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@ellen.a.silve MODULO I. FERIDA NA PELE. O maior órgão do corpo, representa cerca de 15% do peso corporal de um adulto, a mais extensa, a superfície da pele é de aproximadamente 2,2 m2 em um indivíduo de 1,80 metros pesando 90 kg sua espessura varia entre 1,5 mm e 4,0 mm, dependendo da região do corpo e funções que desempenha. Na palma das mãos há características distintas da face. Epiderme a camada mais externa do epitélio, e organizado em camadas renova forma a queratina que se acumula no sentido da superfície. As células são os queratinócitos, responsáveis pela síntese da queratina. Os melancólicos são células formadoras de pigmento, as células de Langerhans envolvidas na apresentação imune aos antígenos e as células de Merkel envolvidas na percepção do toque. Derme fornece flexibilidade, elasticidade e resistência à tração. É um tecido de sustentação por uma rede de fibras de colágeno e fibras elásticas imersas em um material amorfo chamado substância fundamental. O fibroblasto, responsável por produzir as fibras. A vasos sanguíneos, nervos e os chamados anexos cutâneos, como o folículo piloso, as glândulas sudoríparas e as glândulas sebáceas. Tecido celular subcutâneo (ou hipoderme) composto por células adiposas (tecido adiposo). Localizado abaixo da derme, unindo a pele e estruturas subjacentes. As feridas cutâneas ou mucosa são prejudicadas por acidentes, traumas, doenças ou cirurgias, as lesões de pele podem ser de fácil cicatrização ou, ainda, exigirem tratamentos mais complexos. A ferida aguda causa fatores externos no organismo. As lesões acidentais ocorrem por traumas físicos, químicos ou biológicos e produzidas por incisão cirúrgica. No trauma, a lesão pode ser provocada por objetos cortantes, contundentes, perfurantes ou lacerantes, inoculação de venenos, mordeduras, queimaduras, entre outros, podendo ter danos como amputação e avulsão, ferimentos corto-contusos, escoriações, esmagamentos, incisões, lacerações, lesões perfurantes. Na ferida crônica fatores internos como doenças vasculares e metabólicas, infecções e neoplasias. Os graus dependem do estado geral do paciente, sua doença e gravidade são consideradas complexas quando a cicatrização é difícil e o processo, prolongado a resolução, do controle ou da cura da doença causal. @ellen.a.silve A cicatrização é um fenômeno químico, físico e biológico cuja finalidade é a reconstrução do tecido regenerado como os fibroblastos, formando um tecido particular denominado de cicatriz; a regeneração, e proliferação de células naturais do tecido lesado, exemplo o fígado, é regenerado, pelos mesmos hepatócitos que constituem o seu parênquima. São primários os tecidos aproximados ou fechados após a lesão como por meio de suturas; e secundária no fechamento que depende da força de contração da ferida; e a de Fechamento primário ferida aberta e fechada após alguns dias da lesão iniciada devido alguma contaminação durante o trauma ou ato cirúrgico. Na fase de Inflamação 0 - 5 dias é liberado substâncias vasoconstritoras pelas membranas celulares. O endotélio lesado e as plaquetas estimulam a cascata da coagulação. A hemostasia é iniciada, e grânulos são liberados das plaquetas pelo fator de crescimento. O coágulo é formado por colágeno, plaquetas e trombina, de reservatório proteico para síntese de citosinas. Neutrófilos, células que chegam à ferida primeiro, produz radicais livres para destruição de bactérias, com 24 horas após a parede do endotélio substituídos por macrófagos que irão combater micro-organismos externos na prevenção de infecção. Os macrófagos migram na ferida após 48 – 96 horas da lesão, são células que antes dos fibroblastos migram e iniciam a replicação. Segunda fase 3 a 14 dias, síntese do colágeno, a proliferativa inicia no 4º dia após a lesão e se estende da segunda semana. A epitelização são células epiteliais que migram em direção das camadas normais da pele e são restauradas em três dias. A membrana basal lesada, e células epiteliais das bordas da ferida começam a proliferar na tentativa de restabelecer a barreira protetora. No final há formação de tecido de granulação e os fibroblastos dos tecidos vizinhos migram para a ferida, sendo ativados para sair de seu estado de aquiescência. A fase de Maturação e remodelação 7 dias a 1 ano, deposição de colágeno de maneira organizada. O colágeno produzido inicialmente é mais fino do que o colágeno presente na pele normal. Com o tempo, o colágeno inicial (colágeno tipo III) é reabsorvido e um colágeno mais espesso é produzido e organizado ao longo das linhas de tensão, em aumento da força tênsil da ferida. A reorganização da nova matriz é um processo importante da cicatrização. MODULO II. QUEIMADURA NA PELE. É uma lesão térmica causada por um agente que pode ser químico, elétrico, físico, biológico, aproximadamente 11 milhões de pessoas precisam de tratamento para esse tipo de lesões. A lesões causadas por chamas, lesões devido ao contato com líquidos quentes, lesões devido ao contato com objetos quentes ou frios, lesões devido ao contato com produtos químicos nocivos, lesões causadas por transmissão de corrente elétrica através dos tecidos. A queimadura foi descrita há muitos anos por Jackson, e as áreas baseadas na gravidade do dano tecidual e as alterações no fluxo sanguíneo. Na área de coagulação (zona central), área de estase ou isquemia, área de hiperemia: as lesões térmicas de primeiro grau (superficial) comprometem a epiderme, a pele fica eritematosa, dolorosa e seca, sem bolhas ou escaras, geralmente cura sem cicatrizes em 5 a 10 dias. A de segundo grau superficial da derme papilar, a lesão branqueia de maneira extremamente dolorosa sob pressão, resolvem-se em aproximadamente 14 dias e não costumam deixar cicatrizes. De segundo grau profundo, camadas mais profundas da derme a pele fica rosada ou pálida, mas não branqueia sob pressão, a lesão não empalidece sob pressão; @ellen.a.silve levam pelo menos 3 semanas para cicatrizar e deixam frequentemente cicatrizes e contraturas. Terceiro grau (espessura total) compromete todas as camadas da pele até o tecido subcutâneo a pele tem uma aparência seca, coriácea, cerosa e sem sensibilidade, geralmente requerem enxertos e evoluem com contraturas. No processo de cicatrização prevenir a infecção, para degradar o tecido necrosado e ativar os sinais necessários que levarão ao reparo da ferida a resposta vascular e uma resposta celular na vasodilatação, extravasamento de fluidos e chegada de células inflamatórias no local da lesão. A resposta imune de defesa colabora com a fagocitose, limpeza do tecido morto e das toxinas liberadas pelo tecido queimado. Na proliferação queratinócitos e fibroblastos através da ação de citosinas e fatores de crescimento derivados da fase inflamatória. Nas lesões térmicas de espessura parcial, a reepitelização é iniciada pela migração dos queratinócitos dos apêndices cutâneos da derme e contribui para o fechamento da ferida e a angiogênese e a fibrogênese ajudam na reconstrução da derme. Ocorre deposição e remodelação contínuas de proteínas fibrosas estruturais colágeno e elastina essas proteínas junto com a matriz extracelular de remodelação, formam o tecido cicatricial nas lesões térmicas de segundo grau profundo e nas lesões térmicas de espessura total que são deixadas para cicatrizar por conta própria, a fase de remodelação é prolongada e pode levar anos constante no desenvolvimento de cicatrizes hipertróficas e contraturas características. A remoção do tecido necrosado promove a cicatrização da ferida a reduzir a colonização bacteriana e a infecção, alcançar um condicionamento ideal do leito da ferida e prevenir o aparecimento de cicatrizes devastadoras.MODULO III. ÚLCERAS CUTÂNEAS. São feridas crônicas da pele devido a alterações no processo fisiológico de cicatrização, e não se recuperam normalmente e persistem ao longo do tempo. As úlceras venosas, úlceras arteriais, úlceras diabéticas, e úlceras de pressão. Os tipos de úlceras têm fisiopatologias distintas, todas caracterizam-se por apresentar um leito cronicamente inflamado e dificuldade para cicatrizar. Nas fases inflamatórias prolongadas a infecções persistentes na formação de biofilmes microbianos resistentes aos fármacos, incapacidade de as células dérmicas e/ou epidérmicas responderem aos estímulos reparadores. Os fatores de risco são idade avançada; sexo feminino; raça branca; antecedentes familiares de úlceras de origem venosa nas pernas; antecedentes de trombose venosa profunda ou flebite; trauma prévio; edema crônico das pernas; estilo de vida sedentário; períodos prolongados em pé. As principais causas são insuficiência venosa; insuficiência arterial; diabetes (neuropatia); combinação dos fatores anteriores. As causas patogênese e tratamento são divididas em úlceras das pernas e úlceras dos pés. Nos aspectos clínicos, localização e aparência úlcera venosa: área acima do maléolo medial ou lateral (entre a região inferior da panturrilha e o maléolo medial, mais comumente); úlcera arterial: áreas ou pontos de pressão nos pés, dedos dos pés, região do maléolo lateral e região da tíbia; úlcera neuropática (diabética): plantas dos pés ou sobre os pontos de pressão ou de atrito nas pontas dos dedos ou na região lateral ao 5º metatarso (áreas de protrusões ósseas). A Relação de aparência clínica, são diferentes a venosa: úlcera pouco profunda de bordas irregulares @ellen.a.silve planas, arterial úlcera profunda de bordas desgastadas; neuropática úlcera profunda; seu leito varia conforme o estado circulatório. As úlceras por pressão ou úlceras por decúbito, desenvolvem-se pressão prolongada na pele interrompe o suprimento sanguíneo para a rede de capilares que abastecem a área comprimida, impedindo a chegada de oxigênio e nutrientes ao tecido. A drenagem linfática comprometida contribui com o aumento da isquemia, contribuindo para o dano tecidual. O plano inclinado, os tecidos mais profundos (músculos e gordura subcutânea) são puxados pela gravidade, enquanto a epiderme e a derme permanecem em contato com a superfície externa. O resultado é alongamento, angulação e trauma nos vasos sanguíneos e linfáticos locais. As pressões recebidas pelos tecidos são maiores nas proeminências ósseas, onde os pontos de apoio de peso entram em contato com as superfícies externas. Exemplo, paciente deitado em um colchão hospitalar-padrão pode gerar pressões de até 150 mmHg. Os locais mais frequentemente afetados em pacientes em decúbito dorsal são região occipital; região escapular; cotovelos; região sacral; região isquiática, fatores que levam a um risco aumentado de lesão por pressão; todos estão associados a condições de imobilidade, diminuição ou falta de sensibilidade e a estados de desnutrição. Estão fatores intrínsecos, fatores extrínsecos e fatores que dificultam a resposta celular adequada aos estímulos para a cura, sendo o acúmulo de tecido desvitalizado; a presença de exsudato; a formação de biofilme bacteriano; a angiogênese reduzida; a hiperqueratose tecidual. A preparação do leito da ferida objetivo é remover as barreiras que impedem a cicatrização e estimular o processo de reparo, fornecendo um leito bem vascularizado e um tecido de granulação saudável. TIME, nomeada após seus componentes em inglês: Tissue, Infection/inflammation, Moisture, Edge. É um tratamento que fornece uma abordagem clara para resolver os fatores que dificultam a cicatrização de feridas. Desbridamento e ativação da cicatrização para acelerar a cura durante todas as fases do paradigma TIME., componente que alcança a remoção de tecidos não viáveis, detritos estranhos, bactérias causadoras de infecções e calosidades, e melhora o microambiente da ferida que dificulta a cicatrização. A pomada de colágenas é derivada da enzima colágenas isolada a partir de bactérias Clostridium histolyticum. É um agente enzimático que causa a clivagem hidrolítica das moléculas de colágeno remove a eficaz e seletivamente os detritos sem danificar o tecido saudável e contribui para a formulação do tecido de granulação e favorece a subsequente epitelização da úlcera, estimulando a migração de queratinócitos. REFERENCIAS. K@IRSOS REVISTA FARMACÊUTICA
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