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Direito Processual Civil II

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Revisão Processo Civil V2 
Agravo de Instrumento – Art. 1.015 do CPC 
Cabimento 
O agravo de instrumento cabe, em primeira 
instância, contra as decisões interlocutórias 
que versarem sobre as matérias enumeradas 
no art. 1.015, I a XIII e parágrafo único, do 
CPC. São decisões aqueles pronunciamentos 
de cunho decisório que não põem fim ao 
processo ou à fase cognitiva do processo de 
conhecimento. 
Nem toda decisão interlocutória desafiará a 
interposição de agravo de instrumento. A 
maior parte delas não é recorrível em 
separado. Todas as que não integrarem o rol 
do art. 1.015 e de seu parágrafo único não 
admitirão recurso, mas também não estarão 
sujeitas a preclusão. 
Decisões interlocutórias agraváveis 
É requisito de admissibilidade do agravo de 
instrumento que a decisão interlocutória 
contra a qual ele foi interposto verse sobre 
matéria constante do rol legal, que indica, de 
forma objetiva, quais as decisões recorríveis. 
O agravo de instrumento caberá contra as 
decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I — tutelas provisórias: sejam elas de natureza 
cautelar ou antecipada, de urgência ou de 
evidência, antecedentes ou incidentais. São 
aquelas tratadas nos arts. 294 a 311 do CPC, 
deferidas em cognição superficial. 
II — mérito do processo: são as decisões 
interlocutórias em que o juiz profere o 
julgamento antecipado parcial do mérito, 
previsto no art. 356 do CPC. O julgamento do 
mérito pode, no sistema atual, ser 
desmembrado. Se um ou algum dos pedidos 
ou parte deles estiver em condições de 
julgamento, o juiz proferirá o julgamento 
antecipado parcial, no qual, em cognição 
exauriente e definitiva, examinará uma ou 
algumas das pretensões, ou parte delas. 
III — rejeição da alegação de convenção de 
arbitragem: a existência de convenção de 
arbitragem é matéria a ser alegada pelo réu 
como preliminar de contestação, nos termos 
do art. 337, X, do CPC. Trata-se de tema que 
não pode ser conhecido de ofício, devendo ser 
alegado pelo réu (art. 337, § 5o). Se o juiz 
acolher a alegação, proferirá sentença de 
extinção sem resolução de mérito (art. 485, 
VII), contra a qual caberá apelação; se a 
rejeitar, caberá agravo de instrumento, sob 
pena de preclusão; 
IV — incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica: é aquele previsto nos 
arts. 133 a 137. O incidente constitui forma de 
intervenção de terceiros provocada, em que o 
juiz verificará se estão preenchidos ou não os 
requisitos da desconsideração direta ou 
inversa. 
V — rejeição do pedido de gratuidade da 
justiça ou acolhimento do pedido de sua 
revogação: O agravo caberá quando a 
gratuidade for indeferida ou revogada, já que 
nesse caso caberia à parte recolher de 
imediato as custas e despesas processuais. 
Para evitar eventual prejuízo irreparável do 
litigante é que a lei admite o agravo de 
instrumento nesse caso; 
VI — exibição ou posse de documento ou 
coisa: trata-se da decisão que aprecia o 
incidente de exibição de documento ou coisa, 
previsto no art. 396 e ss. Não se justificaria 
que a questão só pudesse ser reexaminada 
na fase de apelação, já que o documento ou 
coisa se prestam a fazer prova dos fatos 
alegados; 
VII — exclusão de litisconsorte: trata-se de 
decisão que precisa ser reexaminada de 
imediato, não podendo ser relegada para a 
fase de apelação, sob pena de irreparável 
prejuízo à marcha do processo. A redação do 
inciso, conjugada com a do inciso seguinte, 
leva à conclusão de que só caberá agravo de 
instrumento se a decisão excluir o 
litisconsorte. Se o mantiver, a impugnação 
deverá ser feita como preliminar na apelação 
ou nas contrarrazões; 
VIII — rejeição do pedido de limitação do 
litisconsórcio: em caso de litisconsórcio 
multitudinário, o juiz, de ofício ou a 
requerimento do réu, poderá limitar o número 
de participantes, determinando o 
desmembramento do processo. Se ele rejeitar 
o pedido e indeferir o desmembramento do 
processo, todos os litisconsortes originários 
serão mantidos e caberá o agravo de 
instrumento, com fulcro nesse inciso. Já se o 
juiz acolher o pedido de limitação, ele excluirá 
parte dos litisconsortes originários, 
determinando o desmembramento do 
processo, e caberá também agravo de 
instrumento, mas com fulcro no inciso anterior; 
IX — admissão ou inadmissão de intervenção 
de terceiros: o caráter amplo deste inciso 
torna despiciendo o inciso IV, já que o 
incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica é uma das formas de 
intervenção de terceiro. Caberá agravo de 
instrumento tanto da decisão que deferir 
quando da que indeferir a intervenção. A 
exceção é a admissão do amicus curiae, já 
que o art. 138, regra especial, estabelece que 
a decisão judicial é irrecorrível; 
X — concessão, modificação ou revogação de 
efeito suspensivo aos embargos à execução: 
os embargos, em regra, não têm efeito 
suspensivo, mas o juiz, excepcionalmente, 
preenchidos os requisitos legais, poderá 
concedê-lo. Da decisão que defere, indefere, 
modifica ou revoga o efeito suspensivo, cabe 
agravo de instrumento; 
XI — redistribuição do ônus da prova nos 
termos do art. 373, § 1o: é a hipótese de 
redistribuição do ônus fundada em lei ou em 
determinação judicial. A decisão do juiz que 
aprecia a redistribuição do ônus desafia 
agravo de instrumento. Parece-nos que o 
agravo será cabível tanto da decisão que 
defere a redistribuição quanto da que a 
indefere, já que, em ambos os casos, a 
decisão versará, positiva ou negativamente, 
sobre a redistribuição e, também em ambos, a 
questão precisa ser reexaminada desde logo 
pelo tribunal, porque repercutirá sobre o 
comportamento de uma ou outra parte na fase 
de instrução; 
XII — conversão da ação individual em ação 
coletiva: esse inciso foi vetado, em 
consonância com o veto do art. 333 do CPC; 
XIII — outros casos expressamente referidos 
em lei: a lei pode criar outros casos de 
cabimento de agravo de instrumento. São 
exemplos o que pode ser interposto contra 
sentença declaratória de falência e contra as 
decisões proferidas em execução penal. 
O parágrafo único do art. 1.015 deixa ainda 
expresso o cabimento do agravo de 
instrumento contra as decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença 
ou de cumprimento de sentença, das 
proferidas em processo de execução e no 
processo de inventário. 
O rol, como já mencionado, é taxativo. Afora 
as hipóteses acima mencionadas, não cabe 
recurso, devendo o interessado proceder na 
forma do art. 1.009, § 1°, do CPC (Apelação). 
O agravo de instrumento é o único recurso 
interposto diretamente perante o órgão ad 
quem, para apreciação imediata. Como o 
processo ainda corre no órgão a quo, para que 
a questão possa ser levada ao órgão superior 
é preciso formar um instrumento, contendo 
cópias daquilo que é importante. 
Ele será interposto por escrito diretamente no 
órgão ad quem, no prazo de quinze dias. Se o 
recorrente não quiser ou não puder deslocar-
se à sede do Tribunal, poderá enviá-lo pelo 
correio com aviso de recebimento, 
encaminhá-lo por fax, ou pelo sistema do 
protocolo integrado. 
Algumas peças são obrigatórias: se não 
juntadas, o recurso não será conhecido. 
Antes, porém, de indeferi-lo, compete ao 
relator, nos termos do art. 932, parágrafo 
único, conceder ao agravante prazo de cinco 
dias para que seja sanado o vício ou 
complementada a documentação exigível. Se 
o prazo transcorrer sem que o agravante 
cumpra o determinado, o agravo será 
indeferido. As peças obrigatórias são: cópia 
da petição inicial, da contestação, da 
petição que ensejou a decisão agravada, 
da própria decisão agravada, da certidão 
da respectiva intimação ou outro 
documento oficial que comprove a 
tempestividade e das procurações dos 
advogados do agravante e do agravado. 
Petição de 3 dias 
Interposto o recurso, o agravante ainda tem, 
nos processosque não forem eletrônicos, 
uma tarefa que, não cumprida, pode levar ao 
não conhecimento. Trata-se de informar ao 
juízo a quo a interposição, no prazo de 3 (três) 
dias, juntando cópia da petição de agravo, a 
comprovação de interposição e a relação dos 
documentos apresentados (art. 1.018, § 2o, 
do CPC). 
Processamento no tribunal – Ar. 1.019 
O agravo de instrumento será distribuído, 
sendo escolhido um relator, que deverá tomar 
as providências enumeradas no art. 932 do 
CPC, podendo até mesmo, em decisão 
monocrática, não conhecer do recurso, dar ou 
negar-lhe provimento. Da decisão 
monocrática do relator, caberá o agravo 
interno, previsto no art. 1.021 do CPC. 
Cabe ainda ao relator decidir se defere ou não 
efeito suspensivo ou ativo (antecipação de 
tutela da pretensão recursal), também 
cabendo agravo interno dessa decisão. O 
relator deferirá esses efeitos quando for 
relevante a fundamentação e houver risco de 
lesão grave e de difícil reparação. É preciso 
ainda que haja requerimento do agravante, 
não cabendo ao relator concedê-lo de ofício. 
Cumprirá ao relator determinar, ainda, que o 
agravado seja intimado para apresentar as 
contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias. 
Ao fazê-lo, poderá juntar as peças que 
entenda relevantes para a apreciação do 
recurso. A intimação será feita na forma do art. 
1.019, II, do CPC. 
Por fim, o relator deverá abrir vista ao 
Ministério Público, nos casos em que ele 
intervenha, para que se manifeste em 15 
(quinze) dias. (Nos casos em que especifica o 
prazo, não há previsão para prazo em dobro). 
Em seguida, pedirá dia para julgamento, em 
prazo não superior a um mês da intimação do 
agravado (CPC, art. 1.020). O agravo de 
instrumento é julgado por três juízes, por 
maioria de votos. 
O juízo de retratação – art. 1.018 § 1º 
Enquanto não julgado o agravo de 
instrumento, o juízo a quo poderá retratar-se, 
comunicando ao tribunal. Se a retratação for 
completa, o tribunal julgará prejudicado o 
recurso; se for parcial, só reexaminará aquela 
parte da decisão que não foi reformada. 
Havendo retratação, poderá ser interposto 
pela parte contrária um novo agravo de 
instrumento, desde que a nova decisão se 
insira nas hipóteses do art. 1.015 do CPC. 
 
Agravo Interno – Art. 1.021 do CPC 
Cabimento 
É aquele que cabe contra as decisões 
monocráticas do relator. Nos termos do art. 
932 do CPC, o relator de qualquer recurso tem 
uma série de incumbências, cabendo-lhe, 
entre outras coisas, dirigir e ordenar o 
processo no tribunal, apreciar o pedido de 
tutela provisória, não conhecer de recurso 
inadmissível e dar ou negar provimento ao 
recurso, nos casos previstos nos incisos III, IV 
e V. 
Das decisões monocráticas do relator, 
quaisquer que sejam elas, tanto as relativas 
ao processamento quanto ao julgamento do 
recurso, cabe agravo interno para o órgão 
colegiado. 
Deve ser interposto no prazo de 15 (quinze) 
dias, e o agravado será intimado para 
manifestar-se sobre o recurso no mesmo 
prazo. 
Em seguida, pode o relator exercer o juízo de 
retratação. Se não o fizer, o recurso será 
examinado pela mesma turma julgadora ou 
órgão colegiado a quem caberia o julgamento 
do recurso no qual foi proferida a decisão 
monocrática do relator, sendo vedado a ele 
limitar-se a reprodução dos fundamentos da 
decisão agravada, para julgar improcedente o 
agravo interno. 
Se for considerado manifestamente 
inadmissível ou improcedente em votação 
unânime, o tribunal condenará o agravante ao 
pagamento de multa, que pode variar de 1% a 
5% do valor corrigido da causa, que reverterá 
em favor do agravado. 
 
Embargos de declaração – Art. 1.022 
Os embargos de declaração são o recurso 
(art. 994 do CPC) que tem por finalidade 
aclarar ou integrar qualquer tipo de decisão 
judicial que padeça dos vícios de omissão, 
obscuridade ou contradição. Servem ainda 
para corrigir-lhe eventuais erros materiais. 
Sua função precípua é sanar esses vícios da 
decisão. Não se trata de recurso que tenha 
por fim reformá-la ou anulá-la (embora o 
acolhimento dos embargos possa 
eventualmente resultar na sua modificação), 
mas aclará-la e sanar as suas contradições, 
omissões ou erros materiais. 
Cabimento 
Cabem embargos de declaração contra todo 
tipo de decisão judicial: interlocutórias, 
sentenças e acórdãos, proferidos em qualquer 
grau de jurisdição. Cabem ainda em todo tipo 
de processo, de conhecimento ou de 
execução, de jurisdição contenciosa ou 
voluntária. 
O cabimento dos embargos está condicionado 
a que decisão padeça de um ou mais dos 
vícios previstos no art. 1.022 do CPC: 
obscuridade, contradição, omissão ou erro 
material. 
Obscuridade - É a falta de clareza do ato. Há 
casos em que a decisão poderá ser 
ininteligível, incompreensível, ambígua e 
capaz de despertar dúvida no leitor. Os 
embargos servirão para que o juiz promova os 
esclarecimentos necessários, tornando 
compreensível aquilo que não era. 
Contradição - É a falta de coerência da 
decisão. Pode manifestar-se de várias 
maneiras: pela incompatibilidade entre duas 
ou mais partes do dispositivo, duas ou mais 
partes da fundamentação, ou entre esta e 
aquele. O juiz exprime, na mesma decisão, 
ideias que não são compatíveis, conciliáveis 
entre si. De certa forma, a contradição leva 
também à obscuridade. 
Omissão - Haverá omissão se o juiz deixar de 
se pronunciar sobre um ponto que exigia a sua 
manifestação. A decisão padece de uma 
lacuna, uma falta. Não constitui omissão a 
falta de pronunciamento sobre questão 
irrelevante ou que não tenha relação com o 
processo. 
O art. 1.022, parágrafo único, considera 
omissa a decisão que deixe de se manifestar 
sobre tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos ou em incidente de assunção de 
competência aplicável ao caso sob 
julgamento ou que incorra em qualquer das 
situações descritas no art. 489, § 1º (Relatório, 
fundamentos e dispositivo). 
Erro material - A correção de erro material 
pode ser feita de ofício pelo juiz, nos termos 
do art. 494, I, do CPC. Podem ser 
considerados como tais os erros de cálculo, os 
erros de expressão (indicação equivocada do 
nome das partes, do número do processo, do 
resultado) e os erros de fato, comprováveis de 
plano (são exemplos: o tribunal deixa de 
conhecer recurso de apelação, por 
intempestividade, sem observar que havia 
comprovação de um feriado forense, na 
cidade em que foi apresentado; 
Requisitos de admissibilidade 
Os embargos de declaração serão opostos no 
prazo de 5 (cinco) dias, por qualquer dos 
legitimados, a contar da data em que as partes 
são intimadas da decisão. Não há 
recolhimento de preparo. 
A sua apresentação interrompe o prazo para 
apresentação de outros recursos, tanto para 
quem os interpôs como para os demais 
litigantes, ainda que o recurso não seja 
admitido. 
Mas, se forem interpostos de má-fé, o 
embargante ficará sujeito à multa, que será de 
até 2% do valor atualizado da causa. Em caso 
de reiteração, a multa pode elevar-se a até 
10%, e a interposição de qualquer outro 
recurso fica condicionada ao recolhimento da 
multa, à exceção da Fazenda Pública e dos 
beneficiários da justiça gratuita, que a 
recolherão ao final. 
Não serão admitidos novos embargos de 
declaração se os dois anteriores houverem 
sido considerados protelatórios (art. 1.026, § 
4º, do CPC). 
Processamento dos embargos 
São apresentados por petição, perante o juízo 
ou tribunal que prolatou a decisão. No Juizado 
Especial, poderão ser opostos oralmente ou 
por escrito. O embargante deverá 
fundamentá-los, indicando qual o vício de que 
a decisão padece. 
Prequestionamento 
O art. 1.025 do CPC contém importante regra, 
que repercutirá sobre o processamento do 
recurso especial e extraordinário. Os 
embargos de declaração podem ser opostos 
para fins de prequestionamento (Súmula 98 
do SuperiorTribunal de Justiça). Quando o 
forem, os elementos neles suscitados 
considerar-se-ão incluídos no acórdão, 
mesmo que os embargos não sejam 
admitidos, desde que o tribunal superior 
considere existentes erro, omissão, 
contradição ou obscuridade, com o que perde 
validade a Súmula 211 do Superior Tribunal 
de Justiça, que será abordada quando se 
tratar do prequestionamento, em recurso 
especial ou extraordinário. 
Efeitos dos embargos de declaração 
Eles têm efeito devolutivo, porque devolvem 
ao conhecimento do juízo ou tribunal prolator 
da decisão o conhecimento daquilo que é 
objeto do recurso. 
Não são dotados de efeito suspensivo. Mas 
o § 1º do art. 1.026 autoriza que o juiz ou o 
relator o concedam se demonstrada a 
probabilidade de provimento do recurso ou, 
sendo relevante a fundamentação, houver 
risco de dano grave ou de difícil reparação. 
Haverá casos em que a gravidade do vício, 
seja ele obscuridade, contradição, omissão ou 
erro, será tal que inviabilizará o cumprimento 
da decisão embargada, ou trará risco de dano, 
casos em que o efeito suspensivo deverá ser 
deferido. 
Os embargos de declaração têm efeito 
translativo. Ao examiná-los, o julgador 
poderá conhecer de ofício de matérias de 
ordem pública, ainda que estas não sejam 
objeto dos embargos. 
Embargos de declaração com efeitos 
infringentes 
Pode ocorrer que haja alteração do conteúdo 
da sentença, como consequência natural da 
solução do vício. 
Mas, inexistindo os vícios elencados no art. 
1.022, os embargos não se prestarão à 
reforma ou reconsideração da decisão. 
Recurso Ordinário – Art. 1.027 
É um recurso previsto na Constituição 
Federal, dirigida ao Superior Tribunal de 
Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal. 
É ordinário, pois, embora a CF preveja as 
hipóteses de cabimento, não enumera, em rol 
taxativo, quais os fundamentos que esse 
recurso poderá ter, diferentemente do que 
ocorre com o recurso especial e com o 
extraordinário, recursos que só podem ter por 
fundamento as matérias elencadas nos arts. 
102, III, e 105, III, da CF. 
O recurso ordinário serve, em regra, para que 
o interessado possa obter o reexame das 
decisões que são de competência originária 
dos tribunais. Contra os julgamentos de 
primeira instância, cabe apelação; se o 
processo é de competência originária dos 
tribunais, a apelação não será cabível, mas 
a CF prevê o recurso ordinário, no qual o 
STJ e o STF poderão reexaminar o que 
ficou decidido, não como instâncias 
extraordinárias, mas com uma espécie de 
“segunda instância”. 
Daí dizer-se que o recurso ordinário faz as 
vezes de “apelação” para determinadas 
causas de competência originária dos 
tribunais. 
Cabimento 
O recurso ordinário pode ser dirigido para o 
STF ou para o STJ. 
São dirigidos ao STF os referentes a “habeas 
corpus, o mandado de segurança, o habeas 
data e o mandado de injunção decididos em 
única instância pelos Tribunais Superiores, se 
denegatória a decisão” e aos “crimes 
políticos” (art. 102, II, da CF). 
São dirigidos ao STJ os relacionados aos 
“habeas corpus decididos em única ou última 
instância pelos Tribunais Regionais Federais 
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando a decisão for 
denegatória”; “os mandados de segurança 
decididos em única instância pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, 
quando denegatória a decisão”; “as causas 
em que forem partes Estado estrangeiro ou 
organismo internacional, de um lado, e, de 
outro, Município ou pessoa residente ou 
domiciliada no país” (CF, art. 105, II). 
Processamento 
Deve ser interposto no prazo de 15 (quinze) 
dias perante o relator do acórdão recorrido. De 
acordo com o art. 1.028 do CPC, a ele se 
aplicam, quanto aos requisitos de 
admissibilidade e ao procedimento, as regras 
da apelação, observando-se ainda os 
regimentos internos do STF e do STJ. 
Apresentado o recurso, o recorrido será 
intimado para, no prazo de 15 dias, oferecer 
contrarrazões e, em seguida, o recurso será 
remetido ao respectivo tribunal superior, 
independentemente de prévio juízo de 
admissibilidade. 
O recurso ordinário não exige 
prequestionamento. 
Extraordinário e Especial – Art. 
1.029 do CPC 
Os recursos extraordinários lato sensu têm a 
finalidade de: impedir que as decisões 
judiciais contrariem a Constituição Federal 
ou as leis federais, mantendo a 
uniformidade de interpretação, em todo 
país, de uma e outras. Aquele que apresenta 
um desses recursos está insatisfeito e 
pretende que a decisão seja revista. Mas o 
fundamento que apresentará não poderá ser 
de que a sentença foi injusta, porque eles não 
constituem uma espécie de “terceira 
instância” que visa assegurar a justiça das 
decisões. 
Desde que preenchidos os requisitos, 
poderão ser interpostos não só contra os 
acórdãos em recursos contra as sentenças, 
mas também contra decisões 
interlocutórias. 
Os recursos extraordinários lato sensu são: o 
extraordinário, o especial e os embargos 
de divergência, sempre julgados pelo STF 
ou pelo STJ. Esses Tribunais julgam também 
recursos ordinários stricto sensu, nas 
hipóteses dos arts. 102, II, e 105, II, da CF. 
Tempestividade 
O recurso especial e o extraordinário devem 
ser apresentados no prazo de 15 (quinze) 
dias. 
Se a parte interessada verificar que estão 
presentes os requisitos para a interposição do 
recurso especial e do recurso extraordinário, 
poderá interpor ambos, no prazo legal. A 
interposição deve ser simultânea, sob pena 
de haver preclusão consumativa. 
Tanto o recurso especial quanto o 
extraordinário podem ser interpostos sob a 
forma comum ou forma adesiva, caso em que 
serão apresentados no prazo para as 
contrarrazões ao recurso do adversário. 
Preparo 
Ambos os recursos — o extraordinário e o 
especial — exigem preparo e porte de 
remessa e retorno. 
Enquanto houver a possibilidade de 
interposição de algum recurso ordinário, não 
serão admissíveis o RE e o REsp. É preciso 
que tenham se esgotado as vias ordinárias. 
Nesse sentido, as Súmulas 281 do STF: “É 
inadmissível o recurso extraordinário, quando 
couber, na Justiça de origem, recurso 
ordinário da decisão impugnada”; e a Súmula 
207 do STJ: “É inadmissível recurso especial 
quando cabíveis embargos infringentes contra 
o acórdão proferido no tribunal de origem”. 
No Juizado Especial Cível, a última instância 
ordinária não é um tribunal, mas o Colégio 
Recursal. Por essa razão, contra os 
acórdãos por ele proferidos será 
admissível recurso extraordinário, não o 
especial; 
Os recursos extraordinários são de 
fundamentação vinculada: só cabem nas 
hipóteses das alíneas dos arts. 102, III, e 105, 
III, da CF. Em todas elas, há a preocupação 
em preservar e uniformizar a interpretação da 
CF e das leis federais. Eles não se prestam a 
corrigir injustiça da decisão, decorrente da má 
apreciação dos fatos e das provas. 
Ao contrário dos outros recursos, de 
fundamentação livre, em que o recorrente 
pode alegar todo tipo questão, os 
extraordinários ficam adstritos ao reexame da 
matéria jurídica, afastada a possibilidade de 
reexame dos fatos e provas. Além disso, eles 
só permitem que seja uniformizada a 
interpretação da CF e das leis, não servindo 
para discutir interpretação de contrato. 
Nos recursos extraordinários, os tribunais não 
apreciam a prova, mas podem dirimir 
questões de aplicação, ou interpretação da 
CF ou das leis federais, a respeito das 
provas em geral, sua admissibilidade, sua 
disciplina e sua valoração. 
O prequestionamento 
é preciso que a questão — constitucional ou 
federal — a ser discutida no recurso tenha 
sido ventilada nas instâncias ordinárias, 
isto é, suscitada e decidida anteriormente. 
Não cabe RE nem REsp sobre questões não 
previamente discutidas e decididas nas vias 
ordinárias.A essa exigência, dá-se o nome 
de prequestionamento, comum a ambos os 
recursos. 
É a Súmula 98 do STJ que enuncia a 
possibilidade de utilização dos embargos de 
declaração para prequestionar a questão 
legal, permitindo o oportuno ajuizamento do 
recurso especial: “Embargos de declaração 
manifestados com notório propósito de 
prequestionamento não têm caráter 
protelatório”. Conquanto a súmula diga 
respeito ao recurso especial, a mesma regra 
vale para o extraordinário. 
Para o STF - para o STF, não é necessário, 
como condição de admissibilidade do RE, que 
a questão constitucional seja efetivamente 
examinada, bastando que seja suscitada por 
embargos de declaração. Daí dizer que o 
STF contenta-se com o prequestionamento 
ficto, já que pode não haver a apreciação da 
questão constitucional pelas instâncias 
inferiores. 
Para o STJ - exigia prequestionamento 
efetivo, real, como se vê da Súmula 211: 
“Inadmissível recurso especial quanto à 
questão que, a despeito da oposição de 
embargos declaratórios, não foi apreciada 
pelo tribunal a quo”. 
Procedimento de interposição 
Eles serão interpostos no prazo de 15 (quinze) 
dias, perante o presidente ou o vice-
presidente do tribunal a quo. A interposição, 
pelo mesmo litigante, de ambos, quando 
pretender discutir questão constitucional e 
federal, deve ser simultânea, sob pena de 
haver preclusão consumativa, mas em 
petições diferentes. 
Essa petição deve conter: 
■ a exposição do fato e do direito; 
■ a demonstração do cabimento do recurso 
interposto; 
■ as razões do pedido de reforma ou de 
invalidação da decisão recorrida. 
Efeitos dos recursos extraordinários 
O recurso especial e o extraordinário são 
dotados de efeito devolutivo, nos limites em 
que o recurso for admitido. 
Os recursos extraordinários não são dotados 
de efeito suspensivo, com a ressalva da 
hipótese do art. 987, § 1º, do CPC. Mas será 
possível ao interessado requerê-lo, na 
forma prevista no art. 1.029, § 5º, do CPC. 
O efeito será concedido se relevante a 
fundamentação do recurso, quando a demora 
puder causar dano irreparável ou de difícil 
reparação. O RE e o REsp não têm efeito 
translativo, diante da exigência do 
prequestionamento, que não permite o 
reexame de matéria não ventilada, ainda que 
de ordem pública. 
Recurso Especial 
Hipóteses de cabimento 
Estão previstas nas alíneas a, b e c do art. 
105, III, da CF. De acordo com esse 
dispositivo, caberá ao Superior Tribunal de 
Justiça “julgar, em recurso especial, as causas 
decididas, em única ou última instância, pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos 
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, quando a decisão recorrida”. 
▪ Contrariar tratado ou lei federal, ou 
negar-lhes vigência 
Negar vigência traz a ideia de afrontar a lei 
federal, ou deixar de aplicá-la nos casos em 
que isso deveria ocorrer. Já a contrariedade 
abrange tudo isso e, mais: não dar à lei federal 
a interpretação mais adequada. Para o 
cabimento do REsp, a afronta há de ser de lei 
federal ou tratado, não bastando que haja 
alegação de violação a enunciado de súmula 
(Súmula 518 do STJ). 
 
▪ Julgar válido ato de governo local 
contestado em face de lei federal 
Essa hipótese não traz nada de novo, já que, 
se a decisão der pela validade de ato de 
governo local contestado em face de lei 
federal, estará contrariando esta última, com o 
que se recai na hipótese anterior. O recurso 
especial só é cabível em caso de ato de 
governo local. Se a decisão der pela validade 
de lei local contestada em face de lei federal, 
o recurso cabível não será o especial, mas o 
extraordinário, na forma do art. 102, III, d, da 
CF. O “ato de governo local” que enseja o 
recurso especial é ato infralegal. 
 
▪ Der à lei federal interpretação 
divergente da que lhe haja atribuído outro 
tribunal. Uma das funções do recurso 
especial é uniformizar a interpretação da lei 
federal no País. Se um mesmo dispositivo de 
lei federal for interpretado diversamente por 
outro tribunal, caberá recurso especial. Não 
basta indicar a interpretação dada por outro 
tribunal. É preciso demonstrar que é melhor 
que a dada no processo em que o recurso 
especial foi interposto, uma vez que se 
pretende a reforma do acórdão. Essa 
hipótese, como a anterior, também acaba 
recaindo na da alínea a do art. 105, III, da CF. 
Afinal, se a melhor interpretação foi a dada por 
outro tribunal, então a decisão recorrida, ainda 
que razoável, não é a melhor, o que contraria 
o dispositivo de lei federal. 
 
Recurso extraordinário 
Hipóteses de cabimento 
Estão previstas na Constituição Federal, art. 
102, III, alíneasa, b, c e d. De acordo com o 
dispositivo constitucional, compete ao 
Supremo Tribunal Federal “julgar, mediante 
recurso extraordinário, as causas decididas 
em única ou última instância, quando a 
decisão recorrida”: 
▪ Contrariar dispositivo desta 
Constituição. 
Em razão disso, abre-se a possibilidade do 
recurso extraordinário, quando o acórdão 
recorrido der ao dispositivo constitucional 
interpretação divergente, mas não melhor do 
que aquela que lhe haja dado outro tribunal. É 
certo que nenhuma das alíneas do art. 102, III, 
da CF menciona expressamente essa 
possibilidade, como no recurso especial, mas 
se outro tribunal interpretar diferentemente a 
CF, e tal interpretação for melhor, então o 
acórdão recorrido a terá contrariado. 
▪ Declarar a inconstitucionalidade de 
tratado ou lei federal. 
É por meio do recurso extraordinário, nesta 
hipótese, que o STF exerce o controle de 
constitucionalidade difuso. Em qualquer 
processo, é possível aos litigantes postular a 
não aplicação de lei federal ou de tratado, por 
inconstitucionalidade. As instâncias ordinárias 
podem reconhecer a inconstitucionalidade, no 
processo em que ela foi suscitada, abrindo 
ensejo ao recurso extraordinário. Mas 
somente se for reconhecida a 
inconstitucionalidade: se o acórdão recorrido 
der pela constitucionalidade da lei federal ou 
tratado, o recurso não será admitido. A 
declaração de inconstitucionalidade de lei 
local — estadual ou municipal — não enseja 
recurso extraordinário, nos termos da súmula 
280 do STF: “Por ofensa ao direito local não 
cabe o recurso extraordinário”. 
▪ Julgar válida lei ou ato de governo 
local contestado em face da Constituição 
Federal. 
Se o acórdão declara a inconstitucionalidade 
de lei local, não cabe recurso extraordinário. 
Mas, se ele dá pela validade de lei ou ato de 
governo local contestado em face da 
Constituição Federal, o recurso será admitido, 
porque estará havendo contrariedade à CF. A 
rigor, essa hipótese poderia ser absorvida 
pela da alínea a. 
 
▪ Julgar válida lei local contestada em 
face de lei federal. 
Essa hipótese de recurso extraordinário foi 
introduzida pela Emenda Constitucional n. 
45/2004. Antes dela, nessa situação cabia 
recurso especial, pois, se o acórdão recorrido 
dava pela validade de lei local contestada em 
face de lei federal, acabava por contrariar esta 
última, ensejando o REsp. Mas, desde a 
Emenda, a hipótese passou a ser de recurso 
extraordinário, já que a CF, conquanto não 
afrontada diretamente, é atingida por via 
indireta. Afinal, é ela que define qual o 
âmbito das leis locais e federais. Se o 
acórdão der pela validade daquelas em 
detrimento destas, haverá questão 
constitucional subjacente, que abre 
oportunidade ao RE. Mas não se o acórdão 
recorrido der pela validade da lei federal, em 
detrimento da lei local. 
 
A repercussão geral como requisito 
específico de admissibilidade dos 
recursos extraordinários 
 
A finalidade é reduzir o número de 
recursos extraordinários, limitando-os 
àquelas situações em que haja questões 
relevantes do ponto de vista econômico, 
político, social ou jurídico, que 
transcendam os interesses individuais dos 
litigantes no processo.O legislador faz uso 
de conceitos indeterminados (ou vagos), que 
devem ser integrados pelo STF, a quem 
competirá dizer, nos casos que lhe são 
submetidos, se estão ou não presentes. Além 
disso, haverá repercussão geral sempre que o 
acórdão recorrido for contrário à súmula ou 
jurisprudência dominante do STF ou tiver 
reconhecido a inconstitucionalidade de 
tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 
da Constituição Federal. 
A repercussão geral vem regulamentada no 
art. 1.035 do CPC. 
Cumpre ao recorrente, em preliminar formal e 
fundamentada de recurso extraordinário, 
apresentar a repercussão geral, sob pena de 
o recurso ser indeferido de plano. O relator se 
manifestará sobre a sua existência e 
submeterá, por meio eletrônico, uma cópia 
aos demais ministros, que se pronunciarão no 
prazo comum de vinte dias (art. 324, do 
Regimento Interno do STF). Para a análise da 
repercussão geral, o relator poderá admitir a 
manifestação de terceiros, subscrita por 
procurador habilitado (art. 1.035, § 4o, do 
CPC). De acordo com a Constituição 
Federal, a inexistência de repercussão 
geral terá de ser reconhecida por, pelo 
menos, oito ministros, para que o RE não 
seja admitido. Isso demonstra a intenção do 
legislador de contentar-se com o 
reconhecimento desse requisito, ainda que 
por uma minoria de ministros. 
Estabelece o art. 1.035, § 5o, do CPC que, 
quando ela for reconhecida, o relator do RE 
determinará a suspensão do processamento 
de todos os processos pendentes, individuais 
ou coletivos, que versem sobre a questão e 
tramitem no território nacional. (Importante) 
 
 
 
2. (Juiz de Direito — TJ/PA— 2005) Com base 
no Código de Processo Civil, assinale a 
alternativa correta: 
a) Recebido o agravo de instrumento no 
tribunal, o relator deverá, de imediato, 
requisitar ao juiz da causa informações, que 
deverão ser prestadas no prazo de 15 dias. 
b) O agravante, no prazo de 48 (quarenta e 
oito) horas, requererá a juntada aos autos do 
processo de cópia da petição do agravo e do 
comprovante de sua interposição. 
c) A petição de agravo de instrumento será 
instruída, obrigatoriamente, com cópias da 
petição inicial da ação, da decisão agravada, 
da certidão da respectiva intimação e da 
procuração outorgada dos advogados do 
agravado e do agravante. 
d) Antes de atribuir efeito suspensivo ao 
agravo ou deferir antecipação de tutela, o 
relator deverá mandar ouvir o Ministério 
Público no prazo de 10 dias. 
e) Recebido o agravo de instrumento no 
tribunal e distribuído ao relator, este negará 
seguimento ao recurso em confronto com 
Súmula ou Jurisprudência dominante do 
respectivo tribunal. 
 
4. (Juiz de Direito — TJ/MG — 2004-2005) Diz 
o art. 526 do CPC que: “o agravante, no prazo 
de 3 (três) dias, requererá 
juntada, aos autos do processo, de cópia da 
petição do agravo de instrumento e do 
comprovante de sua interposição, assim como 
a relação dos documentos que instruíram o 
recurso”. O não cumprimento do disposto 
acima importa na: 
a) inadmissibilidade do agravo, de ofício, pelo 
Relator; 
b) suspensão do agravo, a requerimento do 
agravado; 
c) inadmissibilidade do agravo, desde que 
arguido e provado pelo agravado; 
d) improcedência do agravo, desde que 
requerido e provado pelo agravado; 
e) improcedência do agravo, de ofício, pelo 
Relator. 
 
5. (Juiz de Direito — TJ/PR — 2003) Em tema 
de agravo de instrumento, é correto afirmar: 
a) que o relator pode conceder liminar, com 
eficácia até o julgamento do recurso; 
b) que o relator pode atribuir efeito suspensivo 
ao recurso; 
c) que o agravado deve ser intimado para 
resposta perante o juízo a quo; 
d) que agravo deve ser interposto perante o 
juízo recorrido. 
 
6. (Juiz de Direito — TJ/SP — 175o) 
Considere as seguintes assertivas sobre 
recursos: 
I. Cabem embargos de declaração, quando 
houver, na sentença ou acórdão, obscuridade, 
contradição, omissão ou dúvida. 
II. No agravo retido, que independe de preparo 
e em cuja interposição o agravante requererá 
que o tribunal dele conheça, preliminarmente, 
por ocasião do julgamento da apelação, não 
cabe ao juiz reformar a decisão. 
III. O recurso adesivo, ao qual se aplicam as 
mesmas regras do recurso independente, 
quanto às condições de admissibilidade, 
preparo e julgamento no tribunal, deverá ser 
conhecido, mesmo se houver desistência do 
principal ou se este for declarado inadmissível 
ou deserto. 
IV. No ato de interposição do recurso, o 
recorrente, sob pena de deserção, 
comprovará o recolhimento do preparo, cuja 
insuficiência não admitirá suprimento ou 
complementação. 
Indique as incorretas. 
a) I e II somente. 
b) II e IV somente. 
c) I, III e IV somente. 
d) I, II, III, IV. 
 
7. (OAB/SP — agosto 2005) Flávio possui um 
documento que indica que João lhe deve a 
quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), 
trata-se de um documento simples, assinado 
apenas por João, que confirma o empréstimo 
e o dever de pagamento. Passado o prazo 
para pagamento, sem que João tenha tomado 
qualquer atitude, Flávio promoveu a 
notificação do devedor, que permaneceu 
inerte. O advogado de Flávio promoveu então 
uma ação de rescisão contratual cumulada 
com pedido de indenização por danos morais 
e materiais contra João. O juiz de primeiro 
grau, ao receber a inicial, a indeferiu com 
fundamento no artigo 295, I e IVdo CPC. O 
advogado de Flávio para recorrer dessa 
decisão deverá: 
a) interpor recurso de agravo de instrumento; 
b) opor embargos infringentes; 
c) peticionar pleiteando a reconsideração do 
despacho. Caso a decisão não seja 
reformada, poderá interpor recurso de 
apelação, cujo prazo começará a correr a 
partir da intimação da decisão negando a 
reforma da decisão de indeferimento; 
d) interpor recurso de apelação, sendo 
facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e 
oito) horas, reformar sua decisão. No atual 
CPC, o prazo para juízo de retratação é de 
cinco dias. 
 
8. (OAB/SC — agosto 2006) Contra a decisão 
que indefere a petição inicial cabe o recurso 
de: 
a) embargos infringentes; 
b) agravo, por instrumento; 
c) apelação; 
d) agravo, na modalidade retida. 
 
9. (Juiz de Direito/MG — 2006) Cabem 
embargos infringentes quando o acórdão não 
unânime: 
a) houver reformado, em grau de apelação, a 
sentença terminativa; 
b) for proferido em apelação; 
c) houver confirmado, em grau de apelação, a 
sentença de mérito; 
d) houver reformado, em grau de apelação, a 
sentença de mérito. 
O CPC atual não prevê mais os embargos 
infringentes. 
 
11. (Juiz Federal — 1a Região — 2005) 
Quanto aos recursos é incorreto afirmar: 
a) de toda sentença cabe apelação; 
b) despachos, ainda que não sejam decisões 
interlocutórias, podem ser objeto de agravo se 
possuírem conteúdo decisório; 
c) de acórdão não unânime que houver 
reformado, em grau de apelação, sentença de 
mérito, cabem embargos infringentes; 
d) da decisão que não admitir embargos 
infringentes cabe agravo, em cinco dias, para 
o órgão competente para o julgamento do 
recurso. 
 
12. (OAB/SP — 2007) Em sede de recurso 
extraordinário, a questão constitucional nele 
versada deverá oferecer repercussão geral 
sob pena de: 
a) não ser provido pelo STJ; 
b) não ser provido perante o juízo a quo; 
c) não ser conhecido pelo juízo ad quem; 
d) não ser provido pelo juízo ad quem. 
 
13. (Promotor de Justiça/RS — 2003) Sobre o 
recurso de embargos de declaração, no 
procedimento ordinário, é incorreto afirmar: 
a) Sua interposição suspende o prazo para a 
interposição de outros recursos. 
b) Podem ser interpostos contra decisões 
interlocutórias. 
c) Não estão sujeitos a preparo. 
d) Sua interposição interrompe o prazo para 
interposição de outros recursos. 
e) Excepcionalmente, possuem efeitos 
modificativos. 
 
14. (Promotor de Justiça/SP — 2003) 
Indeferida a petição inicial, por nãoa ter 
emendado o autor, apesar de a tanto instado, 
o recurso apropriado contra a decisão 
indeferitória é: 
a) embargos infringentes, cujo processamento 
se dará sem a ordem de citação do réu, e sem 
possibilidade de retratação do decidido, pelo 
juiz sentenciante; 
b) apelação, cujo processamento se dará 
independentemente de citação do réu, e com 
possibilidade de retratação do decidido pelo 
juiz sentenciante; 
c) agravo de instrumento, cujo processamento 
se dará com a ordem de citação do réu e 
possibilidade de retratação do decidido pelo 
juiz sentenciante; 
d) agravo retido, cujo processamento se dará 
com a ordem de citação do réu e possibilidade 
de retratação do decidido pelo juiz 
sentenciante; 
e) apelação, cujo processamento se dará com 
a ordem de citação do réu, e sem 
possibilidade de retratação do decidido. 
No CPC atual, na apelação contra sentença 
que indefere a inicial, o réu é citado para as 
contrarrazões. 
 
30. (Procuradoria da República — 27o 
concurso — 2013) Relativamente ao recurso 
extraordinário, é correto dizer: 
a) É admissível, desde que a questão 
constitucional suscitada não tenha sido 
apreciada no acórdão recorrido. 
b) O não preenchimento do requisito de 
regularidade formal expresso no artigo 317, 
par. 1o, do RISTF não impede o seu 
conhecimento. 
c) Deixando-se de aludir, em capítulo próprio, 
à repercussão geral do tema controvertido, a 
sua sequência deve ser obstaculizada. 
d) A alegada violação dos postulados do 
devido processo legal e da ampla defesa 
resulta, em regra, em violação direta à 
Constituição Federal. 
 
40. (Titular dos Serviços de Notas e Registros 
— Consulplan — TJMG — 2016) Contra 
decisão proferida pelo relator caberá agravo 
interno para o respectivo órgão colegiado, 
observadas, quanto ao processamento, as 
regras do regimento interno do tribunal. A 
esse respeito, é correto afirmar: 
a) O agravo será dirigido ao relator, que 
intimará o agravado para manifestar-se sobre 
o recurso no prazo fixado pelo regimento 
interno do respectivo tribunal, ao final do qual, 
não havendo retratação, o relator levá-lo-á a 
julgamento pelo órgão colegiado, com 
inclusão em pauta. 
b) É assegurado ao relator limitar-se à 
reprodução dos fundamentos da decisão 
agravada para julgar improcedente o agravo 
interno. 
c) Na petição de agravo interno, o recorrente 
impugnará especificamente os fundamentos 
da decisão agravada. 
d) Quando o agravo interno for declarado 
manifestamente inadmissível ou 
improcedente em votação unânime, o órgão 
colegiado, em decisão fundamentada, 
condenará o agravante a pagar ao agravado 
multa fixada entre um e dez por cento do valor 
atualizado da causa. 
 
43. (Procurador — FCC — Prefeitura de 
Campinas — 2016) Em relação ao recurso 
extraordinário, considere: 
I. Haverá repercussão geral, entre outras 
situações, sempre que o recurso 
extraordinário impugnar acórdão que tenha 
sido proferido em julgamento de casos 
repetitivos. 
II. Para efeito de repercussão geral, será 
considerada a existência ou não de questões 
relevantes do ponto de vista econômico, 
político, social ou jurídico que ultrapassem os 
interesses subjetivos do processo. 
III. Reconhecida a repercussão geral, o relator 
no Supremo Tribunal Federal determinará a 
suspensão do processamento de todos os 
processos pendentes, individuais ou coletivos, 
que versem sobre a questão e tramitem no 
território nacional. 
IV. Negada a repercussão geral, o presidente 
ou o vice-presidente do tribunal de origem 
negará seguimento aos recursos 
extraordinários sobrestados na origem que 
versem sobre matéria idêntica. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, III e IV, apenas. 
b) I, II, III e IV. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II e III, apenas. 
 
48. (Promotor de Justiça Substituto — MPE-
PR — 2017) Sobre o processo nos tribunais e 
os processos de competência originária dos 
tribunais, nos termos do Código de Processo 
Civil, assinale a alternativa correta: 
a) Nos termos do Código de Processo Civil, 
não podem os tribunais rever seus 
posicionamentos, tendo em vista o elemento 
da estabilidade da jurisprudência. 
b) Os enunciados de súmula devem se ater 
apenas aos fundamentos jurídicos dos 
tribunais. 
c) As decisões do Supremo Tribunal Federal 
em controle concentrado de 
constitucionalidade que declaram 
inconstitucional lei ou ato normativo possuem 
mero efeito persuasivo. 
d) Quando o resultado da apelação for não 
unânime, o julgamento terá prosseguimento 
em sessão a ser designada com a presença 
de outros julgadores em número suficiente 
para garantir a possibilidade de inversão do 
resultado inicial, também sendo possível o 
prosseguimento do julgamento na mesma 
sessão, desde que existam julgadores 
suficientes para compor o colegiado. 
e) Nos termos do Código de Processo Civil de 
2015, a assunção de competência tem a 
função de declarar o juízo competente para 
julgar demanda em que dois ou mais juízos se 
consideram competentes. 
 
55. (Escrevente Técnico Judiciário — TJSP — 
VUNESP — 2017) Luís ingressou com uma 
ação contra Mirela. Em 09.03 (sexta-feira), na 
audiência de instrução e julgamento, o juiz 
julgou a ação improcedente, saindo as partes 
intimadas de tal decisão nessa data. Aparte 
sucumbente pretende recorrer da decisão do 
juiz. Levando em consideração que, durante o 
prazo do recurso, não há qualquer feriado, é 
correto afirmar que 
a) Luís deverá interpor recurso de agravo de 
instrumento, e terá, para isso, prazo fatal até 
30.03 (sexta-feira). 
b) Luís deverá interpor recurso de apelação, e 
terá, para isso, prazo fatal até 30.03 (sexta-
feira). 
c) o recurso a ser manejado por Luís é o de 
agravo de instrumento, e ele terá 15 dias úteis 
para fazer tal peça processual, contados a 
partir de 09.03. 
d) Mirela deverá manejar recurso de apelação 
no prazo de 15 dias corridos, contados a partir 
de 12.03 (segunda-feira). 
e) tanto Luís quanto Mirela têm interesse de 
agir no recurso de apelação, e eles terão 
prazo comum de 15 dias úteis, contados de 
12.03 (segunda-feira), para apresentar tal 
peça processual. 
 
56. (JuizSubstituto — TJSP — VUNESP — 
2017) Em matéria recursal, é correto afirmar 
que: 
a) se os embargos de declaração forem 
acolhidos com modificação da decisão 
embargada, ficará automaticamente 
prejudicado o outro recurso que o embargado 
já tiver interposto contra a decisão originária, 
ressalvada a interposição de novo recurso. 
b) do pronunciamento que julgar parcial e 
antecipadamente o mérito, caberá apelação 
desprovida de efeito suspensivo. 
c) a resolução da questão relativa à 
desconsideração da personalidade jurídica 
será sempre impugnável por agravo de 
instrumento. 
d) a apelação devolverá ao tribunal todas as 
questões suscitadas e debatidas, ainda que 
não decididas, mas a devolução em 
profundidade ficará limitada ao capítulo 
impugnado. 
 
59. (Defensor Público — DPE-PR — FCC — 
2017) A respeito da disciplina do agravo de 
instrumento, segundo o Código de Processo 
Civil, 
a) não caberá agravo de instrumento contra 
decisão terminativa que diminui objetivamente 
a demanda. 
b) caberá agravo de instrumento da decisão 
sobre a competência absoluta ou relativa. 
c) as decisões interlocutórias não 
impugnáveis por agravo de instrumento 
tornam-se irrecorríveis, não podendo ser 
impugnadas em nenhum outro momento 
processual. 
d) caberá agravo de instrumento da decisão 
que indefere a produção de prova pericial. 
e) caberá agravo de instrumento da decisão 
que redistribui o ônus da prova.

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