Buscar

Ebook introdução alimentar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Introdução
A prática do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de 
vida influencia positivamente o crescimento adequado, sendo o 
leite materno o alimento completo para os bebês. No entanto, a 
partir dos seis meses de idade as necessidades nutricionais 
aumentam e a introdução dos alimentos complementares deve 
ser iniciada. 
A introdução alimentar é caracterizada como uma fase transitória, 
que consiste na oferta de novos alimentos ao bebê, como 
complemento e não como substitutos do leite materno, sendo 
este incentivado até 2 anos de idade ou mais. É um período de 
adaptação em que a criança progressivamente passa do seio da 
mãe para a alimentação da família, afinal, os sabores, as texturas 
e as consistências dos novos alimentos diferem bastante do leite 
materno.
Uma alimentação complementar adequada tem como objetivo 
elevar a densidade energética da dieta e aumentar o aporte de 
micronutrientes (em particular o ferro, zinco, cálcio, vitamina A, 
vitamina C e folato), devendo também estar isenta de qualquer 
tipo de contaminação. Contudo, uma transição alimentar tardia 
ou inadequada é capaz de comprometer o crescimento e a 
qualidade de vida dos bebês e pode desencadear inúmeros 
problemas, como:
Deficiências nutricionais
Desnutrição
Desaceleração do crescimento
Deficiência imunológica
Maior risco de infecções (diarreias frequentes)
Além disso, a introdução de novos alimentos requer uma atenção 
especial, pois as práticas alimentares no primeiro ano de vida são 
experiências que influenciam na formação de hábitos 
alimentares, que poderão ser propagados até a vida adulta, 
sendo fundamental também a construção de memória alimentar 
positiva nessa fase, criando desde o princípio, uma relação 
saudável com o alimento. 
Entretanto, é comum o surgimento de dúvidas dos pais em 
relação à nova rotina alimentar da criança, recorrendo ao 
Nutricionista para orientá-los sobre alimentação infantil, visando 
o crescimento e o desenvolvimento adequado. Neste material 
abordaremos sobre as vantagens e desafios dos diferentes 
métodos de introdução alimentar na prática clínica do 
Nutricionista: Tradicional, BLW e Participativa.
O método tradicional baseia-se na introdução gradual dos novos 
alimentos na rotina alimentar da criança com gerenciamento e 
supervisão dos pais ou cuidadores. A orientação inicial envolve a 
oferta de preparações em forma de papas (não liquidificadas) e 
purês, para facilitar a deglutição da criança e evitar um possível 
engasgo com o alimento e o risco de sufocamento, pela 
obstrução das vias aéreas. 
A alimentação complementar é adaptada conforme às 
necessidades e o desenvolvimento da habilidade de coordenação 
da mastigação e deglutição, aumentando-se gradativamente a 
consistência e a variedade dos alimentos. Os purês e papas são 
substituídos por alimentos picados, desfiados ou cortados em 
cubos pequenos, até chegar a dieta da família, devendo ocorrer 
em torno dos 12 meses de idade.
Nessa abordagem, os pais ou cuidadores administram a refeição, 
Introdução Alimentar Tradicional:
Gerência e Supervisão dos Pais.
utilizando-se da colher ou copo para oferecer os alimentos 
complementares, que geralmente são bem aceitos, possuindo 
assim, todo o controle da alimentação da criança: quantidade, 
qualidade, ritmo e duração da refeição.
VANTAGENS:
Maior controle dos pais na quantidade e ritmo da alimentação 
da criança.
Evita o desperdício de alimentos.
A apresentação dos alimentos respeita os sinais de maturidade 
do bebê, em seu desenvolvimento oral e neuropsicomotor.
DESAFIOS:
Exige maior dedicação no preparo de um cardápio direcionado 
para a criança, diferente do cardápio da família.
Dificulta o reconhecimento do sinal de saciedade pelo bebê.
Alimentação monótona sem interação da criança com a 
comida, resultando em menor interesse.
Método BLW: Introdução de
Alimentos Guiados pelo Bebê. 
A sigla BLW refere-se ao método Baby-Led Weaning, criado em 
2008, pela enfermeira social inglesa, PhD. Gill Rapley, preconiza a 
introdução alimentar gradual e natural da alimentação 
complementar, propondo a auto-alimentação do bebê desde o 
início, isto é, sem auxílio/interferência dos pais ou cuidadores. 
É uma abordagem alternativa ao método tradicional, pela oferta 
de alimentos complementares em pedaços maiores, na forma de 
tiras ou bastões para o bebê experimentar e descobrir texturas e 
sabores com as próprias mãos. O método BLW confere total 
autonomia ao bebê, dando-lhe todo o controle sobre a 
quantidade de alimento ingerido e o tempo de duração da 
refeição, criando assim o seu hábito alimentar, favorecendo 
também o reconhecimento do sinal de saciedade. 
A alimentação complementar por BLW não inclui administração 
do alimento com a colher e nenhum método de adaptação de 
consistência para preparar a refeição da criança. É uma 
abordagem multissensorial onde o bebê, com as próprias mãos, 
interage com formas, cores, sabores e texturas diferentes dos 
alimentos, gerando assim uma melhora no desenvolvimento 
motor e cognitivo. 
O bebê está apto ao método desde que o mesmo apresente os 
sinais de desenvolvimento adequados, chamados de “sinais de 
prontidão”, como: inibição do reflexo protrusão de língua, reflexo 
gag anteriorizado e habilidades motoras primárias (controle 
postural, manter o alimento na boca, movimentação da 
mandíbula, usar lábios e língua para explorar objetos, etc).
VANTAGENS:
O bebê desenvolve maior autonomia e interesse durante as 
refeições.
Os pais não precisam necessariamente preparar alimentos 
exclusivos para o bebê.
Não há interferência dos pais no controle da saciedade do 
bebê.
Aumenta o compartilhamento das refeições em família, o que 
pode encorajar padrões de alimentação saudável a longo prazo.
DESAFIOS:
Sujeira e bagunça durante as refeições. 
Pode levar a problemas nutricionais para aqueles que 
apresentam algum atraso em seu desenvolvimento. 
Perde-se a referência por parte dos pais do real consumo dos 
alimentos pelo bebê.
Muitos pais e cuidadores recorrem a informações de baixa 
confiabilidade na internet sobre o método. 
Abordagem Participativa:
Introdução Alimentar com
Flexibilidade
A abordagem participativa é uma proposta de introdução 
alimentar que nasceu da flexibilização do método “guiado pelo 
bebê”, que une os conceitos das duas abordagens descritas 
anteriormente: tradicional e BLW. 
A combinação da alimentação independente e alimentação 
assistida permite tanto a participação do bebê, pela oferta de 
alimentos sólidos, despertando o seu interesse pela comida, 
quanto o gerenciamento e supervisão dos pais na alimentação. 
Muitos pais sentem insegurança de utilizar o método de BLW por 
inteiro, por isso, fazem uso de papas e purês em algumas 
refeições por inúmeros motivos:
Preocupação da criança não estar sendo alimentada 
adequadamente.
Por não conseguir lidar com a sujeira ou
desperdício em todas as refeições.
Adequar as necessidades nutricionais da
criança, particularmente de ferro.
Impossibilidade de utilizar tal método em
determinadas situações, como por exemplo,
em creches ou com o cuidador. 
Embora exista a administração de algumas refeições pelos pais, 
como observado no método tradicional, o bebê não tem um 
papel passivo da alimentação na participativa. Esta proposta não 
permite a imposição de regras, preferências alimentares ou 
insistência para comer, respeitando o desenvolvimento e 
individualidade de cada criança, tornando o adulto um mediador 
da sua alimentação. 
A abordagem participativa propõe uma introdução alimentar 
mais flexível e respeitosa, que favorece um contato leve e 
dinâmico de aprendizagem de uma alimentação saudável, 
aproveitando as vantagens do método BLW, mas também 
levando em conta a adaptação da criança e a rotina de cada 
família.
VANTAGENS:
Flexibilização do método BLW - maior segurança dos pais em 
seguir o método.
Ideal paracrianças que frequentam creches.
Respeita a adaptação e individualidade da criança.
Desenvolvimento da autonomia e interesse pela comida. 
DESAFIOS:
Os pais deixarem de impor preferências alimentares e insistir para 
criança comer.
Preocupação dos pais com a limpeza do que com o prazer da 
criança em comer.
O entendimento dos pais como mediadores e não como 
controladores da alimentação da criança.
A abordagem participativa é uma proposta de introdução 
alimentar que nasceu da flexibilização do método “guiado pelo 
bebê”, que une os conceitos das duas abordagens descritas 
anteriormente: tradicional e BLW. 
A combinação da alimentação independente e alimentação 
assistida permite tanto a participação do bebê, pela oferta de 
alimentos sólidos, despertando o seu interesse pela comida, 
quanto o gerenciamento e supervisão dos pais na alimentação. 
Muitos pais sentem insegurança de utilizar o método de BLW por 
inteiro, por isso, fazem uso de papas e purês em algumas 
refeições por inúmeros motivos:
Preocupação da criança não estar sendo alimentada 
adequadamente.
Por não conseguir lidar com a sujeira ou
desperdício em todas as refeições.
Adequar as necessidades nutricionais da
criança, particularmente de ferro.
Impossibilidade de utilizar tal método em
determinadas situações, como por exemplo,
em creches ou com o cuidador. 
Embora exista a administração de algumas refeições pelos pais, 
como observado no método tradicional, o bebê não tem um 
papel passivo da alimentação na participativa. Esta proposta não 
permite a imposição de regras, preferências alimentares ou 
insistência para comer, respeitando o desenvolvimento e 
individualidade de cada criança, tornando o adulto um mediador 
da sua alimentação. 
A abordagem participativa propõe uma introdução alimentar 
mais flexível e respeitosa, que favorece um contato leve e 
dinâmico de aprendizagem de uma alimentação saudável, 
aproveitando as vantagens do método BLW, mas também 
levando em conta a adaptação da criança e a rotina de cada 
família.
VANTAGENS:
Flexibilização do método BLW - maior segurança dos pais em 
seguir o método.
Ideal para crianças que frequentam creches.
Respeita a adaptação e individualidade da criança.
Desenvolvimento da autonomia e interesse pela comida. 
DESAFIOS:
Os pais deixarem de impor preferências alimentares e insistir para 
criança comer.
Preocupação dos pais com a limpeza do que com o prazer da 
criança em comer.
O entendimento dos pais como mediadores e não como 
controladores da alimentação da criança.
Independente do tipo de introdução alimentar, é importante 
ressaltar que a escolha da abordagem varia de acordo com o 
bebê e com a segurança e vontade dos pais em escolher um 
método. Recomenda-se que todos os aspectos positivos e 
desafiadores sejam considerados e aplicados dentro da dinâmica 
familiar da melhor forma possível, visto que uma alimentação 
complementar adequada é imprescindível para a saúde da 
criança, sendo um componente essencial para a segurança 
alimentar e nutricional. 
ANDRIES, Ana Letícia et al. Método baby-led weaning (BLW) no 
contexto da alimentação complementar: uma revisão. Revista 
Paulista de Pediatria, v. 36, n. 3, p. 353-363, 2018.
BROWN, Amy; LEE, Michelle. Maternal control of child feeding 
during the weaning period: differences between mothers 
following a baby-led or standard weaning approach. Maternal 
and child health journal, v. 15, n. 8, p. 1265-1271, 2011.
Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. Guia 
alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília: Editora do 
Ministério da Saúde, 2005.
PADOVANI, Aline Rodrigues. Introdução Alimentar 
ParticipATIVA, tanahoradopapa, 2015.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Guia prático de atualização: 
alimentação complementar e o método BLW (Baby-led 
Weaning), São Paulo: SBP; 2017.
Bibliografia