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COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE CÉLULAS ESTRUTURA DE BIOMEMBRANAS Profa. Krystyna Gorlach Lira Universidade Federal da Paraíba Departamento de Biologia Molecular (DBM/CCEN) COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE CÉLULAS o De modo geral, as células contêm quatro famílias principais de moléculas orgânicas pequenas: os açúcares, os ácidos graxos, os nucleotídeos e os aminoácidos. o Algumas são utilizadas como subunidades (monômeros) para compor macromoléculas poliméricas: proteínas, ácidos nucleicos e os polissacarídeos. A maior parte dos átomos de carbono presente nas células está incorporada em grandes moléculas poliméricas. Fonte: Alberts et al., 2017. 2 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE CÉLULAS o As células são constituídas por 70% de água - a vida depende das propriedades químicas da água. o Entre os 30% dos compostos químicos da célula temos 99% de substâncias orgânicas, principalmente macromoléculas, e apenas 1% de substâncias inorgânicas. Fonte: Alberts et al., 2017. 3 As reações ocorrem no interior das células em um ambiente aquoso. Várias moléculas se dissolvem facilmente em água: ❖ álcoois - formam ligações de hidrogênio com a água. ❖ moléculas hidrofílicas que possuem cargas e interagem favoravelmente com a água (“gostam de água”). Exemplos: açucares, ácidos nucleicos, a maioria de proteínas. ❖ moléculas hidrofóbicas (moléculas que “não gostam de água”) que não possuem carga elétrica e formam poucas ligações de hidrogênio ou nenhuma, de modo que não se dissolvem em água. Exemplos: hidrocarbonetos. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE CÉLULAS o Moléculas anfipáticas (anfifílicas) são moléculas que possuem uma região hidrofílica (solúvel em meio aquoso), e uma região hidrofóbica (insolúvel em água, porém solúvel em lipídios e solventes orgânicos). Exemplos: lipídios de membranas biológicas. Fonte: Alberts et al., 2017. Molécula hidrofílica (ureia) Molécula hidrofóbica (hidrocarboneto) 4 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE CÉLULAS o O citosol ocupa cerca de metade do volume da célula e outra metade é constituída de compartimentos envoltos pela membrana. o Citosol: água, proteínas, carboidratos, lipídios, íons. Ocorrem muitas reações pelas quais algumas pequenas moléculas são degradadas e outras são sintetizadas para fornecer as unidades fundamentais das macromoléculas. o Membranas biológicas (membrana plasmática e membranas de organelas): proteínas e lipídios. Fonte: Alberts et al., 2017. 5 6 o A membrana da hemácia é o modelo primário para estudo de membrana plasmática celular animal, pelo fato de ser desprovida de núcleo e organelas. Fonte: Alberts et al., 2017. CARACTERÍSTICAS GERAIS DE BIOMEMBRANAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DE BIOMEMBRANAS Todas as membranas biológicas possuem uma estrutura geral comum: cada uma é constituída por uma fina película de moléculas de lipídeos e proteínas unidas principalmente por interações não covalentes. A bicamada lipídica proporciona a estrutura fluida básica da membrana e atua como uma barreira relativamente impermeável à passagem da maioria das moléculas solúveis em água. Possui espessura cerca de 5 nm. As proteínas de membrana medeiam quase todas as funções da membranas. 7 Bicamada lipídica com as proteínas associadas – modelo mosaico fluído. Fonte: Nelson, 2013 (Princípios de bioquímica de Lehninger) CARACTERÍSTICAS GERAIS DE BIOMEMBRANAS As membranas biológicas apresentam: ❖ assimetria: a distribuição de proteínas, lipídios e carboidratos difere entre as duas camadas de membrana. ❖permeabilidade seletiva e participam na importação e exportação de substancias especificas (transporte). ❖ capacidade sensorial de responder a mudanças no meio celular e extracelular (comunicação). 8 Lipídios Proteínas Carboidratos ligados as proteínas ou lipídios COMPOSIÇÃO DE BIOMEMBRANAS 9 o Lipídios são substâncias solúveis em solventes orgânicos não-polares (clorofórmio, benzeno, acetona) e são insolúveis ou pouco solúveis em água o Lipídios das membranas biológicas são moléculas anfipáticas, ou seja, possuem na mesma molécula uma parte hidrofílica e uma hidrofóbica o A maioria dos lipídios (fosfolipídios e glicolipídios) de biomembranas possuem: ❖ Uma região hidrofílica (polar) solúvel em água ❖ Uma longa cadeia hidrocarbonada hidrofóbica (apolar), não solúvel em água Caudas apolares (ácidos graxos) Cabeça polar LIPÍDIOS DE BIOMEMBRANAS 10 COMPORTAMENTO DOS LIPÍDIOS ANFIPÁTICOS EM ÁGUA 11 Fonte: Alberts et al., 2017. o As moléculas anfipáticas em ambiente aquoso se agregam de modo espontâneo, escondendo suas caudas hidrofóbicas no interior onde ficam protegidas da água e expondo suas cabeças hidrofílicas para a água. o Dependendo de sua forma, elas podem: ❖ formar micelas esféricas com as caudas para dentro ou formar folhas de camadas duplas – lipídios em forma de cone (exemplo - detergente). ❖ bicamadas, com as caudas hidrofóbicas para o interior entre as cabeças hidrofílicas - lipídios das membranas biológicas. FORMAÇÃO DE BICAMADA LIPÍDICA o As moléculas de lipídios que compõem as biomembranas se organizam no meio aquoso em bicamada lipídica, com o interior hidrofóbico e os lados extracelular e intracelular hidrofílicos. COMPORTAMENTO DOS LIPÍDIOS ANFIPÁTICOS EM ÁGUA 12 Fonte: Alberts et al., 2017. Lipossomos - vesículas artificiais Formam-se espontaneamente quando fosfolipídios puros são adicionados a água. São utilizados na pesquisa como membranas sintéticas. https://www.youtube.com/watch?v=LKN5sq5dtW4 13 o As bicamadas lipídicas se fecham espontaneamente sobre elas mesmas formando os compartimentos selados. o Bicamadas de lipídeos planas podem ser formadas apenas através de um furo em divisória entre dois compartimentos aquosos ou em um suporte sólido. COMPORTAMENTO DOS LIPÍDIOS ANFIPÁTICOS EM ÁGUA 14 Fonte: Alberts et al., 2017. Fonte: Mazzoco, A. Torres, B.B. Bioquímica básica.3ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. LIPÍDIOS DE BIOMEMBRANAS Esteroides Colesterol 15 FOSFOLIPÍDIOS - FOSFOGLICERÍDEOS Os principais fosfolipídeos da maioria das membranas das células animais são fosfoglicerídeos ❖ Possuem uma estrutura central de glicerol ❖ A molécula de um fosfoglicerídeo é composta de duas longas cadeias de ácidos graxos, glicerol, um grupo fosfato, e um radical (colina, etanolamina, serina, inositol). ❖ Ácidos graxos podem ser saturados ou insaturados. COLINA ETANOLAMINA SERINA INOSITOL RADICAL 16 Fonte: Alberts et al., 2017. http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf o Os fosfoglicerídeos mais abundantes são: fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilserina e fosfatidilinositol. FOSFOLIPÍDIOS - FOSFOGLICERÍDEOS 17 Fonte: Cooper, 2007. o O fosfoglicerídeo mais abundante nas biomembranas é fosfatidilcolina. FOSFOLIPÍDIOS - FOSFOGLICERÍDEOS 18 https://wp.ufpel.edu.br/aquitembioquimica/files/2018/06/03-Lip%C3%ADdios-PDF.pdf ESFINGOLIPÍDIOS Possuem na sua estrutura esfingosina, não possuem glicerol. Esfingosina é um aminoálcool; esfingosina ligada com um ácido graxo forma ceramida (precursor de todos esfingolipídios). Dois grupos: ❖Esfingomielinas - pertencem aos fosfolipídios (possuem grupo fosfato). ❖ Glicolipídios (possuem açucares e não possuem grupo fosfato). 19 Esfingomielina Glicolipídio Glicolipídio . Galactose Galactose Glucose https://mmegias.webs.uvigo.es/5-celulas/3-lipidos.php Esfingosina Ceramida Ácido graxo ESFINGOLIPÍDIOS - ESFINGOMIELINAS São constituídas de esfingosina, ácido graxo, grupo fosfato e colina (ou etanolamina). Lipídeos de revestimento neuronal - presentes em grandes quantidades na bainha da mielina: esfingomielinas são presentes na membrana plasmática de células de Schwann e oligodendrócitos, os quais enrolam-se no espiral em torno do axônio. Presentes também em membranas de outras células, principalmente na membrana plasmática.20 ESFINGOLIPÍDIOS - GLICOLIPÍDEOS São constituídos de esfingosina, ácido graxo e um ou mais resíduos de açúcar. Encontradas exclusivamente na camada não-citosólica da bicamada lipídica. Constituem cerca de 5% dos lipídios da membrana plasmática; são mais abundantes na membrana plasmática de células nervosas. 21 Fonte: Alberts et al., 2017. ESTEROÍDES Colesterol em células animais e humanas. Quantidade bastante variada em diferentes biomembranas. As moléculas de colesterol orientam-se na bicamada com seu grupo hidroxila próximo aos grupos de cabeças polares das moléculas de fosfolipídios adjacentes. O colesterol participa nos processos de sinalização celular, e faz parte de balsas lipídicas na membrana plasmática. 22 Fonte: Alberts et al., 2017. Muitos lipídeos e proteínas de membrana estão distribuídos uniformemente. Alguns lipídeos e proteínas específicos de membrana estão concentrados de maneira dinâmica e temporária permitindo a formação provisória de regiões especializadas da membrana, tais como as balsas lipídicas. As balsas lipídicas estão enriquecidas com lipídios longos e saturados (principalmente esfingolipídios) e colesterol, assim, são mais rígidas que o resto da membrana e servem como suporte para as proteínas específicas. BALSAS LIPÍDICAS Balsas lipídicas 23 ASSIMETRIA DE LIPÍDEOS Fosfatidllserina possui carga negativa. Carga interfere na ligação com proteínas, transportes, sinalização celular. 24 Fonte: Alberts et al., 2017. o As composições de lipídeos das duas monocamadas da bicamada lipídica de muitas membranas são muito distintas. o A assimetria lipídica é funcionalmente importante: ❖ muitas proteínas citosólicas se ligam a cabeças dos lipídios específicos da monocamada do citosol da bicamada lipídica, ❖ os fosfolipídios na membrana plasmática são usados para converter sinais extracelulares em intracelulares, ❖ os fosfolipídios específicos da membrana plasmática são utilizados para distinguir entre células vivas e células mortas. http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf CONSTITUIÇÃO DAS BIOMEMBRANAS 25 Fonte: Alberts et al., 2017. MOVIMENTO DOS LIPÍDEOS NAS BICAMADAS o Difusão lateral: moléculas lipídicas trocam de lugar rapidamente com suas vizinhas dentro de uma mesma mono camada o Flip-flop: moléculas fosfolipídicas nas bicamadas migram de um lado para outro da mono camada o Rotação: moléculas lipídicas giram rapidamente ao redor de seu eixo maior o Flexão: suas cadeias de hidrocarbonos são flexíveis. 26 Fonte: Alberts et al., 2017. ↑ Comprime nto das cadeias = ↓ Fluidez FLUIDEZ DE BIOMEMBRANAS o Maior quantidade de ácidos graxos curtos e não-saturados – bicamadas lipídicas mais fluidas. o Em temperaturas mais altas maior quantidade de colesterol em células animais torna a bicamada lipídica menos fluida, menos deformável e menos permeável a pequenas moléculas hidrossolúveis. ↑ Temperatura = ↑ Fluidez ↑ Grau de insaturação de ácidos graxos dos lipídios = ↑ Fluidez ↑ Comprimento das cadeias de ácidos graxos dos lipídios = ↓ Fluidez ↑ Conteúdo de Colesterol = ↑ Fluidez (baixas temperaturas) 27 FLUIDEZ DE BIOMEMBRANAS 28 As bactérias, leveduras e outros organismos cujas temperaturas flutuam com a do ambiente ajustam a composição de ácidos graxos das suas membranas lipídicas para manter uma fluidez relativamente constante: ❖ Exemplo: em temperatura baixa esses organismos sintetizam ácidos graxos com mais ligações duplas, evitando a redução da fluidez da bicamada. FLUIDEZ DE BIOMEMBRANAS Fluidez permite: ❖ rápida difusão das proteínas de membrana no plano da bicamada. ❖ interação com outras proteínas. ❖ difusão de lipídios e proteínas dos locais onde estão inseridas após sua síntese para outras regiões de membrana. ❖ fusão de membranas diferentes com a consequente mistura e redistribuição dos lipídeos e proteínas. 29 PROTEÍNAS DE BIOMEMBRANAS o Nas membranas biológicas temos dois grupos de proteínas: ❖ Proteínas integrais - se associam fortemente com os lipídios da membrana. ❖ Proteínas periféricas - se associam à membrana mediante interações iônicas fracas com proteínas integrais ou com os lipídeos da membrana. o As proteínas podem desempenhar várias funções nas membranas biológicas, como funções enzimáticas, receptoras de hormônios ou transportadoras de substâncias. o Porcentual de proteínas nas membranas biológicas varia entre 25% (membrana de mielina) e 75% (membrana interna das mitocôndrias e dos cloroplastos). o Uma membrana plasmática típica possui cerca de 50% de proteínas. 30 http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf PROTEÍNAS INTEGRAIS E PERIFÉRICAS PROTEÍNAS INTEGRAIS: Proteínas transmembrana (1, 2 e 3); Proteína inserida em apenas uma camada de lipídios (4); Proteínas ligadas covalentemente por lipídeos (5 e 6). PROTEÍNAS PERIFÉRICAS (7 e 8) 31 Fonte: Alberts et al., 2017 PROTEÍNAS INTEGRAIS Cerca 70% das proteínas da membrana. Fortemente ligadas com as porções hidrofóbicas dos lipídios da membrana. Frequentemente ligadas às cadeias de oligossacarídeos (glicoproteínas). Proteínas transmembrana (1, 2 e 3) Proteína inserida em apenas uma camada de lipídios (4) Proteínas ligadas por lipídeos (5 e 6) 32 PROTEÍNAS INTEGRAIS TRANSMEMBRANA Atravessam completamente a bicamada lipídica, apresentando três regiões bem definidas: domínio extracelular, domínio transmembrana (TM) e domínio citosólico. São proteínas anfipáticas. Na maioria das proteínas transmembrana a cadeia polipeptídica cruza a bicamada lipídica em uma conformação de a-hélice: ❖ uma única vez - proteína transmembrana de passagem única (proteína unipasso) – uma a-hélice. ❖ várias vezes - proteína de passagem múltipla (proteína multipasso) – duas ou mais a-hélices. o Algumas proteínas cruzam a bicamada lipídica como um barril - fitas transmembrana ordenadas como folhas b em forma de cilindro. São abundantes na membrana externa das bactérias, mitocôndrias e cloroplastos (porinas). Ocorrem as interações hidrofóbicas entre as cadeias laterais dos resíduos de aminoácidos dos domínios transmembrana das proteínas e a cauda dos ácidos graxos dos fosfolipídeos da membrana. Proteína transmembrana unipasso Proteína transmembrana multipasso Fonte: Alberts et al., 2010. Barril b 33 a-hélice folha b PROTEÍNAS INTEGRAIS LIGADAS A LIPÍDEOS o Monocamada não-citosólica: proteínas são inseridas em uma camada lipídica. (proteína 4) o Monocamada não-citosólica: as proteínas ligadas por meio de um oligossacarídeo ligante ao fosfatidilinositol denominado ancora de GPI (Glicosilfosfatidilinositol). (proteína 5) o Monocamada citosólica: as proteínas ligadas covalentemente à bicamada por uma cadeia lipídica (por exemplo ácido graxo). (proteína 6) Fonte: Alberts et al., 2017 34 Ancora GPI http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf PROTEÍNAS PERIFÉRICAS (EXTRÍNSECAS) Presentes na face externa ou interna da membrana. São ligadas a membrana por interações fracas (não-covalentes). Não interagem com o interior hidrofóbico das biomembranas; geralmente são ligadas com as proteína integrais. Facilmente extraídas com soluções salinas ou variações de pH. 35 Proteína periférica Proteína integral Proteína periférica Proteína integral Citosol Fonte: Alberts et al., 2017 PROTEÍNAS INTEGRAIS - FUNÇÕES 36 AÇÃO DE DETERGENTES NAS BIOMEMBRANAS Exemplos dosdetergentes: Dodecil sulfato de sódio (SDS) e Lauril sulfato de sódio (SLS) 37 o O detergente rompe a bicamada lipídica e solubiliza as proteínas como complexos detergente- -lipídeo-proteína e os fosfolipídeos como as micelas detergente- -lipídeo. Dodecil sulfato de sódio (SDS) Fonte: Alberts et al., 2017 CARBOIDRATOS DE BIOMEMBRANAS - GLICOCÁLICE Uma zona da superfície celular rica em carboidratos denomina-se glicocálice ou revestimento celular. Os carboidratos revestem a superfície de todas as células eucarióticas, pois a maioria das proteínas da membrana plasmática é glicosilada. 38 Fonte: Alberts et al., 2017 http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf A camada de carboidratos na superfície da membrana plasmática é formada pelas: ❖ cadeias de oligossacarídeos de glicoproteínas ❖ cadeias laterais dos oligossacarídeos dos glicolipídios ❖ cadeias de polissacarídeos dos proteoglicanos o A maioria dos açúcares está ligada a moléculas intrínsecas de membrana plasmática o Os açucares de glicoproteínas e proteoglicanos que foram secretados para o espaço extracelular e adsorvidos na superfície celular também contribuem para o glicocálice. 39 CARBOIDRATOS DE BIOMEMBRANAS - GLICOCÁLICE http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf FUNÇÕES o Protegem a superfície celular de agressões mecânicas e químicas. o Formam um ambiente hidratado por atrair água. o Atraem os cátions armazenando-os e facilitando o transporte desses íons (Na+, K+, Ca+) devido a sua carga elétrica negativa. o Participam na interação da célula com algumas moléculas do meio extracelular ou da superfície de outras células: reconhecimento célula-célula e adesão. ❖ Interação espermatozoide – óvulo. ❖ As células de um mesmo tecido se reconhecem através do glicocálice semelhante e se aderem umas às outras. Células de tecidos diferentes se repelem por possuírem glicocálices diferentes (inibição de crescimento celular por contato). ❖ Adesão dos neutrófilos à superfície das células endoteliais dos vasos e sua migração para fora dos vasos (reação inflamatória). ❖ Coagulação e aglutinação sanguínea. 40 CARBOIDRATOS DE BIOMEMBRANAS - GLICOCÁLICE http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf o Os grupos sanguíneos são determinados em parte por uma sequencia de oligossacarídeos presentes nos esfingolipídios da membrana plasmática de hemácias. Todos os grupos sanguíneos apresentam uma sequencia básica dos açucares (glicose, galactose, N-acetilgalactosamina, galactose e fucose), entretanto grupos A, B e AB possuem açucares adicionais, os quais funcionam como antígenos. 41 CARBOIDRATOS DE BIOMEMBRANAS - GLICOCÁLICE Gal – Galactose Glc – Glicose Fuc – Fucose GalNac – N-acetilgalactosamina Fonte: Carvalho e Recco-Pimentel, 2013. http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0521270_10_cap_02.pdf OBRIGADA! 42
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