Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA CISTOTOMIA AMANDA DE ALMEIDA NUNES BRASÍLIA 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 3 2. MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................... 4 2.1 Pré-cirúrgico e Anestesia 2.2 Cirurgia 2.3 Pós-operatório 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................. 5 4. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 6 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 7 1. INTRODUÇÃO A cistotomia pode ser utilizada para remover urólitos vesicais e uretrais. Em pequenos animais, os urólitos são mais frequentes na bexiga (Identificação dos Principais Cálculos Urinários de Cães e Gatos, s.d.). O motivo do desenvolvimento dessas estruturas é a supersaturação da urina por substancias cristalogênicas (SCIELO, 2011). A cistotomia é indicada quando os cálculos não podem ser eliminados e também quando há comprovação radiográfica de alterações na mucosa da vesícula urinária (GALERA, 2005). Animal de espécie canina, oito anos, macho, SRD, apresentou urina com sangue e exame de sangue alterado com enzimas hepáticas elevadas sem relação ao cálculo. Realizou 12 horas de jejum (MASSONE, s.d.). Foi feito o acesso para a fluidoterapia e a tricotomia para a preparação da cirurgia. Tomou morfina MPA intramuscular com o objetivo de minimizar efeitos desvantajosos de fármacos indutores e facilitação do manejo do animal (CPT..., s.d.), causando efeitos de excitação e sialorreia, o animal não apresentou êmese (MEDICAÇÃO..., 2015). Foi utilizado o propofol para a indução anestésica e isofurano para a anestesia inalatória, proporcionando segurança e aproveitamento do anestésico (MASSONE, s.d.). Utilizou-se o antisséptico clorexidina para a realização da limpeza do local da incisão. Durante a cirurgia foi utilizado diversas suturas e fios, solução aquecida e, por fim, sonda para a prevenção de não retenção de urina (GALERA, 2005). 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Pré-cirúrgico e anestesia Foi realizado a fluidoterapia para minimizar riscos em pacientes renais (GALERA, 2005), tricotomia e administração da morfina MPA intramuscular com o objetivo de diminuir dor pós-operatória e proporcionar relaxamento. Foi administrado o propofol para indução anestésica, em seguida a Intubação endotraqueal com comum reflexo de tosse, confirmando que foi feito da maneira correta. Inflar o balão de cuff com pressão adequada é essencial para evitar refluxo e manter o funcionamento correto da anestesia (ANESTESIA EM..., 2010). Foi utilizado Isofurano para anestesia inalatória em seguida da intubação. 2.2 Cirurgia Foi usado o antisséptico clorexidina para pré-assepsia e fentanil para um maior controle da dor durante o processo cirúrgico. O acesso é feito através da laparotomia abdominal caudal em linha média em fêmeas e gatos. Cães machos faz-se uma incisão cutânea curva lateral (PORTAL..., s.d.). Logo após localizar a bexiga, colocar suturas de fio 4.0 para sustentação (sutura de arrimo). Caso haja urina residual, remova-a com sucção ou com uma seringa antes de realizar a incisão. A incisão deve ter o tamanho suficiente para retirar os cálculos com os materiais cirúrgicos presentes. Fazer aspiração ou procedimentos de flushing remove cálculos menores. (GALERA, 2005). Lavar a bexiga com solução fisiológica a 37oC antes de fechar para certificar que não há mais cálculos presentes (FOSSUM, 2014) Após a retirada dos cálculos, colocar sonda uretral para prevenir complicações pós-operatórias. Fechar a bexiga com sutura de padrão contínuo, camada simples com material absorvível. Suturar as camadas seromusculares com duas linhas de sutura continua invertidas para o fechamento da camada dupla (FOSSUM, 2014). Foi utilizado fio 3.0 absorvível para a fechada da pele. 2.3 Pós-operatório O normal é que o animal volte sozinho da anestesia. Foi receitado amoxilina como antibiótico e mebendazol como anti-inflamatório. Incentivar que o animal urine frequentemente por meio da sonda estéril por três dias. É normal que no primeiro dia haja pequena quantidade de sangue em decorrência do procedimento cirúrgico (GALERA, 2005). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Cada espécie do animal reage a anestesia de uma forma diferente, por isso é importante saber que existem suscetibilidades quanto aos fármacos em relação ao tipo do animal (MASSONE,s.d.). Neste caso foi usado propofol e isofurano para espécie canina. O jejum também muda de acordo com a condição e espécie do animal, como em carnívoros e onívoros em animais sadios o ideal é que seja entre 12 a 16 horas e em equinos o horário aumenta de 12 a 18 horas (MASSONE, s.d.). O jejum de 12 horas foi utilizado no caso atual. A cistotomia pode ser realizada por diversos motivos como cálculos císticos, o que foi o caso atual, biópsias de massas, reparação de ureteres ectópicos e etc. (FOSSUM, 2014). Não houve nenhuma anormalidade ou complicações durante a cirurgia, porém o ideal é examinar a mucosa para que, caso haja algo diferente, seja encontrado (FOSSUM, 2014). Não foi preciso retirar urina, pois a bexiga não estava cheia, caso estivesse o protocolo seria tirar com uma seringa (foto 1)(GALERA, 2005). Não foi informado de complicações pós-cirúrgicas, porém possíveis complicações envolvem extravasamento de urina para a cavidade abdominal (APOSTILA DE TÉCNICA CIRÚRGICA, 2005). 4. CONCLUSÃO Conclui-se que foi aprendida a maneira correta do manejo do animal, tal como diversos tipos de anestesias, suturas e partes anatômicas do animal. Temos também como aprendizado, o tempo do jejum correto para não ter problemas futuros, medicações pré-anestésicas e como induzir o animal. Cuidados pré, durante e pós-operatórios também foram aprendidos durante a aula prática. Cada animal se comporta e possui um corpo diferente, porém as técnicas e livros nos ajudam a ter uma base geral do que pode, ou não acontecer durante uma cistotomia. É importante sempre ter certeza do problema do animal antes de realizar qualquer procedimento cirúrgico. 5. REFERÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANESTESIA EM CÃES E GATOS. 31/05/2010. CPT CURSOS PRESENCIAIS. Anestesia em Pequenos Animais. s.d. FOSSUM, Theresa W. Cirurgia de Pequenos Animais. 4° Edição. Elsevier, 2014. GALERA, Paula D. Apostila de Técnica Cirúrgica. Brasília, Agosto de 2005. GODOI, D.A. et al. Urolitíase por cistina em cães no Brasil. Scielo, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352011000400013. Acesso em 13/03/2021 as 16h 07min. MASSONE, Flávio. Anestesiologia Veterinária: Farmacologia e Técnicas. Guanabara Koogan. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA. 11/03/2015. PIRES, Jefferson da Silva. et al. Anestesia por Infusão Contínua de Propofol em Cães Pré-Medicados com Acepromazina e Fentanil. Scielo, 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782000000500015#:~:text=O%20propofol%20(2%2C6%20diisopropilfenol,indução%20como%20na%20manutenção%20anestésica. Acesso em 11/03/2021 às 21h 46min. PORTAL EDUCAÇÃO. Abertura da Bexiga Animal. Portal Educação, s.d. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/abertura-da-bexiga-animal/27593#. Acesso em 15/03/2021 às 21h 24min. SANAR SAÚDE. Medicação Pré-Anestésica: Resumo Completo de Medicina Veterinária. Sanar Saúde, 2019. Disponível em: https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/medicacao-pre-anestesica-resumo-completo-medicina-veterinaria. Acesso em 11/03/2021 às 21h 28min. TECSA DIAGNÓSTICOS PET. Identificação dos Principais Cálculos Urinários em Cães e Gatos. s.d.
Compartilhar