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Educação Alimentar 
e Nutricional
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Fernanda Trigo Costa
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
Educação Alimentar e Nutricional 
para Crianças e Adolescentes 
• Conhecer os componentes ligados à formação do hábito alimentar e a importância do acon-
selhamento nutricional durante a infância;
• Discutir as características e os pontos importantes na aplicação do processo de aconselha-
mento nutricional na adolescência, considerando o ambiente alimentar (familiar e escolar) 
e as peculiaridades de cada fase do desenvolvimento.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Formação dos Hábitos Alimentares;
• Aconselhamento Nutricional na Infância;
• Aconselhamento Nutricional na Adolescência;
• Abordagem Educacional no Ambiente Escolar;
• Abordagem Educacional nos Transtornos Alimentares.
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
Introdução
Sabemos que a alimentação é um ato voluntário e consciente e que, com ou sem 
acesso a informações sobre alimentos recomendados e alimentos a serem consumidos 
com moderação, ela depende totalmente da vontade do indivíduo que é quem escolhe o 
alimento para o seu consumo. 
Mas até o indivíduo ser capaz de fazer suas escolhas, qual é o caminho percorrido na 
formação dos hábitos alimentares? E vamos além: como o nutricionista pode auxiliar na 
formação desses hábitos alimentares durante a adolescência, para que sejam consolida­
dos na vida adulta?
Estas são as perguntas que norteiam esta Unidade.
Vamos lá!
Formação dos Hábitos Alimentares
Já no útero, é possível que os bebês experimentem sabores diversos advindos da 
alimentação materna por meio do líquido amniótico. E tem sido muito discutido que 
isso poderia influenciar suas preferências alimentares no futuro. Independentemente das 
conclusões a respeito desta possibilidade, o início da relação com a comida se dá pelo 
aleitamento materno ou uso de fórmulas infantis. O contato e a percepção dos sabores 
do leite da mãe é uma das primeiras experiências sensoriais do bebê e pode contribuir 
para maior preferência por alimentos sólidos semelhantes aos da alimentação materna 
e aceitação na introdução de novos alimentos – o que não ocorre com o leite artificial, 
que apresenta sempre o mesmo sabor. 
Outro importante aspecto a se considerar é que os lactentes nascem com uma capa­
cidade inata de autorregulação da ingestão alimentar, mas isso não é tão claro para os 
pais. Assim, enquanto os bebês não falam alguns pais têm dificuldade de entender que 
o choro de um bebê nem sempre quer dizer que ele está com fome, de forma que a 
insis tência ou desistência do oferecimento do leite materno ou fórmula pode interferir na 
formação dos hábitos alimentares (PETTY et al., 2015).
A introdução da alimentação complementar é um momento delicado, em que o lac­
tente é apresentado a várias novidades: utensílios, cadeira e os diferentes alimentos. 
Quando a transição para alimentos sólidos for demorada ou ineficaz, pode resultar em 
uma alimentação pouco variada e deficiente em nutrientes.
8
9
Figura 1
Fonte: Getty Images
À medida que cresce, a criança vai adquirindo habilidades para se alimentar sozinha; 
porém, ainda assim, são os cuidadores que preparam os alimentos, sendo responsá­
veis pela apresentação de uma refeição variada, balanceada e rica em diferentes cores, 
 sabores e texturas. 
Crescendo mais um pouquinho, a criança já consegue escolher seus próprios alimen­
tos para consumo. Essa escolha é feita com base no que ela já aprendeu, considerando o 
sabor, a aparência, a composição de nutrientes (sim, eles adoram açúcares e gorduras), a 
variedade e a disponibilidade do alimento, refletindo os sentimentos e comportamentos 
da criança relacionados com a alimentação. Porém, considerando que as crianças ainda 
passam a maior parte de seu tempo com seus familiares e pares próximos, a influência 
exercida por estes é muito grande (LAUS et al., 2017).
O modo de alimentar as crianças é decisivo na formação do hábito alimentar, sobre­
tudo as estratégias que os pais/cuidadores usam para estimular a alimentação. Cabe ao 
cuidador a responsabilidade de ser sensível aos sinais da criança e aliviar tensões durante 
a alimentação, além de torná­la prazerosa. Para a criança cabe o papel de expressar 
os sinais de fome e saciedade com clareza e ser receptiva ao cuidador (SILVA; COSTA; 
GIUGLIANI, 2016).
Quanto mais cedo houver o compartilhamento de refeições com alimentos saudáveis 
entre pais e filhos com refeições comuns, mais rápido a criança entenderá a importância 
da alimentação como ato protetor para evitar o excesso de peso, a obesidade as doenças 
crônicas. Apesar dos fatores biológicos terem uma influência importante na determina­
ção do estado nutricional, os fatores ambientais, como o comportamento alimentar e o 
estilo parental, devem ser considerados fatores independentes que ajudam a modificar 
o status nutricional.
Leia o artigo intitulado Educação alimentar e nutricional e a formação de hábitos ali-
mentares na infância, disponível em: https://bit.ly/3rqkB0Z
9
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
Já comentamos que a influência parental sobre a formação dos hábitos alimentares é 
determinante na estruturação dos padrões alimentares do indivíduo. Mas além da famí­
lia, a escola, os professores, o nutricionista e os meios de comunicação têm significativa 
influência para a educação alimentar e nutricional e a formação dos hábitos alimentares 
na infância. A conformação dos hábitos alimentares e as características do estilo de vida 
que se iniciam na infância são consolidadas na adolescência e, muitas vezes, mantidas 
na idade adulta (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2019; PIASETZKI; BOFF, 2018).
Com o início da educação formal na escola, a pressão exercida pelos pares aumenta 
pelo convívio continuado com outras crianças. Pares de idade semelhante ou superior à 
idade da criança tendem a exercer mais influência. Porém, pode­se constatar a presença 
de pessoas autônomas ou funcionários da escola vendendo produtos industrializados e 
guloseimas nas portas das creches e nas cantinas. Nesse caso, mesmo com a oferta da 
alimentação escolar adequada, as crianças são induzidas à ingestão de produtos indus­
trializados, já que estes estão facilmente acessíveis na escola (BENTO et al., 2015).
Figura 2
Fonte: Getty Images
Para muitas pessoas, entretanto, escolhas alimentares saudáveis não são tão prati­
cáveis. Bairros com baixo nível socioeconômico tendem a apresentar mais mercearias 
locais e menos supermercados que vizinhanças de nível socioeconômico mais alto. Esses 
bairros também têm maior número de bares, restaurantes de comida rápida (fast-food) e 
menos restaurantes de serviço completo. Sendo assim, o acesso da população de baixa 
renda à alimentação saudável, composta especialmente por alimentos in natura, torna­se 
um desafio (LAUS et al., 2017).
Temos a influência da mídia como determinante ambiental do comportamento alimentar, 
que se dá quando ela divulga alimentos saborosos e convenientes, principalmente por meio 
de peças publicitárias que têm como público­alvo crianças e adolescentes, e dita padrões de 
consumo, alimentando, em contrapartida, a cultura da magreza e várias crenças inadequa­
das sobre alimentação e nutrição (MENNUCCI; TIMERMAN; ALVARENGA, 2015).
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E tem mais: a publicidade se apropria de fatos científicos para legitimar seus produtos 
e dar a eles um status que permite classificá­los como saudáveis e, assim, recomendáveis 
(exemplo, petit suisse, biscoitos vitaminados, salgadinhos integrais etc.). Nesse desvio de 
atenção, a propaganda já não informa somente sobre o produto, mas transmite, por inter­
médio dele, um modo de vida, um estilo, ou seja, constrói uma necessidade, um desejo 
de consumo, mesmo para as famílias com pouco poder aquisitivo (DIEZ­GARCIA, 2017).
No aconselhamentonutricional de crianças e adolescentes é muito importante con­
siderar esses vários fatores que podem influenciar a formação do hábito alimentar e, 
consequentemente, o estado nutricional das crianças, para que seja possível elaborar 
estratégias educativas e que promovam os resultados esperados.
Aconselhamento Nutricional na Infância
O atendimento nutricional para esse público tem como objetivo possibilitar o cresci­
mento e desenvolvimento genético esperado, evitar carências nutricionais, prevenir pro­
blemas de saúde e garantir o desenvolvimento de hábitos e atitudes alimentares saudáveis.
A aceitação alimentar é determinada por fatores pessoais e ambientais. A preferência 
pelo sabor doce e salgado é inata, e acontece para atender às necessidades de energia e 
de outros elementos essenciais para nossa sobrevivência. Desta forma, pode­se dizer 
que as crianças são programadas para gostar ou aprender a gostar de comidas ricas em 
açúcar, sal e gordura e desgostar daquelas amargas, azedas e com baixa densidade ener­
gética, como certas frutas, legumes e verduras. 
A aversão a novas comidas tende a diminuir 
conforme elas se tornam familiares e, portanto, 
seguras para as crianças. Quando se insiste na 
exposição dos alimentos até que sejam prova­
dos pela criança, ela passa a se acostumar com 
seu sabor e a aceitá­los.
Além disso, a preferência por certos alimentos também é adquirida quando eles são 
consumidos em momentos agradáveis; assim, fazer das refeições em casa um momento 
de prazer contribuirá para que elas gostem e valorizem comidas caseiras e simples tanto 
quanto os alimentos consumidos em festas, lanchonetes etc. (PETTY, 2015).
No trabalho de educação alimentar e nutricional, cabe ao nutricionista selecionar e 
identificar as melhores estratégias para o atendimento e/ou desenvolvimento do progra­
ma educativo. Nenhum método ou técnica pode ser considerado, em si mesmo, correto 
ou não, bom ou mau. Sua adequação está sempre em função do diagnóstico do pro­
blema, das características do indivíduo/grupo, dos objetivos educativos e dos recursos 
disponíveis, incluindo a adesão dos pais/responsáveis às propostas. 
Porém, é preciso sempre ter em mente que para a criança brincar é conhecer.
 Enquanto a criança brinca, estão aflorando conceitos de forma livre e é preciso deixar 
esse processo fluir, acreditando na criança e no ser humano. E embora sempre seja falado 
Quanto maior for a demonstração 
e exemplo de consumo pelos pais, 
maior tente a ser a aceitação dos 
alimentos pela criança.
11
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
que “comida não é brinquedo”, o alimento pode sim ser o brinquedo ou a brincadeira que 
estimule a fantasia. E esse modo de fazer a educação alimentar e nutricional pode ser 
usado tanto nas escolas como em consultórios com pequenos grupos ou individualmente 
(PARRA; BONATO, 2014).
Figura 3
Fonte: Getty Images
Figura 4
Fonte: Getty Images
Mas como auxiliar nesse processo de introdução de novos alimentos?
A pressão que se exerce para que as crianças comam determinados alimentos 
se associa à aversão e ao menor consumo. Usar persuasão verbal do tipo “coma para 
ficar forte” ou a tentativa de ensinar as crianças a comerem comidas “boas” e evitarem 
as “más”, além de ser ineficaz, transmite ideias confusas e conflitantes, já que a criança 
12
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não se sentirá forte assim que comer determinado alimento e as comidas “proibidas” 
normalmente são oferecidas em contextos agradáveis, como festas, viagens e passeios.
O Quadro 1 traz indicações do que fazer e do que não fazer para incentivar a aceita­
ção de novos alimentos:
Quadro 1 – Como incentivar a aceitação de novos alimentos
O que fazer
• Dar o exemplo, comer o mesmo que é oferecido às crianças;
• Disponibilizar frutas, verduras, legumes e/ou outros alimentos menos aceitos nas refeições e 
lanches com os alimentos preferidos;
• Tornar a comida acessível. Por exemplo: deixar as frutas e hortaliças lavadas, descascadas e 
picadas na mesa da cozinha ou na geladeira;
• Levar os menores a feiras, sacolões e mercados para ampliarem o contato com a comida;
• Envolver as crianças na preparação de pratos – saladas, vitaminas, salada de frutas, bolos ca-
seiros (desde que de forma segura com relação ao contato com facas e fogo);
• Incluir os alimentos menos aceitos em momentos agradáveis da família, como festas, passeios 
e viagens;
• Realizar refeições em família o máximo de dias possível;
• Oferecer o mesmo alimento algumas vezes e em momentos diferentes, pois podem ser ne-
cessárias várias exposições ao sabor, aroma e textura da comida para se acostumar e passar 
a aceitá-la;
• Orientar a criança a ser neutra (não dizer que não gosta, nem fazer cara feia) e ter curiosidade 
antes de provar o novo alimento;
• Entender que às vezes a criança pode estar sem fome ou indisposta para comer, e aceitar va-
riações na quantidade de costume;
• Em restaurantes, oferecer para as crianças o mesmo cardápio dos adultos.
O que não fazer
• Obrigar ou forçar a criança a comer e/ou criar um grande conflito;
• Chantagear: “Se não comer a escarola não vai ganhar sorvete”, ou: “Se comer os brócolis pode 
comer sobremesa”;
• Substituir o alimento que foi recusado por outro que a criança prefere após poucas tentativas. 
Se não aceitou peixe, evitar substituir por outro alimento mais aceito, como bife, por exemplo, 
mesmo que seja nutricionalmente equivalente. As crianças podem precisar de até dez vezes 
para passar a aceitar determinada comida;
• Desistir de oferecer o alimento após poucas tentativas. Tentar novas formas de apresentá-lo 
(por exemplo, a cenoura pode ser ralada, em rodelas, em palitos, crua, cozida, misturada com 
arroz ou com a carne);
• Escolher sempre o menu kids no restaurante porque acha que terá mais aceitação. Em geral, 
eles são repetitivos e impedem a criança de experimentar novos alimentos (estimular pratos 
e preparações diferentes);
• Tomar as rejeições como algo pessoal. Às vezes os pais podem se dedicar a preparar uma nova 
receita e a criança nem experimentar, mas não devem desanimar;
• Caso a criança esteja inapetente, compensar com pães, biscoitos e outros itens que não carac-
terizem uma refeição;
• Categorizar os alimentos em saudáveis ou não saudáveis, bons e ruins, proibidos e permitidos.
Fonte: Adaptado de PETTY et al., 2015, p. 418-419 
A alimentação bem­sucedida exige um cuidador que confie, compreenda e res­
peite os sinais da criança sobre o tempo, quantidade, preferência, ritmo e capaci­
dade de se alimentar. Uma relação de alimentação adequada apoia as tarefas de 
desenvolvimento da criança e a ajuda a desenvolver atitudes positivas sobre si mesma 
e o mundo. Isso ajuda a aprender a discriminar as dicas de alimentação e a responder 
apropriadamente a elas (SATTER, 1986).
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UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
Para ajudar os pais a garantirem que os sinais de fome e saciedade de seus filhos sejam 
preservados, a proposta de divisão de responsabilidades, conforme Satter (1986), permite 
o desenvolvimento de competências alimentares, pois, de acordo com essa divisão, cada 
um dos pais tem um papel na alimentação das crianças, ou seja, eles devem oferecer 
um ambiente alimentar adequado; e as crianças são responsáveis pela decisão de 
quanto e se vão comer (Quadro 2). Para funcionar, é fundamental que os pais confiem 
na criança para decidir o quanto ela vai comer. Estimular que as crianças participem de 
forma ativa da escolha dos cardápios das refeições e lanches e/ou que cozinhem com seus 
pais são maneiras de colocá­las em contato com a comida e permitir que elas desenvol­
vam autonomia e responsabilidade para fazer escolhas alimentares adequadas.
Quadro 2 – Divisão de responsabilidade para pais e filhos
Responsabilidade 
dos pais
• Decidir o que, quando e onde será oferecida a comida;
• Escolher e preparar a comida;
• Providenciar refeições e lanches regulares e adequados;
• Fazercom que os momentos de comer sejam agradáveis;
• Ensinar aos filhos o que eles precisam aprender sobre comida e comportamento alimentar; 
• Ser modelo para os filhos sobre o que e como comer;
• Evitar categorizar os alimentos: aqueles que o filho gosta e desgosta. A categorização pode 
contribuir para que os filhos não provem os alimentos novamente ou experimente novos;
• Evitar que os filhos “belisquem” e bebam (exceto água) entre as refeições e lanches;
• Aceitar que os filhos cresçam de acordo com seu biotipo. 
Responsabilidade 
das crianças e 
pré-adolescentes
• Decidir o quanto comerá e se comerá;
• Comer a quantidade que precisam;
• Aprender a comer o que seus pais comem;
• Aceitar que estão crescendo conforme o esperado;
• Aprender a se comportar nas refeições – sentar-se à mesa, usar os talheres de maneira ade-
quada, mastigar de boca fechada, não falar enquanto come.
Fonte: Adaptado de PETTY et al., 2015, p. 421 
E nos casos de recusa e/ou dificuldade alimentar, como orientar a família?
Características comuns a crianças com dificuldades alimentares são a restrição e/ou 
seletividade por determinados alimentos ou grupos de alimentos e a neofobia. Essas difi­
culdades são mais comuns na idade pré­escolar, mas podem se perpetuar até a idade 
adulta. Receber uma família com uma criança que não come o suficiente ou que tenha um 
repertório alimentar bastante restrito é uma tarefa difícil para o nutricionista. Na maioria 
das vezes, as famílias procuram ajuda quando já estão desanimadas e preocupadas com 
a situação.
O profissional deve estar preparado para o acolhimento dos pais e da criança, para 
que suas propostas possam ter adesão. O nutricionista, em seu papel de terapeuta nutri­
cional, deve trabalhar as sugestões “do que fazer e do que não fazer” de forma cuidadosa 
para que a criança e sua família não saiam sobrecarregadas da consulta e com vontade 
de desistir.
Nesse sentido, além das recomendações dos Quadros 1 e 2, o Quadro 3 indica su­
gestões para casos em que a criança não quer comer:
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Quadro 3 – O que fazer ou não fazer com a criança que não quer comer
O que fazer
• Colocar a criança sentada à mesa com os outros membros da família mesmo que não vá comer ;
• Ficar neutro, sem mostrar sua preocupação (a ansiedade aumenta a rejeição);
• Esperar a próxima refeição quando a criança se queixar de fome, e servir o mesmo que será 
servido aos outros (tentar ocupá-la com atividades de que gosta nesse intervalo);
• Focar na refeição em si – no ato de se sentar à mesa e comer – e não no quanto ou no que está 
comendo quando a criança conseguir comer.
O que não fazer
• Substituir a refeição por alguma comida ou bebida que a criança aceite – mamadeira, por exemplo;
• Permitir que a criança “belisque” nos intervalos das refeições e lanches;
• Preocupar-se demais com o medo de os filhos “não comerem” ou “não crescerem de maneira 
adequada” e oferecer alimentos substitutos o tempo todo;
• Pressionar, chantagear ou forçar a criança a comer.
Fonte: Adaptado de PETTY et al., 2015, p. 427 
Vale ressaltar a importância e eficácia de propor experiências significativas às crian­
ças durante as atividades de Educação Alimentar e Nutricional (EAN). Essas experiên­
cias, orientadas e com base em acordos claros, além de desenvolverem o físico e o emo­
cional, possibilitam que a criança transforme essa experimentação em aprendizagem, 
conceituando­a. Assim, a criança adquire um conhecimento que será parte de algo que 
faz sentido, já que isso foi vivenciado por ela – autora e protagonista de todo o processo 
(PARRA; BONATO, 2014).
Aconselhamento Nutricional na Adolescência
O foco das ações educativas, principalmente com o adolescente, deve abranger o 
conhecimento do comportamento alimentar do indivíduo e de seu grupo social e a 
construção coletiva, participativa e interativa das estratégias adotadas para que se tenha 
maior probabilidade de sucesso na promoção de práticas alimentares saudáveis. 
O diálogo crítico, que possibilite um processo comunicativo aberto, permite identificar 
interesses em comum entre os adolescentes e os responsáveis pela estratégia educativa. 
É necessário prover o adolescente de meios para avaliar sua própria dieta – aplicativos 
funcionam muito bem nesta parte – e de estratégias para superar as dificuldades encon­
tradas para a adoção de práticas alimentares adequadas como, por exemplo, propostas 
de preparo rápido de alimentos saudáveis e de sabor agradável. A inclusão da família 
na intervenção nutricional também é altamente recomendada, por ser considerada uma 
influência tanto positiva como negativa para a adoção de uma alimentação saudável 
(TORAL; CONTI; SLATER, 2009).
A qualidade da relação familiar impacta profundamente em vários aspectos da vida 
do adolescente, inclusive à autoestima. O papel da família nem sempre é reconhecido 
como se deve, pois, muitas vezes a própria família coloca toda a responsabilidade de 
mudança dos hábitos alimentares nos filhos, negando­se como parte desse processo 
(COSTA; DUARTE; KUSCHNIR, 2010).
As ações de educação alimentar e nutricional podem ser realizadas por meio de 
atendimento ambulatorial individual do adolescente; ou fundamentadas em estratégias 
15
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
coletivas, que podem se demonstrar mais efetivas, pois favorece o diálogo e a troca de 
ideias e experiências entre os participantes, o que geralmente facilita a identificação de 
hábitos alimentares inadequados e a adesão ao processo. Porém, a associação entre o 
atendimento individual e o coletivo tende a ser o ideal, já que há a oportunidade de se 
trabalhar, ao mesmo tempo, as particularidades do adolescente e integrá­lo com outros 
indivíduos. A presença do responsável no atendimento ambulatorial ou em atividades 
em grupos, em alguns momentos junto ou separado do adolescente, fornece suporte no 
processo de mudança de comportamento. 
Figura 5
Fonte: Getty Images
Destaca­se, ainda, o ambiente escolar como facilitador deste processo. Em geral, 
professores são vistos como modelos a se seguir, especialmente para adolescentes mais 
novos, e podem auxiliar na prática da educação nutricional na escola. 
A abordagem para a mudança de comportamento com os adolescentes difere um 
pouco da conduta aplicada com as crianças no que se refere ao envolvimento da família.
Considerando que os adolescentes já têm certa autonomia para se cuidar sozinhos, 
isso deve ser incentivado sempre que possível. Essa responsabilidade deve ser estimu­
lada junto ao adolescente e à família, considerando, inclusive, o proposto no sobre a 
divisão de responsabilidades (Quadro 2). 
No atendimento individualizado, o profissional precisa estar disponível para ouvir e 
entender os motivos pessoais que levaram o adolescente a buscar o acompanhamento, 
compreendendo que sua competência, além de considerar questões biológicas, tem que 
envolver a esfera comportamental (LAUS et al., 2017).
Deve estar preparado para falar sobre as dietas da moda e entender os termos usados 
entre eles, como “abdome trincado”, “barriga negativa”, entre outros, além de compre­
ender o conceito e o impacto da imagem corporal, discutir sobre suas inspirações como 
modelo de beleza (celebridades em geral), e o que está circulando nas redes sociais 
(PETTY et al., 2015).
16
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O planejamento educativo deve ser feito de acordo com a idade do adolescente, uma 
vez que, na fase inicial, geralmente permanecem características infantis e, na final, adultas. 
Logo, o tipo de comunicação e as estratégias deverão ser diferenciadas. Ressalta­se a im­
portância de considerar que indivíduos com a mesma idade cronológica possam encontrar­
­se em momentos distintos com relação à idade biológica, caracterizada pelo processo de 
maturação sexual, ocasionando mudanças físicas, fisiológicas e psicológicas, fato este que 
pode ser determinante de comportamentos adotados nesta fase (PRIORE et al., 2014).
Na elaboração de material educativoé essencial incluir aspectos com os quais os ado­
lescentes possam se identificar, pois a mudança do comportamento alimentar somente 
será alcançada quando o adolescente perceber o seu sentido em sua história de vida, 
englobando o individual e social, a emoção e ação. 
Como podemos utilizar da tecnologia em favor da educação alimentar e nutricional dos adoles-
centes? O artigo intitulado Tecnologias digitais para promoção de hábitos alimentares sau-
dáveis dos adolescentes traz algumas possibilidades, disponível em: https://bit.ly/31eE4XY
A inclusão de mensagens mostrando os graves riscos à saúde decorrentes da adoção 
de uma alimentação inadequada é justificável nessa fase da vida, pois o senso de indes­
trutibilidade, a visão muito otimista e esperançosa sobre si e a fraca noção de determi­
nadas práticas sobre a saúde futura na adolescência podem determinar que a nutrição 
seja um tema de pouca preocupação nessa fase da vida. 
As intervenções nutricionais para esse público não podem focar os possíveis prejuí­
zos à qualidade de vida que poderão ser observados em algumas décadas; devem enfa-
tizar os aspectos de saúde que são considerados relevantes nessa fase da vida,
como as associações entre o consumo alimentar e o desempenho escolar, o sucesso nos 
esportes e a aparência física (TORAL; CONTI; SLATER, 2009).
Leia o artigo intitulado A alimentação saudável na ótica dos adolescentes: percepções 
e barreiras à sua implementação e características esperadas em materiais educati-
vos, disponível em: https://bit.ly/3lQwoEH
Abordagem Educacional
no Ambiente Escolar
A escola, por ser um ambiente onde as crianças passam grande parte do dia, é um 
espaço importante para a promoção de práticas saudáveis de alimentação. A execu­
ção dessas práticas envolve vários segmentos da escola, tais como professores, alunos, 
coordenadores e diretores, proprietários das cantinas e os pais ou responsáveis pelos 
estudantes, exigindo ampla interação de todas as partes.
17
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
Em todo o País, a conjuntura econômica e social fez surgirem políticas públicas de 
cunho educacional, que atingem principalmente escolas públicas, visando atender às 
necessidades de alunos mais carentes. Para isso, no Brasil, o Programa Nacional de 
Alimentação Escolar (Pnae) promove a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) de que 
esses alunos precisam, atendendo a estudantes de escolas públicas do Ensino Infantil e 
Fundamental. Embora a merenda e os programas de alimentação escolar visem contri­
buir para uma alimentação saudável, as cantinas escolares acabam indo, muitas vezes, 
na direção oposta (DIEZ­GARCIA, 2017). 
Por isso, a educação para a saúde no âmbito escolar propõe que a escola garanta a 
presença crítica dos educadores e educandos, propiciando o estímulo constante à per­
gunta, ao saber, à curiosidade, à criatividade, sem o que não há criação de modos de 
vida mais saudáveis (BÓGUS et al., 2011).
Nesse alinhamento, a educação alimentar e nutricional pode perfeitamente compor 
o currículo escolar. Mais do que isso, pode ser desenvolvida sem qualquer prejuízo aos 
saberes consagrados nos conteúdos escolares. Ao contrário, agregará valor a estes conhe­
cimentos, uma vez que permite, na análise real de cada indivíduo, instrumentalizá­los no 
entendimento da sua condição de ser vivo, das dimensões éticas, socioantropológicas e 
biológicas de sua existência, e que come e habita no espaço social (BARBOSA et al., 2013).
Contudo, os professores nem sempre têm conhecimento suficientemente amplo das 
questões da alimentação que podem ser incorporadas ao ensino, por isso a assessoria 
de especialistas é necessária para sensibilizá­los e apoiá­los no ensino dos temas trans­
versais relacionados à alimentação (BOOG, 2010). Desta forma, é importante que o 
nutricionista seja o responsável pela intermediação entre os saberes, na medida em que 
assume a condição de multiplicador de conteúdos e temas em alimentação e nutrição 
e, por isso, possui um papel determinante no processo de implementação de hábitos 
alimentares saudáveis na escola.
Nessa perspectiva, mais que oferecer pontualmente atividades relativas ao tema ali­
mentação, a EAN na escola permite constituir um conjunto de ações pedagógicas, nor­
mativas e culturais, que se desenha nos vários espaços da escola. Extrapola a sala de aula 
e as atividades pedagógicas desenvolvidas com os estudantes. Estas ações educativas 
poderão proporcionar ao estudante a construção dos conhecimentos que o instrumen­
talizarão a fazer suas escolhas – sobretudo na apropriação do direito humano de uma 
alimentação adequada –, julgar o que ouvirá na mídia e atuar de forma autônoma diante 
das várias alternativas que se apresentam no seu contexto (BARBOSA et al., 2013).
A proposta de criação de Escolas Promotoras de Saúde (EPS) surge, portanto, como 
uma expressão do compromisso ativo e intersetorial com a saúde e com a qualidade de 
vida das gerações presentes e futuras. De forma geral a EPS é aquela que se coloca a 
serviço da promoção da saúde e atua nas áreas de ambiente saudável, oferta de serviços 
de saúde e educação em saúde e que tem o propósito de contribuir para o desenvolvi­
mento das potencialidades físicas, psíquicas e sociais dos escolares da Educação Básica, 
a partir de ações pedagógicas de prevenção e promoção da saúde, e da conservação do 
meio ambiente, dirigidas à comunidade (BRASIL, 2006).
18
19
No Brasil, o principal investimento governamental em EPS se denomina Programa 
Saúde na Escola (PSE). Foi criado em 2007, pelo Decreto Presidencial n.º 6.286/2007, 
com a intenção de fomentar e implantar políticas públicas voltadas para a saúde dos 
escolares no conjunto das ações de promoção da saúde. Sua implementação prevê a 
realização de diversas ações articuladas pelas equipes de saúde e de educação com o 
objetivo de garantir atenção à saúde e educação integral para os estudantes da rede 
bási ca de ensino. O PSE é o espaço almejado durante muito tempo para a integração 
da Educação com a Saúde, entretanto, muitas vezes ele tem se resumido a levar à escola 
atendimento médico e odontológico ou estratégias de prevenção de doenças. 
Ainda é necessário que esse espaço conquistado pelo PSE seja devidamente ocupado 
para a construção da saúde no dia a dia das escolas, das crianças que as frequentam, dos 
professores e de toda equipe que compõe seu quadro dirigente e de funcionários, em parce­
ria com as unidades de saúde que compartilham o mesmo território (BÓGUS et al., 2017).
Leia o Guia de sugestões de atividades Semana Saúde na Escola, cuja versão 2014 está 
disponível em: https://bit.ly/3cjShJn, e a versão 2013 em: https://bit.ly/31hIVaW
Nas ações de educação alimentar e nutricional nas escolas, são diversos os recursos 
e as ferramentas que podem fazer parte do processo, de modo que na Tabela 1 são 
listados alguns exemplos:
Tabela 1 – Recursos/ferramentas para auxiliar no
processo de educação alimentar e nutricional na escola
Recurso/ferramenta Como utilizar Observações
História em quadrinhos: pode ser con-
feccionada com cartolina ou papel sulfite.
Os participantes, sob a orientação do 
nutricionista/professor, selecionam te-
mas e desenvolvem histórias que pos-
sam ser representadas em quadrinhos.
É uma ferramenta que pode ser tra-
balhada com crianças de faixas etá-
rias diferentes no mesmo projeto. 
Exemplo: crianças alfabetizadas es-
crevem as histórias e as crianças que 
ainda não são alfabetizadas podem 
fazer as ilustrações.
Jogos interativos ou colaborativos: 
podem ser criados pelo nutricionista/
professor ou pelos participantes, depen-
dendo da faixa etária. Podem ser sele-
cionados de livros e/ou revistas e resga-
tados da cultura local, utilizando desde 
tabuleiros ou cartas, até computador e/
ou aplicativos de telefone celular.
Os jogos devem ser selecionados/de-
senvolvidos de acordo com a maturi-
dade do grupo, os objetivos de ensino, 
os conceitos, os procedimentos eas 
atitudes que se espera que os alunos 
desenvolvam. O nutricionista/profes-
sor pode trazer ou ajudar os alunos a 
desenvolver/procurar jogos, progra-
mas e sites interativos, relacionados à 
nutrição, com o objetivo de instruir e 
trabalhar determinado assunto.
Os jogos colaborativos, onde todos têm 
um objetivo em comum, oferecem me-
lhores resultados do que os jogos onde 
apenas um indivíduo ou um grupo vence. 
Ilustrações: abrangem desenhos, foto-
grafias, estampas, símbolos e pinturas. 
Podem ser confeccionadas pelo nutri-
cionista/professor e/ou pelos alunos.
As imagens são utilizadas em muitas ati-
vidades para esclarecer e ilustrar. Podem 
ser utilizadas em murais didáticos, qua-
dros de aviso, cartazes, jornais escolares, 
quadros de giz, projetores e outros.
As ilustrações podem ser feitas utili-
zando recursos simples, como revistas, 
tintas, lápis de cor e giz de cera, com-
putador, telefone celular etc.
19
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
Recurso/ferramenta Como utilizar Observações
Peça teatral e dramatização/vídeos: 
Histórias representadas por um ou 
mais atores. É interessante que a his-
tória seja construída pelos alunos sob 
orientação do nutricionista/professor.
É interessante que a peça teatral/vídeo 
tenha como objetivo abordar temas de 
maneira lúdica e criativa, que favore-
çam o aprendizado de determinado 
conteúdo relacionado com as mudan-
ças de atitude.
Mesmo que não exista um espaço pró-
prio, como um palco de teatro para a 
apresentação/gravação/exibição, os en-
volvidos na atividade podem improvisar 
qualquer outro ambiente disponível. 
A exibição auxiliará a instruir não somen-
te os alunos que desenvolveram o mate-
rial, mas também o público que assistirá.
Arte culinária: preparação de diver-
sos pratos, utilizando uma variedade 
de alimentos.
A culinária coloca a criança em contato 
com diferentes tipos de alimentos e 
seus sabores, facilitando a aceitação 
dos alimentos.
Além de trabalhar os alimentos, outros 
temas podem ser abordados, tais como 
noções de higiene e cuidados na cozinha.
Horticultura: prática e cultivo de fru-
tas e hortaliças.
A horticultura pode ser feita em um 
canteiro já destinado dentro da escola 
ou utilizando jardineiras e materiais 
recicláveis como vasos.
É imprescindível que os alimentos cul-
tivados pelas crianças sejam utilizados 
nas aulas de culinária.
Fonte: Adaptado de BARRA; BONATO, 2014 
Os programas de educação alimentar e nutricional necessitam de um planejamento 
sistemático, com foco situação a ser modificada – ou problema –, avaliando o público­
­alvo e visando às mudanças de práticas alimentares – e não somente à transmissão 
de mensagens. Muita cautela deve ser estabelecida antes de elaborar um programa de 
educação alimentar e nutricional. Seu conteúdo deve ser definido a partir dos objetivos 
esperados, das estratégias motivacionais e dos recursos e ferramentas disponíveis para 
que esse aprendizado ocorra. Além disso, a duração deve ser adequada para que tenha­
mos resultados satisfatórios (PARRA; BONATO, 2014).
Exemplo de proposta pedagógica:
• Tema gerador: trabalho e costumes – a vida no campo e na cidade;
• Objetivo geral: entender os processos que abrangem a cadeia produtiva de alimentos 
para que se possa valorizar os alimentos in natura e compreender a importância da 
proporcionalidade na alimentação entre estes alimentos e os alimentos industrializados.
Quadro 4
Objetivos específicos
• Relacionar os alimentos produzidos no campo e como são con-
sumidos, para identificar o que acontece com os alimentos até 
chegarem na mesa das pessoas.
Conteúdos
• Cultivo e colheita;
• Cadeia produtiva;
• Tipos de alimentos, abastecimento e pontos de venda;
• Alimentos in natura e industrializados.
Procedimentos 
didáticos-pedagógicos
• Acompanhamento do crescimento de mudas na horta da esco-
la, do plantio à colheita;
• Elaboração de fluxograma sobre as etapas da cadeia produtiva de 
alguns alimentos através de pesquisa em feiras, sacolões, mercados;
• Exposição das pesquisas em rodas de conversa: é possível culti-
var alimentos em casa?
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21
Recursos
• Canteiros, instrumentos de jardinagem, mudas, sementes;
• Visita em feiras, sacolões e mercados realizada com os pais.
Duração • 6 intervenções de 40 minutos ao longo de 45 a 60 dias.
Leia o Manual operacional para profissionais de saúde e educação: promoção da ali-
mentação saudável nas escolas, disponível em: https://bit.ly/3lQQTBt
Abordagem Educacional
nos Transtornos Alimentares
Por meio das formas e dimensões corporais é que se manifesta a materialidade das 
questões relativas ao corpo contemporâneo. A condição humana é corporal, em que a 
nossa existência só se faz possível por meio de nossas formas corporais, que nos colo­
cam presente no mundo. A construção do corpo moderno se dá entre a obesidade – 
expressando a falta de controle sobre si – e a anorexia – como o autocontrole levado às 
últimas circunstâncias (AMPARO­SANTOS, 2017).
 Os Transtornos Alimentares (TA) são quadros psicopatológicos caracterizados por 
graves alterações do comportamento alimentar, que acometem, predominantemente, 
adolescentes e adultos jovens do sexo feminino, podendo levar a prejuízos tanto de natu­
reza biológica quanto psicológica, assim como ao aumento da morbidade e mortalidade. 
O tratamento envolve tanto o paciente como a família, com atendimentos individuais e 
grupais, e precisa ser realizado por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar atenta 
a todas as dimensões envolvidas – clínicas, psicológicas e nutricionais (PESSA, 2017).
 O terapeuta nutricional tem papel importante no tratamento dos TA e é essencial 
na equipe multiprofissional. Ele é o único qualificado profissionalmente para prover o 
tratamento nutricional especializado para os pacientes com esse problema. O papel 
fundamental do terapeuta nutricional é auxiliar o paciente a minimizar os sentimentos 
negativos, angústias e pessimismo em relação à comida, ao peso e ao corpo. Para tan­
to, deve desenvolver habilidades psicoterapêuticas para criar vínculo, oferecendo ajuda, 
apoio e orientação a essas pessoas (TIMERMAN et al., 2015).
Após o estabelecimento do vínculo, a utilização do diário alimentar oferece a oportu­
nidade de o paciente perceber sua alimentação de forma mais clara e concreta, buscan­
do a conscientização sobre seus sentimentos e atitudes alimentares.
Além disso, cria a possibilidade de o indivíduo exercer controle e disciplina em rela­
ção à alimentação, além de avaliação constante do processo de educação alimentar e 
nutricional. Nesse instrumento devem ser registrados também episódios de compulsão 
alimentar e comportamentos compensatórios (vômitos, uso de laxantes, diuréticos etc.), 
além dos sentimentos associados ao referido momento. Aspectos subjetivos devem ser 
21
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
explorados, estimulando o paciente a perceber sua sensação de fome antes do consumo 
alimentar e da saciedade após as refeições, pois o profissional pode pensar junto com 
ele sobre a influência das questões emocionais durante o ato alimentar, além das facili­
dades e dificuldades encontradas a cada período entre os retornos.
As características da fase peculiar por que estão passando seus portadores devem 
ser consideradas, principalmente no caso de jovens adolescentes, que estão desenvolven­
do e definindo a sua identidade, autoimagem, o seu estilo de vida e se reajustando à vida 
social, familiar e escolar. Esse reajuste pode ser manifestado por meio de comportamen­
tos de contestação da autoridade e quebra de padrões. Desta maneira, o adolescente se 
torna vulnerável, volúvel, seguidor de líderes, grupos e moda, desenvolvendo preocupa­
ções ligadas ao corpo e à aparência. Possui um senso de indestrutibilidade, acreditando 
que nada poderá atingi­lo, nem mesmo esses graves transtornos mentais e tem preferên­
cias, opiniões e conceitos próprios sobre alimentação,nem sempre verdadeiros. 
A seguir, veremos as características e particularidades da terapia nutricional para alguns 
transtornos alimentares:
Figura 6
Fonte: Getty Images
• Anorexia nervosa: é fundamental respeitar os limites que o paciente apresenta 
quanto à aceitação do que é proposto, compreendendo sua resistência como parte 
do tratamento, sem perder de vista a necessidade de ser firme e claro quanto às 
combinações. O profissional deve entender que essa evolução é lenta, visto que os 
pacientes têm grande tendência a negar seu estado psicopatológico e a resistir à 
mudança, mas deve sempre procurar manter em equilíbrio as preferências do pa­
ciente, hábitos e costumes alimentares, considerando suas crenças, mitos e medos, 
juntamente com o que acredita ser mais saudável e equilibrado. A realimentação 
por via oral é a primeira escolha para a recuperação de peso e a mais bem­sucedida 
na recuperação a longo prazo. O plano alimentar deve ajudar o paciente a consu­
mir, o mais rapidamente possível, uma dieta adequada em energia e balanceada em 
nutrientes. O paciente com anorexia nervosa apresenta distorções cognitivas tanto 
em relação à comida, quanto à imagem corporal; além de repetição de ideias infle­
xíveis em relação à nutrição e alimentação. O comportamento rígido pode, muitas 
vezes, levá­lo a cumprir rituais específicos em relação à alimentação. Outras carac­
terísticas dos pacientes com anorexia nervosa incluem obsessão, perfeccionismo e 
introspecção, além de dificuldade em expressar sentimentos; 
22
23
Leia o artigo intitulado Impacto dos transtornos alimentares na adolescência: uma re-
visão integrativa sobre a anorexia nervosa, disponível em: https://bit.ly/3tQM25S
Figura 7
Fonte: Getty Images
• Bulimia nervosa: o aconselhamento nutricional deve contemplar a compreensão 
do comportamento bulímico e suas alterações em relação ao comportamento ali­
mentar normal, considerando que o ciclo compulsão­purgação depende de uma 
série de fatores, incluindo a oportunidade de purgação, o tipo de alimento dispo­
nível e o humor. Cabe ao nutricionista auxiliar o indivíduo a controlar as restrições 
alimentares, discutir e modificar as escolhas alimentares, reestruturar os horários 
das refeições e buscar estratégias para, em um primeiro momento, minimizar os 
episódios de compulsão periódica e, depois, cessá­los. O planejamento alimentar 
deve incluir o fracionamento da alimentação, evitando­se ingestão energética ex­
cessiva e grandes volumes consumidos em pequenos intervalos de tempo. Deve ser 
priorizada a interrupção do método purgativo (autoindução de vômitos, uso indis­
criminado de laxativos, diuréticos, anorexígenos e preparados tireoidianos, bem 
como prática exagerada de atividade física) ou, pelo menos, minimização da sua 
frequência, na tentativa de reduzir os danos. É necessário que o nutricionista ajude 
o paciente a aprender – ou mesmo redescobrir – o que é fome, de que fome está 
tratando, quando se pode/deve comer, quanto de comida é o suficiente e quais 
seriam os alimentos, o que é comer normalmente, aspectos estes que parecem 
simples, mas que se tornam confusos e perturbadores;
Leia o artigo intitulado Comportamento de risco para bulimia em adolescentes, dispo-
nível em: https://bit.ly/3rmALZw
23
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
Figura 8
Fonte: Getty Images
• Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (Tcap): o termo compulsão ali­
mentar se refere a episódios de comer em excesso caracterizados pelo consumo de 
grandes quantidades de comida em intervalos curtos de tempo, seguido por uma 
sensação de perda de controle sobre o que se está comendo. O diagnóstico de 
Tcap se aplica aos indivíduos que apresentam episódios recorrentes, incontroláveis 
e perturbadores de compulsão alimentar, porém, sem os comportamentos com­
pensatórios como aqueles observados na bulimia nervosa. O objetivo da terapia 
nutricional é eliminar os episódios compulsivos; reduzir a restrição alimentar; elimi­
nar as práticas alimentares inadequadas; promover alimentação normal (equilibrada 
e regular); desenvolver habilidades cognitivas e comportamentais para lidar com 
situações de alto risco que precipitem os episódios compulsivos; modificar pensa­
mentos e sentimentos disfuncionais sobre o significado do peso e da forma corpo­
rais. Embora muitos pacientes com Tcap tenham excesso de peso ou obesidade, o 
objetivo do tratamento não é a perda de peso, mas, sim, a eliminação do transtorno 
 (APPOLINARIO, 2004; ALVARENGA et al., 2015).
Leia o artigo intitulado Efetividade de um programa multiprofissional de tratamento 
da obesidade em adolescentes: impacto sobre transtorno de compulsão alimentar 
periódica, disponível em: https://bit.ly/3vVfNnY
Como uma das estratégias possíveis, a oficina sensorial pode auxiliar a promover 
mudança de comportamento em transtornos alimentares, promovendo o contato do 
paciente com os alimentos em diferentes esferas sensoriais. Através dessa experiência, 
sentimentos e pensamentos são acessados (componente emocional das atitudes), poden­
do interferir em crenças e conhecimento (componente cognitivo das atitudes) e, por fim, 
implicar novos comportamentos (Tabela 2).
24
25
Tabela 2– Objetivos e estratégias da ofi cina sensorial para pacientes com transtornos alimentares
Objetivo Estratégia
Ofi cina do olfato
Conhecer temperos e ervas que agregam sabo-
res às preparações; reconhecer as característi-
cas e propriedades de ervas e especiarias pela 
degustação; resgatar memórias pelo contato 
com o aroma das ervas e especiarias; explicar a 
fisiologia relacionada à memória e aroma.
O filme Ratatouille é utilizado para sensibi-
lização e, na sequência, os pacientes são con-
vidados a identificar visualmente diferentes 
ervas e especiarias, e anotar seus nomes; eles 
deverão, ainda, associar os ingredientes a tipos 
de preparações e ao objetivo desse uso. Na se-
quência, vão degustar e sentir o aroma dos in-
gredientes e serão estimulados a relacioná-los 
a alguma situação ou memória. Os pacientes 
deverão escolher dois ingredientes, entre ervas 
e especiarias, para a próxima oficina culinária. 
Por fim, ouvirão explicações sobre a fisiologia 
da memória associada ao aroma.
Ofi cina do tato
Reconhecer e identificar texturas diferentes; 
reconhecer e identificar formatos variados; 
conhecer consistências; identificar diferentes 
tipos de cortes usados na culinária.
Os pacientes ouvem sobre o sentido do tato 
e são divididos em grupos para identificar 
determinados alimentos por meio do tato 
 (colocados dentro de uma caixa). Ao final da 
atividade, são mostrados diversos tipos de 
cortes utilizados na culinária no dia a dia.
Ofi cina do paladar
Identificar os quatro sabores básicos pela de-
gustação; relacionar o paladar com os outros 
sentidos; demonstrar que a apreciação dos sa-
bores é algo possível de ser aprendido em qual-
quer idade; discutir que pelo paladar é possível 
ampliar nossa rede social e tornar nosso conta-
to com o mundo mais interessante.
Elaboração e preparo de uma refeição (que 
contemple ao menos duas ervas escolhidas na 
oficina do olfato), favorecendo o contato do 
paciente com o alimento, envolvendo desde 
a escolha adequada dos utensílios, e separan-
do espaços para preparo, cocção e consumo. 
A preparação passa por todas as etapas (higie-
nizar, cortar, temperar e, por fim, o processo 
de cocção). Depois, os pacientes participam da 
refeição terapêutica junto à equipe.
Ofi cina da visão
Aprimorar os demais sentidos na ausência to-
tal da visão; apreciar os alimentos e o momen-
to da refeição, a fim de eliminar preconceitos e 
medos por meio da visão.
Os pacientes são vendados e conduzidos para 
um local não familiar, onde há uma mesa, e re-
cebem uma bandeja com preparações culiná-
rias devidamente porcionadas em quantida-
des equivalentes à refeição servida no almoço. 
Os pacientes são orientados a degustar os 
alimentos com as mãos e em silêncio. Após a 
degustação, devemretirar a venda dos olhos e 
há uma discussão sobre as sensações vivencia-
das a fim de conduzir a troca de experiências.
Fonte: Adaptado de TIMERMAN et al., 2015, p. 404-405 
 O tratamento dos transtornos alimentares costuma ser longo e nem sempre com 
 resultados satisfatórios, pois as questões emocionais interferem no processo de mudança 
do comportamento alimentar. Os profissionais de saúde devem ter consciência dos seus 
limites diante da frustração que alguns casos apresentam, buscando apoio e cuidado de 
outras equipes para que esse enfrentamento possa ser menos sofrido (PESSA, 2014). 
 A maneira como o nutricionista conduz o tratamento é essencial para o sucesso, pois 
ele deve ser uma motivação externa, guiando o paciente para mudanças e diminuição 
dos comportamentos autodestrutivos, sabendo como agir de maneira empática e dimi­
nuindo a chance de criar resistência dos pacientes.
25
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
Sob a ótica do cuidado integral, dentro de um enfoque multiprofissional e interdisci­
plinar, a abordagem educacional nos transtornos alimentares requer o desenvolvimento 
de recursos educativos, técnicos e pessoais para atuar de forma ética e humanizada.
Finalizamos esta Unidade depois de percorrermos um caminho desde o desenvolvi­
mento dos hábitos alimentares, passando pelo aconselhamento nutricional de crianças 
e adolescentes, até chegarmos à atuação do nutricionista nos casos de transtornos ali­
mentares. É um caminho onde o alimento e suas representações são construídas por 
um processo de aprendizagem, emoções, experiências. E durante todo esse caminho, 
o nutricionista pode e deve auxiliar para que esse processo se dê de forma criteriosa, 
amorosa e saudável.
26
27
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
Associação de consumidores sem fins lucrativos, independente de empresas, par­
tidos ou governos com a missão de orientar, conscientizar, defender a ética na 
relação de consumo e os direitos dos consumidores.
https://bit.ly/3cnmwPX
Alana
Organização de impacto socioambiental que promove o direito e o desenvolvimento 
integral da criança e fomenta novas formas de bem viver.
https://bit.ly/3sr5ZzW
 Vídeos
Canal – Comer Pra Quê
Apresenta vídeos deste movimento de mobilização da juventude para pensar a ali­
mentação como ato político. Busca­se dar voz e visibilidade aos desafios dos jovens 
para se alimentarem de forma adequada e sustentável.
https://bit.ly/39cgAHe
 Filmes
Criança, a Alma do Negócio
Criança, A Alma do Negócio é um documentário dirigido pela cineasta Estela Renner 
e produzido por Marcos Nisti sobre como a sociedade de consumo e as mídias de 
massa impactam na formação de crianças e adolescentes.
 https://youtu.be/17F92D2DxOY
 Leitura
Alimentação escolar e constituição de identidades dos escolares: da merenda para pobres
ao direito à alimentação
https://bit.ly/3d4RCe3
Confluências das relações familiares e transtornos alimentares: revisão integrativa da literatura
https://bit.ly/3feMLtM
27
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes 
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