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Princípios (parte 1) - Princípios da Administração Pública

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Princípios (parte 1)
Se você quiser fixar e entender melhor esta matéria, com tudo mastigadinho e explicado, assista à videoaula 21 (Direito Administrativo - Princípios (parte 1) em meu canal do Youtube – Prof. Eduardo Tanaka – acesse através do link: https://youtu.be/4Sy9UIPbYiQ
Princípios, segundo José Cretela Júnior:
"Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturações subseqüentes. São, portanto, os alicerces de uma ciência."
Segundo Marcelo Alexandrino, “os princípios são as idéias centrais de um sistema, estabelecendo suas diretrizes e conferindo à lei um sentido lógico, harmonioso e racional, o que possibilita uma adequada compreensão de seu modo de organizar-se. Os princípios determinam o alcance e sentido das regras de um determinado ordenamento jurídico”.
É com base no regime jurídico administrativo que o Estado goza de prerrogativas e privilégios em face daqueles que se relacionam com a Administração Pública, caracterizando uma relação jurídica onde não se fala, a princípio, em igualdade entre as partes.
O regime jurídico-administrativo é construído, fundamentalmente, sobre dois princípios básicos, dos quais surgem os demais princípio, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello. Estes princípios são:
- Supremacia do interesse público sobre o particular.
- Indisponibilidade do interesse público pela Administração 
Obs.: Não existe hierarquia entre os princípios da administração pública.
Interesse Público
Para iniciar, antes de estudarmos esses dois princípios, perceba que o núcleo desses princípios é o interesse público. Sobre ele, vamos traçar algumas considerações.
O art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal diz: " Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição."
O interesse público é a vontade do povo, a vontade de quem detém o poder (que é o povo). Dessa forma, a princípio, a vontade geral (o interesse público) deve se sobrepor aos interesses de um particular.
Celso Antônio Bandeira de Mello conceitua interesse público como "o interesse resultante do conjunto dos interesses que os indivíduos pessoalmente têm quando considerados em sua qualidade de membros da Sociedade e pelo simples fato de o serem."
Mello, também classifica os interesses públicos em: primário e secundário.
Interesses públicos primários: são os interesses diretos do povo, os interesses gerais e imediatos.
Interesses secundários: são os interesses do Estado de caráter patrimoniais, em que ele busca aumentar sua riqueza, ampliando receitas ou evitando gastos.
O interesse público secundário só é legítimo quando não é contrário ao interesse público primário.(ver...)
- Supremacia do interesse público sobre o particular (privado).
O princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o Interesse Particular (privado) - também chamado de princípio da finalidade pública - evidencia a superioridade do interesse da coletividade, firmando a prevalência dele sobre o do particular. 
Faz prevalecer a vontade geral sobre a individual.
Graças a este princípio, é proporcionado uma ordem social estável, em que todos possam se sentir seguros, garantidos.
Sendo assim, a administração pública pode constituir os privados em obrigações por meio de ato unilateral daquela. Como é o caso de imposição de sanções, como a multa.
Este princípio está presente tanto no momento da elaboração da lei como no momento de sua execução em concreto pela Administração Pública. Não é um princípio absoluto, pois garante-se a vontade da coletividade, respeitando-se as leis e demais princípios. 
Ex.: Na desapropriação o desapropriado deve submeter-se a ela. Porém, a Constituição Federal (art. 5º, inc XXIV) prevê: "a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, (...)".
Questões
(CESPE - PRF - Policial Rodoviário Federal) A administração não pode estabelecer, unilateralmente, obrigações aos particulares, mas apenas aos seus servidores e aos concessionários, permissionários e delegatários de serviços públicos.
Gabarito: E 
(CESPE - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Área Judiciária) O princípio da supremacia do interesse público é, ao mesmo tempo, base e objetivo maior do direito administrativo, não comportando, por isso, limites ou relativizações.
Gabarito: E 
(CESPE - TJ-RR - Analista – Processual) O princípio da supremacia do interesse público vincula a administração pública no exercício da função administrativa, assim como norteia o trabalho do legislador quando este edita normas de direito público.
Gabarito: C 
(CESPE - MPE-PI - Analista Ministerial) A supremacia do interesse público é o que legitima a atividade do administrador público. Assim, um ato de interesse público, mesmo que não seja condizente com a lei, pode ser considerado válido pelo princípio maior da supremacia do interesse público.
Gabarito: E 
(CESPE-2011-STM-Analista Judiciário) Em situações em que
a administração participa da economia, na qualidade de Estado-empresário, explorando atividade econômica em um mercado
concorrencial, manifesta-se a preponderância do princípio da
supremacia do interesse público.
Gabarito: E
 (FCC - TRT-SP - Analista Judiciário) O princípio da supremacia do interesse público informa a atuação da Administração pública .
Parte superior do formulário
a) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista que o interesse público sempre pretere o interesse privado, prescindindo da análise de outros princípios. 
b) subsidiariamente, se não houver lei disciplinando a matéria em questão, pois não se presta a orientar atividade interpretativa das normas jurídicas. 
c) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando não acudirem outros princípios expressos.
d) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais princípios. 
e) de forma ampla e abrangente, na medida em que também orienta o legislador na elaboração da lei, devendo ser observado no momento da aplicação dos atos normativos.
Gabarito: E (2014)
Princípio da indisponibilidade do interesse público
Talvez você já tenha ouvido falar: "o Governo passa, o Estado fica". 
Isso porque, a administração pública e muito menos seus servidores não dispõem, não são proprietários da coisa pública (dos bens e interesses públicos).
Esse princípio está presente em toda atuação da administração pública. Desse princípio decorrem importantes princípios como o da: legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência. De modo que o administrador deve agir gerindo a coisa pública conforme determinado em lei. Isto porque, a ele não pertence a coisa pública, mas sim ao povo.
Questões
 (CESPE - MJ - Analista Técnico – Administrativo) As restrições impostas à atividade administrativa que decorrem do fato de ser a administração pública mera gestora de bens e de interesses públicos derivam do princípio da indisponibilidade do interesse público, que é um dos pilares do regime jurídico-administrativo.
Gabarito: C 
(CESPE- TRE-GO- Técnico Judiciário - Área Administrativa) O regime jurídico-administrativo brasileiro está fundamentado em dois princípios dos quais todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público.
Gabarito: C 
(CESPE - CESPE- MTE- Contador) A supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade, pela administração, dos interesses públicos, integram o conteúdo do regime jurídico-administrativo.
Gabarito: C 
(CESPE - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Auditoria Governamental) Segundo o princípio da indisponibilidade, o agente público não dispõe livremente dos bens e do interesse público, devendo geri-los da forma que melhor atenda à coletividade.
Gabarito: C

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