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PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA (PRAD) Rio do Sul | SC 2021 SUMÁRIO 3 INTRODUÇÃO 4 CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE 6 DETENTOR 6 RESPONSÁVEL TÉCNICO 6 CONSULTOR 6 ORIGEM DA DEGRADAÇÃO 7 Danos ambientais causados 7 Origem do dano ambiental 7 CARACTERIZAÇÃO REGIONAL E LOCAL 7 Aspectos físicos e biológicos 7 Bacia hidrográfica 8 SITUAÇÃO ATUAL 8 Aspectos físicos 8 Aspectos biológicos 8 Uso atual do solo 11 Vegetação no entorno 11 FATORES DIFICULTADORES DO PRAD 12 OBJETIVO GERAL 12 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 12 METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO 12 Recomendações 17 PLANO OPERACIONAL 17 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS 19 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS 20 1. INTRODUÇÃO 2. CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE Denominação da Propriedade: Adalberto Rossa CNPJ: 218.147.329-34 Endereço: Estrada Geral Fazenda Bugre, s/nº, Interior Município/UF: São José do Cerrito / SC Área da supressão 2.640,00 m² Área do PRAD: 2.640,00 m² Situação fundiária: Pertencente a Adalberto Rossa Latitude: -27°28'33.17"S Longitude: -50°40'5.45"O 3. DETENTOR Nome: Adalberto Rossa Endereço: Estrada da Madeira, 2648, Barragem Município/UF: Rio do Sul / SC CEP 89165-140 4. RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EXECUÇÃO DO PRAD Nome: H2SA Assessoria em Saneamento CNPJ: 25.248.297/0001-30 Endereço: Rua Anitápolis, nº103, Laranjeiras Município/UF: Rio do Sul/SC CEP: 89167426 E-mail: licenciamento@h2sa.com.br 5. AUXILIO TÉCNICO AMBIENTAL Nome: Eduarda Leticia Busnardo CNPJ:. 044.003.679-83 Endereço: Beco Willi Otto, s/n, Centro Município/UF: Agrolândia/SC CEP: 88420-000 E-mail: eduarda110413@gmail.com 5. ORIGEM DA DEGRADAÇÃO 5.1 Danos Ambientais Causados A área do presente estudo sofreu com o desmatamento e degradação do terreno, devido à retirada sem permissão, sem autorização ou sem o consentimento do proprietário das árvores existentes na propriedade. A vegetação nativa localizada na área do PRAD presente nas coordenadas do terreno rural foi suprimida, causando um impacto negativo imediato na fauna silvestre local, e também em algumas áreas, o solo ficou exposto e suscetível a processos erosivos. 5.2 Origem dos Danos Ambientais As áreas destinadas ao PRAD foram degradas devido a processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária, quando a floresta nativa foi suprimida devido à retirada sem permissão, sem autorização ou sem o consentimento do proprietário das árvores existentes na propriedade. 6. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL E LOCAL 6.1 Aspectos físicos e biológicos A cidade de São José do Cerrito corresponde ao clima mesotérmico úmido, com verão quente e temperatura média de 21,5º. 6.2 Bacia Hidrográfica A bacia hidrográfica na qual o município de São José do Cerrito está inserido é a bacia do Planalto de Lages, com uma área total de 22.766 km² e a cidade é cortada pelo Rio Canoas e Rio Pelotas. 7. SITUAÇÃO ATUAL 7.1 Aspectos físicos O terreno afetado pela degradação da vegetação situa-se em uma encosta com declividade variável. Com o cartograma elaborado pelo Ministério Público de Santa Catarina foi evidenciado a presença de declividades acima de 30% próximo à área central do loteamento e paralelo a sua fronteira leste. Sobre as áreas acima descritas localizou-se também trechos com declividades acima de 25º. Identificou-se novamente pelo estudo realizado pelo Ministério Público de Santa Catarina, a presença de rios efêmeros, nas proximidades da porção leste do loteamento. 7.2 Aspectos biológicos 7.3 Uso atual do solo A área destinada ao PRAD se encontra em desuso. 7.4 Vegetação no entorno Nas áreas do entorno da área objeto de estudo são encontradas espécies nativas e exóticas, como também a presença de sub-bosque em pequenos fragmentos, e ausência do mesmo em pontos/fragmentos. Conjuntamente são encontrados algumas das espécies vegetais, com seus respectivos DAP, a Hovenia duleis (Uva do Japão – DAP 0,45), Zanthoxylum rhoifolium (Mamica de porca – DAP 0,38), Vernonanthura discolor (Vassourão – DAP 1,38), matayba guianensis (Camboatá – DAP 0,73) e Trema micrania (Grandiúva – DAP 0,36). Figura 1: imagem de satélite Google Earth (set/2012), em vermelho área do PRAD. 8. OBJETIVO GERAL Recuperação de área degradada resultante da supressão de vegetação sem autorização ambiental realizada pelo Sr. Adalberto Rossa, através da retirada sem permissão, sem autorização ou sem o consentimento do proprietário das árvores existentes na propriedade com coordenadas geográficas de 27°28'33.17"S e 50°40'5.45"O. 9. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Planejar a mitigação dos efeitos da supressão da vegetação existente no local devido a retirada sem permissão, sem autorização ou sem o consentimento do proprietário das árvores existentes na propriedade. 10. METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO A recuperação total da área destinada para a primeira etapa do PRAD Amigos da Mata será realizada através do plantio de mudas nativas do bioma Mata Atlântica, utilizando-se o sistema de sucessão devido a eficácia comprovada em recuperação de áreas degradadas. No primeiro e segundo ano, será feita associação de espécies pioneiras e secundárias, na proporção de 50% respectivamente. Após o segundo ano de execução do Projeto, quando as mudas pioneiras e secundárias plantadas já estiverem desenvolvidas, serão inseridas espécies de mudas nativas climáticas, como forma a minimizar o stress desse tipo planta que não suporta receber muita luz. O plantio será dividido entre as 4 áreas destinadas para o Projeto, dentro da área total de 9.396ha, com sistema de rodizio entre as espécies selecionadas para o plantio em cada uma das 4 áreas. As espécies climáticas também farão rodízio entre as áreas destinadas para o plantio, propiciando que em todas as áreas, sejam plantadas todas as espécies destinadas ao PRAD. O plantio será feito com espaçamento entre as mudas de 2m x 2m, conforme esquema de plantio mostrado na figura 2. As mudas serão doadas pela Secretaria Municipal de Agricultura em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Novo Hamburgo, também adquiridas através de parcerias | doações, realizadas através do site do Projeto Amigos da Mata (www.amigosdamata.eco.br) e parcerias firmadas diretamente com Pessoa Jurídica (PJ) e Pessoa Física (PF), como forma de compensar emissões de carbono. Figura 2: Esquema do plantio e de distribuição das mudas na área do PRAD. As atividades relacionadas ao plantio das mudas na área do PRAD seguirão conforme abaixo relacionado: · Proteção das áreas através do Isolamento, evitando-se assim possíveis fatores de degradação (entrada de animais e de pessoas não autorizadas); · Combate e monitoramento das formigas cortadeiras se presentes no terreno e áreas do entorno com antecedência de 1 mês do plantio, durante e após o plantio; · Seleção de espécies Nativas de Mata Atlântica para cada área de plantio, conforme especificado abaixo: Área Verde | Bem-te-vi 1. Angico (Parapiptadenia rigida) | secundária 2. Ingá-feijão (Inga marginata) | secundária 3. Pata-de-vaca (Bauhinia forficata) | pioneira 4. Guajuvira (Cordia americana) | pioneira 5. Jabuticaba (Myrciaria jaboticaba) | climácica Figura 6: área Vermelha | Beija-flor para implementação do PRAD. · Preparação do terreno / abertura de linhas através de roçado, segundo curvas de níveis; · Abertura das covas; · Mistura da terra resultante da abertura da cova com esterco de curral curtido, torta de mamona ou outro fertilizante orgânico, em uma proporção de até 20% do volume da cova antes do plantio das mudas; · Preenchimento da cova com mistura. Abre-se uma coveta com as mesmas dimensões do torrão. Coloca-se a muda nessa coveta, completando-se os espaços vazios ao seu redor com o restante da mistura. · Se a extremidade da raiz principal da muda estiver torcida, ela deverá ser podada, bem como as raízes laterais. · O colo da muda (zona que separa o caule da raiz) deverá ficar no nível da superfície do terreno, evitando-se amontoar terra sobre o caule (tipo vulcão). · Acomodar parte da terra após o plantioem forma de coroa ao redor da muda, com um raio mínimo de 20 cm (um palmo), propiciando um melhor armazenamento da água de chuva. · Amarrar as mudas à hastes de bambu com um fio de juta ou borracha em forma de 8 invertido nos primeiros meses de vida. 10.1 Recomendações · Combate periódico das formigas cortadeiras, caso surjam, durante o primeiro ano; · Realização de limpezas de manutenção num raio mínimo de 60 centímetros ao redor das mudas (roçadas e coroamento) até o 3o ano após o início do plantio, para manter as mudas livres de plantas invasoras e evitar a competição entre espécies. O mato capinado (serapilheira) deverá ser deixado sobre o solo; · Adubação no início do segundo ano, de preferência no período chuvoso; · Irrigação em caso de estiagem; · Verificação das espécies plantadas quanto ao ataque de pragas e doenças; · Replantio de mudas em caso de perdas; 11. PLANO OPERACIONAL O Plano Operacional é um cronograma de trabalho que será revisto anualmente, e onde são descritas as Atividades (A) que irão contribuir com o alcance dos Resultados (R). Os Resultados a serem alcançados constituem os Objetivos Específicos do Projeto. No Plano Operacional, além das Atividades (A) e Resultados (R), estão descritos os indicadores (I) do desenvolvimento do Projeto, os responsáveis pelo desenvolvimento das Atividades (A) e o cronograma subdividido em meses. Relatório trimestral, com estacas para acompanhamento da altura 12. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS A recuperação de áreas degradadas utilizando-se cobertura vegetal deve levar em consideração não somente a importância de se conhecer as espécies nativas, como também o emprego de espécies já existentes nos fragmentos de mata localizados próximo da área de implementação do Projeto, que servirão como fonte de propágulos de espécies nativas. É de conhecimento que a extração da vegetação nativa dá início a maioria dos processos erosivos. Esse fato ressalta a importância da reposição florestal para contensão dos processos erosivos iniciais na área do PRAD, além da recuperação da fertilidade do solo, devido as antigas atividades agrícolas e comerciais exploradas pelos antigos donos da terra. É importante frisar que uma área vizinha ao Projeto (área Beija-flor) encontra-se degradada e precisa ser recuperada em acordo de parceria, aja vista passar um córrego na região e cujas margens encontram- se desmatadas. O emprego de vegetação não só traz estabilização para o solo, manutenção e preservação dos recursos hídricos evitando-se o assoreamento dos mesmos, como promove o retorno da fauna para a região e o aumento das relações interespecíficas (relação planta-animal), além de possibilitar o processo natural de sucessão ecológica. Também apresenta uma solução estética mais agradável aos olhos, principalmente em uma região explorada com o turismo ecológico e pedagógico, caso da área de implementação do PRAD. Sem contar a adequação aos conceitos perseguidos por muitos profissionais, o do desenvolvimento sustentável. 20 Referências Bibliográficas Código florestal brasileiro. Disponível em: http://www.sasu.org.br/res2.htm BRASIL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm Mata Atlântica perdeu 133 km2 de área em 2011. Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/2012-05-29/mata-atlantica- perdeu-133-km2-de-area-em-2011.html Monitoramento da Mata Atlântica. Disponível em: http://siscom.ibama.gov.br/monitorabiomas/mataatlantica/index.htm Recuperação de Áreas Degradadas. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABZgIAD/apostila-recuperacao-areas- degradadas Recuperação de áreas degradadas: ação individual em propriedade rural. Disponível em: www.fieo.br/edifieo/index.php/posgraduacao/article/view/.../246 TIMM, J.M., Ambiental Daterra. PCA - Plano de Controle Ambiental Sítio São Luiz - Fevereiro/2012. http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/especies_arboreas_brasileiras/Abertur a.html http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/simple- search?query=Annona+cacans&submit=Buscar http://www.ebah.com.br/search?q=apostila+recuperacao+areas+degradadas http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-67622008000500016&script=sci_arttext http://nossasarvores.greennationfest.com.br/content/tree_specie/4 http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=7&ved=0CEo QFjAG&url=http%3A%2F%2Fwww.floresta.ufpr.br%2Fpos- graduacao%2Fdefesas%2Fpdf_dr%2F2012%2Ft314_0359- D.pdf&ei=MuiWUOSuNe2Q0QGQ2YDYDw&usg=AFQjCNHfoXSbtp0G5MG0zD9Cc Bivc63HxQ&cad=rja http://web.campobom.rs.gov.br/amb_riodossinos.asp http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=431340 http://www.portalprosinos.com.br/conteudo.php?id=bacia http://nhminhacidademeular.blogspot.com.br/p/aspectos-geograficos.html Recuperação ecológica de paisagens fragmentadas. Disponível em: www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr32/cap09.pdf
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