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Vittude-Guia-completo-das-principais-abordagens-da-psicologia

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Prévia do material em texto

1
2
Sumário
introdução ..............................................................................................................................................4
Psicanálise Teoria de Freud ....................................................................................................................6
O que acontece em uma sessão? .............................................................................................................8
Psicanálise Teoria de Lacan ...................................................................................................................9
O que acontece em uma sessão? ...........................................................................................................10
Psicanálise Teoria de Klein ...................................................................................................................11
O que esperar de uma sessão? ...............................................................................................................12
Psicanálise Teoria de Winnicott ..........................................................................................................13
O que esperar de uma sessão? ...............................................................................................................15
Psicologia Analítica Junguiana ............................................................................................................17
O que esperar de uma sessão? ...............................................................................................................20
Análise Bioenergética ............................................................................................................................21
O que acontece em uma sessão? ...........................................................................................................22
Logoterapia ..............................................................................................................................................23
O que esperar de uma sessão? ...............................................................................................................25
Psicodinâmica ..........................................................................................................................................26
O que esperar de uma sessão? ...............................................................................................................27
Behavorismo ............................................................................................................................................28
O que esperar de uma sessão? ...............................................................................................................30
Terapia Cognitiva Comportamental TCC ...........................................................................................31
O que esperar de uma sessão? ...............................................................................................................33
Gestalt-Terapia ........................................................................................................................................35
O que esperar de uma sessão? ...............................................................................................................37
Psicodrama ...............................................................................................................................................39
O que esperar de uma sessão? ...............................................................................................................41
Fenomenologia ........................................................................................................................................42
O que acontece em uma sessão? ...........................................................................................................43
Abordagem Centrada na Pessoa .........................................................................................................44
O que acontece em uma sessão? ...........................................................................................................46
3
As abordagens podem ser entendidas como a 
“lente” pela qual o psicólogo enxerga e analisa as 
questões discutidas nas sessões. Isso determina 
não só como será a relação entre profissional e 
paciente (cliente) nos encontros, mas também 
alguns detalhes do tratamento em si.
4
Buscar atendimento psicológico é uma deci-
são difícil. Normalmente, a maioria das pesso-
as não sabe como funciona, se é exatamente 
isso que precisa e, claro, há também toda a 
questão do preconceito e das dúvidas que es-
tão envolvidas nos resultados. Porém, quem 
consegue compreender a situação e perceber 
que essa é a melhor opção, acaba se depa-
rando com uma dúvida ainda mais complexa: 
qual psicólogo(a) deveria escolher?
O universo da psicologia é muito amplo, e 
existem diversas abordagens e especialidades 
que podem, sim, fazer a diferença na hora de 
tratar de um ou outro determinado conjunto 
de sintomas ou fatores emocionais. Existem 
aqueles que lidarão melhor com traumas, ou-
tros focados em família, os que direcionam 
seus estudos para a sexualidade e assim por 
diante.
Há também o detalhe de que o próprio pa-
ciente precisa entender a abordagem escolhi-
da, saber com o que está lidando e como será 
direcionado o seu tratamento. Ou seja, é uma 
decisão extremamente complexa.
Isso tudo seria muito mais fácil se as informa-
ções a esse respeito estivessem simplesmen-
te disponíveis de maneira acessível e com lin-
guagem menos técnica, mas infelizmente não 
é o que acontece, e então muitas pessoas aca-
bam tendo problemas para escolher os pro-
fissionais com os quais farão suas consultas.
Pensando nisso, a Vittude percebeu que era 
hora de trazer à tona esse assunto e juntar 
em um único material tudo o que você precisa 
saber para escolher o melhor psicólogo para 
sua jornada, seja ela focada em tratamento 
de transtornos, autoconhecimento, desenvol-
vimento profissional, etc. Nasceu, então, este 
conteúdo que você está explorando agora!
Aqui, você vai encontrar todos os detalhes 
que precisa conhecer a respeito desse univer-
so das abordagens em psicologia para te aju-
dar a decidir qual profissional combina com o 
seu momento. 
O material é extenso, mas além de estar di-
vidido entre as abordagens, cada texto foi 
pensado para trazer os aspectos teóricos 
mais importantes, pareceres de um psicó-
logo (a) que trabalha com aquela vertente e 
uma explicação sobre como serão as sessões. 
 
Vamos lá?
introdução
5
Psicanálise e 
suas variantes
6
Sigmund Freud era médico, e é considerado 
o pai da psicanálise. Foi ele o idealizador da 
primeira escola vienense de psicoterapia. A 
abordagem de Freud envolve a relação entre os 
sofrimentos psíquicos e emoções reprimidas do 
passado que não foram esquecidas. Para ele, 
ao relembrar essas emoções e trazê-las para a 
consciência, os problemas seriam solucionados.
A estrutura principal da psicanálise freudiana 
contém três pontos como formadores da 
psique humana, nomeadas como Teoria da 
Personalidade:
ID - os desejos inatos da pessoa estão nessa 
parte. Aqui ficam as vontades mais primitivas, 
principalmente ligadas ao prazer e aos instintos.
EGO - o ego surge da relação do ser humano 
com a sociedade e o ambiente em que vive. Ele 
“filtra” o ID e regula a realização de seus desejos 
impulsivos, reprimindo alguns deles.
SUPEREGO - dita as regras e atua como uma 
diretriz para o Ego. Ele deixa claro para a pessoa 
o que não é socialmente aceito de acordo com 
os preceitos dela e aponta a ação do Ego sobre o 
ID. “Aquela pessoa que é mais pragmática, para 
quem tudo tem que ser da maneira correta, 
que às vezes acaba deixando de realizar seus 
próprios desejos para realizar os dos outros”, 
explica a psicóloga Laura Borges.
“Nas primeiras sessões eu deixo o pa-
ciente à vontade parame contar a his-
tória dele. Gosto de saber como ele era 
enquanto criança, o relacionamento 
com os pais e os irmãos. Depois, nas pró-
ximas, eu o deixo à vontade para falar 
sobre o que ele quiser, sempre deixando 
claro que ele pode falar o que achar ne-
cessário, mesmo que não seja relevante. 
Depois de um certo tempo, a gente con-
segue identificar a questão da transfe-
rência, do quanto ele projeta a imagem 
de alguém importante para ele no psi-
cólogo.”
SIGMUND SCHLOMO FREUD
Foi um médico neurologista e psiquiatra 
criador da psicanálise.
Freud iniciou seus estudos pela utiliza-
ção da técnica da hipnose no tratamento 
de pacientes com histeria, como forma 
de acesso aos seus conteúdos mentais. 
Ao observar a melhora dos pacientes 
tratados pelo médico francês Charcot, 
elaborou a hipótese de que a causa da 
histeria era psicológica, e não orgânica. 
Essa hipótese serviu de base para ou-
tros conceitos desenvolvidos por Freud, 
como o do inconsciente.
Psicanálise Teoria de Freud
“
Vale Destacar
Laura Borges
CRP: 06/121033
7
OUTRO PONTO IMPORTANTE a ser considerado 
aqui, de acordo com a profissional, é a questão dos 
mecanismos de defesa — manifestações do Ego 
diante das requisições do ID e do Superego. Veja 
alguns deles:
Recalque - quando você não exprime o que você 
sente, o conteúdo é recalcado e só é trazido à tona 
novamente através do inconsciente com sonhos 
e histórias do passado, entre outros. Pode ser 
um trabalho longo de análise até que isso seja 
solucionado.
Sublimação - a sublimação tem relação direta 
com o recalque. Quando um sentimento recalcado 
não é analisado e o problema solucionado, você 
pode transferi-lo para outros objetos de desejo ou 
realizações. Segundo Freud, muitas descobertas da 
ciência só foram possíveis devido a ela.
Deslocamento - você pode ter raiva de algo que 
viveu no passado (mesmo na infância), e isso é 
deslocado para objetos, como uma criança que 
sofre violência e acaba destruindo brinquedos.
Projeção - você projeta algo seu em outra pessoa, 
na maioria das vezes um defeito. Ele é seu, e você o 
coloca em outros e desconta sua frustração neles, 
mesmo sendo algo puramente seu.
Identificação - quando você identifica na outra 
pessoa aspectos positivos, e passa a entender as 
razões pelas quais você gosta daquele ser humano.
Negação - você nega a realidade exterior e 
a “repõe” em sua mente usando uma outra 
realidade fictícia.
Regressão - é quando o Ego recua para se 
esquivar de conflitos atuais, como na situação 
em que alguém adulto deixa de lado parte de sua 
maturidade e se torna alguém mais infantil, para 
evitar lidar com problemas mais complexos.
Isolamento - a defesa típica de quem 
tem obsessões. Trata-se de isolar um 
único pensamento, sentimento ou 
comportamento e retirá-lo da relação 
com os outros, como se ele não tivesse 
ligação com mais nada na mente, excluindo 
completamente o restante.
Formação reativa - você tem vontade de fazer 
algo, mas faz o exato oposto para se defender de 
possíveis reações nocivas. Assim, é possível encobrir 
alguns pontos que seriam inaceitáveis, mostrando-
se totalmente contrário a eles.
Psicanálise Teoria de Freud
8
UM DOS PONTOS PRINCIPAIS da 
psicanálise é que deve haver pou-
ca intervenção do profissional 
nas sessões, para que você possa 
projetar seus pensamentos sem 
interrupção. É a ideia da associa-
ção livre, que envolve o paciente 
falar o que quiser no momento, 
sem julgamentos.
Como o próprio conceito aponta, 
aqui ocorre a “cura pela fala”, ou 
seja, a psicanálise não é tão foca-
da em exercícios ou lições de casa 
práticas, e sim no trabalho de re-
flexão que será promovido na 
sua mente após a exploração do 
inconsciente em diferentes ses-
sões. Há também a interpretação 
dos sonhos.
É importante apontar que, em-
bora haja exceções, o tratamento 
por meio da abordagem é nor-
malmente longo, então é uma 
boa ideia preparar-se para algo 
mais cadenciado, com pontos de 
grande virada durante o período 
das sessões. No caso de psicana-
listas mais ortodoxos, podem ha-
ver 4 ou 5 encontros por semana.
Outro ponto da prática da psica-
nálise é o divã, que pode ou não 
ser utilizado tanto no início quan-
to durante o tratamento, se for 
recomendado pelo profissional.
O objetivo do divã é retirar qual-
quer tipo de julgamento ou sen-
timentos contidos que poderiam 
surgir ao olhar para o rosto do 
psicólogo. Deitar-se e olhar so-
mente para o teto permite que 
você entre profundamente em 
suas próprias reflexões e fale sem 
se preocupar, sem nenhuma au-
tocrítica ou repressão. No caso da 
terapia online, para que isso seja 
feito, o profissional pode desligar 
a câmera.
O que acontece 
em uma sessão?
9
“Para Lacan, a função da terapia é aju-
dar a pessoa a reconhecer seu próprio 
desejo para que ela não fique colada 
ao que se deseja dela. É a questão da 
alienação, estar alienado ao desejo do 
outro (pai, parceiros, amigos) e o que 
elas representam. Ainda que a pessoa 
possa querer o que os outros desejam 
para ela, a ideia é que ela encontre um 
caminho singular, que reconheça por 
onde anda o desejo dela.”
Jacques Lacan foi um psicanalista francês, e é o idealizador da chamada 
psicanálise lacaniana. A psicóloga Pietra Manzoli explica que sua teoria, 
apesar de buscar novas possibilidades dentro daquela criada por Freud, 
também propõe um retorno às colocações do pai da psicanálise: “Lacan 
faz isso de um jeito diferente. Ele estuda Freud, pensa Freud, 
mas faz isso junto com vários atores da Filosofia e da Linguística. 
Torna Freud mais palatável, deixando as ideias mais abertas.”
O principal aspecto de compreensão da teoria de Lacan é a linguística. Para 
ele, se quisermos entender o ser humano, seu inconsciente e o psiquismo 
de modo geral, precisamos ter conhecimento de sua linguagem. Isso 
faz com que o psicanalista entenda que a representação de algo é mais 
importante do que aquilo enquanto figura.
Um exemplo seria a mãe. Enquanto para Freud a mãe é uma figura, um 
ser que tem esse “nome” e tem ações específicas, para Lacan o que a 
mãe representa está acima disso. “Para Lacan, a “mãe” não seria a 
“mãe”, e sim algo de nutrição, alguém que cuida, está junto. Ou 
seja, pode ser uma coisa, um a pessoa ou uma instituição, como 
a universidade, que te dá todas as respostas e ensina o que você 
quer saber”, aponta Pietra.
Segundo a psicóloga, Lacan pega aquilo que para Freud era muito pautado 
em pessoas e enredos específicos e abre para um contexto de linguagem, 
mais voltado para a cultura em si, principalmente devido às influências 
filosóficas.
Outro conceito importante para a psicanálise lacaniana é o desejo. No 
caso, “desejar” não é simplesmente querer algo, pois também há o desejo 
inconsciente.
Pietra conta que uma pessoa em terapia pode dizer que quer realmente 
algo, mas na verdade há um outro querer mais forte por trás. “Um 
paciente pode chegar dizendo que quer autoconhecimento, mas na 
verdade o desejo inconsciente dele é de entender a si mesmo para 
não precisar falar sobre algo que o incomoda com o psicólogo. É 
como se ele dissesse ‘não entre tão profundamente aqui’.”
Pietra Manzoli
CRM: 07/32261
“
Psicanálise Teoria de Lacan
10
UMA SESSÃO regida por uma 
abordagem lacaniana (que não 
necessariamente precisa ser fo-
cada na psicanálise), envolverá 
muito a fala e o diálogo. Diferen-
temente de Freud, o tratamento 
é menos rígido. Entende-se que, 
na tentativa de encontrar pala-
vras para explicar o sofrimento 
de maneira verbal, ao menos 
você conseguirá ter noção da 
origem dele e possivelmente 
curá-lo no futuro.
Segundo Pietra, um ponto claro 
da abordagem é a ideia de ver 
tudo que é falado como algo 
mais aberto, menos limitado e 
criando relações com o aspecto 
cultural e linguístico. “Penso na 
função que tal acontecimento 
ocupa na vida da pessoa. O signi-
ficado, o porquê de aquilo estar 
ali e ser dessa maneira e a influ-
ência dessa questão na forma de 
o paciente agir comigo.”
Há, também, uma questão curio-sa que dependerá muito do pro-
fissional. Lacan propõe uma vi-
são lógica do tempo de sessão, 
deixando em segundo plano o 
tempo cronológico (físico) do 
relógio. Para ele, mais valiam as 
transformações, descobertas e 
questionamentos atingidos no 
encontro do que o que havia 
sido programado.
Portanto, os psicólogos mais 
ortodoxos — principalmente 
orientados pela psicanálise, de 
acordo com Pietra— podem, em 
certos momentos, encerrar ses-
sões antes do tempo estimado.
O que acontece 
em uma sessão?
11
“Em uma análise Kleiniana não basta 
trabalhar os conteúdos reprimidos. É 
necessário analisar como são as posi-
ções de cada sujeito. O paciente pode 
perceber que o mundo não funciona 
com uma divisão, e que é permitido ter 
sentimentos diferentes e complexos. 
Não adianta trabalhar os sintomas se 
não trabalhar os processos que causa-
ram seu surgimento.”
A teoria kleiniana da psicanálise foi idealizada pela psicanalista 
austríaca Melanie Klein, com base nos ensinamentos de Freud. Um 
de seus principais focos é o atendimento infantil, e ela é considerada 
a criadora da psicanálise de crianças.
Klein identificou que há um mal-estar muito mais primitivo nos 
seres humanos do que aquele que Freud considerava. Para ela, tudo 
começava já no início da relação entre mãe e bebê. A fim de acessar 
esses pensamentos no inconsciente da criança, então, a psicanalista 
passou a utilizar brincadeiras e jogos, comparando-os às fantasias 
propostas pelo pai da psicanálise.
Um dos principais conceitos da análise Kleiniana é a técnica do 
brincar. Ela consiste em considerar o ato de brincar da criança na 
sessão como o discurso dos adultos durante o diálogo, com um 
significado emocional equivalente aos sonhos deles.
De acordo com a psicóloga Carolina Ortega, esse ramo descoberto 
dentro da psicanálise é de extrema importância para as primeiras 
fases do desenvolvimento. Klein afirmava que os primeiros estágios 
da vida eram muito importantes, ao contrário do que dizia Freud.
Nos preceitos kleinianos, o bebê nasce com uma visão simplista 
da vida, entendendo bom e mau, com gratificação e frustração. “A 
partir da elaboração e superação desses sentimentos, tem 
início a posição depressiva, quando a criança compreende a 
complexidade de que bom e mau podem habitar o mesmo 
espaço. Dessa forma, a divisão do mundo vai sendo abrandada.”
Essa percepção de que bom e mau existem em uma totalidade 
constitui alguns períodos normais do desenvolvimento da vida de 
qualquer ser humano, e estão presentes em toda a nossa história, já 
que não se alteram independentemente do contexto.
Carolina Ortega
CRP: 05/61465
“
Psicanálise Teoria de Klein
12
AS QUESTÕES EMOCIONAIS, na 
análise Kleiniana, são observa-
das e analisadas a partir tanto 
da visão simplista da vida, tam-
bém chamada de posição esqui-
zoparanóide, quanto da posição 
depressiva.
A partir do tratamento feito por 
meio da análise desses pontos 
na criança, há um equilíbrio por 
meio do qual é possível lidar 
com problemas como depres-
são, esquizofrenia e neuroses. 
Esse equilíbrio não envolve evi-
tar os conflitos, mas sim te en-
tregar forças para lidar com as 
emoções mais dolorosas.
“A análise Kleiniana convida as 
crianças a entenderem os seus 
conflitos emocionais, fortalecen-
do-as para que você possa en-
frentar suas próprias angústias”, 
explica Carolina.
Um consultório focado nessa 
abordagem, na maioria das ve-
zes, contará com brinquedos e 
materiais para desenho, escrita, 
pintura, recortes, entre outros. 
Tudo para oferecer à criança 
a possibilidade de liberar seus 
pensamentos e sentimentos de 
diferentes formas, incluindo a 
agressividade.
Sendo assim, durante uma ses-
são a criança irá realmente brin-
car e dar asas à imaginação, ao 
olhar atento do profissional que 
analisará cada significado das 
ações propostas e realizadas 
pelo pequeno.
O que esperar 
de uma sessão?
13
Donald Winnicott nasceu na Inglaterra, em 
1896, e é o idealizador da teoria psicanalítica 
que leva seu nome. Sua primeira formação foi 
a pediatria, o que fez com que mais tarde ele 
se tornasse um analista de crianças e adultos.
Muito do trabalho de Winnicott é pautado 
pela relação existente entre mãe e filho, mas a 
visão é diferente da freudiana, mais voltada à 
pluralidade de “presenças” que a progenitora 
pode ter na vida dos seus filhos, e em como o 
meio impacta esse relacionamento.
Segundo a psicóloga Roberta Domingues, a 
teoria winnicottiana parte do pressuposto de 
que o ser humano nasce “desmontado”: “Ele 
diz que o ser humano nasce com um conjunto 
de pulsões e instintos desorganizados, mas 
com um potencial natural de solucionar isso. 
Quando tudo é integrado, ele tem condições 
de se ver como indivíduo no mundo e interagir 
com o meio externo.”
Psicanálise Teoria de Winnicott
“É uma teoria que olha para o ser hu-
mano como uma forma desorganizada 
no início, mas também propõe que ele 
tem um potencial inato para o desen-
volvimento, a integração de todos os 
aspectos que se iniciam desordenados. 
A maior preocupação é prover um am-
biente propício para que essa integra-
ção aconteça.”
Roberta Domingues 
CRP: 06/100709
“
14
Um dos principais conceitos que a teoria envolve 
é o do desenvolvimento emocional, que propõe 
uma compreensão de todo o amadurecimento 
do ser humano dividido em três etapas: 
Dependência absoluta: ocorre até os seis 
meses, quando o bebê ainda não tem nenhuma 
consciência de como obter o que precisa, 
mal consegue expressar as necessidades. É 
simbolizado pelo ato de a mãe segurar o bebê 
no colo, que mostra uma total identificação e 
entrega da progenitora ao seu filho ou filha.
Dependência relativa: após os seis meses 
até aproximadamente dois anos, o bebê passa 
a depender somente de maneira parcial do 
ambiente e das pessoas à sua volta. Nesse 
estágio, já consegue expor o que quer e até 
mesmo conseguir sozinho o que deseja. É aí 
também que há um retorno da mãe às suas 
atividades comuns, sua própria vivência, o 
que segundo Winnicott pode gerar falhas no 
desenvolvimento do bebê. Isso é descrito como 
uma “desadaptação gradativa”, mas para isso o 
ambiente gerado pela mãe anteriormente tem 
que ser favorável a esse amadurecimento.
Rumo à independência: quando passa dos 
dois anos, o bebê já pode enfrentar o mundo 
e seus aspectos mais tensos e complicados. 
O mundo da criança, que antes era somente 
pautado pela relação e pela pessoa da mãe, 
passa a incluir também a família, comunidade, 
amigos, o pai, entre outros. Para Winnicott, não 
existe o conceito de independência, pois se 
existisse, para atingi-lo, a pessoa precisaria ficar 
isolada a ponto de se sentir completamente 
invulnerável. Ou seja: se você está vivendo, 
ainda há dependência.
“Winnicott afirma que a idade da pessoa não 
caminha junto do desenvolvimento emocional 
apontado por ele”, explica Roberta.
Durante o tratamento, a ideia é entender em 
que fase do desenvolvimento o paciente está 
e, assim, localizar uma ou mais possíveis falhas 
no processo de amadurecimento, permitindo à 
própria pessoa o autodesenvolvimento.
Psicanálise Teoria de Winnicott
15
UMA SESSÃO regida pela abor-
dagem winnicottiana tem come-
ço, meio e fim. É, como se espera 
da maioria das abordagens psi-
canalíticas, um diálogo em que 
você falará mais do que o seu 
psicólogo.
Entretanto, diferentemente do 
que vemos em Freud ou até mes-
mo em Lacan, de acordo com Ro-
berta, há uma relação proposta 
por Winnicott entre profissional 
e paciente que envolve algumas 
devolutivas: “Eu faço um apa-
nhado do que entendemos e de 
onde ela chegou com o que foi 
trazido, e então pontuo algo. 
Nem sempre é questionamento. 
É como se fosse um resumo para 
que a gente possa pensar junto. 
É uma relação. A pessoa traz e 
eu devolvo.”
No caso do tratamento de crian-
ças, as sessões envolvem brinca-
deiras e atividades. Porém, tudo 
deve partir de um movimento da 
própria criança. Diante disso, há 
outras ideias propostas para as 
sessões.
Para osadultos, não há exercí-
cios ou lições de casa propos-
tos na teoria winnicottiana. O 
paciente fala livremente, mas 
existem questões como músi-
cas, filmes, peças de teatro e ou-
tras menções. Se você menciona 
algum ponto e demonstra que 
aquilo te tocou de certo modo 
e trouxe reflexões ou emoções, 
será trazido para a discussão.
Outro detalhe importante é o 
meio à sua volta. Um barulho, 
por exemplo, ou qualquer im-
previsto com o qual você se co-
necte durante a consulta, será 
colocado na sessão e aprovei-
tado na discussão. Tudo parte 
da observação e do que você, 
enquanto paciente, trará para o 
encontro.
O que esperar 
de uma sessão?
16
te ajuda a encontrar a 
melhor abordagem para 
a sua personalidade
Encontre um Psicólogo
17
 
“A gente tende a achar que a consciên-
cia é a maior parte, mas não é. Somos 
mais inconscientes do que conscientes, 
embora a consciência goste de estar 
no controle, falar que está tudo bem. 
O inconsciente é quem vai trazer mais 
informações sobre o que a gente sente, 
o que a gente acha. Porém, nada é lite-
ralizado, então tudo precisa ser inter-
pretado dentro da terapia.”
Psicologia Analítica Junguiana
A psicologia analítica Junguiana é uma abordagem criada 
com base nos estudos e técnicas propostos pelo psiquiatra 
Carl Gustav Jung, um discípulo de Freud. Apesar de ser 
entendido por todos como o “herdeiro” da psicanálise, 
Jung passou a discordar de seu mestre principalmente ao 
compreender inconsciente e consciente como questões 
complementares e também entender a questão da energia 
psíquica de maneira diferente da proposta pela psicanálise.
Em dado momento, a relação passou a ser insustentável e 
ambos seguiram caminhos diferentes. Assim, Jung criou a 
Psicologia Analítica.
O psicólogo Giovane Oliveira explica que, enquanto Freud 
entendia que energia psíquica e libido eram sinônimos, seu 
discípulo compreendia essa ideia como algo mais pessoal: 
“Jung parte do princípio de que não temos somente a 
libido. Temos energia psíquica e ponto final. Onde ela será 
aplicada vai de pessoa para pessoa.”
Giovane Oliveira
CRP: 06/127584
“
18
Psicologia Analítica Junguiana
Autorregulação da psique
Diante disso, há um conceito muito importante para a psicologia analítica, 
que é a autorregulação da psique.
Pense que, se você pode utilizar a sua energia como deseja, e todo 
o extremo tem seu oposto (dias de tempestade, dias de muito sol, 
nervosismo, tranquilidade...), é necessário mensurar a quantidade de 
energia a ser dedicada para cada ponto, ou haverá uma regulação disso.
“Imagine uma pessoa muito calma, que nunca tem motivos para se estressar 
e fica tranquila em qualquer momento. Um dia, a raiva dela vai aparecer e ela 
irá explodir, porque ela precisa usar esse extremo também. A raiva precisa de 
espaço, que nunca foi dado, e quando ela entra em cena, a pessoa estoura”, 
diz Giovane. “Quanto mais longe você está do outro extremo, com mais 
força ele aparecerá em algum momento.”
Assim surge a ideia de equilíbrio. Imagine que cada extremo é um lado de 
um pêndulo. O equilíbrio não é tudo estar parado, e sim ter um espaço 
menor entre os extremos.
“Quando você consegue caminhar de uma forma mais próxima entre os 
extremos, você consegue acessar as polaridades de todas as formas sem 
ter uma estafa psíquica, mental e física”, explica o psicólogo.
19
Compreensão simbólica
Na psicologia analítica Junguiana nenhum sintoma é 
tratado somente pelo que é, mas sim pelo aspecto da 
vida ao qual pode estar relacionado, ao sentido. Isso é a 
compreensão simbólica.
A questão é que nós, ao lidarmos com problemas, não 
mantemos tudo em um único campo da vida. O mais 
comum é que isso seja levado a outros aspectos, que 
nem sempre são parte do problema em si.
“A disfunção erétil, por exemplo, pode estar diretamente 
ligada ao medo da paternidade ou à autocobrança 
excessiva no momento do sexo”, aponta Giovane. “Mais 
do que querer tirar o sintoma ‘a fórceps’, a gente tem 
que entender qual a função dele para trabalhar nisso 
na raiz. Se a gente só corta o sintoma, isso não tem 
sustentação a longo prazo, pois o paciente ainda não 
irá saber como lidar com isso.”
Complexos
Complexos, para Jung, são “aglomerados de emoções” 
que geram algum comportamento ou reação física. Por 
exemplo: suponha que o indivíduo tenha um complexo 
X que, quando ativado, faz com que ele fique com raiva. 
Esse complexo engloba todas as emoções (às quais 
Jung se refere como afetos) que fazem com que essa 
pessoa sinta raiva.
“É como se fosse uma pasta de documentos, em que 
todas as experiências referentes a um tema estão 
guardadas. Se a gente passa por uma situação que 
ativa esse tema, ele irá mexer com a gente”, explica 
Giovane.
Individuação
A individuação é o conceito central da psicologia 
Junguiana. Trata-se de nos tornarmos “nós mesmos”, 
ou a melhor versão possível de nós em termos de bem-
estar, e é a nossa principal missão enquanto pessoas, 
de acordo com Jung.
Todos os processos explicados acima nos permitem 
“individuar”, segundo Giovane. “O processo de 
autorregulação da psique é uma maneira do corpo e 
da própria psique darem caminhos e pistas de onde 
precisamos ir para cumprir nosso processo pessoal de 
individuação”, expõe.
Psicologia Analítica Junguiana
20
UMA SESSÃO de psicologia analítica 
Junguiana é muito ativa, com gran-
de participação tanto do psicólogo 
quanto do paciente. Há casos em 
que o paciente falará mais, e outros 
em que o profissional fará isso, am-
pliando os questionamentos.
Embora tenhamos que tirar a abor-
dagem junguiana do lugar excessi-
vamente místico em que ela é mui-
tas vezes colocada, a arte de modo 
geral (e principalmente sua inter-
pretação) tem um grande espaço 
dentro do tratamento psicológico. 
Outro detalhe importante são, sem 
dúvida, os sonhos.
Diante dessas questões, há alguns 
exercícios que podem ser aplica-
dos. Entre os principais estão:
imaginação ativa - orientado pelo pro-
fissional, o paciente é convidado a visi-
tar e compreender questões do incons-
ciente por si próprio, como sua criança 
interior, outros traumas e questões a 
serem exploradas.
Sandplay - quando o psicólogo ou psi-
cóloga é especializado nessa técnica, o 
exercício visa gerar uma compreensão 
de questões da vida do paciente por 
meio da montagem de cenas com mi-
niaturas dentro de uma caixa de areia.
interpretação de sonhos - os sonhos, 
quando lembrados, devem ser trazi-
dos para a sessão e serão interpre-
tados com base no atual contexto de 
sua vida. “Jung entendia os sonhos 
como uma tentativa de integração 
do inconsciente com o consciente, e 
por isso analisá-los é uma maneira 
de trazer parte desse inconsciente 
para a terapia”, explica Giovane.
análise da interpretação de movi-
mentos e obras artísticas - tudo que 
é arte e toca, de alguma maneira, a vida 
ou as emoções de um paciente pode 
ser utilizado para interpretação duran-
te a sessão. Seja uma música, um filme 
ou um desenho.
Além disso, se você for um artis-
ta ou gostar de se expressar des-
sa maneira, levar seus trabalhos é 
uma boa maneira de expandir os 
horizontes dentro do tratamento. 
Segundo Giovane, entretanto, essa 
não é exatamente uma técnica do 
setting terapêutico da psicologia 
analítica Junguiana, mas ajuda a 
compreender o paciente e amplifi-
car os sentidos.
O que esperar 
de uma sessão?
21
“A ideia é partir da premissa de que 
há uma interligação entre a mente e o 
corpo. As questões que são trabalha-
das na mente podem gerar alterações 
corporais, e no caso da Bioenergética, 
vice versa. Muitos terapeutas bioener-
géticos trabalham um pouco com a fala 
e um pouco com o corpo. Você fala um 
pouco, e depois são feitos exercícios de 
Bioenergética que facilitam essa análi-
se. A mente e o corpo devem conseguir 
acompanhar o mesmo processo.”
Análise 
Bioenergética
A Análise Bioenergética foi criada por Alexander Lowen com 
base nos preceitos da proposta reichiana, de Wilhelm Reich, 
quefoi aluno de Freud. É uma abordagem que, além dos fatores 
psíquicos, envolve também a observação do corpo e certos sinais 
físicos no tratamento.
Isso não significa, entretanto, que você não irá conversar com o 
psicólogo. A linguagem verbal também faz parte do processo. Não 
é como a psicanálise Freudiana, por exemplo, em que o diálogo 
é o único fator determinante para o trabalho da psicoterapia. 
Lembra daquela famosa frase de que “o corpo fala”? Esse é o 
raciocínio.
Tudo é observado. De acordo com a psicóloga Marina Haddad, 
é importante ter uma visão integral do paciente. Os olhares dele 
para o profissional e a relação disso com seus comportamentos, 
mudanças no corpo e na postura, entre outros sinais, como 
dores e tensões localizadas, direcionam muito a interpretação e 
vão além do tratamento feito somente pela fala.
Um dos principais conceitos da abordagem é o grounding, que 
é basicamente a ideia de estar “enraizado”, com os pés no chão. 
Por isso, Lowen costumava fazer suas sessões com o paciente de 
pé, e é assim que é feito pela Bioenergética sempre que possível. 
Há também o grounding feito pelo olhar, que busca trazer a 
pessoa de volta para essa sensação de estar aterrado, conectado 
ao chão e a si mesmo.
Marina Haddad 
CRP: 78/952
“
22
NA PRÁTICA, tudo começa com a 
conversa (apesar de parecer con-
traditório). Segundo Marina, o psi-
cólogo deve entender as questões 
explicadas por parte do paciente 
para, então, relacionar seus com-
portamentos e mudanças corporais 
a elas.
Se ao falar você tensiona certa parte 
do corpo, ou olha de maneira dife-
rente, o profissional pode relacio-
nar esse sinal com o que você diz 
e começar a compreender como 
aquilo faz você se sentir. Aos pou-
cos, então, o diálogo irá ressignificar 
certos detalhes e fazer com que es-
sas tensões diminuam.
O medo é um exemplo: quando 
você está com medo, pode ser que 
tente se curvar a fim de — segundo 
Lowen — “proteger sua alma”, como 
se usasse seu corpo de escudo. Isso 
pode ser observado pelo psicólogo 
como um sinal. Às vezes você pode 
ter medo de algo e nem saber!
 
 
Tudo isso vale para outras emoções 
também, como excitação, alegria, 
tristeza, determinação e assim por 
diante. De repente você não tem 
nem ideia de que demonstra entu-
siasmo com algo, e a Análise Bioe-
nergética pode reconhecer isso e 
fazer com que você se conheça me-
lhor.
Existem exercícios ao longo do tra-
tamento, que podem envolver a 
respiração (embora esse não seja 
o foco exato da Bioenergética), mas 
que têm o objetivo de transferir as 
energias usadas na racionalização 
de certas questões para outras par-
tes do corpo, para que sejam libe-
radas.
Alguns envolvem “descontar” a rai-
va ou a frustração em almofadas, 
gritos e outras formas de explosão. 
Entretanto, também há os mais 
tranquilos, como massagens (e au-
tomassagens) e alongamentos. Po-
dem ser feitos tanto durante a ses-
são quanto em outros momentos.
O que acontece 
em uma sessão?
23
“Ao invés de perguntar para os pacien-
tes por que eles fizeram isso ou agiram 
daquela maneira, eu pergunto ‘para 
quê?’, que traz o sentido. Qual o intui-
to dessa ação? Naturalmente isso traz 
uma reflexão, já que normalmente é 
muito fácil as pessoas responderem 
‘porque sim’, ‘porque não’. Perguntar 
‘para quê’ tira do automático e faz com 
que a pessoa pare, reflita e busque o 
sentido naquela ação. Ela traz muita 
reflexão.”
Logoterapia
“[...] Há muita sabedoria nas palavras de Nietzsche: 
‘Quem tem um por que viver pode suportar quase 
qualquer como’”.
Essa citação, retirada da obra de Viktor Frankl, 
neuropsiquiatra fundador da logoterapia, resume 
um pouco o que esperar da abordagem. Essa teoria 
compõe a terceira escola vienense de psicoterapia (a 
psicanalítica, de Freud, foi a primeira, e a dos Teóricos 
das Relações Objetais, de Melanie Klein, a segunda). 
O principal ponto trabalhado pela abordagem é a 
busca do sentido da vida.
Segundo Frankl, uma vida precisa de sentido para 
ser vivida. A psicóloga Ana Silvia Rivani conta uma 
história presente nos escritos de Viktor, que diz que 
ele, ao ser preso em um campo de concentração 
(o psiquiatra era judeu), recebia todos os dias um 
pedaço de pão.
Ao invés de comê-lo, ele o segurava e só comia no 
dia seguinte, após receber a outra porção. “Se ele 
comesse o pão, ele não teria mais nada, então ele 
deu um sentido para aquele pão”, explica ela.
Ana Silvia Rivani
CRP: 12/12483
“
24
A logoterapia trabalha fundamentada em três 
conceitos:
Liberdade de vontade - todos podemos ter 
vontade do que quisermos, independentemente 
de julgamentos ou da questão de certo ou errado.
Vontade de sentido - para todos os desejos, se 
busca um sentido (ainda que ele tenha que ser 
descoberto), um propósito real para se entender 
“para quê” realizar tais vontades.
Sentido da vida - a vida tem um sentido para 
cada um, que todos buscamos entender e atingir. 
Vivemos para isso.
A psicóloga explica ainda que, para a logoterapia, 
todos somos seres biopsicosocionoéticos. A palavra 
assusta, mas ela tem significados mais simples: 
 
Bio - a parte biológica, o corpo físico
Psico - os fatores psicológicos
Socio - vivemos em sociedade
Noéticos - ter fé em algo, ter um propósito, sentido
Logoterapia
Ela reforça que todos esses aspectos devem ser 
considerados no tratamento, porque se nós damos 
importância só para um ou dois deles, falta equilíbrio 
e ficamos mal. Todos merecem atenção.
Outro ponto importante da reflexão de Viktor 
Frankl, segundo Ana, diz respeito à relação entre 
a circunstância e as escolhas de todos nós. “Ele 
dizia que tudo que fazemos são escolhas, que 
não somos produtos das circunstâncias.” Ou seja, 
se algo acontece e você age de tal maneira, não 
foi o acontecimento que gerou isso, mas sim uma 
escolha sua em agir assim. Você tem poder sobre 
essa decisão, tem responsabilidade.
25
UMA SESSÃO DE LOGOTERAPIA envolve principalmente o diálogo. É 
uma conversa dinâmica, em que você provavelmente falará mais do que 
seu psicólogo, mas ele também terá sua participação e irá direcionar o 
caminho para a solução dos problemas por meio de técnicas e alguns 
exercícios.
Há dentro do diálogo uma técnica chamada de questionamento socráti-
co, que segundo Frankl é a principal dentro da logoterapia. Em resumo, a 
ideia é o psicólogo fazer as perguntas para você estimulando uma refle-
xão que virá de você.
Ele fará você pensar com cada questão, para que no fim você por si só tra-
ga uma visão a respeito do que foi discutido com uma maior propriedade 
e poder de escolha sobre sua própria vida.
Ana gosta de se considerar uma “amiga qualificada” quando pensa em 
como as sessões transcorrem. “A gente realmente bate um papo, bem 
aberto.”
Ela explica também que a logoterapia em si não tem tanta prática por 
parte do paciente, como as “lições de casa”, mas que ela busca trazer 
isso nas sessões para ajudar em pontos específicos, como foco e atenção, 
procrastinação, organização da produtividade e redução da ansiedade, 
com meditação guiada e mindfulness, por exemplo.
O que esperar 
de uma sessão?
26
“A ideia é trazer à tona o que é descon-
fortável, seja algo atual ou do passado. 
A linha de trabalho é a ‘cura pela fala’ 
— repetir, recordar e elaborar — con-
siderando o inconsciente, como Freud. 
Utiliza-se durante a análise diversas 
formas de entendimento do pacien-
te, como os mecanismos de defesa, a 
análise e interpretação dos sonhos. O 
objetivo é chegar na supressão dos sin-
tomas.”
Psicodinâmica
Ava Valerie
CRM: 06/146404 
“A abordagem psicodinâmica pode ser considerada 
um conjunto de técnicas de abordagens focadas no 
trabalho relacionado ao inconsciente e às questões 
que não estão explícitas em nosso comportamento 
ou na fala, necessariamente. Podemos incluir aqui 
as psicanálises, a terapia junguiana e a psicoterapia 
com orientação analítica, não descartando aquelas 
que são mais breves.
Há quem diga que, como “pai da psicanálise”, Freud 
também seria o precursor dapsicodinâmica, visto 
que esta é um conjunto de técnicas que se inicia com 
seus estudos, como explica a psicóloga Ava Valerie: 
“A base é a teoria psicanalítica, e então terão os 
seus desdobramentos. Um profissional será lacaniano, 
outro kleiniano, winnicottiano, e assim por diante.”
A psicóloga ainda aponta que é necessário 
desmistificar um pouco a visão que se tem da 
psicanálise, já que na psicodinâmica há uma 
“evolução” das teorias ortodoxas de Freud, como 
uma menor utilização do divã e do número maior 
de sessões.
27
PENSANDO NO CONCEITO DA ASSOCIAÇÃO LIVRE, nas 
sessões você provavelmente falará mais, sobre tudo o 
que desejar e sem muitas intervenções ou impedimen-
tos. Não há uma questão de importância. Tudo que você 
achar que precisa colocar na sessão é válido.
Com isso, o psicólogo irá começar a entender aos poucos 
os principais problemas que fazem parte do seu dia a dia. 
“Pela fala vamos entendendo tudo, com uma escuta ana-
lítica muito expressiva”, explica Ava, “Certas maneiras de 
falar de uma pessoa podem levar a conclusões precisas, 
como um abuso ou falta de conexão. Assim, vamos res-
significando aquilo com o paciente.”
Enquanto você expressa algo pela fala, você mes-
mo reflete e elabora essas questões em sua men-
te, e o psicólogo irá intervir quando necessário. 
“É uma construção. É como se fôssemos a tela projetiva 
do paciente, como se o paciente se visse através de mim 
durante o processo terapêutico.”
O que esperar 
de uma sessão?
28
“Comportamento é relação. Há um 
exemplo incrível, que realmente nos 
faz entender: água é somente água. Se 
eu pego pedras, isoladas, também são 
só pedras. Agora, a relação da água que 
cai sobre as pedras, como uma cachoei-
ra ou uma cascata, essa interação, isso 
é comportamento. É para isso que ire-
mos olhar durante o tratamento.”
Behavorismo
Ana Luísa Suguihura
CRP: 11/14034
“É importante entender que o Behaviorismo não é 
exatamente uma abordagem e nem exatamente um 
conjunto delas. Na verdade, trata-se de uma filosofia 
criada pelo psicólogo americano John B. Watson, e 
posteriormente repensada por Burrhus Frederic Skinner, 
outro autor e psicólogo dos Estados Unidos.
Em resumo, o primeiro criou o chamado Behaviorismo 
clássico, enquanto o segundo é idealizador do que 
chamamos de Behaviorismo Radical (vem de raiz, que é 
a parte da planta que não pode ser observada), que foi 
criado em oposição ao inicial.
Dessa vertente de pensamento surgem as abordagens 
psicológicas relacionadas ao comportamento, mas 
enquanto o que foi criado por Watson ignorava o 
mentalismo no que toca o modo humano de agir, as ideias 
de Skinner adicionam essas relações aos estudos.
A análise do comportamento é apoiada pelo Behaviorismo 
Radical. Isso porque, enquanto abordagem, entende que 
os fatores psicológicos que influenciam as ações também 
são importantes. Mente e corpo são vistos como um só.
A psicóloga Ana Luísa Suguihura explica: “Entendemos 
que comportamento é aquilo que é observável, o 
comportamento público, mas também aquilo que não é 
observável, que é o privado. Isso tudo pode ser acessado 
por meio da fala.”
29
Entende-se, aqui, o comportamento enquanto interação 
com o ambiente e outras pessoas. Isso influencia e 
modifica o ser humano, e vice-versa. “Na prática clínica, 
essa interação também é fundamental e é uma das nossas 
fontes de informação. Como a pessoa se coloca na relação 
com o profissional? Isso que ela traz, provavelmente é 
como aquilo se dá fora do atendimento psicológico”, diz 
a profissional.
É uma teoria de aprendizagem, aponta Ana Luísa: “O 
paciente, quando vai aprendendo a ter esse olhar, fazer 
essas relações, ele começa a fazer as próprias análises, e 
isso o empodera, promove seu desenvolvimento. Um dos 
sinais da progressão do processo terapêutico, inclusive, 
é quando ele, ao trazer as questões, já expõe a análise 
dentro da sessão, e posteriormente fora dela.”
Dentro dessa questão, a abordagem entende que 
ninguém nasce exatamente de um jeito, e sim aprende 
a ser de uma maneira ou de outra. Nesse âmbito, se o 
jeito de agir que foi aprendido não funciona mais, não traz 
mais aspectos bons da vida à tona, é possível aprender a 
ser diferente, buscando mais qualidade de vida.
Behavorismo
30
ANA LUÍSA ESCLARECE a importância da participação 
do paciente: “O paciente é fundamental. Ele precisa 
ter um papel muito ativo nessa interação. A gente 
puxa muito isso. É uma prática muito conversada, 
dialogada, refletida, muitas perguntas são feitas para 
ajudar o psicólogo a entender como é essa relação en-
tre indivíduo e ambiente.”
Você pode esperar de uma sessão “behaviorista” uma 
conversa muito aberta e livre, em que você e o pro-
fissional conversarão normalmente, sem o aspecto de 
livre associação visto na psicanálise.
Um ponto importante é o fato de que, por ser rela-
cionada ao comportamento, a abordagem é extrema-
mente personalizável. Portanto, em termos de exercí-
cios na sessão ou “lições de casa”, você só saberá o que 
esperar após os primeiros encontros com o psicólogo.
A ideia é que, com a ajuda do psicólogo, você apren-
da a se observar e entenda as raízes de seus compor-
tamentos. O autoconhecimento é muito estimulado: 
“É uma ferramenta que transforma a gente, nossa 
qualidade de vida e o bem-estar, mas para o processo 
andar, é necessário o comprometimento.”
O que esperar 
de uma sessão?
31
“A nossa forma de pensar e interpre-
tar a realidade exerce uma influência 
direta sobre nossas emoções, e estas 
impactam sobre os nossos comporta-
mentos. Para ajudar o paciente, es-
timulamos sua percepção a respeito 
do contexto das situações vividas em 
seus relatos. Queremos saber o que ele 
sentiu em determinados momentos e 
quais emoções que surgiram, assim te-
mos pistas para começar a investigar o 
pensamento dele por trás disso.”
Terapia Cognitiva Comportamental TCC
Rodrigo Romano
CRP: 11/14034
“Fundada pelo neurologista e psiquiatra britânico Aaron Beck 
no início dos anos 60, a Terapia Cognitivo-Comportamental, 
conhecida popularmente como TCC, é um desdobramento de 
outra abordagem: o Behaviorismo.
A TCC tem como principal linha de pensamento a relação entre a 
compreensão de certos acontecimentos por parte das pessoas 
e os comportamentos que derivam disso. Tudo é conectado a 
como o indivíduo interpreta a realidade.
Há um conceito muito importante nessa abordagem, que é 
o Modelo Cognitivo. O psicólogo Rodrigo Romano explica 
que ele é composto pela sequência: situação - pensamentos - 
emoções -comportamentos. “Nossa forma de interpretar a 
realidade exerce uma influência direta em nossas emoções. 
De acordo com elas, então, a gente age.”
Beck, fundador da TCC, faz referência a raízes filosóficas. 
Segundo ele, a abordagem está diretamente ligada ao 
estoicismo. “Para os estoicos, uma pessoa sábia não era 
vulnerável aos infortúnios, pois sabia controlar pela razão 
suas paixões e impulsos”, explica Rodrigo.
32
Terapia Cognitiva Comportamental TCC
Um dos principais objetivos das 
técnicas propostas pela Terapia 
Cognitivo-Comportamental é provocar 
mudanças em padrões de pensamentos 
automáticos e disfuncionais.
Um pensamento disfuncional é aquele 
que não necessariamente corresponde 
à realidade. É como se aquele evento, 
pessoa ou qualquer elemento passasse 
por uma “lente” interna do indivíduo e 
fosse distorcido, fazendo ele acreditar 
que o que ele pensa sobre aquilo é o que 
realmente aconteceu ou acontecerá.
Pensar dessa maneira pode gerar, então, 
emoções e comportamentos igualmente 
automáticos e disfuncionais, seguindo o 
modelo cognitivo da abordagem.
Outro conceito fundamental da TCC é o 
das crenças nucleares. Elas se formam 
de acordo com a história de vida de 
cada um e seu desenvolvimento pessoal. 
Podem ser positivas ou negativas, sendo 
que neste último caso, são rígidas e 
generalizantes.
Rodrigo aponta que elas interferem 
diretamente na percepção de mundo 
dos indivíduos: “São os motivos pelos 
quais diferentes pessoaspodem ter 
interpretações diferentes de uma 
mesma situação, gerando pensamentos e 
comportamentos distintos.”
Elas podem ser divididas em três 
categorias:
Crenças de desamor: relacionadas 
a sentimentos de ser indesejado, 
incapaz de ser amado, sem atrativos e 
muita solidão.
Crenças de desvalor: sentimentos de 
incapacidade, ineficiência, equívocos 
constantes, de ser defeituoso em 
algum sentido, fracassado.
Crenças de desamparo: relacionadas 
a sentimentos de impotência, 
fragilidade, vulnerabilidade.
Essas crenças, então, geram os chamados 
comportamentos de segurança, que têm 
como objetivo evitar algo que possa 
gerar fobia ou desconforto. Costumam 
ter um viés catastrófico, como “não vou 
entrar no chuveiro pois posso escorregar 
e quebrar uma perna”.
O tratamento, então, avalia os 
pensamentos recorrentes e ajuda o 
paciente a buscar alternativas mais 
funcionais para lidar com suas emoções 
e seus comportamentos. Isso é chamado 
de reestruturação cognitiva.
33
A TCC BUSCARÁ, por meio do diálogo, entender suas crenças nu-
cleares e trazer à tona seus pensamentos e comportamentos dis-
funcionais. O comum é que seja um tratamento menos demorado e 
mais preciso, determinado. A ideia, segundo Rodrigo, é que quanto 
mais específico for o caso, mais eficiente e breve será o tratamento.
A conversa irá estimular a reflexão por meio do questionamento 
socrático (o psicólogo faz perguntas e colocações com o objetivo de 
fazer com que você, enquanto paciente, reflita e chegue às suas pró-
prias conclusões).
Após certo tempo, as sessões ajudarão você a quebrar esse fluxo 
repetitivo de pensamentos e emoções. Com isso, é possível viver de 
maneira mais tranquila, produtiva, plena e feliz, tendo consciência 
das questões disfuncionais e mais autocontrole diante delas.
“É importante lembrar o paciente que podemos criar nossos pró-
prios problemas às vezes. Ele precisa se dar conta de que seus pen-
samentos representam muito mais a sua compreensão da realidade 
do que a realidade em si”, aponta Rodrigo.
Há, também, alguns exercícios comuns na abordagem:
Questionamento socrático - tem o objetivo de fazer o paciente re-
fletir a respeito do que está sendo dito por meio de questões colo-
cadas pelo psicólogo na sessão. Não são perguntas com respostas, 
exatamente, e sim para gerar reflexão como: “O que você diria que 
estava passando em sua mente naquele momento?”
O que esperar 
de uma sessão?
34
Cartão de enfrentamento - escrito e preenchido pelo paciente, deve conter alguma 
reflexão obtida após o questionamento socrático referente a algum pensamento 
disfuncional específico. Então, ao sentir que esse pensamento está voltando, a qual-
quer momento do dia a dia, ele pode pegar e ler o que está ali para lidar melhor com 
aquela situação.
Técnica do ACALME-SE - funciona para lidar com crises de ansiedade, e é estrutura-
da por etapas:
Aceite sua ansiedade
Contemple à sua volta
Aja em relação à ansiedade
Libere o ar dos pulmões
Mantenha os passos anteriores e repita
Examine seus pensamentos
Sorria, você está quase conseguindo
Espere o futuro sem hesitar
Técnica das setas: é uma técnica que ajuda a entender os medos subjacentes dos 
quais os pacientes não têm consciência. É como mergulhar até o fundo da crença 
partindo de um pensamento ou evento, a partir do qual são desenhadas setas que 
levam às implicações desses pensamentos ou eventos a partir dos questionamen-
tos feitos pelo psicólogo.
Exame de evidências: é uma técnica que permite examinar as evidências a favor e 
contra um pensamento negativo, com o objetivo de avaliar ambos os lados e com-
pará-los, testando assim a validade de sua crença.
Existem muitos outros exercícios e técnicas que não foram abordados aqui, mas 
que podem ser utilizados pelo psicólogo. Isso dependerá principalmente do profis-
sional e de como caminhará seu tratamento. 
O que esperar 
de uma sessão?
A
C
A
L
M
E
S
E
35
“É uma abordagem humanista, ou seja, 
que acredita na capacidade do ser hu-
mano de se autorregular, de desenvol-
ver seu próprio potencial. É necessário 
que a pessoa se conecte com ela mes-
ma e desenvolva algumas estratégias 
para lidar com suas situações, sejam do 
cotidiano ou de crises vivenciadas ante-
riormente. O psicólogo traz isso para o 
presente e trabalha isso no agora, pro-
porcionando uma nova vivência, sem 
deixar que o paciente esteja preso aos 
sentimentos do passado.”
Gestalt-Terapia
Helio Malka
CRP: 05/44779
“A Gestalt-Terapia surgiu entre 1940 e 1950, e é uma 
união dos conceitos e estudos terapêuticos com a teoria 
geral da Gestalt. A ideia foi criada por sete intelectuais, 
com destaque para Fritz Pearls.
Baseada no “aqui-agora”, a abordagem tenta permitir 
que as pessoas possam restaurar o contato com elas 
mesmas, os outros e o mundo. Ela acredita que todo 
ser humano tem capacidade de se auto realizar e 
desenvolver seu próprio potencial.
Aqui, a pessoa é compreendida como uma totalidade, 
envolvendo ações, comportamentos, falas e sentimentos. 
Nos preceitos da abordagem, os aspectos físico, mental 
e espiritual são indivisíveis e estão relacionados, o 
que faz inclusive com que se assemelhe a uma terapia 
corporal, segundo o psicólogo Helio Malka, que aponta 
que a prática envolve um olhar holístico para o paciente.
36
Existem 6 conceitos propostos pela Gestalt-Terapia:
1. O todo e a parte: o todo sempre será maior do que a soma das 
partes, principalmente por sua complexidade e interpretação. A 
depressão, por exemplo, tem diversos sintomas (que seriam as 
partes), mas para quem sofre com ela, o transtorno (o todo) é 
muito mais do que isso.
2. Figura e fundo: tudo é importante, mas há uma questão prin-
cipal (a figura) sempre terá um histórico ou algo que a apoia por 
trás (o fundo). Ambos devem ser analisados.
3. Aqui e agora: tudo deve ser trazido para o presente, deixando 
as queixas do passado de lado e focar em como elas influenciam 
o agora.
4. Autorregulação organísmica: com base no que o ser humano 
vivencia, ele mesmo vai se autorregulando e entendendo como 
reagir ou agir diante dos acontecimentos.
5. Awareness: em resumo, é a ideia de “dar-se conta” de si mes-
mo. De acordo com Helio, é entender a sua própria existência 
e que só se existe no presente, que se renova a cada segundo.
6. Teoria de campo: como o ser humano se relaciona com as ou-
tras pessoas e com o ambiente onde está inserido. Ninguém vive 
isolado do mundo. Somos seres sociais.
Gestalt-Terapia
37
HELIO DIZ QUE UMA SESSÃO FEITA POR MEIO DA GESTALT-TERAPIA 
é bem dinâmica, com grande participação do psicólogo nos diálogos. 
A ideia é provocar você para que entenda como age e perceba certos 
aspectos, que de outra maneira não entenderia.
Por exemplo: você realmente sabe porque fica nervoso ou estressado 
com alguma questão? Às vezes, uma provocação que joga essa raiva 
para você pode deixar claro que essa não é a melhor maneira de lidar 
com aquele acontecimento.
A observação por parte do psicólogo envolve os movimentos, a maneira 
de olhar, a fala, como se dá a relação entre ele e o paciente, entre ou-
tros aspectos. Por meio de perguntas e conversa, o profissional busca 
juntar informações para formular uma hipótese, que será testada nas 
sessões. Helio compara isso a um quebra-cabeça, em que cada novida-
de é uma peça, e cabe ao psicólogo uni-las.
Há alguns exercícios clássicos da Gestalt-Terapia:
Exercício da cadeira “quente”, ou “vazia”: o psicólogo coloca uma 
cadeira vazia na sua frente, para que você possa interagir com al-
guém que não está ali, mas faz parte do assunto discutido na sessão.
Exercício da linha do tempo: o psicólogo pede para que você cons-
trua uma linha do tempo do início de sua vida até hoje, e marque os 
pontos mais importantes.
Exercícios textuais: é comum que o psicólogo te peça para escrever 
alguns textos ao longo das sessões, sobre temas específicos ou até 
mesmo cartas para certas pessoas.
O que esperar 
de uma sessão?
38
Exercícios de vivência: o profissionaltraz uma questão do passado 
e faz com que você possa vivenciá-la de novo, para que tenha uma 
outra experiência e perceba isso de outra maneira, já que o tempo 
presente é diferente daquele em que tal acontecimento afetou sua 
vida.
Por meio dessas novas vivências e dos diálogos, o psicólogo tentará aos 
poucos solucionar aquela questão do passado agora, no presente, para 
que seja possível passar para as próximas. A isso se dá o nome de “fe-
char a Gestalt”.
Helio aponta que, apesar de ser ótima para todos os tipos de proble-
mas, a Gestalt Terapia é especialmente eficiente em casos de quem 
precisa de autoconhecimento com objetividade, para resolver pontos 
específicos.
O que esperar 
de uma sessão?
39
“Dentro da teoria de papéis, há fases 
de tomada de papel, tudo analisando a 
criança e como ela se desenvolve. Pri-
meiro é por imitação, ela imita tudo 
que vê, e depois vai criando seu próprio 
jeito. O saudável, pela leitura feita pelo 
psicodrama, é o momento em que o 
indivíduo consegue criar. É a potência 
máxima, quando ele passa pelas três 
fases: sabe o que quer, o que fazer e 
como se relacionar com o outro e pas-
sa a ser criador, cria em cima do que 
aprendeu e passa a ter seu jeito próprio 
de ser no mundo.”
Psicodrama
Naiara Vitoy
CRP: 06/149854
“Criada por Jacob Levy Moreno, um psicólogo, filósofo e 
dramaturgo romeno, o Psicodrama é uma abordagem 
que tem como principal foco a relação entre as pessoas.
Um detalhe importante é que, na verdade, o Psicodrama 
em si é parte de um conceito maior criado por Moreno: 
a Socionomia (estudo das leis que regem os grupos 
humanos), mas com o tempo ambos passaram a ser 
citados como sinônimos.
A psicóloga Naiara Vitoy reforça que a socionomia 
inclui três conceitos. Juntos, contemplam o estudo, a 
identificação e o tratamento das relações humanas:
Sociodinâmica - envolve a dinâmica do grupo, 
principalmente como estão os vínculos entre os 
componentes. “Aqui estão inseridas as técnicas do 
psicodrama”, aponta Naiara.
Sociometria - estudo da métrica social. Envolve uma 
pesquisa para entender como estão as relações dentro 
de determinados grupos, como os indivíduos se 
escolhem entre si e se as relações são recíprocas.
Sociatria - diz respeito à transformação social, à terapia. 
É a parte que toca a questão do tratamento em si.
40
Diante das questões envolvendo os relacionamentos, naturalmente o 
Psicodrama foi criado inicialmente para terapia em grupo. Entretanto, 
depois passou a ser adaptado para a clínica individual, em uma situação 
na qual é avaliada a relação do paciente consigo mesmo.
Segundo Naiara, é possível dividir o progresso do tratamento 
psicodramático em três fases:
O indivíduo ainda não sabe ao certo o que deseja, o que sente. É como 
um bebê por volta de seus dois anos. “O mundo precisa ajudá-lo, como 
se a pessoa e o mundo fossem a mesma coisa, estivessem fundidos”, 
explica a psicóloga.
Chamada de fase do espelho, o psicólogo se coloca no lugar do paciente 
para que ele se veja, como se o protagonista (paciente) fosse levado à 
plateia (sociedade) na posição de espectador (outras pessoas). “A pessoa 
tem essa fase de executar, de correr atrás, mas não necessariamente 
sabe o que quer”, diz Naiara. A ideia é que o afastamento de si mesmo 
leve o paciente a compreender como a sociedade o vê, e amplie o que 
ele conhece e entende a respeito de si.
A fase da inversão de papéis é entendida como uma empatia. Conseguir 
ver o mundo com os olhares das outras pessoas.
Cabe ao psicólogo diagnosticar e entender em qual fase dessas a 
pessoa está. Naiara deixa claro que não necessariamente o profissional 
irá explicar a questão da fase para o paciente, com termos específicos, 
mas é fundamental para o tratamento que o psicólogo saiba em que 
ponto o indivíduo que será tratado está.
Psicodrama
41
O PSICODRAMA É UMA ABORDAGEM cujo tratamento funciona por 
meio de ações, representações para estimular a compreensão que você 
tem do mundo e de você. A ideia é trazer algo concreto, palpável.
Por isso, além das conversas, espere uma sessão ativa, com exercícios, 
muitas dinâmicas e improviso: “Tem sessões que a gente sai até suado”, 
aponta Naiara.
A psicóloga lista alguns exercícios comuns, que você provavelmente 
verá durante o tratamento com o psicodrama:
Duplo ou espelho: o psicólogo reflete o que você fala, assim você pode se ver 
e entender como está agindo diante de certa situação. “Eu vou lá e maximizo 
aquilo tudo, para o paciente poder se ver mais diretamente.”
Solilóquio: pensar em voz alta, dar voz para o que está passando pela sua 
cabeça.
Átomo social: você representa as pessoas à sua volta com objetos, desenhos 
ou de outra maneira.
Há também muita expressão e valorização de sentimentos reprimidos: 
“Se o paciente chega em uma sessão com raiva de algo ou alguém, a 
gente vai valorizar esse sentimento e dar liberdade de expressão, uti-
lizando até mesmo alguns itens para representar aqueles elementos, 
humanos ou não.”
Isso tudo acontece aos poucos ao longo da sessão, com exercícios de 
aquecimento (fase 1), respiração e trabalho com o corpo. Aí então ocor-
re a dramatização (fase 2) e o compartilhamento (fase 3), quando há 
uma conversa sobre aquela representação proposta.
Além disso, o psicólogo sempre avisará quando for fazer um exercício 
como esse, então nada acontecerá de repente. Naiara diz que sempre 
há uma explicação antes, seja para fazer um espelho ou qualquer outro 
tipo de atividade.
O que esperar 
de uma sessão?
42
Fenomenologia
A fenomenologia enquanto conceito não é, exatamente, uma abordagem. 
Na verdade, o termo se refere à corrente filosófica usada para sustentar a 
análise psicológica conhecida como psicologia-fenomenológica-existencial. 
Alguns de seus principais teóricos são Husserl (conhecido como o criador da 
fenomenologia), Jean-Paul Sartre, Kierkegaard e Martin Heidegger.
Esses nomes podem até não significar muito para você nesse momento, 
mas é importante entender que essa abordagem é pontuada por conceitos 
filosóficos, pois isso será presente em seu tratamento.
Uma das ideias principais aqui é que você, enquanto pessoa, está o tempo 
todo relacionada com o mundo à sua volta, partindo do pressuposto de que 
se algo acontece, é porque você tomou consciência disso. Um exemplo: uma 
mochila só é uma mochila porque você sabe que ela é aquele objeto.
O mesmo acontece para fenômenos (e daí o nome da fenomenologia). Se há 
um acidente em algum lugar e ele não envolve pessoas, ninguém viu, ninguém 
ouviu, basicamente ele não existe, pois não está relacionado a nenhum ser.
Outro conceito chave aqui é a chamada Epoché fenomenológica, que é o 
distanciamento do profissional de suas hipóteses e percepções para permitir 
que a única interpretação do fenômeno seja a do paciente.
Um exemplo seria: você chega em uma sessão com muita preocupação a 
respeito de uma viagem que fará no dia seguinte. Por mais que seu psicólogo 
tenha as noções dele do porquê disso, ele deixará tudo de lado e irá buscar 
desdobrar aquele fenômeno para saber, por meio de perguntas, como ele 
traz esse tipo de sentimento para você e quais os possíveis sentidos daquilo.
43
“É uma perspectiva mais filosó-
fica. Na fenomenologia a gente 
vê que não tem um modo de ser 
característico e único para todo 
mundo, é uma perspectiva mais 
de a pessoa dizer o que é a vida 
para ela e o psicólogo tentar 
ajudar dentro dessa perspecti-
va. Por mais que a gente tente 
o tempo todo procurar coisas 
em comum e achar padrões, é 
meio frustrante. Ninguém vai 
ter uma experiência igual, ain-
da que o fenômeno seja o mes-
mo. A gente tenta tornar a vida 
da pessoa mais autêntica para 
ela mesma.”
Ana Cecília Canário
CRP: 17/4451
“Segundo a psicóloga Ana Cecília Canário, caso você vá fazer uma sessão com 
essa abordagem, o mais provável é que você fale mais do que ouvirá. Isso 
porque a ideia aqui é você explicar o que está sentindo e falar dos “fenômenos”, 
enquanto cabe ao psicólogo o distanciamento (epoché)e as perguntas.
As perguntas, inclusive, são uma parte essencial na abordagem fenomenológica. 
É por meio delas que o profissional vai levar você a entender como aquela 
questão afeta sua vida e, então, você por si só começará a compreender 
melhor toda a situação dentro de sua existência.
Sobre isso, ainda, Ana reforça que há um aspecto da teoria de Heidegger que 
é o fato de que vivemos na “Era da técnica”, em que precisamos ser produtivos 
o tempo todo, resolvendo tudo de maneira prática e direta, com o ser humano 
sendo visto como máquina.
Ela explica que, se isso é seguido na terapia e o psicólogo simplesmente te 
explica como “não ser mais triste”, por exemplo, sem perguntar em momento 
algum o porquê de você estar sentindo isso, mostra uma posição que não 
está buscando o seu bem, e sim como você pode voltar a ser produtivo 
rapidamente.
Normalmente, não há nas diretrizes da abordagem uma programação de 
exercícios específicos ou “lições de casa”, embora possam ser aplicados por 
alguns psicólogos.
O processo terapêutico fenomenológico-existencial envolve um entendimento 
completo de quem você realmente é, descobrindo respostas. De acordo com 
a psicóloga, o objetivo é permitir que o paciente possa ter mais poder e fazer 
suas próprias escolhas com base naquilo que acredita, independentemente 
da noção de “isso é bom” ou “isso é ruim”.
É realmente a questão de buscar ser totalmente quem você é, sem julgamentos, 
com seus desejos, anseios, vontades e concepções.
O que acontece 
em uma sessão?
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“O enfoque da nossa sessão é o acolhi-
mento. A gente acolhe aquele ser hu-
mano e tenta resolver aquilo por meio 
do diálogo. Tentamos deixá-lo cada vez 
mais autônomo, para escolher melhor 
seus caminhos e a melhor forma de li-
dar com suas questões, para se tornar 
mais autêntico. Colocamos em primei-
ro lugar como o ser humano vai se sen-
tir e o que ele está precisando naquele 
momento. É uma terapia breve, em que 
o psicólogo caminha junto do paciente, 
para que ele se questione e tenha as 
decisões de sua vida em suas mãos.”
Abordagem Centrada na Pessoa
Alvianne Alves
CRP: 03/008933
“
A Abordagem centrada na pessoa foi idealizada pelo 
psicólogo americano Carl Rogers. Ela trabalha com 
o cliente (como Rogers chamava seu paciente) para 
colocá-lo como o ponto central da sua própria história, 
e sua base são as correntes de pensamento humanista.
A ideia do psicólogo foi criar um tipo de atendimento 
que permitisse total confiança e uma relação mais 
transparente entre profissional e paciente (ou cliente), 
para que a própria pessoa atendida pudesse encontrar 
soluções para seus problemas.
A abordagem segue o conceito de que todo mundo, 
naturalmente, busca o crescimento e a atualização de 
si mesmo, para compreender suas vivências e o que 
elas simbolizam para os seres humanos. Segundo a 
psicóloga Alvianne Alves, por isso mesmo o mais comum 
é que o próprio cliente escolha os temas que irá tratar 
na sessão.
Ela também reforça que não é uma terapia que irá 
caminhar ao lado do cliente durante todo o tempo. É 
algo mais direcionado para a questão a ser trabalhada, 
e caso seja necessário, outras poderão ser vistas 
futuramente.
45
Abordagem Centrada na Pessoa
Há três pilares que se destacam na abordagem:
Empatia: o profissional deve colocar-se no lugar da pessoa que 
atende, para avaliar as questões com mais proximidade e mostrar 
para o paciente que ele está sendo totalmente compreendido.
Aceitação incondicional positiva: cabe ao psicólogo aceitar o 
cliente com todas as suas crenças, valores e percepções, sem 
julgamentos ou críticas a respeito de quem ele realmente é.
Congruência: o psicólogo deve passar para o cliente o que 
experimenta internamente a respeito das questões trabalhadas, 
entregando a ele a possibilidade de refletir e ter conclusões a 
respeito de si mesmo.
Aqui se trabalha com o preceito de que a solução dos problemas 
virá naturalmente. Ser verdadeiro e genuíno é o mais importante, 
sempre direcionando o cliente para que ele possa ter autonomia 
e todas as ferramentas necessárias a fim de escrever sua própria 
história e lidar com suas experiências.
Segundo Alvianne, devido à naturalidade com que tudo ocorre, é 
comum que você, ao fazer o tratamento, em algum momento, sinta-
se pronto para enfrentar os desafios da vida sem a necessidade 
do atendimento. Assim, você “dá alta” para si mesmo, às vezes 
até mesmo sem perceber que suas próprias reflexões trouxeram 
o resultado esperado.
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UMA SESSÃO feita por meio da abordagem centrada na pessoa envolve, como 
a própria teoria aponta, uma conversa muito franca a respeito de questões 
específicas. Você vai falar para o psicólogo o que precisa tratar, no que precisa 
de ajuda, e ele vai te ajudar a entender como você pode lidar com isso em sua 
vida.
Alvianne diz que o objetivo das sessões é provocar reflexão. “É comum que 
o cliente chegue em uma consulta e fale que ficou refletindo sobre o 
que falamos na outra semana até aquele momento.” Isso porque a própria 
abordagem trabalha dessa maneira: você, enquanto cliente, é questionado e 
direcionado para chegar às suas próprias conclusões.
Há um ponto importante sobre como funciona o tratamento de certos 
transtornos. Como você é visto por inteiro, as questões físicas se aplicam. Ou 
seja, segundo a profissional, caso você tenha uma depressão profunda ou 
ansiedade patológica em níveis severos, o mais provável é que os sintomas 
físicos sejam tratados com a ajuda de medicamentos e o apoio de um 
psiquiatra,.
Para a psicóloga, a melhor palavra para definir o objetivo da abordagem é a 
autonomia: “O próprio cliente me fala ‘Olha, já estou bem’, e se despede.”
Ela explica que criar esse poder de decisão, de a pessoa saber quando está 
pronta para seguir a vida e se colocar no centro de tudo, é a maior intenção 
de todo o processo Rogeriano.
O que acontece 
em uma sessão?
47
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Esperamos que este material tenha te ajudado a entender um pouco mais sobre o uni-
verso da psicologia e das principais abordagens.
Agora, uma dica final.
Tenha em mente que, apesar de esse conhecimento todo ajudar muito, há algo ain-
da mais importante: o vínculo que você cria com o psicólogo ou a psicóloga que irá te 
atender.
É essencial ter uma relação de confiança, conforto e total liberdade com o(a) profissio-
nal durante todas as consultas, seja online ou presencialmente! 
Leve isso em conta, sempre, e busque aquele que combina com o seu momento.
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