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Infecções de vias aéreas superiores (IVAS) Iara Portela 2 introdução: → Predominantemente Viral. → Principais problemas de Saúde na Criança. → Incidência é Inversamente Proporcional à Idade. → Responsáveis por 40 a 60% das Consultas Pediátricas. → Principal motivo para o Uso de Antibióticos na Criança. → Crianças < 5 anos de idade apresentem entre 4 e 14 Episódios de IVAS. imunologia: → Colonização da Nasofaringe. → Proteção do Trato Respiratório. → Lesão Celular causada pelos Vírus. → Ausência de Anticorpos Específicos. epidemiologia: → Sazonalidade Bem Definida. → Frequência em Creches é um Grande Fator de Risco para o Aumento das Infecções Respiratórias. → A transmissão ocorre basicamente por três vias mais importantes: - Micropartículas por meio de Aerossóis. - Partículas Grandes por meio de Aerossóis por contato direto com doente contaminado. - Contato pelas Mãos diretamente no Indivíduo Contaminado ou Indiretamente por meio de Superfícies. → Fatores de risco: - Intrínsecos: Idade, Sexo Masculino, Atopia, Deficiência Imunológica, Anomalias no Palato, Anomalias Craniofaciais, Predisposição Genética. - Extrínseco: Estação do Ano, IVAS, Frequência à Creche, Irmãos mais Velhos, Fumo Passivo, Uso de Aleitamento Artificial, Chupeta. resfriado comum (CASO LEVE): → Infecção Respiratória Alta com Congestão Nasal, Rinorréia e Inflamação na Garganta. → Patologia Benigna que gera Grande Problema Econômico: - Diversas Visitas ao Médico. - Consumo de grande número de medicamentos. → Duração dos sintomas: 5 (50%) - 10 dias. Sintomas: - Espirro. - Tosse Seca. - Febre Baixa (38˚ Graus). - Irritabilidade. - Congestão Nasal. - Diminuição do Apetite. - Dificuldade para Dormir. tratamento: CRIANÇA A 1 dia com Febre e Resfriado (Sintomático): - Dipirona. - Paracetamol. - Hidratar Bem. - Manter a Alimentação Rotineira. - Intensificar a Lavagem Nasal com Soro Fisiológico (3 a 5 vezes ao dia). DEPOIS DE 48 HORAS SE A CRIANÇA NÃO MELHORAR OU CONTINUAR COM FEBRE OU NÃO ESTIVER ACEITANDO COMIDA PELA BOCA, ESTEJA COM SINAIS DE DESIDRATAÇÃO E SONOLENTA, DEVE-SE RETORNAR AO HOSPITAL, SERÁ USADO ANTIBIÓTICO. Crupe viral: → Clínica: Estridor respiratório (Qualquer Fase da Respiração), pode estar associado a Desconforto Respiratório. → Terapêutica: Depende da Avaliação Clínica. → Exames complementares: Pouco Importante/Não deve retardar o tratamento. → Sat O2: Alteração quando há falência Respiratória Iminente. etiologia e epidemiologia: - Etiologia Viral é mais comum. - Crianças > 5 anos: M. Pneumoniae. - Laringotraqueobronquite: 90% dos casos de Estridor. - Incidência: 1 a 6 anos (Pico 18 meses), mais comum no Sexo Masculino. PATOGÊNESE: - Nasofaringe ▬ Epitélio Respiratório ▬ Laringe ▬ Traqueia ▬ Árvore Bronco Alveolar. - Inflamação Difusa, Eritema e Edema das Paredes da Traqueia e Alteração da Mobilidade das Cordas Vocais. diagnósticoS: QUADRO Clínico: - Rinorréia Clara, Faringite, Tosse Leve e Febre Baixa. - Laringite, Laringotraqueite, Laringotraqueobronquite. - Insuficiência respiratória e Aumento da Temperatura Corpórea. - Sintomas: Rouquidão, Tosse Ladrante, Estridor Predominantemente Inspiratório, Graus Variados de Desconforto Respiratório. - Quadros Recorrentes: Excluir Outras Etiologias (Refluxo Gastresofágico, Papilomatose de Laringe, Estenose Laringotraqueal, Anormalidades Congênitas). - Casos Graves: Aumento da FC e FR, TIC, BAN, Cianose, Agitação Psicomotora, Sonolência. - Achado no Raio X: Obstrução da Coluna de Ar na Traqueia. diagnósticoS DIFERENCIAIS: - Taqueíte Bacteriana. - Edema Angioneurótico. - Mononucleose Infecciosa. - Supraglotite Infecciosa (Hib). - Abscesso Retrofaríngeo ou Peritonsilar. - Aspiração de Corpo Estranho (Comum). tratamento: - Manter as Vias Aéreas Patentes. - Manter o Paciente Calmo Sem Chorar. - Corticosteroides de Ação Bifásica (Efeito Anti-Inflamatório e Vasoconstrictor com Redução da Permeabilidade Vascular). - Adrenalina: Estímulo Alfa-Adrenérgico. · Constrição dos Capilares Alveolares. - Internação: Toxemia, Desidratação ou Incapacidade de Ingerir Líquidos, Estridor Significativo ou Retração em Repouso, Ausência de resposta à adrenalina após 2 horas da sua administração. - Intubação: Depende do Grau. Tubo sempre meio centímetro menor do que o habitual. Saturação Baixa. rinossinusite alérgica (COMUM): → Inflamação Crônica da Mucosa Nasal e Seios Paranasais causada por Reações Mediadas pela IgE Específica para determinados Alérgenos. RINITE: - Problema Comum na Infância e Adolescência. - Impacto Negativo (Aspecto Físico, Social ou Psicológico). sintomaS: - Prurido. - Obstrução Nasal. - Espirros em Salvas. - Rinorréia Não Purulenta frequentemente relacionada ao Gotejamento Pós Nasal. classificação: fisopatologia Fase 1: Sensibilização: - Primeiro contato. - As Células produzem Macrófagos e Células Dendríticas e estimulam as células T a produzirem IL3 e IL4 que gerará IgE Alérgeno Específico. Fase 2: Resposta Alérgica: - Reexposição IgE produz Histamina, Citocinas, TNF, Prostaglandinas D2, Leucotrienos. - Gera os Sintomas Alérgicos. diagnÓstico: QUADRO Clínico: - Principais Sintomas: · Prurido. · Rinorréia. · Prurido Local. · Obstrução Nasal. · Espirros em Salva. · Lacrimejamento Ocular. · Algumas vezes, Gotejamento Pós Nasal. - História Clínica (Pessoal e Familiar): · Sono. · Início. · Intensidade. · História ambiental. · Qualidade de Vida. · Desempenho Escolar. · Duração dos Sintomas. · História Familiar de Atopia. · Fatores Desencadeantes ou Agravantes. - Exame Físico: · Olheiras. · Sinal de Dennie-Morgan (Prega Abaixo do Nariz e do Olho). · Vinco na Linha Média do Nariz. · Rinoscopia Anterior: Pode-se visualizar uma Mucosa Pálida, bem como a Hipertrofia dos Cornetos e Presença de Rinorréia Hialina ou Purulenta (Infecções Secundárias). Métodos Complementares: - Elevação do IgE Total Sérico. - Aumento da Eosinofilia no Hemograma. - Teste Cutâneo de Hipersensibilidade Imediata. - Avaliação dos Níveis de IgE Específicos aos Alérgenos Suspeitos. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: - Tumores. - Granuloma. - Corpo Estranho. - Desvio de Septo. - Defeitos Ciliares. - Rinossinusite Infecciosa. - Hipertrofia de Adenoide. tratamento: - Mudança no Estilo de Vida: · Evitar Alérgenos. · Lavagem nasal com Solução Salina Diariamente. - Anti-histamínico Anti-H1: · Alívio dos sintomas de Prurido, Espirro e Congestão Nasal. - Sintomas Leves: · Anti-Histamínicos Tópicos Nasais ou Orais Não Sedativos, por 7 dias. - Sintomas moderados a graves: · Profilaxia com Corticosteroides Nasais por 8 semanas, associado a um Anti-Histamínico Oral por 28 dias. · Se associado a Asma: Associar Antileucotrienos. · Se não houver controle dos sintomas se faz Imunoterapia Alérgeno Específica. influenza: epidemiologia: - Altamente Contagioso: · Gotículas ou Contato Direto com objetos contaminados recentemente por Secreções Nasofaríngeas. diagnÓstico: Quadro Clínico: - Incidência de Padrão Sazonal em áreas de clima temperado. - Tríade (Febre, Tosse e Rinorréia). - Tempo da Doença: 3 a 7 dias. - Complicação: · Mais Frequentes: Pneumonia, Otite Média Aguda Sinusite. · Outras: Miocardite, Miosite, Complicações Neurológicas. - Depende da idade do paciente: · Primeiros meses de vida: Bronquiolite, Laringite, Ou Quadro semelhante a Sepse Bacteriana. · Crianças < 5 anos: Febre e Sinais de IVAS. Pode envolver o Trato Respiratório Inferior. · Crianças > 5 anos e Adultos Jovens: · Tosse. · Rinite. · Fadiga. · Mialgia. · Cefaleia. · Calafrios. · Anorexia. · Febre Alta. · Tosse Seca. · Congestão Nasal. · Dor de Garganta. · Podem ocorrer Sintomas Gastrointestinais (Vômitos, Dor Abdominal, Diarreia). Quadro Clínico E LABORATORIAL: - Impreciso. - Profissional da Saúde deve ter conhecimento da sazonalidade. - Baseado no Tripé: · Epidemiologia. · Testes Laboratoriais. · Quadro Clínico (Início Súbito, Febre, Tosse e Comprometimento Sistêmico). - Diagnóstico Laboratorial: · Cultura Viral (Usasse Secreção Nasal ou Traqueobrônquica). · Teste Sorológico. · Detecção de Antígenos Virais (PCR). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: vacinação:- Indígenas. - Gestantes. - Maiores de 60 anos. - Crianças de 6 meses a 2 anos. - Trabalhadores da Área da Saúde. Tratamento: coqueluche: → Alta Incidência. → Tosse prolongada. → Sintomas Variados. → Grave em Crianças < 1 ano. → Alta Transmissibilidade: Taxa Ataque 90%. → Infecção de Bordetella Pertussis (Bactéria) no trato respiratório. epidemiologia: - Controle: Desafio até para Países Desenvolvidos. - A Imunização diminui até 90% da incidência e mortalidade. etiologia: - Bordetella Pertussis: Coco Bacilo G-, isolado apenas em humanos, tropismo pelo Trato Respiratório. - Transmissão: · Gotículas de Saliva eliminadas durante Acesso de Tosse. · Duração dos sintomas: 5 dias até 3 semanas (Sem Tratamento). diagnÓstico: quadro clínico: - Fase 1: Inicialmente semelhante a um Resfriado Comum. - Fase 2: Pode ter Febre Baixa a Moderada. - Fase 3: Após 7 a 10 dias: Tosse Paroxística. - Crianças < 6m: Tosse há mais de 10 dias associada a pelo menos um sinal/sintoma típico (Tosse Paroxística, Guincho Inspiratório, Vômitos Pós Tosse, Cianos, Apneia ou Engasgo). - Crianças ≥ 6m: Tosse há mais de 14 dias + Sintomas Típicos. - Qualquer Indivíduo com Contato Próximo com caso confirmado de Coqueluche pelos Critérios Laboratoriais. HEMOGRAMA COM LEUCOLINFOCITOSE NÃO É DETERMINANTE NA CONFIRMAÇÃO/DESCARTE DE CASO SUSPEITO, POIS SITUAÇÃO VACINAL PODE INFLUENCIAR SEU RESULTADO. quadro clínico E EPIDEMIOLÓGICO: - Caso Suspeito, contato de caso confirmado por Cultura ou PCR no período de Transmissibilidade. quadro LABORATORIAL: - PCR + Em Caso Suspeito. - Cultura + Em Indivíduos com Tosse. diagnÓstico diferencial: - Adenovírus. - Chlamydia Trachomatis. - Chlamydia Pneumoniae. - Bordetella Parapertussis. - Mycoplasma Pneumoniae. complicações: - Hérnias. - Epistaxe. - Enfisema. - Convulsão. - Atelectasia. - Hipoglicemia. - Pneumotórax. - Prolapso Retal. - Distúrbios Eletrolíticos. - Broncopneumonia (Mais Frequente). tratamento: - Maiores de 1 ano Sem Complicações: · Tratar em Domicílio. · Salientar a importância da Hidratação e da Nutrição. - Menores de 1 ano: · Tratamento Hospitalar. · Apresenta Complicações com Frequência. - Quimioprofilaxia: · Realizar nos Sintomáticos e Portadores. · Antimicrobiano: Azitromicina ou Eritromicina ou Claritromicina. otite média agudA: → Autolimitada e com Baixa Incidência de complicações e mortalidade. → É uma das razões mais frequentes de visitas aos médicos em crianças menores de 15 anos de idade. → Infecção com desenvolvimento rápido de sinais e sintomas de Inflamação Aguda na Cavidade da Orelha Média. → 80% dos casos apresentam Evolução Favorável com Resolução Espontânea, independente da adesão ao tratamento ou do tipo de medicação. → Presença de Líquido (Efusão) preenchendo a Cavidade da Orelha Média sob pressão, com início Abrupto dos sinais e sintomas causados pela Inflamação dessa região. fatores de risco: - Relacionados ao Hospedeiro: · DRGE. · Alergia. · Etnia e Sexo. · Fenda Palatina. · Discinesia Ciliar. · Imunodeficiência. · Síndrome de Down. · Suscetibilidade Genética. · Malformações Craniofaciais. · Uso de mamadeiras e Chupetas. · Idade (< de 6 meses: Recorrência). - Fatores Ambientais: · Meses mais Frios (Inverno): IVAS. · Creches e Berçários. - Fatores Protetores: · Aleitamento Materno. patogênese: - Mais prevalente no Lactente e na Criança Pequena por causa dos Fatore Anatômicos e Imunológicos. - Processo infeccioso (IVAS) + Determinado Grau de Disfunção da TA + Deficiência do Sistema Imunológico. microbiologia: - Exame Padrão Ouro: Cultura do Fluido da Orelha Média. - Vírus Respiratório e/ou Infecção Bacteriana no espaço da Orelha Média. - Os achados Clínicos facilitam na identificação do microrganismo. - 50 a 90% das Bactérias (Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus Influenzae Não Tipável, Moraxella Catarrhalis). sinais e sintomas: - Febre. - Diarreia. - Irritabilidade. - Abaulamento. - Otorréia Aguda. - Choro Excessivo. - Diminuição do Apetite. - Diminuição da Mobilidade. - Alterações do padrão de sono. - Alterações de Comportamento. - Otalgia (Manipulação da Orelha). - Bilateralidade (Doença mais Grave). - Otorréia Espontânea (Certeza da Patologia). - Membrana Timpânica com Hiperemia ou Opacidade. diagnóstico: - Criança Chorando pode levar a uma Hiperemia da Membrana Timpânica e gerar um Diagnóstico Errôneo de OMA. - Cuidado para Não com confundir com a Otite Externa (Otite de Verão): · Ausência de Febre. · Sem História Pregressa de IVAS. · Relação Causa/Efeito: A Orelha da Criança esteve em contato com Água de Mar ou Piscina. quadro clínico: - Anamnese. - Exame Físico: Otoscopia. tratamento: - 80% de Resolução Espontânea. - Antibiótico de escolha: Amoxicilina. · Crianças < 6 anos com OMA Leve, entre 5 e 7 dias. · Crianças entre 2 e 5 anos de idade com OMA Moderada: 7 dias. · Crianças > de 2 anos com Sintomas Graves: 10 dias de tratamento. · Alérgicos à Penicilina: Macrolídeo ou Clindamicina. · Há menos de 30 dias: Associar Clavulonato. · OMA Recorrente: Não Usar Antibiótico Profilático. - Tubo de Ventilação: OMA Recorrente (3 episódios em 6 meses, ou 4 em 1 ano, com 1 dos episódios nos últimos 6 meses). otite média COM EFUSÃO: → Inflamação da Orelha Média com uma Coleção de Líquido ou Efusão Retro Timpânica, sem sinais ou sintomas de Infecção Aguda e Sem Perfuração da Membrana Timpânica. → Considerada um Continuum da Otite Média Aguda: - 70% das Crianças podem apresentar Efusão na Orelha Média após 2 semanas. - 40% após 1 mês. - 10% após 3 meses à OME Crônica. fatores de risco: - Relacionados ao Hospedeiro: · DRGE. · Alergia. · Etnia e Sexo. · Fenda Palatina. · Discinesia Ciliar. · Imunodeficiência. · Síndrome de Down. · Suscetibilidade Genética. · Malformações Craniofaciais. · Uso de mamadeiras e Chupetas. · Idade (< de 6 meses: Recorrência). - Fatores Ambientais: · Meses mais Frios (Inverno): IVAS. · Creches e Berçários. - Fatores Protetores: · Aleitamento Materno. ETIOpatogênese: - Multifatorial: · Alergias. · Disfunção da Tuba Auditiva. · Microrganismos Virais ou Bacterianos. · Alterações Anatômicas ou Craniofaciais Predisponentes. diagnóstico: - Presença de Efusão na Orelha Média sem sinais e sintomas de uma Infecção Aguda (Abaulamento e Hiperemia da Membrana Timpânica, Febre e Otalgia). - Apresentação: · Silenciosa: Hipoacusia Condutiva Leve e Não Perceptível. · Sintomática: Hipoacusia mais importante, Com ou Sem Zumbido ou Instabilidade do Equilíbrio. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: - História Natural: · Boa Evolução. · Efusão Desaparece Espontaneamente, Sem Intervenção Ativa (75 a 90% em 3 meses). - Quanto mais tempo Persistir a Efusão: · Menor será a chance de resolução. · Maior a possibilidade de intensificar a Hipoacusia Condutiva (Alterações Estruturais da MT). - Persistência da OME (Otoscopia + Avaliação Audiométrica) à Tratamento Cirúrgico: · Crianças Suscetíveis com Problemas Anatômicos. · Crianças que Sofrem de Qualidade de Vida Baixa ou com Estado de Saúde Funcional Inadequado. · Crianças Sob o Risco de Atraso na Fala, na Linguagem, no Aprendizado ou no Desenvolvimento. O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO OU CIRÚRGICO PODE NÃO CURAR DEFINITIVAMENTE A OME, O QUE PODE CURAR DEFINITIVAMENTE É O DESENVOLVIMENTO E A MATURAÇÃO DA TA E DO SISTEMA IMUNE. rinossinusite INFECCIOSA: → Ocorre com Frequência na Criança. → Uma das causas mais frequentes de consulta ao médico ou de Absenteísmo Escolar; → Crianças com IVAS entre 6 meses a 3 anos: 8% Evoluem para Rinossinusite Aguda Bacteriana; → Complicações: · Não Frequente, mas Grave. · Classificada: Orbital, Intracraniana e Óssea. → 50% dos casos de Rinossinusite Aguda (RSA) Não Tratados melhoram Espontaneamente em até 4 semanas do Início do Quadro. → Inflamação da Mucosa Nasussinusal, podendo ser classificada, de acordo com a duração dos sintomas, em Aguda (até 12 semanas), Recorrente (6 ou mais Episódios Agudos ao ano, sem sintomas nas Inter Crises) e Crônica (Mais de 12 semanas). sinais e sintomas: - Tosse e Dor/Pressão Facial podem estar Associados (Oroscopia). - Presença de 2 ou mais sintomas, sendo que umdeles deve ser a Obstrução/Congestão Nasal ou Secreção Nasal Anterior/Posterior; Classificação (Rinossinusite Aguda - RSA): diagnóstico: - Cultura não é necessária na RSA Não Complicada. - Radiografia Simples não é recomendada para o diagnóstico da RSA. - Exame de Imagem (TC): Sintomas Persistentes após tratamento adequado, Recorrentes ou Com Complicações. quadro clínico: - Anamnese. - Exame Físico: Exame Endoscópico Nasal, presença de Secreção Mucopurulenta do Meato Médio e/ou Edema de Mucosa no Meato Médio e/ou Pólipos Nasais. diagnÓstico diferencial: - Corpos Estranhos Nasais e Atresia de Coana Unilateral: · Sintomas geralmente Unilaterais, facilmente diferenciados por meio da História Clínica e do Exame Endoscópico Nasal. - Rinite Alérgica: · Em Geral, não apresenta Rinorréia Purulenta ou Febre. - Adenoidite: · Pode ter Quadro Clínico muito semelhante, com Secreção Nasal ou Posterior, Purulenta, Febre ou Tosse, dificultando, muitas vezes, o diagnóstico correto. BACTERIOLOGIA: - Moraxella Catarrhalis. - Streptococcus Pneumoniae. - Haemophilus Influenzae Não Tipável. - Streptococcus Beta-Hemolítico do grupo A e S. Aureus. tratamento: - Associar Corticoide Tópico Intranasal. - 50% das crianças evoluem com Cura Espontânea. - Amoxicilina (Casos Leves, por 7 a 10 dias), Amoxicilina + Clavulonato (Casos Graves, por 14 dias), Cefalosporinas. - ATB Empírico ▬ Considerar a gravidade da Doença e o uso recente de Antibióticos. - Antibioticoterapia: Indicada para Resolução mais Rápida dos sintomas e para se Evitar Complicações Orbitárias ou Intracranianas. TONSILITE E FARINGITE: → Dor de Garganta é a 3 maior queixa entre pacientes que procuram Serviços de Emergência. → Tonsilites e Faringites Agudas: - 5% das Consultas Médicas. - Ocorrência Frequente e Autolimitadas (3 a 4 dias). - Ocasionalmente, podem Desenvolver Complicações. - Principalmente Viral (Exceção: Estreptococo Beta-Hemolítico do Grupo A-EBHGA). - Causa de Prescrição Inadequada de Antibióticos (Iatrogênia, Custo, Resistência Bacteriana). PRODUÇÃO DE IMUNOGLOBULINAS: IMPEDEM A REPLICAÇÃO BACTERIANA E VIRAL NO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR, REPRESENTANDO A PRIMEIRA LINHA DE DEFESA CONTRA DOENÇAS INFECCIOSAS. INCIDÊNCIA: - Infecções Virais: 75% dos casos < 3 anos. - Transmissão por meio de Gotículas de Saliva. - EBHGA: 24% em Crianças entre 2 e 12 anos de idade. ETIOLOGIA: - EBHGA: Principalmente de 3 - 15 anos. - Crianças < 3 anos: Principalmente Viral (Proteção fornecida pela IgG Materna). - Anamnese + Exame físico: Sugerem a Origem Viral ou Bacteriana. diagnóstico: - Clínico. - Epidemiológico. - Exame Complementar: Cultura (Padrão Ouro) ou Teste Rápido de Detecção do Antígeno Estreptocócico. Complicações das infecções por EBHGA: - Supurativas: Abscesso Peritonsilar, Abscesso Retro Faríngeo, Adenite/Abscesso Cervical. - Não Supurativas: Febre Reumática e Glomerulonefrite Aguda - 1 a 3 semanas após a Infecção. AS DIRETRIZES MAIS RECENTES CONTRAINDICAM A REALIZAÇÃO DO TESTE DA ANTIESTREPTOLISINA O (ASLO), PROTEÍNA C REATIVA E LEUCOGRAMA PARA O DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO PELO EBHGA. tratamento: TRATAMENTO clínico: - Tonsilites e Faringites Virais: · Sintomáticos: Analgésicos/Antitérmicos e Hidratação. - Tonsilites e Faringites Bacterianas: · Antibióticos: · Encurta a Fase Aguda da Doença. · Diminui o Potencial de Transmissão. · Reduz o Risco de Sequelas Supurativas e Não Supurativas associadas às Infecções por EBHGA. · 1 Escolha: Penicilina (V Oral ou G Benzatina IM) ou Amoxicilina por 10 dias. · Alérgicos à Penicilina: Cefalexina, Cefadroxila, Azitromicina, Claritromicina. TRATAMENTO cirúrgico: - Tonsilectomia Com ou Sem Adenoidectomia. - Atualmente: Realizado mais por OVAS do que por Infecções Recorrentes. - Indicações: · Hiperplasia das Tonsilas Palatinas. · Faringotonsilites Recorrentes (7 Episódios em 1 ano, 5 Episódios por ano em 2 anos Consecutivos ou 3 Episódios por ano em 3 anos Consecutivos). MONONUCLEOSE INFECCIOSA: - Acomete principalmente adolescentes. - Infecção causada por Vírus Epstein Bar Vírus. - Agente Altamente Linfotrópico ▬ Edema Difuso dos Tecidos Linfáticos do anel de Waldeyer, Região Cervical, Axilar e Inguinal. - Odinofagia Intensa ▬ Desidratação e Aumento das Tonsilas Palatinas e Faríngeas ▬ Obstrução Importante das Vias Aéreas Superiores. SINAIS E SINTOMAS: - Hepatoesplenomegalia. - Com Secreção Purulenta mais Acinzentada. - Presença de importantes Linfadenopatias na Região Cervical e Submandibular. DIAGNÓSTICO: ANAMNESe: - Início Rápido dos sintomas, que podem se manter por semanas e, frequentemente, um tratamento Mal-sucedido com Antibióticos. Exame Físico: - Astenia. - Hepatomegalia. - Mal-estar Geral. - Esplenomegalia. - Temperatura Normal ou Elevada. - Tonsilas Palatinas muito Aumentadas e Com Exsudato. Exame LABORATORIAL: - Cultura. - Testes Sorológicos (EBV). - Pesquisa de Linfócitos Atípicos. - Hemograma Completo (Leucocitose, às vezes Intensa, e Linfocitose são Alterações Clássicas). TRATAMENTO: - Não existe tratamento específico. - Não é indicado o uso de Amoxicilina (Paciente tem reação após o uso - Exantema). - Os pacientes são incentivados a fazer repouso durante 1 ou 2 semanas, enquanto os Sintomas forem Graves. Depois de cerca de 2 semanas, elas podem ficar mais ativas.
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