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Julia Paris Malaco – UCT14 SP1 – cultura e antibiograma Microscopicamente as bactérias são diferenciadas de acordo com suas características morfológicas em cocos, bacilos, espirilos, espiroquetas. Os cocos são esféricos e podem formar diferentes arranjos como cocos em dupla são denominados diplococos; cocos em cadeia passam a ser chamados de estreptococos; quando arranjados em cachos, sa ̃o conhecidos como estafilococos; agrupados em quatro, formam tétrades; quando em grupo de oito cocos unidos de forma semelhante a um cubo, são denominados sarcina. Os bacilos são bactérias que possuem forma de bastonetes. Além da classificação morfológica em cocos, bacilos e espirilos, as bactérias são classificadas, de acordo com suas características tintoriais, em Gram-positivas e Gram-negativas, quando submetidas a ̀ coloração de Gram. Exemplos de patógenos Cocos Gram positivas: streptococcus, staphylococcus, enterococcus Gram negativas: neisseria, moraxellas Bacilos Gram positivas: listeria, clostridium Gram negativas: pseudômonas, haemophilus, enterobacterias, escheria colli, klebsiella pneumoniae O método de coloração de Gram e ́ feito a partir de um esfregaço bacteriano, fixado em calor e corado com cristal violeta, lugol, álcool e fucsina, respectivamente. No processo de coloração de Gram, o corante cristal violeta e o lugol são absorvidos de uma maneira idêntica nas bactérias Gram-positivas e Gram-negativas e, inicialmente, ambas adquirem tonalidade roxa, em razão dos complexos formados pela ação dessas duas substâncias no citoplasma das células. Após o tratamento com álcool, apresentam um comportamento diferente, no qual as Gramnegativas são descoradas por essa substância e as Gram-positivas permanecem com a coloração inicial. No final do processo de coloração de Gram, e ́ adicionada a fucsina, que age somente nas bactérias descoradas pelo a ́lcool na etapa anterior e que passam a adquirir a cor avermelhada. Assim, ao analisar no microscópio o esfregaço bacteriano corado pela coloração de Gram, podemos concluir que aquelas que apresentarem uma coloração roxa são denominadas de Gram- positivas e aquelas com tonalidade avermelhada as Gram-negativas. Julia Paris Malaco – UCT14 As bactérias apresentam várias estruturas internas e externas: parede celular, citoplasma, membrana citoplasmática, ribossomos, cápsula, fimbrias e DNA bacteriano. A cápsula, os flagelos e as fi ́mbrias estão presentes em apenas alguns gêneros e espécies A parede celular das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas apresentam diferenças marcantes em sua estrutura e composição química e, de modo geral, conferem proteção a ̀ célula bacteriana. A parede celular das bactérias Gram-positivas e ́ mais espessa, sendo composta por uma camada única quimicamente constituída por proteína denominada peptideoglicano e por ácidos teicoicos. Os ácidos teicoicos são divididos em dois tipos: Os ácidos teicoicos de paredes, que estão ligados ao peptideoglicano, Os ácidos lipoteicoicos (LTA), que estão ligados aos lipídeos da membrana plasmática; Em contraposição, as bactérias Gram-negativas são formadas por duplas camadas, sendo a primeira constituída de lipopolissacari ́deos, fosfolipídios e lipoproteína, e a outra camada fina de peptideoglicano. Entre a membrana externa e o peptideoglicano existe um espaço denominado espaço periplasma ́tico, que contém alta concentração de enzimas degradadoras, além das proteínas de transporte. Quimicamente, a membrana externa e ́ composta por uma dupla camada de lipídeos e lipopolissacari ́deos (LPS). O LPS e ́ constituído por um lipídeo A, que está ́ ligado ao antígeno O. Os lipopolissacari ́deos são endotoxinas que provocam diversas respostas fisiológicas no ser humano, como febre, isso em virtude de sua toxicidade. Bacterioscopia Preparações coradas; coloração de gram; sensibilidade menor; resultado parcial; auxilio medico na tomada de decisão antes do resultado da cultura. O diagnóstico laboratorial de doenças infecciosas envolve duas abordagens principais: uma consiste na abordagem bacteriológica, na qual o organismo é identificado por meio de técnicas de coloração e cultivo, e a outra consiste na abordagem imunológica (sorológica), na qual o organismo é identificado pela detecção de anticorpos contra o organismo no soro do paciente. Na abordagem bacteriológica de diagnóstico de doenças infecciosas, várias etapas importantes antecedem o trabalho laboratorial propriamente dito, ou seja, Escolha do espécime apropriado a ser examinado, o que requer conhecimento a respeito da patogênese da infecção; Coleta do espécime de modo apropriado, a fim de evitar a contaminação pela microbiota normal; Transporte do espécime rapidamente ao laboratório, ou sua armazenagem correta; Fornecimento de informações essenciais para orientar os profissionais do laboratório. Em geral, o trabalho desenvolvido no laboratório bacteriológico adota três abordagens: Observação do organismo ao microscópio após coloração. Obtenção de uma cultura pura do organismo pela inoculção em meio bacteriológico. Identificação do organismo por intermédio de reações bioquímicas, crescimento em meios seletivos, sondas de DNA, ou reações com anticorpos específicos. Tanto a escolha das abordagens a serem utilizadas quanto a sequência em que serão empregadas dependem do tipo do espécime e do organismo. Após o crescimento do organismo em cultura, sua sensibilidade em relação a vários antibióticos. Antimicrobianos Antimicrobianos são substâncias naturais, semissintéticas ou sintéticas que eliminam (bactericidas) ou inibem o crescimento (bacteriostáticos) dos microrganismos. Os microrganismos importantes sob a perspectiva médica podem ser classificados em 4 grupos gerais: bactérias, vírus, fungos e parasitos. Julia Paris Malaco – UCT14 Antibióticos Cada antimicrobiano pode ser classificado de acordo com a sua atividade: Bacteriostáticos: descrevem os antibióticos que inibem o crescimento dos microrganismos Bactericida: descrevem os antimicrobianos que matam as bactérias Dois importantes conceitos devem ser lembrados ao se considerar o uso dos antimicrobianos: Espectro de ação: Cada antimicrobiano está associado a um espectro particular de atividade. Esse espectro de atividade descreve o número de diferentes espécies de microrganismos que são sensíveis a esse fármaco. Antibióticos de amplo espectro são aqueles que atuam em diferentes espécies de bactérias, enquanto os de baixo espectro são efetivos contra um pequeno número de espécies bacterianas. Concentração inibitória mínima: É a concentração de antimicrobiano necessária para inibir o crescimento bacteriano, de forma que quanto menor a MIC, maior a potência. Mecanismo de ação do antibiótico Os antimicrobianos podem agir contra as bactérias por diferentes mecanismos de ação, que incluem: Inibição da síntese da parede celular o β-lactâmicos, glicopeptídeos, fosfomicina; Aumento da a permeabilidade da membrana celular o Polimixinas, daptomicina; Inibição da síntese proteica a síntese proteica o Macrolídeos, lincosamidas, tetraciclinas, glicilciclinas, aminoglicosídeos, estreptograminas, oxazolidinonas, cloranfenicol; Inibição da síntese de ácidos nucleicos o Rifamicinas, fluoroquinolonas, nitroimidazóis e nitrofuranos; Inibição da síntese de metabolitos essenciaiso Sulfonamidas. Resistencia Microrganismos resistentes são aqueles capazes de se multiplicar em concentrações mais altas de antimicrobianos que as obtidas com o uso de doses terapêuticas. A resistência ocorre de 2 formas. A primeira é chamada primária ou intrínseca, na qual as bactérias são naturalmente resistentes aos antimicrobianos (como exemplo, a bactéria Mycoplasma pneumoniae não tem parede celular, portanto e ́ naturalmente resistente aos β- lactâmicos). A segunda forma é a secundária ou adquirida, que ocorre por desenvolvimento de novos mecanismos de defesa por parte do microrganismo perante a exposição continuada ao antimicrobiano (seleção de resistência). Os mecanismos de resistência da bactéria diante dos fármacos incluem: Inativação ou modificação enzimática – de enzimas que inibem o fármaco Sintetizam alvos modificados, contra os quais os fármacos não tem efeito Reduzem sua permeabilidade ao fármaco de modo que uma concentração intracelular efetiva do fármaco não é obtida Desenvolvimento de uma via alternativa à inibida Aumento da síntese do local-alvo Diminuição da captação ou efluxo do fármaco pelo microrganismo. As bactérias exportam fármacos ativamente por meio do uso de “bombas de resistência múltipla a fármacos” (bomba MDR, ou bomba de “efluxo”). A bomba MDR importa prótons e, em uma reação do tipo permutação, exporta uma variedade de moléculas exógenas, incluindo certos antibióticos, como as tetraciclinas. Julia Paris Malaco – UCT14 O termo alto nível de resistência é utilizado para os casos em que a resistência ao antimicrobiano não pode ser superada pelo aumento da dose do fármaco. Nesses casos, um antibiótico, geralmente de uma classe diferente, é utilizado. O termo baixo nível de resistência é utilizado quando a resistência pode ser superada pelo aumento da dose do antibiótico. β-lactâmicos Os antibióticos β-lactâmicos são uma classe ampla de antibióticos, que inclui a penicilina e seus derivados Possuem o núcleo β-lactâmico em sua estrutura molecular Mais usado grupo de antibióticos Agem inibindo a síntese da parede celular São eles: Penicilinas, cefalosporinas, monobactans e carbapenens. Resistência: o Alteração de Proteínas Ligadoras de Penicilina (PLPs) ou Penicillin-binding proteins (PBPs) o Produção de -lactamases o Diminuição da permeabilidade da membrana e ativação do mecanismo de efluxo. Produção de Beta-lactamase – em gram negativo e gram postivo Resistência em cocos gram positivos Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (MRSA) - Importância do mecanismo de resistência O principal mecanismo de resistência é a produção de proteína auxiliar de ligação à penicilina PBP2a/PBP2c que tornam o isolado resistente a todos os β-lactâmicos, exceto a nova classe de cefalosporinas “anti-MRSA”. Esses agentes tem afinidade suficientemente elevada a ̀ PBP2a, e provavelmente também à PBP2 codificada por mecC (anteriormente designado mecALGA251), para serem ativos contra MRSA. As PBPs auxiliares são codificadas pelo gene mecA ou mecC recentemente descrito. O elemento mec é exógeno ao S. aureus e não está presente em S. aureus sensível à meticilina. Cepas com expressão heterogênea do gene mecA e CIMs frequentemente baixas prejudicam a acurácia dos testes de sensibilidade. Além disso, alguns isolados expressam a resistência de baixo nível à oxacilina, mas são mecA e mecC negativo e não produzem PBPs auxiliares [S. aureus com sensibilidade borderline (BORSA)]. Essas cepas são relativamente raras e o mecanismo o de resistência é mal caracterizado, mas pode incluir hiperproduc ̧a ̃o de β-lactamases ou alteração das PBPs pré-existentes. Isolados de S. aureus positivos para mecA que são sensíveis tanto a cefoxitina como a oxacilina (OS-MRSA) devido à inativação do mecA foram descritos em diferentes partes do mundo. Essas cepas são diferentes dos MRSA com resistência heterogênea, que também são sensíveis à oxacilina, mas resistentes à cefoxitina. Estima-se que a frequência de tais isolados seja aproximadamente 3% de acordo com resultados fenotípicos convencionais combinados com resultados de PCR positivos para mecA. Métodos recomendados para a detecção da resistência à meticilina em S. aureus A resistência à oxacilina/meticilina pode ser detectada fenotipicamente pela determinação da CIM bem como por teste de disco-difusão. Aglutinação com látex pode ser usado para detectar PBP2a, mas não é confiável para detectar PBP2c. Detecção genotípica utilizando a PCR é confiável. Detecção por determinação da CIM ou disco-difusão: A expressão heterogênea de resistência afeta particularmente a CIM Julia Paris Malaco – UCT14 de oxacilina, a qual pode se mostrar sensível. A cefoxitina é um marcador muito sensível e específico da resistência mediada por mecA/mecC e é o fármaco de eleição para o disco-difusão. O uso do teste de disco-difusão com oxacilina deve ser desencorajado e os critérios interpretativos para os halos de inibição não estão mais incluídos na tabela de pontos de corte do EUCAST devido à fraca correlação com a presença de mecA. Microdiluição em caldo: A metodologia padrão (ISSO 20776-1) deve ser utilizada e cepas com CIM > 4 mg/L deve ser reportadas como resistentes a meticilina. Disco-difusão: Utilizar a metodologia de disco-difusão do EUCAST. Cepas com um halo de inibição < 22 mm para a cefoxitina devem ser reportadas como resistentes a meticilina. Detecção por métodos genotípicos A detecção genotípica dos genes mecA e mecC por metodologia molecular (PCR) é possível pela utilização de testes comerciais ou padronizados no próprio laboratório. Enterococcus faecium ou Enterococcus faecalis com resistência à vancomicina (VRE) - (CIM de vancomicina > 4 mg/L) A resistência clinicamente relevante é mais frequentemente mediada por ligases VanA e VanB, codificadas por plasmídeos, que substituem no peptidoglicano o terminal D-Ala por D-Lac. Esta substituição reduz a ligação de glicopeptídeos ao alvo. As cepas VanA exibem resistência tanto à vancomicina quanto à teicoplanina, enquanto as cepas VanB geralmente permanecem sensíveis à teicoplanina, devido à ausência de indução do operon de resistência. Outras enzimas Van de menor prevalência são VanD, VanE, VanG, VanL, VanM e VanN, embora a VanM tenha aumentado significativamente em E. faecium na China. A resistência à vancomicina pode ser detectada pelos métodos de determinação da CIM, discodifusão e triagem em ágar. Há uma probabilidade significativamente aumentada de infecções associadas à assistência à saúde (infecções hospitalares) serem causadas por organismos resistentes a antibióticos, quando comparadas as infeções adquiridas na comunidade. Tratamento empírico Iniciação do tratamento baseado na apresentação clínica Trata-se realmente de uma infecção? É uma infecção comunitária ou hospitalar? Qual o foco? Qual a gravidade da infecção? Após o resultado do exame – decisão de mudar ou não o tratamento Cultura Resultado da cultura: Seleção de ATB Descalonamento: Administração inicial de tratamento empírico de amplo espectro, com objetivo de cobrir os patógenos mais frequentemente relacionados à infecção a ser tratada e, assim que o agente causador for identificado, ajustar o tratamento Julia Paris Malaco – UCT14 Inclui alteração de terapia combinada por monoterapia Objetivos:Reduzir mortalidade e morbidade com o início precoce de terapia empírica ampla Limitar o desenvolvimento de resistência bacteriana por meios da redução da pressão seletiva, com a suspensão do antimicrobiano ou a redução do espectro Antibiograma Antibiograma ou teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) tem como principal objetivo predizer o resultado do tratamento com os agentes antimicrobianos testados. Representa também uma importante ferramenta no monitoramento da evolução da resistência bacteriana, além de auxiliar na implantação de medidas de controle que evitem a disseminação de bactérias multirresistentes. O método mais utilizado é o teste de disco difusão em ágar em função da facilidade técnica e da obtenção de resultados confiáveis. A maior limitação deste método é que seus resultados são qualitativos, ou seja, o micro-organismo é avaliado como sensível, intermediário ou resistente aos diversos antimicrobianos testados. A droga presente nos discos se difunde no meio de cultura, de modo que a concentração do antimicrobiano decresce à medida que se distancia do disco, formando uma espécie de gradiente de concentração do antibiótico ao redor deste disco. Com a devida incubação desta placa, nas áreas onde a concentração do antimicrobiano é inibitória, não ocorre crescimento do micro- organismo, formando-se então as zonas de inibição ao redor dos discos. O diâmetro da zona de inibição é inversamente proporcional a CIM e é influenciado por vários fatores, como a velocidade da difusão da droga no ágar (que varia de acordo com o antimicrobiano), pelo inóculo bacteriano, pH do meio de cultura, condições de estocagem das placas, temperatura e tempo de incubação e até mesmo da quantidade de ágar na placa. As técnicas quantitativas mais utilizadas são: diluição em caldo, que pode ser realizada em macro ou micro técnica, diluição em ágar, difusão quantitativa, mais conhecida como E-test e as técnicas automatizadas. Concentração inibidora/inibitória mínima (CIM) Em muitas infecções, os resultados dos testes de sensibilidade são importantes para a escolha do antibiótico. Esses resultados são comumente relatados como concentração inibidora mínima (CIM), sendo definida como a menor concentração do fármaco capaz de inibir o crescimento do organismo. A CIM é determinada por meio de inoculação do organismo, isolado a partir do paciente, em uma série de tubos ou frascos contendo diluições do fármaco na base dois. Após incubação a 35°C por 18 horas, a menor concentração do fármaco que impede o crescimento visível do organismo corresponde a ̀ CIM. Isso fornece ao médico uma concentração precisa do fármaco, orientando na escolha tanto do fármaco quanto da dosagem a ser usada. Um segundo método para determinar a sensibilidade ao antibiótico consiste no método de difusão em disco, em que discos impregnados com antibióticos variados são posicionados na superfície de uma placa de meio sólido que foi inoculada com o organismo isolado do paciente. Após a incubação a 35°C por 18 horas, período em que o antibiótico se difunde a partir do disco, determina-se o diâmetro da zona de inibição. O tamanho da zona de inibição é comparado com padrões, a fim de determinar a sensibilidade do organismo ao fármaco. Concentração bactericida mínima: Essa concentração, denominada concentração bactericida mínima (CBM), é determinada Julia Paris Malaco – UCT14 coletandose uma pequena amostra (0,01 ou 0,1 mL) dos tubos utilizados para o ensaio de CIM, semeando-os sobre a superfície de uma placa de agar-sangue desprovida de fármaco. Quaisquer organismos que forem inibidos, mas não mortos, exibem a possibilidade de crescer, uma vez que o fármaco foi diluído significativamente. Após a incubação a 35°C por 48 horas, a menor concentração que reduziu o número de colônias em 99,9%, comparando-se ao controle desprovido do fármaco, corresponde a CBM. Os fármacos bactericidas geralmente exibem CBM igual ou muito similar a CIM, ao passo que os fármacos bacteriostáticos “em geral” apresentam CBM significativamente superior a CIM. Cocos gram positivos de interesse na clínica médica Enterococcus spp. Resistência intrínseca a baixos níveis de Penicilina e Aminoglicosídeos. Tratamento de Infecções Graves: associação entre antibiótico que age em parede (ampicilina, penicilina ou vancomicina) e Aminoglicosídeo. *Ampicilina - é a classe representativa para ampicilina e amoxacilina. O resultado de ampicilina pode ser usado para predizer sensibilidade para amoxacilina-ácido clavulânico, ampicilina-sulbactam, piperacilina e piperacilina- tazobactam, entre os enterococos não produtores de -lactamases. *Penicilina - A sensibilidade dos Enterococcus spp. para penicilina prediz sensibilidade para ampicilina, amoxacilina, amoxacilina-ácido clavulânico, ampicilina-sulbactam, piperacilina e piperacilina-tazobactam, entre os enterococos não produtores de -lactamases. Entretanto isto não quer dizer que enterococos sensíveis à ampicilina são sensíveis à penicilina. Se o resultado para penicilina for solicitado, deve-se testar também o disco de penicilina. Resistência aos glicopeptídeos: Inibem a síntese de parede celular, por inibirem a síntese de peptideoglicano. Ligam-se a porção d-alanil-d- alanina, precursor do peptideoglicano Glicopeptídeo: Vancomicina; Oritavancin Lipoglicopeptídeo: Teicoplanina; Dalbavancin; Telavancin Resistência aos aminoglicosídeos: Inibem a síntese proteica: Por se ligarem irreversivelmente à subunidade 30S do ribossomo. Impede a tradução do RNA mensageiro durante a síntese proteica. Devido a captação diminuída do antibiótico o Intrínseca e adquirida o Os aminoglicosídeos são carregados positivamente o Dificuldades para atravessar a mb externa (Gram -) ou mb citoplasmática (Gram +). o Conferem resistência a baixos níveis de antibiótico Produção de enzimas modificadoras e modificação do alvo ribossomal o Adquirida (plasmídio ou transposons) o Conferem resistência a altos níveis (HLAR – High level aminoglycosides resistance). No antibiograma: O resultado da gentamicina (em alta concentração) pode ser aplicado a todos os demais aminoglicosídeos (amicacina, tobramicina, canamicina, etc), exceto à estreptomicina, que deve, portanto, ser testada separadamente Aminoglicosídeos: Gentamicina; Kanamicina; Amicacina; Estreptomicina; Tobramicina; Netilmicina; Neomicina; Plazomicin
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