Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Layse Melo RESUMO NEUROFISIOLOGIA @Medicinadahora SINAPSE QUÍMICA A comunicação celular no sistema nervoso é baseada em eventos de sinalização elétrica e química que são mediados por canais iônicos. Potencial de membrana: refere-se à diferença de concentração de íons entre as duas faces da membrana, havendo maior concentração de íons positivos na face externa e de íons negativos na face interna. O potencial de membrana em repouso é devido principalmente ao potássio, pois a maioria das células são cerca de 40 vezes mais permeável ao K+ do que ao Na+, a permeabilidade da membrana ao sódio é extremamente baixa em repouso. Potencial de ação: corresponde a variações bruscas no potencial de membrana que fluem ao longo da membrana. A entrada de sódio e cálcio na célula provoca despolarização, enquanto a saída de potássio leva à repolarização. Grande entrada de íons sódio (influxo) através da membrana faz com que o potencial de membrana “ultrapasse” (overshoot) o nível zero. Por esta razão, ocorre a despolarização e a inversão da polaridade da membrana, passando o interior da célula a ser positivo. Esse aumento temporário na permeabili- dade ao Na+ resulta na abertura de milhares de canais seletivos ao Na+. Sinapse É uma região especializada onde um neurônio comunica-se com uma outra célula-alvo: outro neurônio, célula muscular ou célula glandular. A maioria das sinapses (comunicação) é química, via liberação de neurotransmissores e é unidirecional. Na maioria das sinapses, um pequeno intervalo, chamado de fenda sináptica, separa as duas células. Uma vez que as células não se tocam fisicamente e o potencial de ação não consegue “pular o intervalo” entre uma célula e outra, a primeira célula se comunica com a segunda liberando um mensageiro químico chamado neurotransmissor. Tipos de sinapse • Sinapse Elétrica: Os potenciais de ação (PA) são conduzidos diretamente entre as membranas plasmáticas de neurônios adjacentes por meio de junções comunicantes. Nestas, a junção estreita entre as membranas é atravessada por grupos de proteínas especiais denominadas conexinas. Seis conexinas formam o canal chamado conéxon. E dois conéxon formam o canal de junção comunicante. -São bidirecionais: a corrente iônica passa adequadamente em ambos os sentidos. -Vantagens: comunicação mais rápida e a sincronização (contração coordenada como no batimento cardíaco e músculo liso visceral-bexiga, útero, por exemplo). A- Membrana pré-sináptica B- Membrana pós sináptica 1- Mitocôndrias 2- Junções comunicantes (GAP) 3- Comunicação no citoplasma de outra célula. • Sinapse Química: A condução dos impulsos é realizada pela liberação de substâncias químicas (neurotransmissores) pelo neurônio pré- sináptico. As membranas plasmáticas dos neurônios pré e pós-sinápticos estão próximas, mas não se tocam. - São separas pela fenda sináptica: um espaço preenchido com matriz extracelular de proteínas fibrosas. Uma das funções dessa matriz é manter a adesão entre as membranas. - Vantagens: oferecem possibilidade de amplificação, inversão de sinal e efeitos persistentes. -Componentes da sinapse química o Membrana ou botão pré-sináptico: extremidade que libera neurotransmissores. Caracteriza-se pela presença de vesículas Layse Melo RESUMO NEUROFISIOLOGIA @Medicinadahora sinápticas que contém os neurotransmissores. o Fenda sináptica: espaço que os neurotransmissores precisam atravessar. o Membrana pós-sináptica: Contém receptores que interagem com o neurotransmissor Transmissão sináptica 1. Um impulso nervoso chega ao botão pré- sináptico 2. A despolarização do impulso abre os canais de cálcio dependentes de voltagem (VD), assim o Ca2+ entra pelos canais 3. O aumento de Ca2+ intracelular promove a exocitose das vesículas. Com isso, há fusão das membranas das vesículas e a plasmática e assim os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica. 4. As moléculas de neurotransmissores se ligam aos receptores (ionotrópicos ou metabotrópicos) na membrana pós- sináptica. 5. A ligação dos neurotransmissores nos canais ligantes dependentes faz com que se abram e permita a passagem de íons. 6. À medida que os íons passam pelos canais, a voltagem da membrana se modifica e gera um potencial pós-sináptico. Este pode ser despolarizante (excitação) ou hiperpolarizante (inibição). 7. Quando um potencial pós-sináptico despolarizante atinge o limiar, ele dispara um potencial de ação no axônio do neurônio pós- sináptico. Resumo do impulso nervoso 1.Estímulo 2.Alteração do potencial de membrana 3.Ativação dos canais iônicos dependentes de voltagem 4.Despolarização: Geração do potencial de ação 5.Propagação do PA até as terminações do neurônio Neurotransmissores Classificados quimicamente em 5 grupos: 1- Colinérgicos: acetilcolina. 2- Aminoácidos: Glutamato, Gaba. 3- Aminas biogênicas: Dopamina, noradrenalina, adrenalina, serotonina e histamina. 4- Purinérgicos: ATP e Adenosina. 5- Peptidérgicos: Endorfina, encefalina, substância P, neuropeptídio Y, ADH, Ocitocina, CCK, VIP etc.
Compartilhar