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Técnicas de construção

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TÉCNICAS DE 
CONSTRUÇÃO
Conteúdo:
André Luis Abitante
Alexandre Baroni
Coordenador
© SAGAH EDUCAÇÃO S.A., 2016
Colaboraram nesta edição:
Coordenador técnico: Alexandre Baroni
Capa e projeto gráfico: Equipe SAGAH
Imagem da capa: Shutterstock
Editoração: Luis Carlos Rubina Thomaz
Reservados todos os direitos de publicação à
SAGAH EDUCAÇÃO S.A., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana
90040-340 - Porto Alegre, RS
Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070
É proibida a duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer 
formas ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, gravação, fotocópia, 
distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da empresa.
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
ANDRÉ LUIS ABITANTE
Alexandre Baroni
Coordenador
2016
TÉCNICAS DE 
CONSTRUÇÃO
SUMÁRIO
TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO .................. ...................................7 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................8
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ...............................................................................9
MATERIAIS NATURAIS ................................................................................................ 15
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS NATURAIS ..................................................... 10
MATERIAIS NATURAIS AGREGADOS ..................................................................... 12
ENSAIOS COM AGREGADOS..................................................................................... 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 25
TÉCNICAS DE
CONSTRUÇÃO
8
INTRODUÇÃO
Não se faz uma edificação, por menor que seja, sem utilizar algum tipo de 
material, portanto, parte da qualidade, solidez, durabilidade, custo e até a 
beleza de uma obra, dependem da qualidade e do correto uso dos materiais de 
construção nela empregados. Por isso é necessário que o responsável técnico 
de uma obra tenha em mente a importância de conhecer as propriedades e 
aplicações mais ade¬quadas para cada material, elemento fundamental na 
elaboração de um projeto.
A construção civil consome aproximadamente 75% dos recursos naturais 
extraídos da natureza. A produção destes materiais, o transporte e o seu uso 
compõem os custos e contribuem muito para a poluição global, em geral pela 
liberação de gases do efeito estufa, poluição do ar, e liberação de CO2.
Materiais naturais são aqueles encontrados diretamente na natureza, que 
não exigem tratamentos especiais para poderem ser usados e/ou não 
passam por grande transformação industrial, reduzindo o impacto ambiental 
e contribuindo, por exemplo, para uma construção mais sustentável. Os mais 
utilizados, mundialmente falando, são a areia e as pedras britadas. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final desta unidade você deve apresentar os seguintes aprendizados:
• Relacionar os materiais naturais mais usados atualmente pela indústria da 
construção civil brasileira;
• Identificar as origens e as formas de extração/obtenção destes materiais de 
construção naturais;
• Expressar as principais propriedades físicas (especificações) e os ensaios 
em laboratório adequados para determinação das características de cada 
material natural.
9
MATERIAIS NATURAIS
Os materiais de construção são definidos como todo e qualquer material 
utilizado em uma edificação, desde a locação e infraestrutura da obra até 
a fase de acabamento, passando desde um sim¬ples prego até os mais 
conhecidos materiais, como o cimento.
Os primeiros seres humanos tiveram acesso a apenas um número limitado 
de materiais, naturalmente obtidos, muitos até hoje utilizados, como por 
exemplo: areia, pedras, madeiras, argila, peles, etc. 
CONCEITO: Materiais chamados naturais são todos aqueles encontrados/ 
extraídos prontos para uso ou que passam por processos e tratamentos 
simplificados, como lavagens, polimentos e/ou redução de tamanho.
Com a evolução do homem surgiram necessidades que levaram à transformação 
desses materiais, seja de uma maneira simplificada ou industrial, como 
conhecemos hoje, a fim de facilitar seu uso ou de criar novos produtos a partir 
deles. Alguns materiais, porém, são insubstituíveis (ex.: agregados), além da 
poluição e sustentabilidade estarem atualmente em foco na sociedade. 
A construção de 1,7 milhões de casas com estruturas tradicionais de madeira, 
aço e concreto consome a mesma quantidade de energia que o aquecimento 
e a refrigeração de 10 milhões de casas por ano, de acordo com a Sociedade 
de Pesquisa sobre Materiais Industriais Renováveis (2010).
Os custos ambientais se originam basicamente da fabricação dos materiais. 
A produção de cimento, por exemplo, requer uma quantidade assustadora de 
energia e resulta em poluição da água e do ar, além de resíduos industriais que 
geralmente não são reciclados. A utilização de materiais naturais que exigem o 
mínimo de processamento ou refinamento diminui esses impactos ambientais.
Há opções e maneiras de se construir com materiais renováveis, naturais 
e disponíveis localmente, contrários aos produtos industriais ou artificiais. 
Muitos desses materiais naturais estão disponíveis no mundo inteiro, por 
isso os custos e a poluição associados ao seu transporte são reduzidos. 
10
Para Silva (1985), na hora de escolher os materiais que irá utilizar, mesmo 
que este material seja classificado quanto a sua origem como natural, o 
responsável técnico por uma edifi¬cação deve analisá-los de acordo com os 
seguintes aspectos: 
• Condições técnicas: O material deve possuir propriedades que o tornem 
adequado ao uso que se pretende fazer dele. Entre essas propriedades estão 
a resistência, a trabalhabilidade, a durabilidade, a higiene e a segurança.
• Condições econômicas: O material deve satisfazer às necessidades de sua 
aplicação com um custo reduzido não só de aquisição, mas de aplicação e de 
manutenção, visto que muitas obras precisam de serviços de manutenção depois 
de concluídas e que da manutenção depende a durabilidade da construção.
• Condições estéticas: O material utilizado deve proporcionar uma aparência 
agradável e um conforto ao ambiente em que for apli¬cado.
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS NATURAIS
São as qualidades exteriores que caracterizam e que distinguem os materiais. 
Um determinado material é conhecido e identificado por suas propriedades 
e por seu comportamento perante agentes exteriores. Bauer (2008) define 
algumas das principais propriedades dos materiais dentre as quais podemos 
citar as mais importantes ao nosso estudo: 
• Extensão: a propriedade que possui os corpos de ocupar um lugar no espaço. 
• Massa: a quantidade de matéria é constante para o mesmo corpo, esteja 
onde estiver. 
• Peso: definido como a força com que a massa é atraída para o centro da 
Terra varia de local para local.
• Volume: o espaço que ocupa determinada quantidade de matéria. 
• Massa específica: a relação entre sua massa e seu volume. 
• Peso específico: a relação entre seu peso e seu volume. 
• Densidade: a relação entre sua massa e a massa do mesmo volume de água 
destilada a 4ºC. 
• Porosidade: a propriedade que tem a matéria de não ser contínua, havendo 
espaços entre as massas. 
11
• Dureza: definida como a resistência que os corpos opõem ao serem riscados. 
• Tenacidade: a resistência que o material opõe ao choque ou à percussão. 
• Maleabilidade ou Plasticidade: a capacidade que têm os corpos de se 
adelgaçarem até formarem lâminas sem, no entanto, se romperem. 
• Ductibilidade: a capacidade que têm os corpos de se reduzirem a fios sem 
se romperem. 
• Durabilidade: a capacidade que os corpos apresentam de permanecerem 
inalterados com o tempo. 
• Desgaste: a perda de qualidades ou de dimensões com o uso contínuo. 
• Elasticidade: a tendência que os corpos apresentam de retornar à forma 
primitiva pós a aplicação de um esforço.
Estas propriedadessão fundamentais aos materiais de construção, pois estes 
estão constantemente submetidos a solicitações como cargas, peso próprio, 
ação do vento, entre outros, os chamados esforços. Os principais esforços 
solicitantes aos quais os materiais podem ser submetidos são: 
• Compressão: esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que 
leva a um “encurtamento” do objeto em que está aplicado.
• Tração: esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que leva o 
objeto a sofrer um alongamento na dire¬ção em que o esforço é aplicado.
• Flexão: esforço que provoca uma deformação na direção perpendicular ao 
qual é aplicado.
• Torção: esforço aplicado no sentido da rotação do material.
• Cisalhamento: esforço que provoca a ruptura por cisalhamento. 
12
MATERIAIS NATURAIS AGREGADOS
Materiais granulosos naturais são encontrados na natureza já na forma 
particulada e, se não já com o tamanho aplicável, no máximo são submetidos 
à diminuição de suas dimensões, ou seja, divididos em partículas de formatos 
e de tamanhos mais ou menos uniformes, para função de atuar como material 
inerte nas argamassas e nos concretos aumentando a resistência mecânica e 
o volume da mistura, reduzindo seu custo.
Segundo Petrucci (1970), define-se agregado como o material granular, 
sem forma e sem volume definidos, geralmente inerte de dimensões e de 
propriedades adequadas para a engenharia. Os agregados conjuntamente com 
os aglomerantes, especificamente o cimento (veremos na UA de materiais 
artificiais), formam o principal material de construção brasileiro: o concreto.
MATERIAIS 
DE 
CONSTRUÇÃO
Dureza
Tenacidade
Plasticidade
Porosidade
Desgaste
Massa
Ductibilidade
Volume
Resistência 
aos Esforços
Massa e 
Peso Específico
Figura 01 – Síntese das propriedades dos materiais. Fonte: IFSul.
13
Ao tratarmos de materiais naturais para agregados, compostos por minerais 
– pedras britadas, seixos e areias – fundamentais são as propriedades 
geológicas básicas: massa específica e dureza.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à Massa Unitária
Agregados leves: são os agregados com massa unitária inferior a 1120 kg/m3; 
sua aplicação principal é na produção de concretos leves. Essa menor massa 
é devido a sua microestrutura celular e altamente porosa. Ex.: produtos 
artificiais que serão estudados mais adiante.
Agregados normais: são os agregados com massa unitária entre 1500 e 
1800kg/m3. Ex.: areia lavada de rio, de britas de graníticas e de calcárias, 
entre outras.
Agregados pesados: são os agregados com massa unitária superior a 
1800kg/m3. A maior massa destes agregados é devido à presença dos 
minerais de bário, de ferro e de titânio na estrutura dos agregados. Ex.: barita, 
hematita entre outros.
Quanto à dimensão das partículas – Granulometria
A NBR 7211 classifica os agregados pelo seu tamanho como:
Agregado graúdo: materiais com diâmetro de suas partículas entre 75mm 
e 4,8mm. Exemplo: seixo rolado, cascalho e britas. Esses fragmentos são 
retidos na peneira com malha de abertura de 4,8mm.
Agregado miúdo: materiais com diâmetro de suas partículas entre 4,8mm e 
0,075mm. Exemplos: pó de pedra, areia e siltes. Esses fragmentos passam na 
peneira com malha de 4,8mm de abertura.
AGREGADOS MIÚDOS
Areias
Obtidas da desagregação de rochas, apresentam-se com grãos de tamanhos 
variados. Deve ser sempre isenta de sais, de óleos, de graxas, de materiais 
orgânicos, de barro, de detritos e outros. Podem ser usadas as retiradas de 
rio e ou do solo (jazida). Não devem ser usadas a areia de praia (por conter 
sal) e a areia com matéria orgânica, que provocam trincas nas argamassas e 
prejudicam a ação química do cimento. 
14
Quando proveniente de fontes naturais, a extração do material, na maioria dos 
casos, é feita por meio de dragas e de processos de escavação e de bombeamento. 
Independente da forma de extração, o material passa por processos de lavagem, 
de peneiramento e de classi¬ficação antes de ser comercializado. As areias 
merecem alguns cuidados como você pode ver a seguir:
• Grãos: de todos os tamanhos e de formato anguloso (seja areia grossa, 
média ou fina);
• Limpa: quando esfregada na mão deve ser sonora e não fazer poeira e nem 
sujar a mão.
• Observar também: umidade, pois quanto maior a umidade destas, menor 
será o seu peso específico.
NOTA: é difícil encontrar uniformidade nas dimensões de grãos de areia 
de mesma categoria. Essa desigualdade é conveniente, pois contribui para 
obtenção de melhores resultados em seu emprego, já que diminui o número 
de vazios na massa e o volume de aglomerante a ser usado na mistura, como 
cimento e cal, que são materiais de maior custo.
Substâncias Nocivas: As substâncias nocivas nas areias, não devem exceder 
aos seguintes limites:
• Torrões de argila: 1,5 %;
• Matérias carbonosas: 1,0 %;
• Material pulverulento: passando na peneira nº 200 (abertura da malha 
igual a 0,074mm);
• Impurezas orgânicas: realizado de acordo com a MB-10. Caso a solução 
que esteve em contato com o agregado apresentar coloração mais escura 
que a solução padrão, será o agregado considerado suspeito;
• Não conter terra, o que se conhece por não crepitar ou ranger quando 
apertada na mão, e não turvar a água em que for lançada.
• Outras impurezas: esses limites deverão ser fixados pelo engenheiro fiscal, 
ou técnico da obra; essas impurezas são: micas, detritos vegetais, etc.
15
Procedência das areias:
• Dos rios: mais puras, livres de sais, portanto são as preferidas;
• Do mar: só podem ser usadas, depois de bem lavadas em água doce, 
ou expostas às intempéries em camadas finas, de modo a perder os sais 
componentes.
• De minas: encontram-se à superfície da terra em camadas, em filões ou em 
covas, quando expurgadas de certas impurezas, torna-se melhor que a de rio.
Classificação: quanto ao tamanho de seus grãos, a areia é classificada em 
faixas granulométricas. A classificação da NBR 7225 é apresentada a seguir:
a) Areia fina: de 0,075 a 0,42mm;
b) Areia média: de 0,42 a 1,20mm;
c) Areia grossa: de 1,20 a 2,40mm.
Pó de pedra
É a mistura de pedrisco e filler, pode substituir a areia em algumas aplicações.
Filler
Entende-se por filler como denso pó mineral de grande finura, dimensões 
granulares inferiores a 0,075mm, podendo ser: calcário, pó de pedra, carvão, 
cinzas, etc.
16
Denominação Diâmetro
Bloco de pedra Maior que 1,00 m
Matacão Maior que 25cm
Pedra de mão/rachão Entre 7,60cm e 25cm
Brita Entre 4,80mm e 76mm
Figura 02 – Tabela de classificação dos agregados graúdos. Bauer 2008.
Britas
Conforme visto, são produtos naturais que provêm da desagregação 
(fraturamento) das rochas em britadores e, que após passar em peneiras 
selecionadoras, são classificadas de acordo com sua dimensão média 
(4,80mm a 76,00mm), processo melhor explicado adiante. 
Procedência das britas: O processo de extração da pedra brita começa em 
blocos, que são fragmentos de ro¬chas retirados das jazidas, com dimensões 
maiores (lados) de 1m. A figura a seguir mostra um local de extração de blocos 
de rocha. Esses blocos alimentam o britador primário, que é o equipamento 
responsável pela primeira diminui¬ção de tamanho da rocha. O subproduto 
do britador primário é a bica-corrida primária, que pode ter aplicações 
específicas ou ser encaminhada ao britador secundário para dar continuidade 
ao processo de fabricação de pedras com tamanhos menores. Quando a 
fração maior que 76mm é separada da bica¬-corrida primária, temos um tipo 
específico de pedra conhecido como rachão.
AGREGADO GRAÚDO (OU GROSSO):
É um agregado originado principalmente da britagem ou diminuição de 
tamanho de uma rocha maior, que pode ser do tipo basalto, granito, gnaisse, 
entre outras. O processo de britagem dá origem a diferentes tamanhos de 
pedra que são utilizadas nas mais diversas aplicações. De acordo com a 
dimensão que a pedra adquire depois de fraturada, recebe nomes diferentes, 
classificados resumidamente assim por Bauer (2008):
17
Após a rocha passar pelo britadorsecundário, em que ocorre mais uma 
diminuição de tamanho, temos a bica-corrida secundária. Em algumas 
britagens pode-se ter um terceiro britador. A bica corrida secun¬dária passa 
por uma série de peneiras com diferentes aberturas, que separam o agregado 
conforme o tamanho dos grãos. Os fragmentos de rocha que ficam retidos 
em cada peneira são transportados por meio de correias para as pilhas de 
estocagem, classificadas e correspondentes a cada tamanho.
Figura 03 – Vista geral de uma jazida de basalto
18
Figura 04 – Esquema geral do processo de britagem. Bauer 2008.
Classificação: As britas são comercializadas de acordo com seu diâmetro 
máximo, classificadas por Petrucci (1982) conforme abaixo:
Número Mínimo Máximo
0 4,8 9,5
1 9,5 19
2 19 25
3 25 50
4 50 76
5 76 100
TAMANHO DOS GRÃOS (mm)
Figura 05 – Classificação das britas. Petrucci 1982.
Lavra Furo
Britador Primário
Britador Secundário
Britador Terciário
Peneiras 
de Classificação 
Bica-Corrida Secundária
Bica-Corrida Secundária
Grelha
Separador
de Areia
Areia
Restolho*
*Por se tratar de um resíduo 
de britagem, não há registors 
de imagem deste material
Rachão
Pó de pedra Pedrisco Pedra 1 Pedra 2 Pedra 3 Pedra 4
19
As principais características determinadas para esses agregados são 
granulometria, massa unitária, massa específica e capacidade absorção.
A determinação da granulometria do agregado graúdo é realizada da mesma 
maneira que a realizada para o agregado miúdo, mudando apenas a série de 
peneiras utilizadas (figura 06) e a amostra mínima que deve ser determinada 
pela tabela da figura 07.
Série normal Intermediária (mm)
76 mm
50 mm
38 mm
32 mm
25 mm
19 mm
12,5 mm
9,5 mm
6,3 mm
4,8 mm
2,4 mm
1,2 mm
0,6 mm
0,3 mm
0,15 mm
Figura 06 – Tabela de peneiras, série normal e intermediária. Padrão ABNT.
Dmáx (mm) Massa Mínima (Kg)
4,8 a 6,3 3
9,5 a 25 5
32 a 38 10
Figura 07 – Tabela de amostras mínimas para ensaio. Fonte: ABNT.
20
A determinação da massa unitária do agregado graúdo é realizada da mesma 
maneira que a realizada para o agregado miúdo, já a massa específica pode ser 
feita por imersão de uma amostra de agregado graúdo seco ao ar em uma proveta 
graduada de 1000ml, que contenha cerca de 500ml de água. A massa específica 
é determinada pela divisão da massa da amostra pelo volume de água deslocado.
Brita (bica) corrida 
É a mistura de britas, sem classificação prévia, inclusive com pó de pedra, no 
estado em que se encontra à saída do britador, em que todos os tamanhos 
ainda estão misturados. Chama-se bica primária, quando deixa o britador 
primário (graduação na faixa de 0 a 300mm) e, bica secundária, quando deixa 
o britador secundário (gradua¬ção na faixa de 0 a 76mm).
Rachão ou pedra de mão
É o agregado constituído do material que passa no britador primário com 
grãos de maiores dimensões, sendo retidos na peneira 76mm (pode chegar 
até a 250 mm). 
Qualidades exigidas das britas, bicas e rachões:
a) Limpeza: ausência de matéria orgânica, argila, sais, etc.;
b) Resistência: no mínimo possuírem a mesma resistência à compressão 
requerida do concreto;
c) Durabilidade: resistir às intempéries e às condições adversas;
d) Serem angulosas ou pontiagudas: para melhor aderência.
Cascalho ou Seixo Rolado
De acordo com Bauer (2008), o cascalho é um sedimento fluvial (encontrado 
em leitos de rios) de rocha ígnea formado por grãos de diâ¬metro em geral 
superior a 5mm, podendo chegar a 100mm. Estes grãos são de forma 
arredondada devido ao atrito causado pelo movimento das águas em que se 
encontravam, por este motivo também conhecidos como pedregulho ou seixo 
rolado. Apresenta grande resistência ao desgaste, por já ter sido exposto a 
condições adversas no seu local de origem. 
Devem ser lavados para utilização em concretos como agregado graúdo, 
porém, apresentam em igualdade de condições, maior tra¬balhabilidade e 
menor resistência que os preparados com brita.
21
Denominação Dimensões
FINO De 5 a 15 mm
MÉDIO De 15 a 30 mm
GROSSO Acima de 30 mm
Figura 08 – Classificação dos cascalhos. Fonte: ABNT.
ENSAIOS COM AGREGADOS
ENSAIO 1 - Massa específica (ou massa específica real): é a massa da unidade 
de volume excluindo-se os vazios entre grãos e os permeáveis, ou seja, a 
massa de uma unidade de volume dos grãos do agregado. Sua determinação 
é feita através do picnômetro ou do frasco de Chapman, preferencialmente 
(figura 09). Segundo Petrucci (1970), a massa específica real do agregado 
miúdo fica em torno de 2,65 kg/dm3. 
Determinação da massa específica do agregado miúdo é feita por meio do 
frasco Chapman, seguindo-se o procedimento descrito na NBR 9776/87.
No agregado graúdo, a massa específica real é determinada pelo método da 
NBR 9937. Essa de¬terminação é feita por meio da pesagem hidrostática de 
um cesto com agregado. É feita uma pesagem da amostra de agregado fora 
da água e, após, o agregado é pesado submerso na água. Dentro da água, o 
peso da amostra é menor em função da força de empuxo, que é igual ao peso 
do volume de água deslocado. O volume de água deslocado é o volume das 
pedras submersas. Dessa forma, determinamos o volume real do agregado. 
ENSAIO 2 - Massa unitária (específica aparente): é o peso da unidade 
de volume, incluindo-se os vazios contidos nos grãos. É determinada 
preenchendo-se um recipiente paralepipédico de dimensões bem conhecidas 
com agregado deixando-o cair de uma altura de 10 a 15cm. É também 
chamada de massa unitária. A areia, no estado solto, apresenta o peso unitário 
em forma de 1,50kg/dm3. A determinação é feita através do ensaio descrito 
na NBR 7251/1987.
ENSAIO 3 - Teor de umidade: é a relação da massa de água absorvida pelo 
agregado que preenche total ou parcialmente os vazios, e a massa desse 
agregado quando seco. Sua determinação é feita, principalmente por meio 
22
da secagem em estufa; método da queima com álcool; método do speedy; 
frasco de Chapman, entre outros. O método mais prático para determinação 
em obras e em controle de qualidade é o método do speedy test, por se 
constituir de um método rápido e prático de ser feito no canteiro de obras. 
Se a areia estiver úmida, por exemplo, e não se determinar essa umidade, 
a água incorporada à areia vai alterar o fator água/cimento do concreto, o 
que causa danos à resistência dele. Conhecendo o teor de umidade, pode-se 
corrigir a quantidade de água a ser adicionada ao concreto, pois já se terá 
conhecimento a respeito da quantidade de água que está incorporada à areia.
Normas para determinação:
• Determinação da umidade superficial do agregado miúdo por meio do frasco 
de Chapman (NBR 9775/1987);
• Determinação da umidade superficial do agregado miúdo por secagem em 
estufa (NBR 9939/1987).
ENSAIO 4 - Inchamento: é a propriedade dos agregados miúdos de 
aumentarem de volume com o aumento da umidade, o que provoca o 
afastamento entre os grãos, pela aderência da água à superfície dos 
agregados, um incha¬mento do conjunto. Esse aumento de volume ocorre 
até determinado teor de umidade acima do qual o inchamento permanece 
praticamente constante. Esse teor de umidade é chamado Umidade Crítica 
(hcrit). Para determinação do Inchamento de Agregado Miúdo, você deve 
seguir o procedimento descrito na NBR 6467. A determinação do inchamento 
é fundamental para a medição dos traços de concreto em volume e para a 
determinação do volume das padiolas de medição de areia.
ENSAIO 5 - Granulometria: é a proporção relativa, em porcentagem, dos 
diferentes tamanhos dos grãos que constituem o agregado. A composição 
granulométrica tem grande influência nas propriedades das argamassas e 
dos concretos. É determinada através de peneiramento, com peneiras de 
determinada abertura constituindo uma série padrão (ABNT).
A granulometria determina também mais dois parâmetros importantes. 
A dimensão máxima característica ou diâmetro máximo do agregado 
correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira 
da série normal ou intermediária,na qual o agregado apresenta uma 
porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em 
massa. Outro índice importante determinado pela granulometria é o módulo 
23
de finura, que é a soma das porcentagens retidas acumuladas nas peneiras 
divididas por 100.
Na tabela 06, foram apresentadas as peneiras da série normal para 
determinação da granulometria do agregado miúdo, que de acordo com 
a NBR 7217, são as da malha 4,8mm a 0,15mm. Deve-se utilizar uma 
amostra mínima de 0,5kg para a análise de agregado miúdo. A amostra para 
peneiramento de agregado graúdo varia entre 3 e 30kg, dependendo do 
diâmetro máximo do agregado.
O ensaio granulométrico é preconizado na NBR 7211. As diferenças principais 
do ensaio entre agregado miúdo e graúdo estão nas aberturas das peneiras 
utilizadas e no tamanho da amostra peneirada. 
ENSAIO 6 - Resistência à abrasão: A resistência à abrasão é à resistência 
ao desgaste superficial sofrido pelo agregado é determinada pelo método 
descrito na NM 51. Esse ensaio também é chamado de abrasão “Los Angeles”, 
pois esse é o nome dado ao aparelho onde se realiza o ensaio. A amostra é 
colocada num cilindro oco, juntamente com bolas de ferro fundido. O cilindro 
é girado por um tempo determinado, provocando o choque das esferas com o 
agregado e entre agregados. Após a amostra é peneirada na peneira 1,7mm e 
a porcentagem do material passante em relação à massa da amostra original 
é o resultado do ensaio. Para aplicação em concretos e em pavimentos 
rodoviários, essa porcentagem não deve ultrapassar 50% e, para lastros de 
ferrovias, a porcentagem máxima é de 40%. 
ENSAIO 7 - Resistência ao esmagamento: É determinada pelo ensaio 
descrito na NBR 9938, que consiste em submeter o agregado a um determi-
nado esforço de compressão, capaz de causar fraturamento dos grãos. A 
amostra submetida ao ensaio é peneirada na peneira 2,4mm e o peso retido, 
expresso em porcentagem da amostra inicial, constitui o resultado do ensaio. 
Agregados que serão utilizados na confecção de pavimentos rodoviários 
devem ter uma boa resistência ao esmagamento, pois são constantemente 
submetidos a esforços de compressão de diferentes magnitudes.
ENSAIO 8 - Formato dos grãos: De acordo com Bauer (2008), os grãos de 
agregados não têm forma geometricamente definida. Quanto à relação entre 
as dimensões “c” (comprimento), “l” (largura) e “e” (espessura), os agregados 
graúdos são classificados de acordo com a tabela:
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Normalmente, os agregados naturais têm grãos cuboides, de superfície 
arredondada e lisa, contrárias às superfícies angulosas e extremamente 
irregulares dos grãos dos agregados industrializados, o que torna a mistura 
com agregados naturais mais trabalháveis que com os industrializados. 
Assim, concretos com agregados de britagem exigem 20% mais de água 
de amassamento que os preparados com agregados naturais, porém tem 
maior resistência ao desgaste e à tração devido à maior aderência entre os 
grãos e a argamassa. 
Grãos irregulares têm maior superfície específica que os cuboides e têm 
o inconveniente de poderem ficar presos entre as barras de armação do 
concreto armado resultando em enchimento irregular da fôrma. Quando se 
aumenta a porcentagem de grãos lamelares e alongados, o concreto perde 
trabalhabi-lidade. Por outro lado, os grãos irregulares devido a sua forma e 
textura superficial, apresentam maior aderência da argamassa, resultando 
em maior resistência para um mesmo traço do que os constituídos com grãos 
cuboides e de superfície lisa.
Dependendo da aplicação existem limitações quanto ao formato dos grãos, 
como no caso de agregados para pavimentos rodoviários, que podem ter no 
máximo 10% de grãos irregulares, já o agregado para lastro ferroviário deve 
ter no mínimo 90% de seus grãos com formato cuboide.
O tipo de rocha também influencia o formato do grão. O granito produz grãos de 
melhor forma que o basalto, que produz grande quantidade de grãos lamelares.
Normais Lamelares Discóides Planos
FORMATO DOS GRÃOS
Figura 19 – Relação entre lados do agregado graúdo. Bauer 2008.
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concreto. Rio de Janeiro: 2009. 
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composição granulométrica. Rio de Janeiro: 1987. 
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qualidade de agregado miúdo. Rio de Janeiro: 1987. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7225: Materiais de pedra e 
agregados naturais. Rio de Janeiro: 1993. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9776: Agregados - 
Determinação da massa específica de agregados miúdos por meio do 
frasco Chapman - Método de ensaio. Rio de Janeiro: 1987. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9938: Agregados - 
Determinação da resistência ao esmagamento de agregados graúdos - 
Método de ensaio. Rio de Janeiro: 1987. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9937: Agregados - 
Determinação da absorção e da massa específica de agregado graúdo - 
Método de ensaio. Rio de Janeiro: 1988. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NM 45: Agregados - Determinação 
da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro: 2006. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NM 46: Agregados - Determinação do 
material fino que passa através da peneira 75 um, por lavagem. Rio de Janeiro: 2003. 
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de abrasão “Los Ángeles”. Rio de Janeiro: 2001. 
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Alegre: Globo, e1975. p. 262-304.
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YAZIGI, W. A técnica de edificar. 10. ed. São Paulo: Pini, 2009.
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TÉCNICAS DE 
CONSTRUÇÃO
Conteúdo:
André Luis Abitante
Alexandre Baroni
Coordenador

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