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1 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista Cuidados Pós Operatórias Reposição hídrica fisiólogica: Imagine um paciente de 70kg que precise ficar em jejum por 24h. O que precisa ser reposto? Água – 2000 a 2500 Ml Sódio – 80 a 100 mEq/D Potássio – 60 a 80 mEq/D Glicose – 100g Balanço Hídrico 24h – 70kg Perdas Basais Água Sódio Potássio Cloro Urina 1500 mL 70 mEq 45 mEq 115 mEq Gastrintestinal Zero Zero Zero Zero Sensível – insensível 13mL/kg 1000 mL Zero Zero Zero Infusão Venosa em 24h: SG 5% 1000 + 1000 + 500 ml NaCl 20% 10 + 10 + 5 ml Kcl 19,1% 10 + 10 + 5 ml SG = Soro Glicosado Lembre-se: HIPERNATREMIA: Importante Sódio plasmático 150 mEq/L Por que o sódio se concentra? Pois faltou água Então, quando peço a dosagem de sódio plasmático, estou estudando o metabolismo da água. E para estudar o metabolismo do sódio = Deve-se estudar o extracelular. Falta = depleção extracelular Excesso = edema HIPONATREMIA: Excesso de água livre / Infusão exagerada de SG Quadro clínico: Edema cerebral, cãibras, fraquezas, vômitos Mortalidade é significativa se sódio < 120 mEq/L Tratamento = Restrição hídrica - DRENOS, SONDAS E TUBOS: I. Sonda Nasogástrica: Objetivo de descompressão? o Medir débito o Retirada dependendo da resolução do íleo paralítico II. Drenos Intraperitoneais a. Dreno tubular b. Dreno laminar Obs: Qual é o objetivo do dreno? - Secreções “agudas”? Questionável. Diminuindo débito, retirada mais breve possível. SF 0,9% - 1000 Ml = 150 mEq de NaCl/litro NaCl 20% - 1 Ml = 3,4 mEq KCL 19,1% - 1 Ml = 2,5 mEq Soro fisiológico: Quando há perda de líquido extracelular, como diarreia, vômito, íleo paralítico (...), pois tem a mesma proporção de sódio por litro. Como saber que houver perda: LEC é 20% do peso do paciente, no caso de um paciente com 70kg, seu LEC tem 14L, a perda é uma estimativa puramente clínica, ou seja, se há sinais clínicos, como histórico de perda e mucosas secas, perda de 10% (1,4L), se hipotensão postural, perda de 20% (2,8L), ambos (4,2L) 2 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista - Monitorar deiscência de anostomoses? 5 – 7 dias, caso não houver deiscência. Se teve deiscência e fístula: 15 dias Dieta no pós operatório e suporte nutricional intensivo: A necessidade calórica básica diária é variável, mas, geralmente, próxima de 25kcal/kg de peso corpóreo ideal. As necessidades diárias basais de proteínas variam de 0,65 a 1g/kg em adolescente e 2g/kg em crianças e serão diferentes nas condições patológicas severas. De forma geral, pode-se empregar uma formula simples, que consiste em 0,04g proteína/kcal necessária/dia. A alimentação gástrica pela sonda enteral permite o uso de fórmulas poliméricas mais econômicas, mas há o risco de aspiração pulmonar do conteúdo gástrico e extinção do apetite. A alimentação enteral por meio de sonda de alimentação instalada no jejuno durante o ato operatório, diminui o risco de aspiração e não causa anorexia, porém, como contorna o duodeno, necessita do emprego de dieta monomérica (elementar), que é mais cara e, com mais frequência, surgem diarreias e cólicas abdominais. Se o apoio nutricional for muito prolongado, a presença de sonda nasoenteral não será favorável, devido as complicações descritas. As complicações metabólicas possíveis são: Desidratação, super- hidratação, deficiência de ácido graxo essencial, distúrbios de glicose ou eletrólitos, elevação dos testes de função hepática, deficiência de vitaminas, ferro e oligoelementos. Medidas de reposição preventivas, se realizadas, evitam essas anormalidades metabólicas. Pacientes que necessitarão de suporte enteral por tempo prolongado apresentam risco aumentado para complicações infecciosas com uso de sonda, como sinusites de repetição, e são candidatos a vias cirúrgicas como gastro ou jejunostomia. O tempo a aguardar até a realização do procedimento varia entre os serviços. A tendência, na maioria das instituições, é de cerca de 6 semanas (40 a 45 dias). A NPT é uma mistura de glicose hipertônica e proteínas hidrolisadas, tipicamente 500ml de glicose 50% e 500ml de aminoácidos a 8%, a qual são adicionados eletrólitos, vitaminas e oligoelementos. Devido a hipertonicidade da solução, deve ser administrada por via central (cateter venoso central). Soluções de menor osmolaridade podem ser administradas na veia periférica, mas devem ser substituídas precocemente. Para evitar uma hipoglicemia rebote, a nutrição parenteral não deve ser suspensa abruptamente Controle da dor no pós operatório: O emprego de medidas anestésicas prescritas antes do procedimento cirúrgico, além de relaxamento emocional, diminuem as tensões e o risco de HAS no pré operatório. As técnicas que utilizam anestesia epidural ou bloqueios locorregionais determinam maior área de anestesia corpórea com despertar sem dor no pós operatório imediato. Nos casos de anestesia epidural, um cateter pode ser empregado para proporcional o bloqueio da dor por vários dias após a operação. Essa abordagem é muito útil aos submetidos as cirurgias no andar inferior do abdome e extremidades. As medicações sistêmicas utilizadas para dor no p´s operatório incluem os opioides, os antiinflamatórios não esteroides e outras drogas narcóticas. O uso indiscriminado de opioides pode determinar situações bem estabelecidas de depressão respiratória, íleo prolongado e aumento de náuseas e vômitso. Uma maneira de escalonar o uso de analgésicos é a chamada “escada analgésica”, proposta pela OMS. 1. Analgésicos e anti-inflamatórios + drogas adjuvantes 2. Opioides fracos + analgésicos e anti-inflamatórios + drogas adjuvantes 3. Opioides fortes + analgésicos e anti-inflamatórios + drogas adjuvantes O controle adequado da dor também deve visar a um sono adequado Quanto a profilaxia de TVP, entre as medidas não farmacológicas, as principais são as meias elásticas de compressão, os dispositivos pneumáticos de compressão e a deambulação precoce. As medicações mais comumente utilizadas são as heparinas não fracionadas e a heparina de baixo peso molecular.
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