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Síntese Marilena Chauí - Nascimento da filosofia

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1
Júlia Guimarães Medeiros
Referência: CHAUI, M. O nascimento da filosofia. In:___. Iniciação à filosofia, São Paulo: Ática, 2000. Cap. 2, p. 23-33.
Marilena Chauí, professora, filósofa e autora do livro chamado “Convite à filosofia”. Trata no segundo capítulo dessa obra, intitulado “O nascimento da filosofia”, sobre alguns conceitos iniciais para quem procura entender melhor de fato o surgimento desse saber.
Assim, a autora começa o capítulo com algumas questões do cotidiano, exemplificando os tipos de dúvidas sobre o mundo que os primeiros filósofos começaram a ter, girando em torno de uma palavra principal: mudança. Ou sobre a pergunta: Por que tudo muda?
Seguindo esse raciocínio, Marilena fala sobre de fato o surgimento da filosofia, no qual começou na Grécia, Cidade de Mileto. O seu tipo de conteúdo foi denominado como uma cosmologia, ou seja, conhecimento baseado na razão sobre como o mundo se organiza. Em seguida, é destacado uma problemática, sobre o assunto que seria a seguinte: A filosofia se originou de repente (como o “milagre grego”) ou a partir de influências de outras culturas (“orientalista”)?
 A autora coloca a conclusão da questão anterior como um meio termo entre as duas, ou seja, os gregos através de suas viagens conheceram muitas culturas e tiveram influências, mas suas modificações sobre os conhecimentos adquiridos foram tão inovadores, que é possível denominá-las originais.
Assim, alguns aspectos são mencionados que mostram essa originalidade, sendo eles: em relação aos mitos; em relação aos conhecimentos, em que os gregos se apoderaram de uma sabedoria prática e transformaram em um conhecimento universal; em relação a organização social e política, pois os gregos inventaram a política também, ao estabelecer instituições públicas, leis, organizações e conceitos; e em relação ao pensamento, visto que os gregos inventaram a ciência, o pensamento baseado na razão seguido de regras universais.
A escritora continua esclarecendo o conceito de mito, que é o relato sobre a origem de algo, narrada por alguém escolhido pelos deuses, chamado de poeta-raposo, para ouvintes que acreditam nessa relação divina do narrador. Ademais, é destacado a forma pelo qual o mito narra a origem das coisas, sendo elas: pela genealogia, ou seja, tudo o que existe foi gerado entre relações sexuais de seres divinos; pela rivalidade ou aliança entre esses deuses e por fim, por recompensas ou castigos dados à terra por algum motivo.
 Portanto, Marilena continua mostrando que o mito se configura como uma cosmogonia ou teogonia, onde cosmogonia seria a explicação do mundo através da genealogia e teogonia é sobre a origem dos deuses, também pela genealogia. E segue com o capítulo ressaltando a seguinte dúvida: a filosofia nasce de uma ruptura gradual ou radical com o mito? Mas diz que atualmente os dois estão corretos, pois ela de certa forma racionalizou as narrativas míticas e as transformou em algo novo.
Em seguida, a autora fala sobre que condições propiciaram o surgimento da filosofia, que são: as viagens feitas para outros locais, no qual desmitificaram a crença em monstros vivendo em lugares desconhecidos; a invenção do calendário, que cria a percepção do tempo; a invenção da moeda, precisando de imaginação; o surgimento da vida urbana, que favoreceu os conhecimentos; a invenção da escrita alfabética e da política. Por fim, as características mais importantes da filosofia são: a razão no pensamento, a recusa de explicações prontas e tendência a universalização.

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