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Formação do Sistema Internacional

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O sistema internacional implica na relação com o sistema capitalista e relação entre Estados. Participação ativa do Estado e Estado-Nação: monopólio dos meios de administração e violência Estado dentro de um determinado território e sobre uma determinada população/nação. A história das Relações Internacionais foi formulada como uma disciplina eurocêntrica. Atualmente, parte-se também de uma visão eurocêntrica, pois do ponto de vista material a Europa tornou-se superior. 
Por mais que os movimentos de libertação colonial sejam pautados em um caráter “nacionalista”, defesa da nação contra a opressão estrangeira, seus efeitos afetam o sistema global, portanto, “internacionalista”. O processo colonial do capitalismo teve início no Mediterrâneo. Com a revolução francesa, dentro de uma escala micro, servos e camponeses foram transformados em trabalhadores assalariados. Depois de um tempo, alcançando uma escala macro, ocorre a verdadeira luta de classes em grande escala entre a emergente burguesia e o decadente feudalismo francês, luta baseada no colonialismo. Tais mudanças deram início a exploração de gigantescas expedições transoceânicas para a América, África e Ásia. A inter-relação entre África, Ásia e América e as mudanças internas no poder das classes foram produzidas à distância pelas conquistas coloniais realizadas pelos Estados e companhias monopolistas. Os capitalistas e os trabalhadores assalariados só se tornam os elementos básicos do capitalismo quando eles são classificados e assim combinam essas classes em um sistema. 
De acordo com Arrighi, o capitalismo se desenvolveu ao lado dos Estados-nações e que os capitalistas moldam seu Estado para servir aos seus interesses. Mas Arrighi não determina a forma das competições interestatais e interempresariais. Embora os capitalistas se beneficiem do Estado, eles lutam constantemente para reduzi-lo. Segundo o autor, isso se deve a elevação dos custos de manutenção da máquina estatal, através de gastos militares, reduzindo assim a taxa de lucro. 
Segundo Hobsbawm, “A Revolução Industrial pode ser descrita como o triunfo do mercado externo sobre o interno”. A industrialização aconteceu através da acumulação primária de capital que possibilitou o início da manufatura, mão de obra era barata (semi-escravizada) e organizada pela burguesia com apoio do Estado. Nesse sentido, a Inglaterra acaba constituindo uma liderança incontestável na segunda metade do século XVIII.
A Grande Depressão originada na bolsa estadunidense impactou todo o mundo devido ao comércio globalizado. No pós-guerra, já existia vulnerabilidade socioeconômica na Europa, que foi bastante afetada pela supracitada cadeia de eventos. A insatisfação popular teve voz através de partidos autoritários e militaristas, que com discurso populista apontaram culpados pela crise e tomaram o governo. Houve a criação do nazismo e fascismo, declaradamente anti-comunistas. Com o apoio dos EUA (que enriqueceu no período por prover armamento bélico à ambos os eixos da guerra), a URSS e a Inglaterra venceram o conflito.
A Guerra Fria polarizou o mundo entre os países capitalistas e socialistas, levando a uma corrida armamentista e espacial. Além disso, os países competem por aliados e às vezes fornecem financiamento para apoiá-los. Essa competição promoveu o surgimento de variadas tecnologias naquela época. Portanto, os Estados Unidos conquistaram a hegemonia ocidental ao ganhar, e o dólar se valorizou e tornou-se altamente militarizado. Por outro lado, os países não alinhados usam fundos estrangeiros para se industrializar e declarar independência. Como principal constrangimento, no sistema internacional na segunda metade do século XX. Devido à reconstrução do mundo, a economia global passou por uma grande expansão, principalmente a Europa, que é chamada de "idade de ouro" devido à sua curva econômica positiva em quase todos os países do mundo.
 “Nada era mais impressionante do que o contraste entre a desintegração das economias na região soviética e o espetacular crescimento da economia chinesa no mesmo período” HOSBSBWAN (p.314). A ascensão Chinesa foi resultado de uma revolução Socialista. A China se volta para o mercado interno (diferente de países do terceiro mundo, que são voltados para a exportação de commodities) com um plano nacional forte de enfrentamento de desigualdade, fome e analfabetismo. Desse modo, a China ter se adaptado a um modelo capitalista pode ser considerado uma descontinuidade do sistema de relações internacionais da época ao quebrar as expectativas que as superpotências tinham sobre ela.	
Segundo Jafee, o capitalismo não é apenas um sistema de exploração de classes, mas também um sistema de nações e de opressão nacional. O capitalismo possui uma constituição internacional e auto globalizante. Em virtude dessa natureza, se faz existente uma dependência econômica entre países centrais e periféricos.
Referências Bibliográficas  
ARRIGHI, Giovanni (1996). O longo século XX. São Paulo: Contraponto, pp. 27-59 (Capítulo 1). 
ARRIGHI, Giovanni (2008). Adam Smith em Pequim. Rio de Janeiro: Contraponto, p. 285-315 (Capítulo 10).
JAFFE, Hosea (2000). A dialética da libertação. Rio de Janeiro: Vozes, pp. 7-64 (Capítulos 1 e 2).    
HOBSBAWM, Eric (1995). A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, pp. 223-252/pp. 393-420 (Capítulos 8 e 14)
KRIPPENDORFF, Ekkehart (1979). História das relações internacionais. Lisboa, pp. 101-153 (Capítulos 7,8,9). 
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