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INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES

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Infecções de vias aéreas superiores (IVAS)
Iara Portela
2
introdução:
→ Predominantemente Viral.
→ Principais problemas de Saúde na Criança.
→ Incidência é Inversamente Proporcional à Idade.
→ Responsáveis por 40 a 60% das Consultas Pediátricas.
→ Principal motivo para o Uso de Antibióticos na Criança.
→ Crianças < 5 anos de idade apresentem entre 4 e 14 Episódios de IVAS.
imunologia:
→ Colonização da Nasofaringe.
→ Proteção do Trato Respiratório.
→ Lesão Celular causada pelos Vírus.
→ Ausência de Anticorpos Específicos.
epidemiologia:
→ Sazonalidade Bem Definida.
→ Frequência em Creches é um Grande Fator de Risco para o Aumento das Infecções Respiratórias.
→ A transmissão ocorre basicamente por três vias mais importantes: 
- Micropartículas por meio de Aerossóis.
- Partículas Grandes por meio de Aerossóis por contato direto com doente contaminado.
- Contato pelas Mãos diretamente no Indivíduo Contaminado ou Indiretamente por meio de Superfícies.
→ Fatores de risco:
- Intrínsecos: Idade, Sexo Masculino, Atopia, Deficiência Imunológica, Anomalias no Palato, Anomalias Craniofaciais, Predisposição Genética.
- Extrínseco: Estação do Ano, IVAS, Frequência à Creche, Irmãos mais Velhos, Fumo Passivo, Uso de Aleitamento Artificial, Chupeta.
resfriado comum (CASO LEVE):
→ Infecção Respiratória Alta com Congestão Nasal, Rinorréia e Inflamação na Garganta.
→ Patologia Benigna que gera Grande Problema Econômico:
- Diversas Visitas ao Médico.
- Consumo de grande número de medicamentos.
→ Duração dos sintomas: 5 (50%) - 10 dias.
Sintomas:
- Espirro.
- Tosse Seca.
- Febre Baixa (38˚ Graus). 
- Irritabilidade.
- Congestão Nasal.
- Diminuição do Apetite.
- Dificuldade para Dormir.
tratamento:
CRIANÇA A 1 dia com Febre e Resfriado (Sintomático):
- Dipirona.
- Paracetamol.
- Hidratar Bem.
- Manter a Alimentação Rotineira.
- Intensificar a Lavagem Nasal com Soro Fisiológico (3 a 5 vezes ao dia).
DEPOIS DE 48 HORAS SE A CRIANÇA NÃO MELHORAR OU CONTINUAR COM FEBRE OU NÃO ESTIVER ACEITANDO COMIDA PELA BOCA, ESTEJA COM SINAIS DE DESIDRATAÇÃO E SONOLENTA, DEVE-SE RETORNAR AO HOSPITAL, SERÁ USADO ANTIBIÓTICO.
Crupe viral:
→ Clínica: Estridor respiratório (Qualquer Fase da Respiração), pode estar associado a Desconforto Respiratório.
→ Terapêutica: Depende da Avaliação Clínica.
→ Exames complementares: Pouco Importante/Não deve retardar o tratamento.
→ Sat O2: Alteração quando há falência Respiratória Iminente.
etiologia e epidemiologia:
- Etiologia Viral é mais comum.
- Crianças > 5 anos: M. Pneumoniae.
- Laringotraqueobronquite: 90% dos casos de Estridor.
- Incidência: 1 a 6 anos (Pico 18 meses), mais comum no Sexo Masculino.
PATOGÊNESE:
- Nasofaringe ▬ Epitélio Respiratório ▬ Laringe ▬ Traqueia ▬ Árvore Bronco Alveolar.
- Inflamação Difusa, Eritema e Edema das Paredes da Traqueia e Alteração da Mobilidade das Cordas Vocais.
diagnósticoS:
QUADRO Clínico:
- Rinorréia Clara, Faringite, Tosse Leve e Febre Baixa.
- Laringite, Laringotraqueite, Laringotraqueobronquite.
- Insuficiência respiratória e Aumento da Temperatura Corpórea.
- Sintomas: Rouquidão, Tosse Ladrante, Estridor Predominantemente Inspiratório, Graus Variados de Desconforto Respiratório.
- Quadros Recorrentes: Excluir Outras Etiologias (Refluxo Gastresofágico, Papilomatose de Laringe, Estenose Laringotraqueal, Anormalidades Congênitas).
- Casos Graves: Aumento da FC e FR, TIC, BAN, Cianose, Agitação Psicomotora, Sonolência.
- Achado no Raio X: Obstrução da Coluna de Ar na Traqueia.
 
diagnósticoS DIFERENCIAIS:
- Taqueíte Bacteriana.
- Edema Angioneurótico.
- Mononucleose Infecciosa.
- Supraglotite Infecciosa (Hib).
- Abscesso Retrofaríngeo ou Peritonsilar.
- Aspiração de Corpo Estranho (Comum).
tratamento:
- Manter as Vias Aéreas Patentes.
- Manter o Paciente Calmo Sem Chorar.
- Corticosteroides de Ação Bifásica (Efeito Anti-Inflamatório e Vasoconstrictor com Redução da Permeabilidade Vascular).
- Adrenalina: Estímulo Alfa-Adrenérgico.
· Constrição dos Capilares Alveolares.
- Internação: Toxemia, Desidratação ou Incapacidade de Ingerir Líquidos, Estridor Significativo ou Retração em Repouso, Ausência de resposta à adrenalina após 2 horas da sua administração.
- Intubação: Depende do Grau. Tubo sempre meio centímetro menor do que o habitual. Saturação Baixa.
rinossinusite alérgica (COMUM):
→ Inflamação Crônica da Mucosa Nasal e Seios Paranasais causada por Reações Mediadas pela IgE Específica para determinados Alérgenos.
RINITE:
- Problema Comum na Infância e Adolescência.
- Impacto Negativo (Aspecto Físico, Social ou Psicológico).
sintomaS:
- Prurido.
- Obstrução Nasal.
- Espirros em Salvas.
- Rinorréia Não Purulenta frequentemente relacionada ao Gotejamento Pós Nasal.
classificação:
 fisopatologia
Fase 1: Sensibilização:
- Primeiro contato.
- As Células produzem Macrófagos e Células Dendríticas e estimulam as células T a produzirem IL3 e IL4 que gerará IgE Alérgeno Específico.
Fase 2: Resposta Alérgica:
- Reexposição IgE produz Histamina, Citocinas, TNF, Prostaglandinas D2, Leucotrienos.
- Gera os Sintomas Alérgicos.
diagnÓstico:
QUADRO Clínico: 
- Principais Sintomas:
· Prurido.
· Rinorréia.
· Prurido Local.
· Obstrução Nasal.
· Espirros em Salva.
· Lacrimejamento Ocular.
· Algumas vezes, Gotejamento Pós Nasal.
- História Clínica (Pessoal e Familiar):
· Sono.
· Início.
· Intensidade.
· História ambiental.
· Qualidade de Vida.
· Desempenho Escolar.
· Duração dos Sintomas.
· História Familiar de Atopia.
· Fatores Desencadeantes ou Agravantes.
- Exame Físico:
· Olheiras.
· Sinal de Dennie-Morgan (Prega Abaixo do Nariz e do Olho).
· Vinco na Linha Média do Nariz.
· Rinoscopia Anterior: Pode-se visualizar uma Mucosa Pálida, bem como a Hipertrofia dos Cornetos e Presença de Rinorréia Hialina ou Purulenta (Infecções Secundárias).
Métodos Complementares: 
- Elevação do IgE Total Sérico.
- Aumento da Eosinofilia no Hemograma.
- Teste Cutâneo de Hipersensibilidade Imediata.
- Avaliação dos Níveis de IgE Específicos aos Alérgenos Suspeitos.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
- Tumores.
- Granuloma.
- Corpo Estranho.
- Desvio de Septo.
- Defeitos Ciliares.
- Rinossinusite Infecciosa.
- Hipertrofia de Adenoide.
tratamento:
- Mudança no Estilo de Vida:
· Evitar Alérgenos.
· Lavagem nasal com Solução Salina Diariamente.
- Anti-histamínico Anti-H1: 
· Alívio dos sintomas de Prurido, Espirro e Congestão Nasal.
- Sintomas Leves:
· Anti-Histamínicos Tópicos Nasais ou Orais Não Sedativos, por 7 dias.
- Sintomas moderados a graves:
· Profilaxia com Corticosteroides Nasais por 8 semanas, associado a um Anti-Histamínico Oral por 28 dias.
· Se associado a Asma: Associar Antileucotrienos.
· Se não houver controle dos sintomas se faz Imunoterapia Alérgeno Específica.
influenza:
epidemiologia:
- Altamente Contagioso:
· Gotículas ou Contato Direto com objetos contaminados recentemente por Secreções Nasofaríngeas.
diagnÓstico:
Quadro Clínico:
- Incidência de Padrão Sazonal em áreas de clima temperado.
- Tríade (Febre, Tosse e Rinorréia).
- Tempo da Doença: 3 a 7 dias.
- Complicação:
· Mais Frequentes: Pneumonia, Otite Média Aguda Sinusite.
· Outras: Miocardite, Miosite, Complicações Neurológicas.
- Depende da idade do paciente:
· Primeiros meses de vida: Bronquiolite, Laringite, Ou Quadro semelhante a Sepse Bacteriana.
· Crianças < 5 anos: Febre e Sinais de IVAS. Pode envolver o Trato Respiratório Inferior.
· Crianças > 5 anos e Adultos Jovens: 
· Tosse.
· Rinite.
· Fadiga. 
· Mialgia.
· Cefaleia. 
· Calafrios.
· Anorexia.
· Febre Alta.
· Tosse Seca.
· Congestão Nasal.
· Dor de Garganta.
· Podem ocorrer Sintomas Gastrointestinais (Vômitos, Dor Abdominal, Diarreia).
Quadro Clínico E LABORATORIAL:
- Impreciso.
- Profissional da Saúde deve ter conhecimento da sazonalidade.
- Baseado no Tripé:
· Epidemiologia.
· Testes Laboratoriais. 
· Quadro Clínico (Início Súbito, Febre, Tosse e Comprometimento Sistêmico).
- Diagnóstico Laboratorial:
· Cultura Viral (Usasse Secreção Nasal ou Traqueobrônquica).
· Teste Sorológico.
· Detecção de Antígenos Virais (PCR).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
vacinação:- Indígenas.
- Gestantes.
- Maiores de 60 anos.
- Crianças de 6 meses a 2 anos.
- Trabalhadores da Área da Saúde.
Tratamento:
coqueluche:
→ Alta Incidência.
→ Tosse prolongada. 
→ Sintomas Variados.
→ Grave em Crianças < 1 ano.
→ Alta Transmissibilidade: Taxa Ataque 90%.
→ Infecção de Bordetella Pertussis (Bactéria) no trato respiratório.
epidemiologia:
- Controle: Desafio até para Países Desenvolvidos.
- A Imunização diminui até 90% da incidência e mortalidade.
etiologia:
- Bordetella Pertussis: Coco Bacilo G-, isolado apenas em humanos, tropismo pelo Trato Respiratório.
- Transmissão:
· Gotículas de Saliva eliminadas durante Acesso de Tosse.
· Duração dos sintomas: 5 dias até 3 semanas (Sem Tratamento).
diagnÓstico:
quadro clínico:
- Fase 1: Inicialmente semelhante a um Resfriado Comum.
- Fase 2: Pode ter Febre Baixa a Moderada.
- Fase 3: Após 7 a 10 dias: Tosse Paroxística.
- Crianças < 6m: Tosse há mais de 10 dias associada a pelo menos um sinal/sintoma típico (Tosse Paroxística, Guincho Inspiratório, Vômitos Pós Tosse, Cianos, Apneia ou Engasgo).
- Crianças ≥ 6m: Tosse há mais de 14 dias + Sintomas Típicos.
- Qualquer Indivíduo com Contato Próximo com caso confirmado de Coqueluche pelos Critérios Laboratoriais.
HEMOGRAMA COM LEUCOLINFOCITOSE NÃO É DETERMINANTE NA CONFIRMAÇÃO/DESCARTE DE CASO SUSPEITO, POIS SITUAÇÃO VACINAL PODE INFLUENCIAR SEU RESULTADO.
quadro clínico E EPIDEMIOLÓGICO:
- Caso Suspeito, contato de caso confirmado por Cultura ou PCR no período de Transmissibilidade.
quadro LABORATORIAL:
- PCR + Em Caso Suspeito.
- Cultura + Em Indivíduos com Tosse.
diagnÓstico diferencial:
- Adenovírus.
- Chlamydia Trachomatis.
- Chlamydia Pneumoniae.
- Bordetella Parapertussis.
- Mycoplasma Pneumoniae.
complicações:
- Hérnias.
- Epistaxe.
- Enfisema.
- Convulsão.
- Atelectasia.
- Hipoglicemia.
- Pneumotórax.
- Prolapso Retal.
- Distúrbios Eletrolíticos.
- Broncopneumonia (Mais Frequente).
tratamento:
- Maiores de 1 ano Sem Complicações:
· Tratar em Domicílio.
· Salientar a importância da Hidratação e da Nutrição.
- Menores de 1 ano:
· Tratamento Hospitalar.
· Apresenta Complicações com Frequência.
- Quimioprofilaxia:
· Realizar nos Sintomáticos e Portadores.
· Antimicrobiano: Azitromicina ou Eritromicina ou Claritromicina.
otite média agudA:
→ Autolimitada e com Baixa Incidência de complicações e mortalidade.
→ É uma das razões mais frequentes de visitas aos médicos em crianças menores de 15 anos de idade.
→ Infecção com desenvolvimento rápido de sinais e sintomas de Inflamação Aguda na Cavidade da Orelha Média.
→ 80% dos casos apresentam Evolução Favorável com Resolução Espontânea, independente da adesão ao tratamento ou do tipo de medicação.
→ Presença de Líquido (Efusão) preenchendo a Cavidade da Orelha Média sob pressão, com início Abrupto dos sinais e sintomas causados pela Inflamação dessa região.
fatores de risco:
- Relacionados ao Hospedeiro:
· DRGE.
· Alergia.
· Etnia e Sexo.
· Fenda Palatina.
· Discinesia Ciliar.
· Imunodeficiência.
· Síndrome de Down.
· Suscetibilidade Genética.
· Malformações Craniofaciais.
· Uso de mamadeiras e Chupetas.
· Idade (< de 6 meses: Recorrência).
- Fatores Ambientais:
· Meses mais Frios (Inverno): IVAS.
· Creches e Berçários.
- Fatores Protetores:
· Aleitamento Materno. 
patogênese:
- Mais prevalente no Lactente e na Criança Pequena por causa dos Fatore Anatômicos e Imunológicos.
- Processo infeccioso (IVAS) + Determinado Grau de Disfunção da TA + Deficiência do Sistema Imunológico.
microbiologia:
- Exame Padrão Ouro: Cultura do Fluido da Orelha Média.
- Vírus Respiratório e/ou Infecção Bacteriana no espaço da Orelha Média.
- Os achados Clínicos facilitam na identificação do microrganismo.
- 50 a 90% das Bactérias (Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus Influenzae Não Tipável, Moraxella Catarrhalis).
sinais e sintomas:
- Febre.
- Diarreia.
- Irritabilidade.
- Abaulamento.
- Otorréia Aguda.
- Choro Excessivo.
- Diminuição do Apetite.
- Diminuição da Mobilidade.
- Alterações do padrão de sono.
- Alterações de Comportamento.
- Otalgia (Manipulação da Orelha).
- Bilateralidade (Doença mais Grave). 
- Otorréia Espontânea (Certeza da Patologia).
- Membrana Timpânica com Hiperemia ou Opacidade.
diagnóstico:
- Criança Chorando pode levar a uma Hiperemia da Membrana Timpânica e gerar um Diagnóstico Errôneo de OMA.
- Cuidado para Não com confundir com a Otite Externa (Otite de Verão):
· Ausência de Febre.
· Sem História Pregressa de IVAS.
· Relação Causa/Efeito: A Orelha da Criança esteve em contato com Água de Mar ou Piscina. 
quadro clínico:
- Anamnese.
- Exame Físico: Otoscopia.
tratamento:
- 80% de Resolução Espontânea. 
- Antibiótico de escolha: Amoxicilina.
· Crianças < 6 anos com OMA Leve, entre 5 e 7 dias.
· Crianças entre 2 e 5 anos de idade com OMA Moderada: 7 dias.
· Crianças > de 2 anos com Sintomas Graves: 10 dias de tratamento.
· Alérgicos à Penicilina: Macrolídeo ou Clindamicina.
· Há menos de 30 dias: Associar Clavulonato.
· OMA Recorrente: Não Usar Antibiótico Profilático.
- Tubo de Ventilação: OMA Recorrente (3 episódios em 6 meses, ou 4 em 1 ano, com 1 dos episódios nos últimos 6 meses).
otite média COM EFUSÃO:
→ Inflamação da Orelha Média com uma Coleção de Líquido ou Efusão Retro Timpânica, sem sinais ou sintomas de Infecção Aguda e Sem Perfuração da Membrana Timpânica.
→ Considerada um Continuum da Otite Média Aguda:
- 70% das Crianças podem apresentar Efusão na Orelha Média após 2 semanas.
- 40% após 1 mês.
- 10% após 3 meses à OME Crônica.
fatores de risco:
- Relacionados ao Hospedeiro:
· DRGE.
· Alergia.
· Etnia e Sexo. 
· Fenda Palatina.
· Discinesia Ciliar.
· Imunodeficiência.
· Síndrome de Down.
· Suscetibilidade Genética.
· Malformações Craniofaciais.
· Uso de mamadeiras e Chupetas.
· Idade (< de 6 meses: Recorrência).
- Fatores Ambientais:
· Meses mais Frios (Inverno): IVAS.
· Creches e Berçários.
- Fatores Protetores:
· Aleitamento Materno.
ETIOpatogênese:
- Multifatorial:
· Alergias.
· Disfunção da Tuba Auditiva.
· Microrganismos Virais ou Bacterianos.
· Alterações Anatômicas ou Craniofaciais Predisponentes.
diagnóstico:
- Presença de Efusão na Orelha Média sem sinais e sintomas de uma Infecção Aguda (Abaulamento e Hiperemia da Membrana Timpânica, Febre e Otalgia).
- Apresentação:
· Silenciosa: Hipoacusia Condutiva Leve e Não Perceptível.
· Sintomática: Hipoacusia mais importante, Com ou Sem Zumbido ou Instabilidade do Equilíbrio.
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO:
- História Natural:
· Boa Evolução.
· Efusão Desaparece Espontaneamente, Sem Intervenção Ativa (75 a 90% em 3 meses).
- Quanto mais tempo Persistir a Efusão:
· Menor será a chance de resolução.
· Maior a possibilidade de intensificar a Hipoacusia Condutiva (Alterações Estruturais da MT).
- Persistência da OME (Otoscopia + Avaliação Audiométrica) à Tratamento Cirúrgico:
· Crianças Suscetíveis com Problemas Anatômicos.
· Crianças que Sofrem de Qualidade de Vida Baixa ou com Estado de Saúde Funcional Inadequado.
· Crianças Sob o Risco de Atraso na Fala, na Linguagem, no Aprendizado ou no Desenvolvimento.
O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO OU CIRÚRGICO PODE NÃO CURAR DEFINITIVAMENTE A OME, O QUE PODE CURAR DEFINITIVAMENTE É O DESENVOLVIMENTO E A MATURAÇÃO DA TA E DO SISTEMA IMUNE.
rinossinusite INFECCIOSA:
→ Ocorre com Frequência na Criança.
→ Uma das causas mais frequentes de consulta ao médico ou de Absenteísmo Escolar;
→ Crianças com IVAS entre 6 meses a 3 anos: 8% Evoluem para Rinossinusite Aguda Bacteriana;
→ Complicações:
· Não Frequente, mas Grave.
· Classificada: Orbital, Intracraniana e Óssea.
→ 50% dos casos de Rinossinusite Aguda (RSA) Não Tratados melhoram Espontaneamente em até 4 semanas do Início do Quadro.
→ Inflamação da Mucosa Nasussinusal, podendo ser classificada, de acordo com a duração dos sintomas, em Aguda (até 12 semanas), Recorrente (6 ou mais Episódios Agudos ao ano, sem sintomas nas Inter Crises) e Crônica (Mais de 12 semanas).
sinais e sintomas:
- Tosse e Dor/Pressão Facial podem estar Associados (Oroscopia).
- Presença de 2 ou mais sintomas, sendo que umdeles deve ser a Obstrução/Congestão Nasal ou Secreção Nasal Anterior/Posterior;
Classificação (Rinossinusite Aguda - RSA):
diagnóstico:
- Cultura não é necessária na RSA Não Complicada.
- Radiografia Simples não é recomendada para o diagnóstico da RSA.
- Exame de Imagem (TC): Sintomas Persistentes após tratamento adequado, Recorrentes ou Com Complicações.
quadro clínico:
- Anamnese. 
- Exame Físico: Exame Endoscópico Nasal, presença de Secreção Mucopurulenta do Meato Médio e/ou Edema de Mucosa no Meato Médio e/ou Pólipos Nasais.
diagnÓstico diferencial:
- Corpos Estranhos Nasais e Atresia de Coana Unilateral:
· Sintomas geralmente Unilaterais, facilmente diferenciados por meio da História Clínica e do Exame Endoscópico Nasal.
- Rinite Alérgica:
· Em Geral, não apresenta Rinorréia Purulenta ou Febre.
- Adenoidite:
· Pode ter Quadro Clínico muito semelhante, com Secreção Nasal ou Posterior, Purulenta, Febre ou Tosse, dificultando, muitas vezes, o diagnóstico correto.
BACTERIOLOGIA:
- Moraxella Catarrhalis.
- Streptococcus Pneumoniae.
- Haemophilus Influenzae Não Tipável.
- Streptococcus Beta-Hemolítico do grupo A e S. Aureus.
tratamento:
- Associar Corticoide Tópico Intranasal.
- 50% das crianças evoluem com Cura Espontânea.
- Amoxicilina (Casos Leves, por 7 a 10 dias), Amoxicilina + Clavulonato (Casos Graves, por 14 dias), Cefalosporinas.
- ATB Empírico ▬ Considerar a gravidade da Doença e o uso recente de Antibióticos.
- Antibioticoterapia: Indicada para Resolução mais Rápida dos sintomas e para se Evitar Complicações Orbitárias ou Intracranianas.
TONSILITE E FARINGITE:
→ Dor de Garganta é a 3 maior queixa entre pacientes que procuram Serviços de Emergência.
→ Tonsilites e Faringites Agudas:
- 5% das Consultas Médicas.
- Ocorrência Frequente e Autolimitadas (3 a 4 dias).
- Ocasionalmente, podem Desenvolver Complicações.
- Principalmente Viral (Exceção: Estreptococo Beta-Hemolítico do Grupo A-EBHGA).
- Causa de Prescrição Inadequada de Antibióticos (Iatrogênia, Custo, Resistência Bacteriana).
PRODUÇÃO DE IMUNOGLOBULINAS: IMPEDEM A REPLICAÇÃO BACTERIANA E VIRAL NO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR, REPRESENTANDO A PRIMEIRA LINHA DE DEFESA CONTRA DOENÇAS INFECCIOSAS.
INCIDÊNCIA:
- Infecções Virais: 75% dos casos < 3 anos.
- Transmissão por meio de Gotículas de Saliva.
- EBHGA: 24% em Crianças entre 2 e 12 anos de idade.
ETIOLOGIA:
- EBHGA: Principalmente de 3 - 15 anos.
- Crianças < 3 anos: Principalmente Viral (Proteção fornecida pela IgG Materna).
- Anamnese + Exame físico: Sugerem a Origem Viral ou Bacteriana.
diagnóstico:
- Clínico.
- Epidemiológico.
- Exame Complementar: Cultura (Padrão Ouro) ou Teste Rápido de Detecção do Antígeno Estreptocócico.
Complicações das infecções por EBHGA:
- Supurativas: Abscesso Peritonsilar, Abscesso Retro Faríngeo, Adenite/Abscesso Cervical.
- Não Supurativas: Febre Reumática e Glomerulonefrite Aguda - 1 a 3 semanas após a Infecção.
AS DIRETRIZES MAIS RECENTES CONTRAINDICAM A REALIZAÇÃO DO TESTE DA ANTIESTREPTOLISINA O (ASLO), PROTEÍNA C REATIVA E LEUCOGRAMA PARA O DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO PELO EBHGA.
tratamento:
TRATAMENTO clínico:
- Tonsilites e Faringites Virais:
· Sintomáticos: Analgésicos/Antitérmicos e Hidratação.
- Tonsilites e Faringites Bacterianas:
· Antibióticos:
· Encurta a Fase Aguda da Doença.
· Diminui o Potencial de Transmissão.
· Reduz o Risco de Sequelas Supurativas e Não Supurativas associadas às Infecções por EBHGA.
· 1 Escolha: Penicilina (V Oral ou G Benzatina IM) ou Amoxicilina por 10 dias.
· Alérgicos à Penicilina: Cefalexina, Cefadroxila, Azitromicina, Claritromicina.
TRATAMENTO cirúrgico:
- Tonsilectomia Com ou Sem Adenoidectomia.
- Atualmente: Realizado mais por OVAS do que por Infecções Recorrentes.
- Indicações: 
· Hiperplasia das Tonsilas Palatinas.
· Faringotonsilites Recorrentes (7 Episódios em 1 ano, 5 Episódios por ano em 2 anos Consecutivos ou 3 Episódios por ano em 3 anos Consecutivos).
MONONUCLEOSE INFECCIOSA:
- Acomete principalmente adolescentes.
- Infecção causada por Vírus Epstein Bar Vírus.
- Agente Altamente Linfotrópico ▬ Edema Difuso dos Tecidos Linfáticos do anel de Waldeyer, Região Cervical, Axilar e Inguinal.
- Odinofagia Intensa ▬ Desidratação e Aumento das Tonsilas Palatinas e Faríngeas ▬ Obstrução Importante das Vias Aéreas Superiores.
SINAIS E SINTOMAS:
- Hepatoesplenomegalia.
- Com Secreção Purulenta mais Acinzentada.
- Presença de importantes Linfadenopatias na Região Cervical e Submandibular.
DIAGNÓSTICO:
ANAMNESe: 
- Início Rápido dos sintomas, que podem se manter por semanas e, frequentemente, um tratamento Mal-sucedido com Antibióticos.
Exame Físico: 
- Astenia.
- Hepatomegalia.
- Mal-estar Geral.
- Esplenomegalia.
- Temperatura Normal ou Elevada.
- Tonsilas Palatinas muito Aumentadas e Com Exsudato.
Exame LABORATORIAL: 
- Cultura.
- Testes Sorológicos (EBV).
- Pesquisa de Linfócitos Atípicos.
- Hemograma Completo (Leucocitose, às vezes Intensa, e
Linfocitose são Alterações Clássicas).
TRATAMENTO:
- Não existe tratamento específico. 
- Não é indicado o uso de Amoxicilina (Paciente tem reação após o uso - Exantema).
- Os pacientes são incentivados a fazer repouso durante 1 ou 2 semanas, enquanto os Sintomas forem Graves. Depois de cerca de 2 semanas, elas podem ficar mais ativas.

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