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PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 • As infecções respiratórias agudas incluem um extenso grupo de doenças respiratórias, que correspondem ao principal motivo de atendimento pediátrico nos serviços de UBS e de urgência e emergência • IVASs compreendem doenças muito frequentes na faixa pediátrica, de curso benigno e autolimitado, em sua maioria • A incidência das doenças respiratórias na criança vem aumentando → alterações do meio ambiente, pela urbanização da população infantil, associadas ao tabagismo e mudança do estilo de vida familiar o Inclusão da mão de obra feminina no mercado → inserção mais cedo da criança em creches e escolinhas, fato que propiciou o desmame precoce, com introdução do leite de vaca e alimentos industrializados ❖ Fatores De Risco para predispor a criança a desenvolver IRAs, com elevação da gravidade e mortalidade. o Prematuridade, BPN o Baixo nível socioeconômico, Baixa cobertura vacinal, Dificuldade de acesso aos serviços de saúde. o Desmame precoce, Desnutrição energético-proteica o Aglomerações de pessoas – creches, escolas, Número elevado de crianças < 5 anos o Tabagismo familiar e/ou domiciliar • Fatores de risco na infância: o Idade entre 6 e 24 meses o Sexo masculino, Baixo peso o Atopia, Deficiência imunológica o Anomalias craniofaciais e do palato o Uso de chupeta, Aleitamento artificial – desmame precoce ❖ Agentes Etiológicos • Incluem os vírus, bactérias e agentes atípicos → sendo os vírus predominantes. o Rinovírus, adenovírus, influenza, parainfluenza, VSR e Coxsackievirus → rinovírus 30 a 40% o Streptococcus pyogenes (S. b-hemolítico do grupo A), Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae não tipável, Staphylococcus aureus e Moraxella catarrhalis. • É a mais comum das IVASs e um dos problemas mais comuns nos atendimentos → morbidade significativa • É uma síndrome clínica benigna e autolimitada, causada pela inflamação aguda da mucosa do nariz, seios paranasais e faringe → provocada principalmente por um amplo grupo de vírus • Acomete + crianças, principalmente < 5 anos → incidência inversamente proporcional à idade. • Elas são os principais reservatórios dos vírus, ocorrendo disseminação em domicílios, creches e escolinhas, onde passam a maior parte do dia → portanto, as que frequentam esses locais têm maior risco de contrair o Fatores genéticos podem afetar ou alterar a suscetibilidade individual o Estresse psicológico e exercício físico intenso podem aumentar o risco • Em países em desenvolvimento, crianças < 5 anos apresentam 4-8 episódios por ano, predominando entre os 6 e 24 meses → se FR, podem apresentar 10+ quadros de rinofaringite aguda por ano • Pode acontecer o ano todo, mas incidência maior no outono e inverno (chuvas e meses frios) • Depende também do agente → rinovírus – início de outono e final de primavera o Influenza e VSR – inverno o Parainfluenza – final de outono o Coxsackievirus – no verão • É altamente transmissível, via contato direto de mãos contaminadas ou partículas virais aerossolizadas • No caso do rinovírus e VSR, há a autoinoculação pelo contato da mão contaminada com a mucosa nasal ou ocular o Via inalatória é a mais importante no caso do vírus influenza, que se dissemina principalmente por meio de pequenas partículas de aerossol. PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 ETIOPATOGENIA • O rinovírus é o mais frequente (com mais de 100 sorotipos) → > 50% dos casos de rinofaringite o Coronavírus, VSR, metapneumovírus, vírus influenza, parainfluenza (tipos 3 e 4 mais comuns), adenovírus e os enterovírus (Coxsackievirus e echovírus) • A fisiopatologia envolve a invasão do epitélio da nasofaringe, seios paranasais e TRS, com lesão celular subsequente o Há estimulação colinérgica, que aumenta a produção de muco → coriza e tosse o Secundariamente à invasão do epitélio, há liberação de mediadores inflamatórios nas secreções nasais, aumento de permeabilidade vascular, edema de mucosa e congestão nasal. • Período de incubação é 2-5 dias e de contágio é algumas horas antes a 2 dias após o início dos sintomas o O pico dos sintomas ocorre entre o 2-4º dia • Sintomas iniciais são irritação nasal, podendo ter dor de garganta o Coriza, podendo ter junto espirros, obstrução nasal e febre baixa nos primeiros 3 dias. • Sintomas inespecíficos (dor muscular, cefaleia, mal-estar, inapetência) também podem estar presentes, principalmente em crianças maiores → alguns vírus podem causar diarreia o Lactentes jovens → inquietação, choro fácil, recusa alimentar, vômitos, alteração do sono e dificuldade respiratória por obstrução nasal • A febre, quando presente, tende a resolver-se nos primeiros dias → persistência ou retorno pode indicar bactéria o Em geral, não há sinais de desconforto respiratório (rinovírus não costumam atingir vias aéreas inferiores) • Com a evolução do quadro, a secreção nasal pode tornar-se amarelada, esverdeada (presença de leucócitos) ou purulenta (destruição de células epiteliais da mucosa), sem significar infecção bacteriana secundária EF → congestão e hiperemia das mucosas nasal e faríngea, das membranas timpânicas e conjuntiva ocular, associadas habitualmente ao bom estado geral da criança • Os sintomas tendem a se resolver em 5-7 dias → eventualmente, pode persistir tosse seca o Em lactentes, crianças pequenas e alérgicos, os sintomas podem durar até 14 dias ▪ Em suscetíveis, a rinofaringite poderá desencadear crises de rinite e/ou broncoespasmo. • É essencialmente clínico e baseado nos sintomas → avaliar início, cronologia e duração dos sintomas. • Doença viral tem clinica de 1 a 2 semanas → sintomas persistentes podem sugerir complicação bacteriana ou alergia o Deve-se avaliar história de contato domiciliar, institucional ou epidemia na comunidade. DDX diferencial → deve ser feito com manifestações iniciais de várias doenças → sarampo, coqueluche, infecção meningocócica, faringite estreptocócica, hepatite A e mononucleose infecciosa. o O surgimento de IVASs de repetição, com sintomas quase permanentes nos períodos de inverno e primavera, deve levar a suspeita da existência de rinite • Feito com medicamentos para melhora dos sintomas e medidas de suporte: lavagem nasal, inalação com soro fisiológico e antitérmicos ou analgésicos • O mel tem boa indicação para melhora da tosse, com comprovação em estudos científicos • Xaropes, expectorantes e descongestionantes nasais é contraindicado, por efeito questionável e risco de intoxicação MEDIDAS GERAIS • Repouso no período febril Hidratação e Dieta → hidratação oral com oferta abundante e frequente de líquidos, oferecendo pequenos volumes fracionados de comida em curtos períodos, respeitando a aceitação Higiene e Desobstrução Nasal → instilação de solução salina isotônica nas narinas, seguida algum tempo depois de aspiração delicada das fossas nasais com aspiradores manuais apropriados. o < 6 meses podem ter muito desconforto com a obstrução nasal → fazer antes das mamadas e de dormir Antitérmicos e Analgésicos → antitérmicos quando a temperatura estiver > 37,8°C o Ingestão de líquidos frios, roupas leves e banhos mornos são medidas físicas que podem ser orientadas PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 o Umidificação do ambiente • Antitérmicos recomendados → paracetamol (10-15mg/kg/dose), dipirona (10-20) e ibuprofeno (10) o Uso excessivo de antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios tem sido relacionado com supressão da resposta de anticorpos neutralizantes e aumento dos sintomas. ❖ Descongestionante nasal tópico → evitados pelo risco de toxicidade e rinite medicamentosa• Antitussígenos e anti-histamínicos via oral → desaconselhável devido à ineficácia e presença de efeitos adversos. • Anti-histamínicos recomendados aos portadores de rinite alérgica • Antivirais → para a maioria dos vírus, não existe nenhum tratamento específico. o No caso da gripe causada pelo vírus da influenza, o oseltamivir deve ser iniciado nas primeiras 48 horas • Observação cuidadosa para detecção das complicações → orientar os pais a retornar ao pronto-socorro em caso de desconforto respiratório, febre > 72h ou queda do estado geral ❖ Complicações → a mais comum é a Otite Média Aguda, pela disfunção tubária concomitante → ate 30% • Outras possíveis são as rinossinusites, bronquites, laringotraqueítes e pneumonias. PREVENÇÃO • Principais medidas preventivas são os cuidados na transmissão viral → lavagem das mãos, uso de lenços e máscaras • Evitar contato com pessoas infectadas, principalmente lactentes até 3 meses e imunodeprimidos • Em épocas de surtos de infecções virais, evitar aglomerações • Ventilação – manter arejados os ambientes em que a criança permanece (casa, escola e creche) • Em caso de crianças frequentadoras de creche com infecções recorrentes, avaliar os benefícios da permanência – • Síndrome clínica – doença infecciosa epidêmica aguda –, causada principalmente pelo vírus influenza tipos A e B, que se diferencia do resfriado pela sua maior repercussão sistêmica – febre, mialgia, cefaleia, mal-estar e prostração o E pelo acometimento mais extenso da árvore respiratória (TR superior e inferior • É causada pelo vírus influenza, com incrível capacidade mutagênica → tendo diversos subtipos e variantes ou cepas o Existem 4 tipos sorológicos (A, B, C, D), sendo os subtipos que circulam em humanos → H1N1 e H3N2; linhagens Victória e Yamagata • É uma das infecções das vias aéreas mais frequentes → a cada ano ocorrem 290.000 a 650.000 mortes • Em crianças, acomete principalmente pré-escolares e escolares → lactentes também podem, sendo maior a hospitalização e mortalidade o Embora existam grupos de risco para complicações, as crianças saudáveis compõem a maior parte dos quadros de internação • Crianças tem papel relevante na propagação do vírus → podem transmiti-lo por período mais longo que os adultos • Os tipos A e B causam epidemias graves a cada dez a 15 anos e a cada 4-7 anos, respectivamente o No Brasil, nas regiões Sul e Sudeste a sazonalidade está bem caracterizada, ocorrendo no outono e inverno • A mortalidade varia de 1 a 8% e está associada a idade, comorbidades e estado vacinal da população • Poder de transmissão interpessoal muito grande e curto período de incubação – 1-4 dias • Transmitido de pessoa a pessoa por gotículas ou contato direto com objetos contaminados recentemente por secreções nasofaríngeas → pcte mais infectante durante as 24 a 72h pré-sintomas e o período mais sintomático. o Transmissão principal acontece por via inalatória → o vírus infecta as células epiteliais ciliadas da árvore respiratória, sendo eliminado em grande quantidade na fala, na tosse e no espirro o Ele destrói o epitélio escamoso e leva a perda da função ciliar, facilitando a superinfecção bacteriana. • A doença dissemina-se, atingindo o seu pico em 2-3 semanas e dissipando-se em 1-2 meses PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 • Os adultos transmitem o vírus de 24 a 72 horas antes do início dos sintomas a até cinco dias após o Crianças são mais contagiosas e transmitem desde vários dias antes até dez dias após o início dos sintomas. • Uma pessoa pode ter inúmeras gripes, pois cada epidemia é causada por nova cepa viral ❖ Fatores De Risco o Menores de 2 anos ou maiores de 60 anos de idade o Doenças respiratórias e renais crônicas, doenças cardiovasculares, hepatopatias o Imunodeficiências, Obesidade, Gestação e puerpério o Doenças hematológicas e metabólicas (lembrar da diabetes mellitus) o Transtornos neurológicos e do desenvolvimento PATOGÊNESE • O vírus tem tropismo pelas células ciliadas do epitélio respiratório, acometendo desde a mucosa nasal até os alvéolos • Pode se localizar nas vias aéreas superiores e, ou inferiores, acarretando combinações variadas de nasofaringite, faringite, laringite, laringotraqueíte, bronquite e pneumonia. • Uma característica peculiar é o predomínio das manifestações sistêmicas sobre as respiratórias • Em crianças menores, se apresenta com febre alta, sintomas nas vias aéreas superiores (coriza hialina, obstrução nasal e tosse), associados a sintomas gastrintestinais (anorexia, náuseas e vômitos) • As crianças maiores relatam cefaleia, mal-estar, mialgia, adinamia e fadiga • Intensidade dos sintomas respiratórios é variável, e, às vezes, eles podem estar ausentes o A presença de sintomas das vias aéreas superiores serve de suspeição de gripe na criança com síndrome febril aguda, especialmente na época de inverno e quando outras pessoas ficaram “resfriadas” ou “gripadas” • É uma doença autolimitada → os principais sintomas melhoram em 3-5 dias, mas a tosse e mal estar podem persistir por até 2 semanas. o Pode evoluir com complicações severas mesmo em indivíduos saudáveis, entre elas, a Síndrome Respiratória Aguda Grave ▪ Saturação de O2 < 95% em ar ambiente ▪ Sinais de desconforto respiratório (batimento de asa de nariz, tiragem intercostal) ou taquipneia ▪ Se doença de base, piora das condições clínicas ▪ Hipotensão • Também deve ser levado em conta o quadro de insuficiência respiratória aguda em qualquer indivíduo durante o período sazonal e, nas crianças, presença de cianose, desidratação e inapetência. ❖ Complicações Secundárias → pneumonia bacteriana, miosite e as síndromes neurológicas (Guillain-Barré, meningite asséptica, mielite transversa e encefalite pós-infecciosa) • O diagnóstico da gripe é presuntivo, feito por critérios clínicos e epidemiológicos. Existem métodos laboratoriais para detecção do vírus o Testes moleculares rápidos → alta sensibilidade e especificidade o Testes rápidos → melhor especificidade o Imunofluorescencia → melhor especificidade, baixa sensibilidade o PCR → alta sensibilidade e especificidade o Cultura de vírus → alta sensibilidade e especificidade, demora 3-10 dias Gripe → sazonal, inicio súbito, febre geralmente alta por 3-4d, cefaleia intensa, fadiga de 2-3 semanas, mialgia frequente e intensa, exaustão precoce, obstrução nasal e dor de garganta as vezes, presença de tosse, dor no peito Resfriado → todo o ano, inicio gradual, febre, cefaleia e tosse incomuns, fadiga leve, mialgia leve ou inexistente, não causa exaustão, obstrução nasal muito comum, dor de garganta comum, dor no peito muito leve PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 • A síndrome gripal geralmente é benigna e autolimitada, com tratamento semelhante ao da rinofaringite aguda. • Diminuir o desconforto decorrente da febre, rinorreia, obstrução nasal ou tosse persistente • Sintomático, como estabelecer repouso, controle de coriza, hidratação oral, antitérmico e analgésico • O protocolo do Ministério da Saúde orienta o tratamento com oseltamivir àqueles com síndrome respiratória aguda grave e fatores de risco o Crianças < 5 anos – sendo mais importante nos < 2 anos e, principalmente, < 6 meses o Adultos > 60 anos, grávidas, puérperas até duas semanas após o parto o Indígenas, Comorbidades o Menores de 19 anos em uso prolongado de ácido acetilsalicílico • A critério clínico, qualquer indivíduo saudável com suspeita de síndrome gripal pode receber o tratamento medicamentoso desde que iniciado nas primeiras 48h do quadro → reduz a duração em 1 a 2 dias • Em pctes graves, o tratamento ainda traz benefícios mesmo que instituído após 48h PREVENÇÃO – VACINAANTI-INFLUENZA • No Brasil, está disponível a vacina trivalente inativada no serviço público, com 2 subtipos do vírus da influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo do vírus da influenza B → particular tem a quadrivalente. • Deve ser aplicada anualmente, sempre nos meses de outono • Na primovacinação para < 9 anos, devem ser administradas 2 doses com intervalo de 1 mês → depois anual. • O MS preconiza a vacinação anual, para crianças > 6 meses e < 6 anos, e grupos de prioritários • Infecção que causa inflamação na faringe, amígdalas e tecidos adjacentes → causas variadas, mas o quadro clínico é similar, o que torna difícil definir se há ou não a necessidade de tratamento antimicrobiano. o Funções das tonsilas palatinas → secretam as 5 classes de Ig nas criptas, e cadeias J da estrutura molecular das IgA → impedem replicação bacteriana e viral no TRS (1ª linha de defesa da região) • Vírus são a causa mais comum em todas as faixas etárias → influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, bem como vírus Coxsackievirus, echovírus e o vírus Epstein-Barr – mononucleose. • Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) é a causa bacteriana mais comum, mas outras bactérias também podem estar implicadas (Mycoplasma, Chlamydia, gonococo). o Ele está relacionado a complicações supurativas das faringoamigdalites, abscessos peritonsilares e retrofaríngeos e sequelas não supurativas, como febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda. o Antes dos 3 anos, a prevalência de infecções bacterianas de orofaringe é baixa → proteção pela IgG materna • A distinção presuntiva do causador é feito a partir dos aspectos inflamatórios do EF • O principal desafio no diagnóstico é distinguir as infecções entre estreptocócicas e não estreptocócicas, para o tto FARINGOAMIGDALITE ESTREPTOCÓCICA • Sintomas clínicos sugestivos → início agudo de dor de garganta, febre, cefaleia, odinofagia, dor abdominal, náusea, vômitos, rash cutâneo, petéquias no palato, exsudato purulento, adenomegalia cervical o Maior acometimento do estado geral o Na maioria das vezes não há coriza, tosse e conjuntivite ❖ Mais comum entre 5 e 15 anos, tem modo de inicio súbito e o sintoma inicial é dor moderada, a febre é > 38º • Inspeção da faringe → hiperemia com edema, petéquias no palato e exsudato em pontos (flocos amarelos) o Hipertrofia de amigdalas com exsudato o Hiperemia, edema e hemorragias puntiformes no terço posterior do palato mole • Outros achados → linfonodos cervicais enfartados, quadro de febre exantemática PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 FARINGOAMIGDALITE NÃO ESTREPTOCÓCICA • Sintomas mais sugestivos → sintomas concomitantes de infecção viral respiratória e/ ou gastrintestinal, com associação de tosse, coriza, conjuntivite e diarreia o Vírus Epstein-Barr da mononucleose → há típico exsudato branco-acinzentado ▪ Causa edema difuso dos tecidos linfáticos do anel de Waldeyer, região cervical, axilar e inguinal ▪ Odinofagia intensa, que pode causar desidratação e aumento das tonsilas palatinas e faríngeas ▪ Início rápido dos sintomas, que podem se manter por semanas → com tto mal sucedido ▪ MEG, astenia, temperatura normal ou elevada, tonsilas muito aumentadas e com exsudato, hepatomegalia e esplenomegalia o Herpangina por vírus Coxsackie → podem ser vistas pequenas vesículas no palato mole, úvula e pilares amigdalianos, acompanhadas de febre elevada e lesões papulovesiculares nas mãos e pés → mão-pé-boca ▪ As lesões do herpes-simples ocorrem entre imunossuprimidos ❖ Aparece em todas as idades, o inicio é mais gradual, com dor a deglutição. A febre não é tao alta • Inspeção Da Faringe → rubor da faringe com ou sem secreção esbranquiçada o Outros → tosse irritativa, rouquidão, coriza e conjuntivite Outras definições • Faringoamigdalites eritematosas → hiperemia e congestão da superfície da faringe e amígdalas o Os principais agentes são virais • Faringoamigdalites eritematopultáceas → hiperemia e edema associados ao exsudato não aderente nas criptas e na superfície das amígdalas → principalemente Streptococcus beta-hemolítico do grupo A e Epstein-Barr • Faringoamigdalites pseudomembranosas → formação de placas esbranquiçadas aderentes ao tecido amigdaliano, que pode invadir faringe, palato e úvula → Corynebacterium diphtheriae • Faringoamigdalites ulcerosas → formação de úlceras, que podem ser superficiais e com muitas vesículas, como no caso do vírus Coxsackievirus e do Herpesvirus hominis o Ou com ulcerações profundas, no caso da lesão por tuberculose, sífilis e imunodeficiências COMPLICAÇÕES • Complicações supurativas: Abscesso Retrofaríngeo → muito rara, predominante em crianças entre 3 e 4 anos, e em meninos. o Febre, irritabilidade, dificuldade de engolir, rigidez cervical ou até torcicolo por contratura da musculatura o Voz abafada, estridor e dificuldade respiratória também podem estar presentes. o Pode ser observado abaulamento local o O agente em geral é polimicrobiano → Streptococcus pyogenes + anaeróbios da boca e Staphylococcus o Ddx sugerido pela radiografia lateral do pescoço, com aumento do espaço retrofaríngeo → TC confirma o Conduta → internação, antibioticoterapia venosa com amoxicilina + clavulanato e drenagem de urgência Abscesso Peritonsilar → mais frequente em crianças maiores e adolescentes o Intensificação da dor faríngea, com disfagia + trismo de intensidade variável o Dor de garganta e abaulamento unilateral, rechaçando a amígdala e a úvula para o lado o Sialorreia, febre e comprometimento do estado geral. o Staphylococcus aureus ou flora múltipla de germes anaeróbios → na maioria requer hospitalização. • Complicações não supurativas → Glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica e Febre reumática • Testes diagnósticos para a detecção do Streptococcus do grupo A o Pesquisa rápida do antígeno → especificidade 98 a 99%, sensibilidade 70% → vantagem de resultado rápido o Cultura de orofaringe → padrão ouro para diagnóstico de faringoamigdalite estreptocócica • Na mononucleose, o aumento da contagem de leucócitos no sangue + linfocitose com 20 a 40% de atipia linfocitária pode apontar para essa causa → pode ser feito a detecção rápida de anticorpos heterófilos para crianças > 4 anos PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 • Faringoamigdalite de causa viral → tratamento sintomático com analgésicos e antitérmicos para dor faríngea o Reavaliação clínica em 48 a 72 horas nos casos em que não houver remissão da febre • Tratamento com antibióticos instituído assim que realizado o diagnóstico de etiologia bacteriana ou quando não for possível esse diagnóstico de certeza, nos casos em que o EF e epidemiologia sugerirem o Redução da duração dos sintomas em 12 a 24 horas o Redução na transmissão da doença depois de 24 a 48 horas após uso o Prevenção das complicações supurativas e não supurativas • Os antibióticos de primeira escolha são penicilina e amoxicilina - e inclusive previnem a febre reumática. o Penicilina VO → 250mg, 2-3x/dia por 10d para crianças – 50mg/kg/d, 2-3x por 10d para adultos ▪ Penicilina G Benzatina IM → 1 dose de 600k UI se < 27kg – 1200k UI se > 27kg o Amoxicilina VO → 50mg/kg/dia, 2-3x/dia por 10 dias o Para alérgicos a penicilina → cefalexina, cefadroxila, clindamicina... • Amigdalectomia → quando 7 faringites em 12 meses, 5x nos últimos 2 anos ou 3x nos últimos 3 anos o Indicações → hiperplasia das tonsilas palatinas, faringotonsilites recorrentes • O tratamento adequado e precoce das faringoamigdalites estreptocócicas não previne a glomerulonefrite difusa aguda, embora possa prevenir a febre reumática. • Inflamação do ouvido médio e seus anexos, com presença de líquido na orelha médiae sinais e sintomas de início agudo, como dor e febre → na maioria das vezes é secundária a processo infeccioso bacteriano. • Cerca de 60-80% dos lactentes têm pelo menos 1 episódio até o primeiro ano de vida e até 90% terão até os 5 o Pico de incidência entre 6 e 24 meses de vida, com declínio após essa idade e novo aumento entre 5 e 6 anos, quando as crianças começam a vida escolar → 1/3 pode apresentar 6+ episódios antes dos 7 anos ❖ Alguns FATORES DE RISCO estão relacionados à maior chance de OMA • Maior incidência nos primeiros anos relacionada à imaturidade do sistema imunológico, a alterações anatômicas em relação à tuba auditiva (mais curta e horizontalizada), hipertrofia de adenoide e à permanência na horizontal. • Também é mais associada ao sexo masculino, tabagismo passivo, DRGE → e à baixa condição socioeconômica, superpopulação no mesmo ambiente, más condições de higiene, desnutrição, assistência médica precária... o Uso de mamadeira na posição horizontal e a rinite alérgica também são fatores de risco • Aleitamento materno é fator protetor, pela presença de IgA • As tubas auditivas se abrem no espaço anterior do ouvido médio e o conectam à nasofaringe → episódios de OMA estão relacionados à obstrução anatômica ou funcional da(s) tuba(s) auditiva(s). o A tuba tem 3 funções no ouvido médio → ventilação, proteção e limpeza o TA ventila a orelha média → no repouso encontra-se fechada, abre-se de forma intermitente pela contração do músculo tensor do véu palatino durante a deglutição ou bocejo • Entre as causas de obstrução, podem-se citar IVAS (principal), hipertrofia de adenoide e tumor. o Com a resposta inflamatória, há comprometimento do transporte mucociliar, levando a efusão líquida na cavidade timpânica, propiciando a infecção bacteriana ▪ Bactérias colonizadoras da nasofaringe se acumulam no ouvido médio, formando secreção purulenta, abaulamento da membrana timpânica e otalgia • Lactentes têm a tuba menor e mais horizontal, contribuindo para refluxo de secreção da nasofaringe • Se perfuração da membrana timpânica → otorreia e melhora imediata da dor, por redução da pressão intra-auricular PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 ETIOLOGIA • Bactérias mais comuns → Streptococcus pneumoniae (30-50%), Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis o S. aureus, Streptococcus do grupo A e Gram negativos em menor porcentagem • Apesar de os vírus terem sido isolados dos exsudatos da orelha média, ainda não se sabe se podem causar OMA sem a associação a copatógeno bacteriano → VSR, adenovírus, rinovírus, enterovírus, parainfluenza, influenza ❖ A vacina contra Haemophilus influenzae tipo B não protege de todas as otites causadas por essa bactéria • Na maioria das OMA causadas por Haemophilus, este é não tipável → imunização é específica contra o tipo B. • Variável, principalmente nos lactentes e pré-escolares, • Quadro típico com início abrupto de otalgia (criança manipula muito a orelha), irritabilidade, otorreia e febre • Liquido na orelha media pode causar abaulamento da membrana timpânica, ausência de mobilidade da membrana e níveis hidroaéreos vistos à otoscopia o A membrana apresenta-se eritematosa ou opacificada ▪ Miringite bolhosa é sinal de otite média – tímpano com bolhas. • Sintomas inespecíficos, como vômitos e inapetência, podem estar presentes • Bilateralidade indica doença mais grave, e a presença de otorreia espontânea indica a certeza da patologia OMA viral → membrana levemente opaca, hiperemia difusa leve ou moderada e ausência de abaulamento OMA Bacteriana → membrana opaca, hiperemia intensa e presença de abaulamento com diminuição da mobilidade o Sinais e sintomas que sugerem fortemente OMA bacteriana → otalgia de aparecimento súbito ▪ Febre > 39 °C, vômito ou diarreia em < 2 anos de idade ▪ Otorreia com história de otalgia intensa nas últimas 48 horas. • 80% das crianças apresenta evolução favorável durante um episódio de OMA, com resolução espontânea. Sintomático (antitérmicos e analgésicos) → toda criança com OMA deve receber analgesia o Pacientes > 2 anos, com otite unilateral, febre < 39 °C e BEG → tratados com anti-inflamatório por 3 dias Antibioticoterapia → caso sejam necessários antibióticos, a escolha para a OMA não complicada é a amoxicilina • Dose de 50 a 80 mg/kg/d, a depender da resistência local do pneumococo → 2x/dia, durante 10 a 14 dias o Dose dobrada para cepas de pneumococo com resistência e nas crianças que frequentam a creche. • Nos casos em que a criança recebeu tto antibiótico nos últimos três meses → dobrar dose ou iniciar com amoxicilina- clavulanato (também indicada se falha do tratamento e para bactérias produtoras de betalactamases) o Nos casos de alergia a penicilina, optar por macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) ❖ ATB → crianças com 6 meses ou mais, com sinais e sintomas graves → otite bilateral, febre > 39 °C e/ou piora do estado geral, sintomas > 48h o OMA bilateral → ATB independente de gravidade dos sintomas • Criança entre 6 e 23 meses com OMA unilateral sem sinais/sintomas graves = monitorar ou antibioticoterapia → caso opte-se por observação, mas a criança piorar ou não melhorar em 48-72h, iniciar antibioticoterapia • OMA uni ou bilateral em crianças a partir dos 24 meses, sem sinais ou sintomas graves (otalgia leve há < 48h, temperatura < 39 °C) = monitorar evolução ou antibioticoterapia • Falha terapêutica → permanência dos sintomas > 48 a 72 horas, em uso de amoxicilina ou macrolídeos o O seu motivo principal é a resistência bacteriana ❖ Procedimentos de drenagem ou evacuação da efusão da orelha média restritos a resposta insatisfatória à antibioticoterapia, imunodeficiência, doença grave e complicações supurativas PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 • Inflamação da orelha média com coleção de líquido ou efusão retrotimpânica, sem sinais ou sintomas de infecção aguda e sem perfuração da membrana timpânica. • Pode ser considerada um continuum da OMA → após um episódio de OMA bem conduzido, até 70% das crianças podem apresentar efusão ao final de 2 semanas, 40% ao final de 1 mês e 10% ao final de 3 meses o A efusão serosa ou mucoide, pode causar dificuldade auditiva (hipoacusia) condutiva de leve a moderada, flutuante ou persistente → podendo impactar no desenvolvimento da fala, linguagem e cognição • OME crônica é aquela em que a efusão permanece por < 3 meses sem sinais inflamatórios agudos. • A incidência ou prevalência da OME é aparentemente assintomática e pode não ser identificada pelos pais (por isso, muitas vezes não chama a atenção do médico) • Disfunção da TA, vírus e bactérias, alergias, alterações anatômicas ou craniofaciais predisponentes → muitos destes podem interferir na função da mucosa respiratória, associados ou não à disfunção da TA • Disfunção tubária (por inflamação ou falha de abertura) é o fator + importante → se a TA não se abre, a troca gasosa da orelha média para a microcirculação da mucosa causa diminuição da pressão na cavidade o Seguida de transudação de efusão • Adenoide obstruindo o tubo e potencialmente infectada com otopatógenos pode ser coadjuvante na obstrução • A OME é frequentemente encontrada após episódio de OMA, que habitualmente é precedido por uma IVAS • EOM com ausência dos sinais/sintomas de infecção aguda (abaulamento/hiperemia da MT, febre, otalgia) • A doença apresenta-se desde uma forma silenciosa, com hipoacusia condutiva leve e não perceptível pelo paciente, até uma hipoacusia mais importante, acompanhada ou não de zumbido e instabilidade do equilíbrio. • Pneumo-otoscopia → mobilidade da MT diminuída, nível líquido ou hidroaéreo na orelha média. • Realização de exames audiométricosé essencial. • Na maioria das vezes a efusão desaparece espontaneamente em 3 meses → conduta em crianças sem os fatores de risco e sem sintomatologia significativa deve ser expectante • Quando há persistência da OME monitorada pela otoscopia e avaliação audiométrica, preconiza-se tto cirúrgico o Timpanotomia com aspiração da secreção da orelha média, e a colocação de tubo de timpanostomia (tubo de ventilação), que poderá ser feita com ou sem a adenoidectomia ▪ Indicações → crianças suscetíveis com problemas anatômicos que causem a otite média • Crianças sob risco de atraso na fala, linguagem, aprendizado ou desenvolvimento pela EOM • Crianças com qualidade de vida baixa ou com estado de saúde funcional inadequado • Inflamação da mucosa nasossinusal, que resulta da infecção de 1+ seios paranasais por vírus ou bactérias. • Classificada de acordo com o tempo de doença o Sinusite aguda → inflamação das cavidades paranasais de até 12 semanas ▪ Recorrente → mais de 6 episódios agudos por ano. o Crônica → além de 12 semanas • As cavidades paranasais maxilares e etmoidais estão presentes ao nascimento, com dimensões reduzidas → as cavidades frontal e esfenoidal começam a desenvolver-se após os 3 anos, sendo visíveis no RX após 6-7 anos PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 • São cavidades ósseas com comunicação com o nariz, de onde recebem o ar inspirado, para aquecimento e filtração o Há várias imunoglobulinas locais, principalmente IgA → o sistema mucociliar agrega e transporta partículas e microorganismos em direção à cavidade nasal, drenando as secreções por orifícios junto aos cornetos ▪ A drenagem dos seios acontece pelos óstios em comunicação com a fossa nasal. • A partir da rinossinusite viral, iniciam-se edema e inflamação local, causando bloqueio da drenagem dos seios da face → acumulam líquidos e secreções, favorecendo a proliferação de bactérias, levando a sinusite bacteriana. • A maioria é de etiologia viral (rinovírus, adenovírus, VSR, parainfluenza), consequência direta das rinofaringites o Requer apenas tratamento sintomático • Cerca de 6% são complicações bacterianas → nas rinossinusites bacterianas agudas, os principais agentes envolvidos são os aeróbios que habitualmente colonizam a cavidade nasal o Streptococcus pneumoniae (30%), Haemophilus influenzae não tipável (20%) e Moraxella catarrhalis • Nos casos de obstrução ostial prolongada com sinusite crônica, outros microorganismos, como o Staphylococcus aureus e diversas bactérias anaeróbias, podem desenvolver-se • Em imunodeficientes e diabéticos, algumas vezes ocorrem infecções por fungos, como Aspergillus sp. e Nocardia sp ❖ Fatores de risco → principalmente para RS crônica o IVAS de repetição por permanência em creches o Obstrução anatômica – hipertrofia de adenoides, defeitos do septo nasal o Rinite alérgica não tratada, Exposição a agentes irritantes – tabaco, poluição, ar seco, água clorada o Deficiências de anticorpos, Diabetes, Discinesia ciliar primária, fibrose cística • A vacinação decavalente contra pneumococos reduz a incidência da rinossinusite por esse agente o A vacina contra Haemophilus influenzae tipo B não é eficaz • Eminentemente clínico, dispensando exames de imagem • Sintomas nasais persistentes (coriza, obstrução, congestão) + tosse, que geralmente pioram à noite • Em crianças maiores → pode haver cefaleia, dor facial em peso e dor à palpação / percussão de seios paranasais. o Em pré-escolares ou crianças mais novas, tais sintomas são mais difíceis de serem identificados. ▪ Tosse e corrimento nasal podem estar presentes e se acentuar ao decúbito dorsal • EF → mucosa nasal eritematosa e/ou edemaciada o Secreção mucopurulenta em nasofaringe posterior, sinal “da vela” – ou sinal da gota pós-nasal • A cultura de aspirado do seio da face é recomendada a imunodeprimidos ou sinusites refratárias. • RX de seios paranasais pode mostrar imagem de velamento assimétrico de seios ou edema de mucosa, sinais inespecíficos que podem aparecer também na rinofaringite → sem valor diagnóstico, não deve ser o TC dos seios paranasais → alterações de mucosa nasal no complexo ostiomeatal e/ou seios paranasais RINOSSINUSITE AGUDA • Pode ser classificada em RSA viral (resfriado ou gripe), cujos sintomas duram até 10 dias • Pós-viral → há piora dos sintomas após 5 dias ou persistência deles após 10 dias, com < 12 semanas de evolução o RSAB → grupo da RSA pós-viral em que há pelo menos 3 dos sintomas → secreção mucopurulenta nasal e retronasal, febre (> 38°C), dor facial ou piora dos sintomas após fase inicial da evolução • Aproximadamente 50% dos casos não tratados melhoram espontaneamente, até 4 semanas do início do quadro. • Rinossinusites virais → tratamento de suporte, como orientado para a rinofaringite aguda • Soluções salinas hipertônicas podem ser utilizadas para manter a permeabilidade das vias áreas superiores o Irrigação da mucosa aumenta o batimento ciliar e reduz o edema da mucosa, diminuindo a obstrução PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 ❖ Etiologia Bacteriana → antibióticos direcionados aos patógenos mais comuns. • Quando não há ingestão de antimicrobianos nos últimos 3 meses, amoxicilina é a droga de escolha (50-80 mg/kg/d, a cada 8 horas ou a cada 12 horas, por 14 dias o Ao suspeitar de H. influenzae ou M. catarrhalis, deve-se optar por amoxicilina + clavulanato, macrolídeos (azitromicina, claritromicina) ou cefalosporinas de segunda (cefuroxima) ou terceira geração ▪ Tambem nos casos em que houve falha terapêutica com amoxicilina • Associação do corticosteroide intranasal tópico é recomendada ❖ A antibioticoterapia é utilizada nos episódios de agudização da sinusite crônica, devendo cobrir os mesmos germes da aguda → com maior prevalência para o S. aureus, anaeróbios e fungos, e por tempo prolongado. • Corticosteroide tópico intranasal é considerado o principal medicamento no tratamento da RSC na criança o Eventualmente o tratamento cirúrgico é necessário, principalmente quando a sinusite é secundária a fatores obstrutivos ou malformação de seios paranasais ▪ Adenoidectomia com ou sem irrigação sinusal e/ou cirurgia endoscópica dos seios acometidos ❖ Complicações → celulite periorbital, abscesso, trombose de seio cavernoso, meningite e osteomielite, graves LITERATURA: - Tratado de Pediatria da SBP 4ª Ed. - 2017 - MEDCURSO 2019 PEDI - MEDCEL
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