminação: conjunto de operações de 
limpeza, de desinfecção e/ou esterilização de 
superfícies contaminadas por agentes 
indesejáveis; 
 Limpeza: remoção mecânica e/ou química de 
sujidades em geral de determinado local. 
 Desinfecção: eliminação de micro-
organismos, exceto esporulados, de 
materiais ou artigos inanimados, através de 
processo físico ou químico, com auxílio de 
desinfetantes. 
 Antissepsia: eliminação de micro-organismos 
da pele, mucosa ou tecidos vivos, com auxílio 
de antissépticos, substâncias microbiocidas 
ou microbiostáticas. 
 Assepsia: métodos empregados para impedir 
a contaminação de determinado material ou 
superfície. 
Criticidade de artigos 
 Artigos críticos: tocam e penetram 
diretamente nos tecidos de mucosa. Devem 
ser esterilizados obrigatoriamente em 
autoclave ou óxido de etileno ou 
descartáveis. 
 Artigos semicríticos: tocam, mas não 
penetram nos tecidos. São os objetos que 
entram em contato com pele lesada devendo 
estar livres de todos os micro-organismos, 
com exceção dos esporos bacterianos. Eles 
também devem ser esterilizados sempre que 
possível. Ex: pinças, espelho clínico. 
 Artigos não críticos: não tocam nem penetram 
nos tecidos. São os que entram em contato 
apenas com a pele íntegra. A recomendação 
de desinfecção desses instrumentais é que 
aconteça com álcool a 70%, onde você faça 
uma fricção com algodão e álcool, por pelo 
menos três vezes. Ex: equipo, bancadas, pisos, 
aerossóis. 
Barreiras físicas de proteção 
 As barreiras físicas são importantes aliadas no 
controle de infecção das superfícies e 
mobiliários da clínica odontológica. A principal 
função das barreiras é proteção das mãos da 
@isanogueira 
27/04/2021 
INTRODUÇÃO A CLÍNICA ODONTOLÓGICA 
equipe de Saúde Bucal, ou seja, ela evita a não 
contaminação. Ex: capas de proteção, rolopac, 
protetores de seringas tríplice. 
Radioproteção 
 Utilização de paredes ou protetores contra a 
radiação; 
 Uso do avental de chumbo; 
 Marcadores de radiação para fazer a avaliação 
do quanto de radiação você está recebendo. 
Central de esterilização 
Fases da esterilização 
1. Pré-lavagem: material mergulhado no 
detergente enzimático com 3 enzimas por 5 
minutos. 
2. Lavagem (luva de borracha): escovação na 
vertical ou com ultrassom desincrustante. 
3. Secagem (jatos de ar ou compressa de gazes). 
4. Embalagem – com nossos nomes e data da 
embalagem (de preferência embalagens 
pequenas e devidamente lacradas. 
5. Serão levados para a esterilização na 
autoclave. 
6. Após feito a esterilização, os materiais vão 
para a secagem; 
7. A sua armazenagem pode ser em armários ou 
gavetas, sem dobrar e sem ser violado. A 
validade desse armazenamento é controversa 
(diferentes bibliografias dizem que é de 1 
semana, 1 mês, 6 meses e até 1 ano). Essa 
validade vai ser determinada de acordo com o 
local que você irá trabalhar. 
Monitorização da esterilização 
 Indicadores mecânicos: estão relacionados ao 
equipamento de esterilização e devem 
contemplar os registros de manutenção 
preventiva e corretiva 
 Indicadores físicos: monitores de tempo, 
temperatura e pressão, por meio de relatórios 
impressos computadorizados ou de forma 
manual. 
 Indicadores químicos: existem diversos tipos 
de indicadores químicos, descritos a seguir de 
acordo com a ISO 11.140-1:1995. São 
substancias que quando expostas ao meio 
esterilizante, vão determinar se houve uma 
esterilização adequada ou não. 
 Indicadores biológicos: são considerados 
pelos órgãos sanitários no Brasil padrão-ouro, 
ou seja, a maneira mais segura de 
monitoramento de esterilização. Sua 
tecnologia consiste na aplicação dos próprios 
esporos (bactérias adormecidas e resistentes 
ao processo de esterilização a ser monitorado) 
impregnados em tiras de papel. 
Resíduos de saúde 
Grupo A – riscos biológicos 
Restos de dentes, sangue, qualquer tipo de 
resíduo biológico tem maior virulência e maior 
risco de infecção. 
 
 
@isanogueira 
27/04/2021 
INTRODUÇÃO A CLÍNICA ODONTOLÓGICA 
Grupo B – substancias químicas 
Restos de anestésicos, restos de medicamentos, 
principalmente de mercúrio, amálgamas, ou seja, 
qualquer substancia química que pode apresentar 
risco a saúde. 
Grupo C – rejeitos radioativos 
Quaisquer materiais resultantes de atividades 
humanas que contenham radionuclídeos em 
quantidades superiores aos limites de eliminação 
especificados nas normas do CNEN. Ex: Restos de 
películas. 
Eles devem ser armazenados e descartados por 
uma empresa apropriada que faz esse 
recolhimento. 
Grupo D – rejeitos comuns 
São resíduos que não apresentam risco biológico, 
químico, nem radiológico à saúde e ao meio 
ambiente, podendo ser equiparado aos resíduos 
domiciliares. O ideal é fazer uma coleta seletiva. 
Grupo E – materiais perfurocortantes 
Lâminas de bisturi, agulhas e entre outros, devemser descartas dentro de uma caixa especifica, que 
são montadas segundo especificações, não devem 
ser enchidas além da indicação, após atingir a 
quantidade máxima devemos lacrar e devem ser 
recolhidas por uma empresa especifica. 
Manipulação do mercúrio 
Não trabalhamos mais com a manipulação desse 
material. 
Dentro do universo de substâncias químicas que o 
cirurgião-dentista utiliza no consultório, o 
mercúrio (Hg) é a que mais causa preocupação. 
Em temperatura ambiente, o mercúrio se 
volatiliza. 
Alguns estudos demonstraram que o momento de 
maior risco de contaminação do mercúrio é 
durante a preparação do amálgama de prata. 
A intoxicação crônica de mercúrio pelo cirurgião-
dentista e sua equipe deve ser evitada. 
Seus sintomas iniciais são a inquietude, 
irritabilidade, insônia, sialorreia, gengivite e 
tremor das mãos. 
Recomendações 
O piso do ambiente deverá ser impermeável, sem 
poros e trincas e de fácil limpeza. 
A equipe toda deve estar paramentada com todos 
os EPI clínicos. 
Os resíduos de amálgama não utilizados nas 
restaurações, ou restos de mercúrio devem ser 
guardados em recipientes inquebráveis e 
hermeticamente fechados contendo água em seu 
interior. 
Portanto, devem ser classificados e identificados 
como pertencentes ao Grupo B – resíduos 
químicos, e descartados como tal. 
Os resíduos de amálgama devem ser mantidos em 
ambiente fora do consultório e por até no máximo 
15 dias até o descarte.

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