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Angélica Torres Reinaldo RA: 1876416 Turma: 003207A02 APS RITOS ESPECIAIS CIVEIS Atividade 1 TREINO DE HABILIDADE: AVALIAÇÃO PROFISSIONAL Antônio e Henrique celebraram contrato locação de imóvel em Belém, ficando ajustado o preço de R$ 2.000,00 a ser reajustado anualmente e definido o foro da comarca da capital do Pará para dirimir quaisquer conflitos. De forma abrupta após seis meses do contrato Henrique o locatário recebeu comunicação do locador que o aluguel seria majorado para R$ 2.500,00 já no sétimo mês de vigência do contrato, em razão do aumento dos valores locatícios na cidade. Como estava na vigência do contrato Henrique notificou Antônio, manifestando a sua expressa discordância. Na data aprazada para pagamento do aluguel Henrique se dirigiu a residência de Antônio para o pagamento e este recusou o recebimento, argumentando que somente receberia e daria quitação se o pagamento fosse de R$ 2.500,00. Antônio procura você como advogado para buscar solução acerca da questão. (Fonte: FGV Projetos Exame XVII OAB - adaptada). RESPOSTA: Conforme a Lei 8.245/91, em seu Art. 17, Parágrafo único, o aluguel pode ser reajustado automaticamente com base no Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), anualmente, nas locações residenciais serão observadas os critérios de reajustes previstos na legislação específica. É lícito às partes fixar, de comum acordo, novo valor para o aluguel, bem como inserir ou modificar cláusula de reajuste, e não havendo acordo, após três anos da vigência do contrato anteriormente realizado ambas as partes podem pedir revisão judicial do aluguel afim de ajustá-lo conforme preço de mercado (art. 18 e 19 da Lei 8.245/91). Em conformidade com a mesma Lei o Art. 20 cita que salvo as hipóteses do art. 42 e da locação para temporada, o locador não poderá exigir o pagamento antecipado do aluguel, deve ser proposta ação de consignação em pagamento. Atividade 2 TREINO DE HABILIDADE PETICIONAMENTO Mario e Henrique celebraram contrato de compra e venda, tendo por objeto uma máquina de cortar grama, ficando ajustado o preço de R$ 1.000,00 e definido o foro da comarca da capital do Rio de Janeiro para dirimir quaisquer conflitos. Ficou acordado, ainda, que o cheque nº 007, da Agência nº 507, do Banco X, emitido por Mário para o pagamento da dívida, seria pós- datado para ser depositado em 30 dias. Ocorre, porém, que, nesse ínterim, Mário ficou desempregado. Decorrido o prazo convencionado, Henrique efetuou a apresentação do cheque, que foi devolvido por insuficiência de fundos. Mesmo após reapresentá-lo, o cheque não foi compensado pelo mesmo motivo, acarretando a inclusão do nome de Mário nos cadastros de inadimplentes. Passados dez meses, Mário conseguiu um novo emprego e, diante da inércia de Henrique, que permanece de posse do cheque, em cobrar a dívida, procurou-o a fim de quitar o débito. Entretanto, Henrique havia se mudado e Mário não conseguiu informações sobre seu paradeiro, o que inviabilizou o contato pela via postal. Mário, querendo saldar a dívida e restabelecer seu crédito perante as instituições financeiras procura um advogado para que sejam adotadas as providências cabíveis. Com base no caso apresentado, elabore a peça processual adequada. (FONTE FGV PROJETOS EXAME XVII DA OAB. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO COM TUTELA DE URGÊNCIA Mario, (nacionalidade), (estado civil), portador da cédula de identidade RG nº (número RG), CPF nº (Nº CPF), residente e domiciliando na Rua (Rua), nº (nº), no Bairro (Bairro), na Cidade (Cidade), Estado (Estado), CEP: (CEP), telefone nº (telefone), vêm por meio de seu advogado, procuração anexa, com escritório localizado na Rua (Rua) nº (nº), no Bairro (Bairro), na Cidade (Cidade), Estado (Estado), CEP: (CEP), vem com o devido respeito, perante Vossa Excelência, com base nos artigos 300 e 302, 539 a 549 do Código de Processo Civil, combinados com o artigo 335, inciso III, do Código Civil, propor; AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO C/C TUTELA DE URGÊNCIA, Em face de Henrique, (nacionalidade), estado civil, portador da cédula de identidade RG nº (nº), CPF nº (nº), com residência e domicílio desconhecidos, à Rua (Rua), nº (nº), no Bairro (Bairro), na Cidade (Cidade), Estado (Estado), CEP: (CEP), telefone nº (Nº), pelas razões de direito aduzidas abaixo: DOS FATOS Mário celebrou contrato de compra e venda com o Henrique sendo o objeto em questão uma máquina de cortar grama, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), como forma de pagamento, ficou acordado entre as partes que a forma de pagamento seria por meio da emissão de cheque de nº 007, da Agência nº 507, do Banco X, emitido pelo autor para pagamento da dívida, sendo que o cheque era pós-datado para ser depositado em 30 (trinta) dias, porém, Mário ficou desempregado com isso, chegando prazo para compensação do cheque, Henrique efetuou a apresentação do cheque o qual foi devolvido por ausência de valor, desta forma o nome de Mário entrou para os órgãos de proteção ao crédito. Após dez meses, Mário conseguiu um novo emprego e desta forma deseja quitar o débito, mas Henrique não manifestou interesse em receber o mesmo, ficando em posse do cheque, soube que Henrique se mudou, mas Mário tentou localizá-lo, porém sem êxito o que gerou problemas na quitação do débito. Mario deseja cumprir com sua obrigação e, por isso, quer consignar a referida quantia, devidamente atualizada, em juízo. Já que por sua vez não conseguiu localizar Henrique, caso realizasse o depósito e enviasse carta com aviso de recebimento, esta iria retornar sem a localização do consignado, obrigando o consignante a propor esta demanda. Assim, para evitar morosidade no cumprimento da obrigação, aumento dos encargos, e retirar seu nome dos orgãos de proteção ao crédito. DO DIREITO A luz dos Art. 334 do Código Civil e Art. 538 do Código de Processo Civil, o instituto da consignação em pagamento, trata-se de um procedimento especial, que tem por objetivo a realização daquele instituto de direito material, por meio do qual o autor da ação busca uma sentença declaratória da extinção da obrigação. Além disso, a doutrina também explicita que esse instituto jurídico é meio hábil para permitir ao devedor desonerar-se das obrigações assumida, desvencilhando-se do credor. Dispõe o art. 335, inciso III, do Código Civil que: “A consignação tem lugar: III – se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil.” Note-se, Excelência, que o artigo supraindicado demonstra de forma cristalina que o consignante pode exonerar-se da obrigação em dinheiro, se o credor residir em lugar incerto. Conforme demonstram os documentos em anexo, o consignante não obteve êxito em localizar o consignado. Impõe-se, portanto, o ajuizamento de presente ação. Como bem diz Sílvio de Salvo Venosa: “O pagamento feito pelo devedor não constitui apenas uma manifestação de obrigação, trata-se de um direito seu. Não é do interesse do devedor que a dívida se prolongue além do estipulado. É evidente que isso lhe trará maiores encargos, juros, correção monetária, multa. Assim, o bom pagador desejará pagar na forma contratada. Tanto que a lei lhe confere meios coercitivos para jungir o credor a receber.” Venosa, Silvio de Salvo. Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos, p. 174, 9. ed. – São Paulo: Atlas, 2009 A luz do seguinte Julgado pelo ilustre Min.Relator: Fábio Quadros (STJ) AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO, CUMULADA COM CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO E PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA EXCLUSÃO DE NEGATIVAÇÃO. Rescisãounilateral de contrato.sentença de parcial procedência. Autora que se saiu vencedora na maioria de seu pedido. Decisão que fixou sucumbência recíproca, único ponto discutido no recurso. Sentença modificada nesse ponto. Sucumbência que deve ficar inteiramente a cargo da ré, tendo em vista que a autora decaiu de parte mínima do pedido, além do que há que se respeitar o princípio da causalidade. Honorários que também fica majorados, conforme pleito no apelo. Recurso provido. (TJ-SP-AC:10102629020168260564 SP 1010262- 90.2016.8.26.0564, Relator: Fábio Quadros, Data de Julgamento: 28/03/2019, 4ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 04/04/2019) DA TUTELA DE URGÊNCIA O art. 300 do CPC dispõe que: “A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.” Esse artigo aplica-se ao caso do consignante, porque ele depositará a quantia devida com juros e correção monetária não havendo motivo para que seu nome permaneça com restrição. Sabe-se, portanto, que a demora da sentença, mesmo julgado procedente o pedido do consignante, não impedirá que ele continue sofrendo os reflexos da restrição, pois não terá crédito no mercado. A concessão da tutela antecipada é possível não apenas quando o dano é temido, mas igualmente quando o dano está sendo ou já foi produzido No caso em tela conforme demonstrado o autor enseja que seu nome seja retirado dos orgãos de proteção ao crédito conforme o art.84 do CDC: Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou de não fazer o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. DA JUSTIÇA GRATUITA Conforme o disposto na Lei Federal nº 1.060 de 1950 (Estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados) e nos termos do Art. 5º, inc. LXXIV da Constituição Federal de 1988, o requerente declara para todos os fins de direito e sob as penas da lei, estar na condição de pessoa hipossuficiente, não dispondo de meios a arcar com pagamento de custas e demais despesas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, pelo que requer desde já, os benefícios da justiça gratuita. Aliás, sedimentando o praticado pelos Tribunais pátrio acerca da gratuidade da justiça, o novo Código de Processo Civil/2015 assevera em seu Art. 99, §§ 1º, 2º, 3º e 4º da seguinte forma: Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso. § 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos. § 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. § 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça. DA TUTELA DE URGÊNCIA O art. 300 do CPC dispõe que: “A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.” Esse artigo aplica-se ao caso do consignante, porque ele depositará a quantia devida com juros e correção monetária não havendo motivo para que seu nome permaneça com restrição. Sabe-se, portanto, que a demora da sentença, mesmo julgado procedente o pedido do consignante, não impedirá que ele continue sofrendo os reflexos da restrição, pois não terá crédito no mercado. Por esse motivo, o consignante pleiteia a retirada de seu nome dos cadastros de restrição de crédito como medida legítima, visto que não haverá mais débito, evidenciando o seu direito e indicando o perigo de dano caso não seja concedida a tutela. DOS PEDIDOS Diante o exposto, considerando que a pretensão do autor, requer a Vossa Excelência: CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA, com fundamento na Lei Federal nº 1.060 de 1950, que estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados e nos termos do Art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal de 1988, o requerente declara para todos os fins de direito e sob as penas da lei, estar na condição de pessoa hipossuficiente, não dispondo de meios a arcar com pagamento de custas e demais despesas processuais, sem prejuízo financeiro a sua família, pelo que requer desde já, os benefícios da justiça gratuita; A citação do consignado por meio de Edital, nos termos do Art. 256, inciso II, do Código de Processo Civil de 2015 para que o consignado levante a quantia depositada em juízo ou ofereça resposta; Nos termos do Art. 319, inciso VII, Código de Processo Civil de 2015, informa a Vossa Excelência que o requerente não tem interesse na audiência de Conciliação/Mediação; O depósito da quantia devida em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, no prazo de 05 (cinco) dias contados do deferimento, nos termos do Art. 542, inciso I do Código de Processo Civil; A concessão da Tutela de Urgência de Natureza Antecipada, a fim de retirar o nome do consignado de cadastros de inadimplência, conforme disposições contidas no Art. 300 do Código de Processo Civil de 2015; Condenação do requerido ao pagamento de HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS e verbas SUCUMBENCIAIS nos parâmetros fixados no Art. 85, § 2º do Código de Processo Civil de 2015; Ao final, a procedência da ação, com o fito de confirmar a antecipação de tutela e declarar extinta a obrigação pelo adimplemento, em conformidade com o Art. 546 Código de Processo Civil de 2015; DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$: 1.000,00 (dezoito mil reais) com correção monetária. Nestes termos se pede o deferimento, Local, xx de xxx de xxx Advogado OAB/SP
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