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LEITE SILVA (2017) - SALVADOR (2001)

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LEITE, M. N. A. T.; SILVA, M. F. F. S.; SILVA, A. F. G. Paulo Freire: A Gestão Colegiada na Práxis Pedagógico-Administrativa. Licença Creative Commons Atribuição, 2017. Disponível em: <http://acervo.paulofreire.org:8080/xmlui/handle/7891/4353>. Acesso em 28 mar. 2021.
SALVADOR, C. M. A Coordenação Pedagógica: uma releitura a partir de Paulo Freire. Colóquio Internacional Paulo Freire, 2001. Disponível em: <http://acervo.paulofreire.org:8080/xmlui/handle/7891/3597>. Acesso em 28 mar. 2021.
Entender a escola como uma instituição de reprodução e perpetuação de poder é parte principal para querer transformá-la em sua organização, propondo novos modos de gestão democráticos, autônomos e libertadores.
Ao pensarmos no movimento de práxis dialógico-libertador de gestão democrática, o qual foi proposto por Paulo Freire, podemos refletir como pensar o e para o pedagógico é possível, difícil, muito árduo, mas possível. Além disso, quando Paulo Freire propõe a gestão colegiada nos moldes como o fez, ele visa em um projeto político pedagógico participativo que seja capaz de humanizar, em todos os sentidos, todos os envolvidos na escola, pais, alunos, professores, coordenadores, diretores, administrativo, comunidade.
	É essa ação de envolvimento dos sujeitos - por meio do Conselho Escolar - na tomada de decisões e ações da escola, alinhados com os movimentos sociais, que possibilita uma humanização dos sujeitos e da educação, os colocando em uma situação de reflexão da sua relação com a escola e de como ele, como sujeito em um coletivo, pode contribuir para uma educação de qualidade, estando em um estado de reconstrução ou recriação do saber de maneira constante. Ou seja, concebendo o espaço da instituição escolar como uma instância sociocultural e comunitária que, através de sua prática pedagógica comprometida, visa a transformação da realidade vivenciada.
	Leite e Silva apontam que é essa participação dos sujeitos que resgata o sentido do público proposto às instituições públicas, na medida que dá a população o poder de interferir nas definições políticas, contribuindo para o processo de auto-organização da população, favorecendo o exercício democrático dentro da instituição.
	A partir disso, podemos refletir sobre a experiência de Cristina Salvador, que atuou como coordenadora na escola Experimental da Lapa em na perspectiva libertadora de Paulo Freire.
	A autora entende que no contexto freireano no qual ela estava atuando, a função do coordenador era de integrador e articulador, do pedagógico com o administrativo. Algo que favorecesse o desenvolvimento da ação pedagógica, mesmo que tivesse algum percalço no meio do caminho entre os sujeitos envolvidos, pois é na divergências e, também, nas semelhanças que se aprende, segundo a autora.
	Contudo, Salvador ressalta que a ação dialógica é necessária para que a experiência na coordenação pedagógica seja de maneira mais libertadora e democrática possível. Pois é através do diálogo que se resgata a ação realizada de maneira a buscar entendê-la e, para então, transformá-la. 
	Essa ação dialógica se dava, principalmente, no coletivo, nos momentos de conselho escolar, de reuniões entre professores e alunos, pais e professores, direção e comunidade escolar, professores e professores, coordenação e professores através dos HTPCs ou HTPAs. Mas sempre com o intuito de ser um diálogo horizontal, integrador, orientador e reflexivo das práxis escolares, em prol do desenvolvimento dos objetivos educacionais.
	Ou seja, o compromisso se transfere ao todo, é algo comum aos sujeitos que estão envolvidos no processo de maneira participativa e o coordenador é o responsável por promover essa unicidade das questões pedagógicas da escola que estão pautadas no projeto político pedagógico. Pois é no grupo que a coordenação pedagógica se efetiva, sem o grupo não há coordenação pedagógica, não há como haver reflexão, troca, parcerias, debates teóricos, fortalecimento de vínculos, resolução de problemas, que se ensina e que se aprende, que se orienta, que se criam novas práticas e saberes.
	Para isso, o coordenador tem que estar atinado em quais são os momentos certos para cada coisa. Momento certo de ouvir, de falar, se colocar, de observar o todo ao qual está inserido para que possa orientar e, assim, no coletivo, se encontrar soluções para o que se enfrenta.

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