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AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO PRODUZIDO COM AGREGADOS RECICLADOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (1)

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AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO PRODUZIDO 
COM AGREGADOS RECICLADOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Glacieli da Cruz Costa1 
Endrik Nardotto Rios2 
 
RESUMO 
 
O setor da construção civil absorve uma quantia considerável de recursos naturais 
não renováveis. Sendo assim, possui grande contribuição na problemática 
ambiental, que envolve desde a extração até o descarte final dos Resíduos de 
Construção e Demolição (RCD). Neste cenário, a reciclagem de RCD se apresenta 
como uma promissora possibilidade de mitigação dos impactos desse processo, 
visando assim um crescimento mais sustentável. O objetivo do presente trabalho foi 
caracterizar e avaliar a resistência à compressão do concreto produzido com 
agregados miúdos e graúdos de RCD, e compará-las com concreto a base de 
agregados naturais, para fins estruturais. Para isso, foram moldados corpos de 
provas com diferentes teores de substituição dos agregados, e também do concreto 
referência, confeccionado com agregados naturais. Com a idade de 7 e 14 dias os 
corpos de provas foram ensaiados para determinação da resistência. Os resultados 
revelam possibilidade de aplicação desse resíduo para uso em concreto estrutural 
com faixas de substituição abaixo de 50% em mistura, seja com substituição de 
agregado miúdo e graúdo ou apenas agregado graúdo, oriundos de agregados 
reciclados. 
 
Palavras-Chave: agregados reciclados, concreto, reciclagem, resistência. 
 
ABSTRACT 
 
The civil construction department utilizes one substantial quantity of non-renewable 
natural resources. Therefore, it has a big contribution on the environmental 
problematic situation, that involves since the extraction until the final disposal of 
construction and demolition waste (CDW). In this scenario, the CDW recycling shows 
itself as a promising possibility of mitigation of these methods’ impact, therefore 
aiming a more sustainable growth. The goal of this work is to analyze some of the 
main mechanic properties of the concrete produced with CDW’s fine and coarse 
aggregate, and compare them with a natural aggregate concrete, to measure the 
viability of its use in a structural function. In this regard, specimens were shaped with 
different aggregate replacement percentage, and also from the reference concrete, 
made with natural aggregate. With ages of 7 and 14 days the specimens were tested 
in order to determine the compressive strength. The results reveal the possibility of 
application to the residue of structural use with the substitution bands of up to 50% in 
 
1 Acadêmico de Engenharia Civil - UNESC 
2 Mestre em Estruturas, Professor do UNESC 
 
 
 
2 
 
mixture, with the replacement of aggregate of kid and large or only aggregate of 
large, from recycled aggregates. 
 
Key-Words: recycled aggregates, concrete, recycling, load. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O intenso processo de industrialização associado ao crescimento populacional 
tem agitado o setor da construção civil no Brasil e no mundo. Esse segmento por 
vezes visto como parâmetro de progresso econômico, também é encarregado por 
diversos problemas urbanos e ambientais enfrentados pelas cidades, devido ao 
volume de resíduos gerados nas diferentes etapas de construção. 
Os resíduos da construção civil “são os provenientes de construções, reformas, 
reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e 
da escavação de terrenos” (RESOLUÇÃO CONAMA Nº 307, 2002). A resolução 
versa ainda, que é obrigação dos geradores a correta destinação e beneficiamento 
do resíduo de construção e demolição (RCD), não podendo ser depositados em 
aterros de resíduos domiciliares, devendo ser encaminhados a áreas específicas, 
visando seu reuso ou reciclagem. Apesar de conter impurezas, os problemas 
gerados pelos RCD’s se dão basicamente pela quantidade gerada, e não por 
possíveis contaminações do ambiente onde é depositado. Visando combater os 
problemas e prejuízos decorrentes do gerenciamento inadequado dos resíduos 
sólidos, foi implantada em 2010 pela Lei nº 12305/10 a Política Nacional dos 
Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010), que se baseia na prevenção e redução dos 
resíduos, tendo como proposta a prática de adoção de padrões sustentáveis de 
produção e consumo de bens e serviços, além do aumento da reciclagem dos 
resíduos sólidos. 
Pesquisas já demostraram a viabilidade técnica e econômica do 
aproveitamento de agregados reciclados em obras de pavimentação viárias, entre 
outros destinos que não apresentem função estrutural. Contudo, para que a 
utilização dos agregados seja em maior escala, é essencial sua utilização em 
estruturas, sendo assim, estudos sobre o comportamento mecânico de concreto de 
RCD são de grande importância para o aprimoramento de técnicas que aumentem 
sua credibilidade e, possibilite sua utilização em demais segmentos, podendo assim, 
aumentar de maneira considerável o consumo dos agregados reciclados, 
 
 
 
3 
 
contribuindo cada vez mais com o meio ambiente. O principal objetivo desse estudo 
foi avaliar a resistência à compressão do concreto utilizando agregados oriundos de 
resíduos da construção e demolição em diferentes proporções, comparada a 
resistência de concreto convencional como referência. 
 
1 DEFINIÇÃO, ORIGEM E UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E 
DEMOLIÇÃO – RCD 
 
Também chamado de entulho, o RCD pode ser definido como todo material 
advindo de obras civis, como autoconstruções, demolições e reformas (DAL MOLIN 
& VIEIRA, 2004). De acordo com a NBR 15116 (ABNT, 2004), os resíduos podem 
ser: tijolos, blocos cerâmicos, concreto, solo, rocha, madeira, forros, argamassa, 
gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica. Os 
resíduos são classificados ainda em classes, sendo o RCD inserido na Classe A – 
resíduos que podem ser reutilizados ou reciclados (CONAMA, 2002). 
A utilização de agregados reciclados ainda é considerada pequena no Brasil, 
porém vem apresentando um pequeno crescimento nos últimos anos. Seu emprego 
é dificultado pela heterogeneidade dos agregados, e pela falta de conhecimento de 
tecnologias de controle de qualidade (DAL MOLIN & VIEIRA, 2004). 
A heterogeneidade e a grande variabilidade dos agregados de RCD 
influenciam no desempenho do concreto produzido com os agregados reciclados. 
De acordo com Moreira (2010) o material de origem, a mineralogia, e o tipo de 
britador utilizado no processamento do agregado possui relação direta nas 
características do concreto, e de forma secundária, o fator regional também pode 
influenciar para o aumento da variabilidade dos resíduos. Sendo assim, o emprego 
de RCD com maior segurança e garantia de qualidade depende de medidas de 
controle das suas características indesejáveis. 
Em 2004 surgiu a primeira norma brasileira sobre o uso de agregados 
reciclados da construção civil, trata-se da NBR 15116 (ABNT, 2004). A Norma trata 
apenas do emprego dos agregados para camadas de pavimentação e para 
concretos sem função estrutural, área em que o uso tem sido mais frequente no 
Brasil. No entanto, pesquisas realizadas têm mostrado a possibilidade de utilização 
de agregados reciclados para fins que exijam uma maior resistência do concreto, 
inclusive com a finalidade estrutural (TENÓRIO, 2007). Em sua pesquisa, o autor 
 
 
 
4 
 
garante ser possível o emprego de agregados de RCD em concreto estruturais, 
sendo necessário apenas respeitar suas peculiaridades. 
 
1.1 CARACTERÍSTICAS DOS AGREGADOS RECICLADOS 
 
Os agregados reciclados apresentam características diferentes dos agregados 
naturais. Sendo assim, o concreto composto por RCD apresentará características 
divergentes ao concreto com agregados naturais, logo “o desempenho de um 
concreto está diretamente relacionado ao desempenho dos materiais utilizados para 
sua produção, bem como suas proporções” (CARRIJO, 2005, p. 40). 
SegundoMehta e Monteiro, apud Carrijo (2005) a absorção de água, a 
granulometria, a forma e textura, a resistência à compressão, estão entre as 
propriedades físicas mais importantes dos agregados de RCD que devem ser 
analisadas para se alcançar um bom desempenho do concreto. 
 
1.1.1 Porosidade 
 
A porosidade dos agregados reciclados é a característica responsável pela sua 
maior absorção. Essa particularidade é devida a maior quantidade de interstícios 
presentes nos resíduos, que torna-se mais evidente nos agregados graúdos 
provenientes de rochas ígneas (MOREIRA, 2010). 
Brasileiro (2013) determinou a porosidade da brita 0 (RR 9,5) e da brita 1(RR 
19) e comparou com agregados naturais, a autora encontrou valores de porosidade 
8,45 vezes maior para a brita 0 reciclada, e 6,23 vezes maior para a brita 1 (Tabela 
1). A autora concluiu que devido à complexidade em se obter a densidade aparente 
dos agregados miúdos, os valores são determinados apenas para os agregados 
graúdos. Para Carrijo (2005), a porosidade dos agregados de RCD interfere 
rigorosamente na resistência, módulo de deformação e massa específica dos 
concretos com eles produzidos. 
 
 
 
5 
 
Tabela 1 – Porosidade dos agregados graúdos 
Ensaio Agregados Reciclados Agregados Naturais 
Porosidade (%) 
RR 19 - 10,90 B 19 - 1,75 
RR 9,5 - 15,98 B 9,5 - 1,89 
Fonte: Brasileiro (2013) 
 
1.1.2 Absorção De Água 
 
A alta absorção dos agregados reciclados está relacionada à maior porosidade 
dos mesmos. Para Moreira (2010), a porosidade dos agregados reciclados os torna 
menos resistentes, e é o ponto a ser utilizado como comparação entre os agregados 
de RCD e os agregados naturais, sendo um fator influenciador da resistência do 
concreto. 
A literatura mostra que a absorção de água dos agregados pode variar 
bastante. Tenório (2007) encontrou em sua pesquisa absorção de 9,34% para o 
agregado miúdo, de acordo com a Quadro 1 observa-se que este valor é 7,66 vezes 
maior que absorção do agregado de origem natural. 
 
Quadro 1 – Principais propriedades dos agregados miúdos 
Propriedade 
Areia natural de 
rio 
Agregado miúdo 
reciclado 
Norma 
Absorção de água (%) 1,22 9,34 NBR NM 30:2000 
Massa específica (Kg/dm³) 2,68 2,50 BNR 9776:1987 
Teor de matéria orgânica (ppm) <300 <300 NBR NM 49:2001 
Fonte: Tenório (2007). 
 
Dal Molin e Vieira (2004) e Silva (2009) ao estudar a absorção dos agregados 
graúdos reciclados encontraram valores diferentes para agregados com massa 
específica com valores bem próximos, como mostra a Tabela 2 e a Tabela 3. A 
massa específica é uma particularidade que depende da porosidade, e será tratada 
mais adiante. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Tabela 2 – Caracterização física dos agregados 
Agregado Tipo de material Absorção (%) Massa Específica (Kg/dm³) 
Graúdo 
Natural 2,50 2,70 
Reciclado 6,04 2,52 
Miúdo 
Natural - 2,62 
Reciclado 14,65 2,51 
Fonte: Dal Molin e Vieira (2004) 
 
Tabela 3 – Características dos agregados graúdos 
Amostras Absorção (%) 
Massa Esp.Seca 
(kN/m³) 
Massa Esp. Seca Saturada 
(kN/m³) 
1 9,98 25,94 20,66 
2 9,93 25,91 20,61 
3 9,00 25,97 20,57 
Média 9,64 25,94 20,61 
Fonte: Silva (2009) 
 
A absorção de água dos agregados reciclados causada pela porosidade é a 
especificidade que mais interfere no estado fresco do concreto (TENÓRIO, 2007). 
Para agregados naturais, essa propriedade não possui relevância significativa nas 
características do concreto, visto que a absorção é pequena ou inexistente como 
pode-se observar na Tabela 2. Devido à maior absorção dos agregados, para se 
obter consistência e trabalhabilidade, os concretos com agregados reciclados 
precisarão de mais água, o que pode influenciar na relação água/cimento – a/c do 
concreto se a quantidade for adicionada direto na mistura. Barra (1996) apud Leite 
(2001) afirma que a absorção não acontece de forma regular pelos agregados, 
motivo pelo qual se altera a a/c da mistura. A Figura 1 apresenta a influência da 
relação a/c na resistência à compressão axial do concreto estudada por Leite (2001), 
onde observa-se que à medida que aumenta a relação a/c, existe um decréscimo na 
resistência do concreto. Contudo, a literatura indica que quando é realizada uma 
pré-molhagem no agregado seco, reduz a possibilidade de interferência da relação 
a/c, solução que se apresenta como medida de controle da quantidade de água da 
mistura de concreto. 
 
 
 
7 
 
 
Figura 1 – Influência da relação a/c na resistência do concreto. 
Fonte: LEITE (2001). 
 
Para a determinação da quantidade de água a ser adicionada ao traço, a 
bibliografia apresenta valores entre 50 a 70% da absorção para agregados graúdos, 
que se trata do valor aproximado de absorção para os primeiros 10 minutos após a 
molhagem. Contudo, esses valores podem variar bastante, Tenório (2007) constatou 
que quase 90% da água foi absorvida pelos agregados graúdos neste intervalo 
(Figura 2), enquanto Carrijo (2005) encontrou valores variando entre 70 e 86% 
também para agregados graúdos, o que indica que essa característica depende da 
composição dos agregados. Em contrapartida, Leite (2001) observou que tanto 
agregados miúdos quanto graúdos absorviam 50% da água no tempo de 10 
minutos. 
 
Figura 2 – Curva de absorção em função do tempo para agregados graúdos reciclados. 
Fonte: TENÓRIO (2007). 
 
Na curva de absorção em função do tempo que pode ser observada na Figura 
2, verifica-se que a absorção vai retardando a partir do décimo minuto, motivo que 
fundamenta a utilização apenas da absorção que acontece até este período. Outro 
argumento é apresentado por Nevile (1997) citado por Moreira (2010), onde a autora 
 
 
 
8 
 
defende que o cobrimento dos agregados pela pasta de cimento interrompe a 
absorção dos agregados reciclados, preenchendo os poros e impedindo a maior 
absorção, o que dispensaria a pré-molhagem. 
 
1.1.3 Massa Específica 
 
Como citado no item 1.1.2 a massa específica está diretamente ligada à 
porosidade dos agregados reciclados. Conhecer a massa específica dos materiais 
utilizados na produção do concreto é de extrema relevância, e serve como base para 
determinar a quantidade de materiais utilizados na dosagem do concreto (CARRIJO, 
2005). 
Carrijo (2005) estudou a influência da massa específica dos agregados 
graúdos reciclados no desempenho mecânico do concreto, utilizando a densidade 
dos materiais como principal parâmetro de comparação entre as misturas. A autora 
constatou que a resistência do concreto diminui com o decréscimo da massa 
específica do agregado (Figura 3). A literatura apresenta resultados que apontam 
valores de densidade mínima entre 2,2 a 2,3 g/cm³ (ANGULO, 2005 apud ARAÚJO 
et al.,2015). 
 
Figura 3 – Influência da massa específica do agregado graúdo reciclado na resistência à 
compressão do concreto. 
Fonte: CARRIJO (2005). 
 
1.1.4 Forma e Textura 
 
Os agregados de RCD habitualmente apresentam textura mais rugosa e forma 
mais angulares que agregados naturais. Dessa maneira, agregados reciclados 
 
 
 
9 
 
favorecem um maior travamento à mistura, necessitando assim de uma quantidade 
maior de pasta de cimento para obter trabalhabilidade (RASHWAN e ABOURIZK, 
1997 apud MOREIRA, 2010). 
 
1.2 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO E TRATAMENTO 
 
A determinação da resistência à compressão do concreto é o ensaio mais 
pertinente a ser realizado no concreto em seu estado endurecido (ARAGÃO, 2007). 
Devido às características dos agregados, concretos de RCD tendem a apresentar 
valores de resistências inferiores aos concretos convencionais, pesquisas apontam 
valores de resistência à compressão de concretos de RDC entre 60 a 100% dos 
concretos naturais (VÁSQUEZ et al., 2001, HANSEN, 1992, TOPÇU & GANCAN, 
1995 apud CARRIJO, 2005). Contudo, com a adoção de medidas de controle, 
encontram-se na literatura valores de resistência à compressão atrelada ao concreto 
de RCD maiores queao concreto natural, como pode ser observado na Tabela 4 
(ARAÚJO et al., 2015). 
 
Tabela 4 – Resistência à compressão para diferentes percentuais de mistura 
 Substituição (%) 
fcm,j=7 
(MPa) 
fcm,j=28 
(MPa) 
fctm,sp,j=28 
(MPa) 
Ec,j=28 
(GPa) 
C-0 0 26,95 ± 4,02 36,39 ± 1,56 3,88 ± 0,12 29,86 ± 1,00 
C-19 19 33,97 ± 1,39 41,23 ± 0,59 3,95 ± 0,02 28,04 ± 0,06 
C-43 43 32,79 ± 3,55 39,60 ± 1,98 3,63 ± 0,41 28,04 ± 0,56 
C-75 75 29,34 ± 1,52 35,79 ± 0,48 3,66 ± 0,09 26,34 ± 0,91 
C-100 100 28,77 ± 1,38 38,30 ± 1,07 3,60 ± 0,18 28,15 ± 0,88 
CT-26 26 32,75 ± 1,70 37,82 ± 1,39 3,79 ± 0,05 27,83 ± 0,48 
fcm,j=7 : resistência à compressão média aos 7 dias; fcm,j=28: resistência à compressão média aos 
28 dias; fctm,sp,j=28: resistência à tração média por compressão diametral aos 28 dias; Ec,j=28 : 
módulo de elasticidade médio aos 28 dias 
 Fonte: Araújo et at. (2015) 
 
O tratamento dos agregados trata-se de medidas que visam restabelecer 
algumas características dos resíduos, e reduzir as propriedades indesejáveis. Chen 
et al (2003) pesquisaram a influência da lavagem dos agregados graúdos reciclados, 
os resultados apresentaram o crescimento em torno de 15% da resistência em 
 
 
 
10 
 
comparação com agregados não lavados. Araújo et al (2015) realizaram um 
tratamento mecânico através do equipamento de abrasão “Los Angeles” o que 
resultou em agregados graúdos com massa específica com valores bem próximos a 
agregados naturais. Moreira (2010) utilizou em sua pesquisa o tratamento mecânico 
por meio de jigue, o processo resultou em agregados menos porosos e com menor 
consumo de cimento. De modo geral, submeter os agregados a algum tipo de 
tratamento resultou em concretos com maiores valores de resistência à compressão. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Os agregados reciclados utilizados na pesquisa são provenientes de uma usina 
de reciclagem localizada no município da Serra – ES, a qual forneceu agregados 
selecionados conforme granulometria específica: agregado graúdo como brita zero e 
agregado miúdo como areia média. Os agregados naturais foram provenientes da 
região de Colatina – ES. O cimento utilizado na confecção do concreto foi o CP V – 
ARI e, para manutenção da plasticidade e trabalhabilidade do concreto, foi utilizado 
um aditivo superplastificante da marca ADITIBRAS. A figura 04 ilustra uma visão 
geral da empresa de reciclagem de resíduo da construção civil. 
 
 
Figura 4 – Pátio da empresa fornecedora dos agregados provenientes de resíduos da 
construção e demolição. 
 
A determinação do traço para o concreto referência, e para os concretos com 
agregados reciclados foi realizada pelo método ABCP – Associação Brasileira de 
Cimento Portland, método adaptado a partir da tradução da American Concrete 
Institute – ACI - 211. O método define o traço através das características dos 
agregados, para isso são necessários os seguintes ensaios: determinação da 
 
 
 
11 
 
composição granulométrica (ABNT, NBR NM 248:2003); determinação da massa 
unitária (ABNT, NBR 7251:1982); determinação da massa específica do agregado 
miúdo (ABNT, NBR NM 52:2002); determinação da massa específica do agregado 
graúdo (ABNT, NBR NM 53:2009). 
A preparação do concreto foi realizada da seguinte maneira: Mistura na 
betoneira de 50% dos agregados mais o cimento por cerca de 2 minutos; inserção 
de metade da água com o aditivo misturando por 1 minuto; adição do restante dos 
agregados misturando por mais 1 minuto; adição do restante da água de 
amassamento misturando por mais 3 minutos. Os corpos de prova foram moldados 
de acordo com a ABNT, NBR 5738, e desmoldados após 24 horas, sendo mantidos 
em câmara úmida para cura até o momento dos ensaios de resistência. 
Em seu estado endurecido avaliou-se a resistência à compressão do concreto 
(ABNT, NBR 5739:2007). Foram ensaiados três corpos de prova cilíndricos (10 x 20 
cm) com a idade de 7 dias e três aos 14 dias. 
Todos os ensaios foram realizados no laboratório de Materiais de Construção 
do Centro Tecnológico de Engenharia Civil do UNESC, campus I, Colatina – ES 
(Figura 5). 
 
 
Figura 5 – Laboratório de Materiais de Construção Civil – UNESC, campus I, Colatina - ES. 
 
Tendo como variável relevante neste trabalho o percentual de substituição dos 
agregados naturais pelos agregados reciclados, determinou-se as seguintes taxas 
de substituição: 100% graúdo e miúdo, reciclados; 50% graúdo e miúdo, reciclados; 
25% graúdo e miúdo reciclados; 100% somente graúdo reciclado e; 50% somente 
graúdo reciclado. Ficou determinado ainda, que os agregados miúdos e graúdos 
serão peneirados visando reduzir os finos e melhorar a trabalhabilidade do concreto, 
e também será realizada a pré-molhagem para controle da absorção dos agregados. 
 
 
 
12 
 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
As Tabelas 5 e 6 retratam a caracterização dos agregados miúdo e graúdo, 
respectivamente. 
 
Tabela 5 – Caracterização física do agregado miúdo: natural e reciclado 
Agregado Miúdo 
Módulo de Finura Massa específica real Absorção 
- (g/cm³) (%) 
Natural 2,39 2,69 - 
Reciclado 3,16 2,12 8,001 
1valores médios encontrados na literatura para agregado miúdo reciclado: A partir de Leite (2001) 
e Silva (2009). 
Fonte: Autor 
 
Tabela 6 – Caracterização física do agregado graúdo: natural e reciclado 
Agregado 
graúdo 
Massa Unitária 
Compactada 
Massa Específica Real Absorção 
Diametro Máximo 
Característico 
(g/cm³) (g/cm³) (%) (mm) 
Natural 1,52 2,51 1,25 9,50 
Reciclado 1,29 2,28 7,58 9,50 
Fonte: Autor 
 
As massas específicas dos agregados de RCD apresentaram valores menores 
que os agregados naturais. O agregado graúdo reciclado apresentou massa 
específica maior que 2,2 g/cm³, valor mínimo recomendado para utilização 
estrutural, como afirma Araújo et al. (2015). A absorção do agregado graúdo 
reciclado foi 6,06 vezes maior que o natural, valor bem próximo do encontrado por 
Dal Molin e Vieira (2004). 
Ficou definido que 50% da absorção será compensada através da pré-
molhagem dos agregados, que deverá ocorrer 10 minutos antes do início da 
produção do concreto. Os agregados reciclados e naturais apresentaram pouca ou 
nenhuma umidade, sendo esta característica desconsiderada no desenvolvimento 
do traço. 
Com base nos valores encontrados, foi definido o traço do concreto referência, 
produzido apenas com agregados naturais, e o traço do concreto reciclado. O 
 
 
 
13 
 
mesmo traço foi mantido para todos os percentuais de substituição. Na Tabela 7 são 
apresentados os traços encontrados. 
 
Tabela 7 – Traços do concreto natural e reciclado. 
 Cimento Areia Brita 0 a/c 
Agregado Natural 1,00 1,55 1,89 0,49 
Agregado Reciclado 1,00 1,51 1,39 0,49 
Fonte: Autor 
 
A princípio optou-se por manter fixa a quantidade de aditivo, porém devido à 
perda de trabalhabilidade foi necessário ajustar a medida em algumas misturas. 
Sendo assim, nos traços com concreto natural, 100% graúdo e miúdo, e 25% graúdo 
e miúdo foi adicionado 5 ml de aditivo por quilo de cimento, e os traços com 50% 
graúdo e miúdo, 100% somente graúdo e 50% somente graúdo foi adicionado 7 ml 
de aditivo para cada quilo de cimento. 
A Tabela 8 mostra os resultados médios (desvio padrão entre parênteses), em 
MPa, da resistência à compressão nas idades de 07 e 14 dias, para as amostras de 
concreto moldados conforme as porcentagens substituídas dos resíduos. Cabe 
ressaltar que os resultados “referência” são representativos do controle amostral 
sem qualquer substituição, ou seja, moldados com agregados naturais. 
 
Tabela 8 – Resultados em MPa da resistência à compressão em média e desvio 
padrão para as diferentes amostras de concreto, conforme o delineamento 
experimental. 
 Referência 
Substituição dos agregados miúdo e 
graúdo 
Substituição do agregado 
graúdo 
100% 50% 25% 100% 50% 
7 dias 29,65 (0,13) 19,23 (4,65) 25,43 (2,96) 22,88 (4,25) 18,54 (2,17)30,64 (2,10) 
14 dias 30,31 (2,05) 17,88 (1,18) 25,55 (2,72) 26,44 (3,54) 26,35 (7,02) 27,04 (1,23) 
Fonte: Autor 
 
As substituições dos agregados naturais pelos resíduos da construção e 
demolição representam um declínio da resistência à compressão em qualquer idade 
com exceção da mistura com substituição de 50% do agregado graúdo na idade de 
07 dias com média de 30,64 MPa. Leite (2001) trabalhando com várias relações a/c 
 
 
 
14 
 
evidenciaram redução na resistência à compressão do concreto para qualquer 
substituição parcial ou completa de agregados de RCD. As misturas com 100% de 
agregados reciclados em qualquer situação, principalmente nas primeiras idades, 
não alcançam o valor mínimo exigido para caracterizar um concreto estrutural com 
resistência mínima de 20 MPa. Já as misturas com 50% e 25 % dos dois agregados 
atenderam ao valor mínimo que caracterizasse concreto estrutural. Entretanto na 
mistura de 50% dos dois RCD’s, mostrou-se uma queda de 14,2% e 15,7% na 
resistência à compressão para as idades de 7 e 14 dias, respectivamente e, as 
misturas com 25% dos dois RCD’s geraram uma queda de 22,8% e 12,1% na 
resistência à compressão para as idades de 7 e 14 dias. 
Sabendo-se que quanto mais se avança na idade do concreto maior a 
tendência de torná-lo mais resistente, no geral é essa a tendência como visto na 
Tabela 8. Entretanto no resultado com mistura de 100% de agregados de RCD a 
resistência a compressão caiu em torno de 7%, fato que não é comum, o que mostra 
que o resultado torna-se não confiável, seja pela não homogeneidade dos materiais 
ou até mesmo pela falta de identificação da composição exata do RCD. Araújo et al. 
(2015) e Leite (2001) observaram em todos os ensaios uma tendência de 
incremento de resistência à compressão para todas as misturas de RCD quando se 
avança na idade. 
O resultado com substituição apenas de agregado graúdo em 50% mais se 
aproximou e equiparou ao concreto “referência”, fato este devido à completa 
utilização do agregado miúdo natural. Os resultados utilizando apenas agregado 
graúdo em 100% houve um decréscimo de 37% na resistência à compressão 
comparado ao concreto “referência”. De maneira similar ao trabalhado dessa 
pesquisa, Leite (2001) observou uma queda de 16% na resistência, evidenciando 
que a substituição total do agregado graúdo natural contribui de forma razoável na 
queda da resistência à compressão. 
 
CONCLUSÃO 
 
Os resultados encontrados relatam uma grande possibilidade da utilização dos 
RCD’s na produção de concreto estrutural, quando se trata da resistência à 
compressão. Fica evidenciado que margens de 100% de substituição dos agregados 
de RCD, seja na substituição dos dois agregados ou apenas na substituição do 
 
 
 
15 
 
agregado graúdo, geram resultados insatisfatórios inviabilizando tal dosagem. 
Faixas menores de substituições da ordem de 50% e 25 % geram uma 
confiabilidade maior, os resultados indicam uma queda inferior diante dessa 
situação. 
Os resultados apresentados confirmam a viabilidade da aplicação do concreto 
reciclado para fins estruturais, no entanto com extrema cautela nos altos teores de 
substituições de RCD. A literatura mostra, no geral, uma tendência a se aceitar o 
RCD para produção de concreto para fins estruturais, no entanto torna-se 
imprescindível estudos específicos voltados para efeitos ainda pouco estudados com 
esse tipo de material, como por exemplo, a fluência e retração, que trata do 
comportamento do concreto ao longo da sua vida útil. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
O UNESC campus de Colatina, pela oportunidade de trabalhar com pesquisa 
científica. A empresa URESERRA, localizada no município da Serra - ES, pela 
pronta disponibilidade em fornecer material reciclado da construção civil para esta 
pesquisa. 
 
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