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AV1 DIREITO DAS OBRIGAÇÕES PRADO NOITE Data de início 27/04/21 as 19:00 Data Final 28/04/21 as 19:00 Olá ROBERTA, quando enviar este formulário, o seu nome e endereço de e-mail serão exibidos para o proprietário do formulário. Obrigatória 1. Carlota Joaquina precisa de uma motocicleta para realizar serviços para uma empresa de delivery. João Maria ficou sabendo da situação de Carlota e resolveu ajudá-la. João Maria é uma pessoa com boa capacidade econômica, dispondo de vários automóveis e motocicletas. Assim, para ajudar Carlota, ele resolve emprestar uma moto, modelo CG 160, placa FEL1232, avaliada em R$ 7.000,00, devendo Carlota entregar a moto a João 3 meses após este encontro, em 5 de junho de 2021, nada mais tendo sido pactuado. Ocorre que em 3 de junho de 2021, antes da entrega da moto, ela incendiou-se após ser atingida por um relâmpago, mesmo estando devidamente guardada, o que acarretou perda total do citado bem. Opção única. (1 Ponto) a) Há uma Obrigação de restituir coisa certa. João não pode cobrar Carlota, pois neste tipo de obrigação, se a coisa se perder sem culpa, o credor sofre a perda. Aplicação brocardo “res perit domino”. b) Há uma Obrigação de restituir coisa certa. João pode cobrar Carlota, pois neste tipo de obrigação, se a coisa se perder sem culpa, o credor não sofre a perda, podendo exigir a reparação do devedor. c) Há uma Obrigação de Fazer. João pode cobrar o valor de uma mota a Carlota, vez que ela não cumpriu a obrigação de realizar o ato de entregar o bem. Fato este que atrapalha a aplicação do brocardo “res perit domino”. d) Há uma Obrigação de dar coisa incerta. João pode cobrar Carlota, pois neste tipo de obrigação, perdida a prestação, o credor continua podendo exigir o cumprimento da prestação. Aplicação do brocardo “genus nun quam perit”. e) Há uma Obrigação de dar coisa certa. João pode cobrar Carlota, pois neste tipo de obrigação, se a coisa se perder mesmo que sem culpa, o credor pode exigir a reparação do devedor. Aplicação brocardo “pacta sunt servanda”. 2. Segundo Orlando Gomes, na obrigação facultativa o credor não pode exigir o cumprimento da prestação subsidiária, e, na mesma linha, caso haja impossibilidade de cumprimento da prestação devida, a obrigação é extinta, resolvendo-se em perdas e danos. Desta forma assinale a alternativa INCORRETA: Opção única. (1 Ponto) a) A obrigação de dar coisa certa abrange seus acessórios, mesmo que não mencionados, salvo se o contrário resultar das circunstâncias do caso ou do título. b) Nas obrigações alternativas, como regra geral, a escolha cabe ao credor. c) Quando a obrigação alternativa for de prestações periódicas, a faculdade de escolha poderá ser exercida em cada período. d) Em caso de obrigação alternativa, se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornar inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. e) Nas obrigações de dar coisa incerta, mas determinada pelo gênero e quantidade, a escolha, em regra, caberá ao devedor. 3. Segundo o artigo 313 do Código Civil Brasileiro, o credor não é obrigado a aceitar coisa diferente daquela prevista no contrato, mesmo está sendo mais valiosa. Dentro deste contexto, qual a alternativa que melhor explica a previsão do Instituto da Dação em Pagamento dentro do mesmo Código? Opção única. (1 Ponto) a) De fato, o legislador está equivocado, pois o artigo 356 diz exatamente o contrário do que enuncia o artigo 313. b) O artigo 356 do Código Civil diz exatamente a mesma coisa que o artigo 313, embora com ostras palavras. c) O artigo 356 em nada contradiz o artigo 313, pois está afirmando que o credor pode aceitar e não que deva aceitar. d) A interpretação do artigo 313 do Código Civil está sujeita ao contexto, porque algumas vezes o credor é obrigado mesmo, a aceitar coisa diferente. e) O artigo 356 do Código Civil constitui apenas um exemplo do enunciado do artigo 313 do mesmo Código. 4. A Considerando a disciplina legal da solidariedade no Direito das Obrigações, avalie as afirmações a seguir: I. A prestação pode ser parcialmente ou integralmente exigida do devedor por cada um dos credores II. O fato de haver compensação em relação a um dos credores, poderá ser oposto a todos os demais credores III. O quinhão hereditário, responderá pela obrigação em caso de falecimento do devedor IV. Os juros de mora só podem ser cobrados daquele que deu causa ao inadimplemento V. Sendo obrigação solidária, se um dos devedores estipular obrigação adicional, todos serão responsáveis pelo seu adimplemento é correto o que se afirmar em: Opção única. (1 Ponto) a) I, apenas b) II, III apenas c) III, apenas d) I, III apenas e) I, V apenas 5.“Belo Docano” é devedor de “Denilson Perdido”. A dívida foi contraída no ano de 2001, quando Belo Docano ainda mantinha estado civil de solteiro. Ocorre que passados anos do inadimplemento, Denilson Perdido não desiste de receber a dívida, contudo devido a total insolvência de Belo Docano vem restando infrutífera. Contudo moralmente incomodada com as cobranças “Graciane Maromba” esposa do devedor decide procurar Denilson Perdido para realizar a quitação da dívida, e o faz sendo o recibo emitido em seu nome e CPF, considerando o caso hipotético assinale a alternativa jurídica possível a Graciane Maromba: Opção única. (1 Ponto) a) Graciane Maromba pagou em nome do devedor não terá direito a receber o que pagou. b) Como pagou em nome próprio sub-roga-se nos direitos do credor. c) Não terá direito e reembolsar, pois, fez uma caridade ao marido. d) Assumira Graciane Maromba a posição de fiadora de Belo Docano. e) Apesar de Graciane Maromba ter pago em seu próprio nome, somente tem direito a se reembolsar, só se sub-rogando nos direitos do credor se este lhe conferir tais poderes. 6. José assumiu com João a obrigação de confeccionar em seu atelier de costura, 150 (cento e cinquenta) uniformes para os empregados deste num prazo 90 (noventa) dias. Como José estava descapitalizado para comprar o material necessário (tecidos, linhas, botões e outros aviamentos) resolveu pedir um empréstimo a seu amigo Fernando, no valor de R$10.000,00, para pagar em 100 dias. Ocorre que a costureira de José adoeceu e a confecção dos uniformes atrasou por 20 dias. João só recebeu a encomenda 30 dias depois do combinado. Com isso José atrasou o pagamento do empréstimo constituindo-se em mora. Mas ficou tranquilo porque ouviu dizer que em caso de inadimplemento pelo devedor da obrigação assumida no contrato, este pode purgar a mora oferecendo ao credor as prestações vencidas, acrescidas da indenização dos danos causados ao credor pelo mora. Assim, se o devedor purgar a mora, não poderá o credor rejeitar a prestação, transformando a mora em inadimplemento definitivo e pleitear a resolução do contrato. José está certo ou errado? Responda justificadamente. Texto Multilinha. RESPOSTA: José está errado. Nesse caso, o devedor responderá pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. E se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá recusá-la e exigir a satisfação das perdas e danos. (1 Ponto) 7. Na legislação brasileira não há previsão sobre a distinção das obrigações de meio e de resultado e na doutrina há muita controvérsia sobre a questão, principalmente no que diz respeito ao ônus da prova para comprovação da responsabilidade. Analise os três acórdãos abaixo, e indique qual o tipo de obrigação firmada, e quais as consequências jurídicas advindas de cada modalidade. “Em outubro de 2013, a 3ª turma do STJ analisou o caso de um paciente que teve de se submeter a três cirurgias plásticas de rinoplastia para corrigir um problema estético no nariz. Ele não ficou satisfeito com o resultado das duas primeiras operações e decidiu buscaro Poder Judiciário para receber do cirurgião responsável indenização por danos materiais e morais (REsp 1.395.254).” "Em setembro de 2011, a 3ª turma do STJ julgou o caso de uma mulher que foi submetida a cirurgia de redução dos seios porque era portadora de hipertrofia mamária bilateral. O procedimento tinha objetivo de melhorar sua saúde e sua aparência, entretanto, o resultado da cirurgia foi frustrante. As mamas ficaram com tamanho desigual e cicatrizes muito aparentes, além disso, houve retração do mamilo direito." "Em março de 2012, a 4ª turma do STJ negou provimento ao recurso especial de uma parte que pretendia receber indenização do advogado que contratou para interpor recurso em demanda anterior, em razão de ele ter perdido o prazo para recorrer. “Texto Multilinha. RESPOSTA: No primeiro acórdão, trata-se de obrigação de resultado. A cirurgia estética é uma obrigação de resultado, pois o contratado se compromete a alcançar um resultado específico, que constitui o cerne da própria obrigação. Nesses casos, há a presunção de culpa, com inversão do ônus da prova. Nem o uso da técnica adequada na cirurgia estética é suficiente para isentar o médico da culpa pelo não cumprimento de sua obrigação. No segundo acórdão, trata-se de obrigação de meio. Nesse caso, a relação médico-paciente não se constitui obrigação de resultado, por não se tratar de cirurgia estética, porque o procedimento tinha o objetivo de melhorar a saúde da paciente. No terceiro acórdão, trata-se de obrigação de meio, porque não existe a certeza do resultado. Nesse caso ocorre a perda de uma chance. A responsabilidade do advogado na condução da defesa processual de seu cliente é de ordem contratual. Portanto, ao perder de forma negligente o prazo para a interposição de qualquer recurso cabível no decorrer da ação contratada e desejado pelo mandante, o advogado perde as chances de êxito de seu cliente. (1 Ponto) 8.Nome completo e matrícula (Ex.: Jose da Silva 20212022020) Texto de linha única.
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