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formas de intervenção do estado na propriedade privada

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Introdução 
 
 
Dado que a constituição estipula direitos de propriedade (não absolutos), cabe, 
portanto, demonstrar os princípios básicos que justificam a intervenção do Estado na 
propriedade. São eles: garantir o cumprimento da função social da propriedade (fatores 
limitantes) e do princípio da supremacia do interesse público. O segundo fundamento 
está intimamente relacionado à função social da propriedade. Quando se fala em 
intervenção do Estado na propriedade deve discutir a hegemonia do interesse público, 
ou seja, a intervenção do Estado não é apenas para garantir a função social da 
propriedade, mas também pela supremacia do interesse público. 
A intervenção do Estado na propriedade pode ser entendida como uma 
atividade estatal que visa ajustar e conciliar o uso da propriedade privada com os 
interesses da comunidade. É o estado, a fim de defender o interesse público, as 
restrições ao uso da propriedade privada. 
O país tem demonstrado preocupação com o bem-estar social. Para progredir 
nesta área, é necessário que o governo intervenha para reconciliar coisas que são 
particularmente benéficas para o benefício da comunidade, para garantir a segurança e 
as condições de ida, e para restringi-las através de vários métodos prescritos nos 
exemplos de intervenção do Estado na propriedade. 
É preciso deixar claro que tem como competência legislar diante o direito de 
desapropriação, de propriedade e requisição a União. No entanto, a competência para 
legislar as restrições e condições para o uso de bens na legislação é dividida pelos 
governos federal, estadual, distrito federal e municipal. 
Portanto, a intervenção do Estado na propriedade é uma clara demonstração 
da supremacia do interesse público sobre o privado. Ou seja, O estado pode 
estabelecer restrições unilaterais que obrigarão o proprietário de um bem a submeter-
se as determinações do Estado, adequando a sua propriedade para uso do interesse 
público. 
 
 
Intervenção supressiva e restritiva 
 
A intervenção do Estado na propriedade, manifesta-se de duas formas 
seguimento, sendo elas restritiva ou supressiva, cada uma delas com suas 
especificidades e características. 
As intervenções restritivas restringem o direito de propriedade, permanecendo o 
bem como propriedade do particular, mas ficando sujeito a restrições que são impostas 
pelo Estado. Ou seja, na intervenção restritiva o direito de propriedade é limitado, sem 
a tomada de bem do particular. 
Esse tipo de intervenção decorre do poder de polícia que o Estado possui, 
regulamentado no artigo 78 do Código Tributário Nacional, onde está definido que o 
Estado poderá impor restrições ao exercício do gozo na disposição da propriedade 
privada. Como exemplos de intervenção restritiva temos: a Servidão Administrativa, as 
Limitações Administrativas, a Requisição, a Ocupação Temporária e o Tombamento. 
 Em contrapartida, a intervenção supressiva retira o direito de propriedade do 
particular transferindo-o para o Estado. Como exemplo, temos a desapropriação, que 
estudaremos mais a frente. 
Portanto, nesta modalidade o estado encaminha, coercitivamente, para si 
próprio a propriedade de terceiro, visando o interesse publico, podendo ser por meio de 
indenização ou sem qualquer espécie de pagamento. 
 
 
Desapropriação 
A desapropriação é uma modalidade supressiva que consiste no procedimento 
administrativo por meio do qual o Estado transfere a propriedade privada de um 
determinado bem para o poder público, por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante o pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro. 
Art. 5º da Constituição Federal. Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade 
ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, ressalvada os casos previstos nesta Constituição; 
A desapropriação por utilidade pública é regulamentada pelo decreto de lei 3.365/41, lei 
que trás as hipóteses de utilidade pública. São situações que o Estado desapropria um 
bem para ele possa utilizar, seja para fazer uma obra ou prestar um serviço. Ou seja, 
desapropria para a sua própria utilização. 
Já a desapropriação por interesse social está regulamentada na Lei 4.132/62, e, tem 
como objetivo dar uma função social para a propriedade, podendo o Estado 
desapropriar para uso dele mesmo ou para passar para terceiros como em casos de 
reforma agrária. ou seja, o Estado não tem necessidade de utilizar a propriedade mas 
desapropria para que a mesma passe a ter uma função social 
Tanto a desapropriação por utilidade pública quanto a desapropriação por interesse 
social são consideradas desapropriações por interesse comum, sendo efetivadas 
mediante indenização em dinheiro. Todavia, além das desapropriações comuns temos 
as desapropriações especiais, que, são desapropriações onde as indenizações não 
são pagas em dinheiro, sendo criadas apenas pela Constituição Federal e surgem da 
regra geral do art. 5°, XXIV. 
Existem três desapropriações especiais regulamentadas na Constituição. O artigo 182 
regulamenta a desapropriação especial urbana, quando o imóvel urbano não cumpre 
uma função social prevista no plano diretor da cidade, então, o poder público passa a 
tomar algumas providências sucessivas, notificando o proprietário para que faça o 
parcelamento ou a edificação do terreno, devendo no prazo de um ano apresentar o 
projeto e em dois anos da apresentação do projeto para que dê início as obras. Caso o 
proprietário não o faça aplica-se a incindência do IPTU com alíquota progressiva no 
tempo, ou seja, como forma de coerção o IPTU passa a aumentar progressivamente, 
até 15% da alíquota, pelo prazo de cinco anos. 
Se ainda assim o proprietário não der uma função social ao bem, incide-se a 
desapropriação como forma de sanção, sendo a indenização paga em títulos de dívida 
pública que podem ser resgatados em até dez anos a partir da emissão. 
Cabe ressaltar, ainda, que a usucapião especial urbana é de competência exclusiva do 
município, porém, apenas de municípios que possuem plano diretor, pois o plano 
diretor é quem define a função social da propriedade urbana. 
 Já os 184 a 186 preveem a desapropriação especial rural, que é exclusiva da união. 
São imóveis que, assim como na desapropriação especial urbana, não cumprem com 
uma função social, e, dessa forma, é desapropriada para fins de reforma agrária, sendo 
essa a sua única destinação. Ademais, a indenização também não é paga em dinheiro, 
e sim, em títulos da dívida agrária resgatáveis em até vinte anos e a partir do segundo 
ano de emissão. 
É importante ressaltar que, o artigo 185, da CF, estabelece vedações, não sendo 
possível a desapropriação especial urbana sobre a pequena e média propriedade e 
sobre a propriedade produtiva, com pagamento com títulos da dívida agrária. 
 
Confisco 
Já o artigo 243, da Constituição Federal, há a desapropriação confisco ou 
expropriação, que é de competência da União. Essa desapropriação não é indenizada, 
nem com dinheiro nem com títulos, sem direito, o sujeito perde o bem. Essa 
desapropriação é aplicada em duas hipóteses, sobre bens imóveis utilizados para 
plantação de psicotrópicos ou exploração de trabalho escravo, e os bens móveis que 
são utilizados para o tráfico de drogas e entorpecentes, após isso serão dadas novas 
destinações a esses bens, conforme previsão legal, os bens imóveis rurais para 
reforma agrária, os imóveis bens urbanos para programas de habitação popular e os 
bens móveis serão destinados a um fundo especial para combater o tráfico e a 
recuperação de viciados. 
Existem dois motivosque geram esse confisco, o primeiro é o fato de no imóvel 
estar localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas (drogas que atuam sobre o 
nosso cérebro, alterando de alguma maneira o nosso psiquismo), e o segundo, o fato 
de no imóvel haver exploração de trabalho escravo. 
A doutrina no início afirmava que a desapropriação confisco deveria se limitar a 
área onde havia o cultivo ilícito, mas a jurisprudência não seguiu essa linha, nela foi 
decidido que tanto quem fizesse esse tipo de cultivo quanto quem utilizava o imóvel 
para mão de obra escrava sofreria essa desapropriação da propriedade, e não de 
apenas parte dela, mas sim dela por completo inclusive os bens móveis e os materiais 
que eram usados na exploração das pessoas ou no cultivo das plantas. Então a 
desapropriação confisco não abrange apenas a área das atividades ilícitas do referente 
artigo, mas também os materiais necessários para que elas ocorressem. 
Eis o artigo: 
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde 
forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de 
trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma 
agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao 
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no 
que couber, o disposto no art. 5º. 
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em 
decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração 
de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com 
destinação específica, na forma da lei. 
 
Em seio infraconstitucional, a presente expropriação, é regulada pela Lei 
8.257/91 que em seu artigo primeiro praticamente repete ipsis litteris o artigo 243 da 
Norma Maior. 
 
Competência para desapropriar 
A união detém a competência para legislar sobre o direito civil, podendo editar 
leis que versem acerca do direito de propriedade e outros direitos reais em 
conformidade com o artigo 22, I, da Constituição Federal. Todavia, deve-se atentar que 
a Lei complementar pode autorizar que os estados legislem em questões específicas. 
Já a competência declaratória é concorrente de todos entes federativos, 
possuindo eles autonomia para declarar a utilidade pública ou o interesse social de 
bens privados para desapropriação . 
Por fim, a competência executiva, que é incondicionada, sendo conferida, 
primeiramente, ao ente federativo que declarou, mas é admitida delegação à entes da 
administração indireta, concessionárias de serviços públicos, e, inclusive, consórcios 
públicos que são firmados nos moldes da lei 11.107/05 (Lei dos Consórcios Públicos). 
 
Procedimento de desapropriação 
A desapropriação deverá ser realizada de acordo com os procedimentos 
administrativos previstos em lei, dentre os quais, garantir que o particular expropriado 
tenha o direito ao contraditório e ampla defesa. Não sendo resolvido em via 
administrativa realiza-se o procedimento em juízo. Este procedimento desenvolve-se 
em duas fases: fase declaratória, onde o Estado declara por meio de decreto ou Lei 
efeitos concretos a utilidade pública e o interesse social do bem, e, a fase executória, 
na qual o Estado ou alguém atuando por delegação paga e executa a desapropriação. 
 
Ação de desapropriação 
Caso não haja acordo do particular e do Estado, propõe-se uma ação de 
desapropriação onde será determinado o pagamento da propriedade, onde caberá ao 
juízo considerar justo ou não o valor da indenização que foi oferecido pelo Estado. A 
ação será por rito especial, proposta pelo ente expropriante, sendo o particular 
chamado para contestar a ação, podendo ser discutido apenas o quantum indenizatório 
no mérito da ação, vícios processuais, devendo qualquer outra ilegalidade presente no 
ato da desapropriação ser discutido através de ação direta, proponho ação ordinária 
requerendo a anulação do ato. 
Após a sentença, o ente federativo pagará o valor restante ao que foi 
depositado em juízo quando requereu a emissão provisória da posse, respeitando 
ordem cronológica de pagamento de precatórios. E, após a sentença transitar em 
julgado, transfere-se a propriedade. 
É importante salientar que, desse valor residual que será pago por ordem 
cronológica de pagamento de precatórios incidirá correção monetária, juros 
compensatórios, juros moratórios e honorários advocatícios, podendo esses valores ser 
ingressados no mesmo processo. 
 
Direito de extensão 
Quando o Estado desapropriar um terreno parcialmente e deixar uma área 
remanescente que sozinha que não poderá ser aproveitada surgirá ao proprietário o 
direito de extensão, ou seja, o proprietário terá o direito que o Estado estenda a 
desapropriação ao terreno como um todo e o indenize por todo o terreno. É possível, 
ainda, pleitear a extensão de desapropriação na contestação a desapropriação. 
 
Tredestinação e retrocessão 
A tredestinação é o desvio de finalidade no ato de desapropriação, a finalidade 
é alterada. O bem que seria destinado à determinada função é destinado a outra, 
mudando sua finalidade específica, mas mantendo a busca pelo interesse público, 
trata-se de uma tredestinação lícita, não havendo possibilidade anulação do ato de 
desapropriação. 
Todavia, em desapropriações especiais com destinação vinculada não pode 
receber outra finalidade, ainda que mantenha a busca do interesse público. 
Há ainda situações em que o estado desapropria ao bem para determinado fim, 
e, posteriormente, não dá nenhuma destinação ao bem e passa o mesmo para um 
terceiro, alienando-o, sendo totalmente ilícito, gerando para o antigo proprietário do 
bem o direito de retrocessão, ou seja, o direito de reaver o bem desapropriado. 
 
Limitação administrativa 
É uma intervenção restritiva na propriedade privada de caráter geral, não 
incidindo apenas sobre um bem e sim sobre todos os bens que possam estar na 
mesma situação jurídica. 
É uma determinação estabelecida por lei ou ato administrativo, de caráter geral 
e voltada para proprietários indeterminados, através da qual o Poder Público 
unilateralmente condiciona o exercício do direito propriedade à observância de 
determinadas exigência legais, que podem implicar obrigações positivas, tais como a 
limpeza de terrenos ou negativas, como a construção de edifícios até determinada 
altura preestabelecida, em benefício do bem-estar social. Em regra, não geram direito a 
indenização. 
É possível observar de forma notória que as limitações administrativas afastam 
o caráter absoluto do direito de propriedade e decorrem do poder de polícia conferido à 
Administração Pública. 
 
 
Poder de polícia 
Inicialmente analisaremos o artigo 78 do Código Tributário Nacional - Lei nº 
5.172/1966, que define o conceito de poder de polícia. 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração 
pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão 
de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao 
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão 
ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao 
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
(Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966) 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de 
polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites 
da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se 
de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou 
desvio de poder. 
O poder de polícia é um instrumento do estado em uma supremacia sobre o 
interesse do particular que cria limitações e restrições sobre a liberdade e propriedade 
deste, para tornar possível a vida em sociedade. O mesmo ainda recebe o nomede 
limitações administrativas a liberdade e propriedade, por correntes negacionistas que 
rejeitam a possibilidade do estado de intervir na liberdade e propriedade do indivíduo. 
Carvalho Filho conceitua o poder de polícia como: “a prerrogativa de direito 
público que, calcada na lei, autoriza a Administração Pública a restringir o uso e o gozo 
da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade.” 
Esse poder ocorre quando o estado intervém na esfera privada do indivíduo, 
sendo um instrumento que o direito confere a administração pública, para que a mesma 
tutele valores como a ordem pública, saúde pública e tranquilidade. Sobe o fundamento 
da supremacia do interessante público quanto ao privado. 
Toda atividade que denominamos poder de polícia é uma atividade restritiva da 
liberdade e propriedade dos particulares, não podendo ser confundido com serviço 
público que se trata de uma atuação ampliativa que oferece comodidades e utilidades 
para o particular. 
O poder de polícia em regra cria para o particular, obrigações de não fazer. 
Porém excepcionalmente pode se apresentar para o particular de forma positiva, 
criando obrigações de fazer. 
Quando se fala nas instituições de polícia de segurança, existe uma 
diferenciação importante na polícia administrativa e a polícia judiciária, a polícia 
administrativa nas entidades de segurança pública tem uma atuação preventiva, já a 
polícia judiciária exerce dentro da segurança pública um caráter repressivo, como 
regra, atua após a decorrência do crime para apuração de autoria e materialidade. A 
polícia administrativa tem sua atuação regida pelo direito administrativo, enquanto que 
a polícia jurisdicional tem sua atuação regida pelo direito processual penal. 
A doutrina divide o poder de polícia em quatro ciclos, limitação, consentimento, 
fiscalização e sanção. A limitação consiste na própria criação de regras restritivas. O 
consentimento compreende aos particulares interessados em exercer uma atividade, 
que procurem a organização administrativa competente, abram um processo, 
preencham os requisitos legais e paguem uma taxa, a fim de quer o poder público 
libera o exercício da mesma. A fiscalização as entidades administrativas competentes 
no exercício de poder de polícia vão procurar os particulares, mediante denúncia ou 
ofício para verificar se aquela atividade que o particular exerce está licenciada, ou nos 
termos do alvará. Por fim, mas não mesmo importante a sanção permite que o poder 
público ao exercer a fiscalização do poder de polícia e constatar que o particular estar 
executando a atividade sem o alvará ou fora dos limites do mesmo, aplique uma 
punição. 
Diante de todos os instrumentos que o estado tem, para limitar a propriedade privada 
em favor do interesse público, o poder de polícia é um desses, sendo uma forma de 
intervenção que não suprime o domínio, ou seja, o estado cria restrições à propriedade 
do particular sem incorporar a propriedade ao domínio público, em outras palavras, o 
poder de polícia não é uma desapropriação. 
Outro ponto importante é a questão da delegabilidade do poder de polícia a 
particulares. A doutrina em regra não aceita no Brasil que o poder de polícia seja 
desempenhado por particulares ou pessoas jurídicas estatais do direito privado, porque 
o poder de polícia é uma manifestação da supremacia do direito público quanto ao 
privado, só podendo assim ser desempenhados por pessoas jurídicas de direito público 
estatal, ou seja, união, estados, Distrito Federal, municípios, e autarquias. 
Algumas dos atributos essências do poder de polícia são; discricionariedade, 
autoexecutoriedade e coercibilidade. 
A respeito da discricionariedade Celso Antônio Bandeira de Mello discorreu; 
“Em rigor, no Estado Democrático de Direito, inexiste um poder, 
propriamente dito, que seja discricionário fruível da Administração 
Pública. Há, isto sim, atos em que a Administração Pública pode 
manifestar competência discricionária e atos a respeito dos quais 
a atuação administrativa é totalmente vinculada. Poder 
discricionário abrangendo toda uma classe ou ramo de atuação 
administrativa é coisa que não existe”. (MELLO, 2009, p.829) 
A um juízo de conveniência e oportunidade para prática do ato. A receita federal vai 
fiscalizar as declarações de imposto de renda que haja indício de prejuízo, diante de 
caso concreto a mesma vai verificar qual atividade, infração ou multa que serão 
aplicados. Pode haver atos vinculados, mas como regra são discricionários. 
Quanto a autoexecutoriedade, permite a auto execução dos atos que emanam do 
poder de polícia, ou seja, a administração pública não precisa de ordem judicial para 
executar o exercício do mesmo, pois são realizados em via administrativa, sendo 
imediatos. 
A Coercibilidade , por sua vez demostra a imperatividade dos atos de policia, quanto ao 
poder de obrigar ou forçar a realização do que foi imposto. O particular que for sujeito 
ao exercício do poder de polícia, é obrigado a cumprir o auto de infração. 
Posto isto, concluísse a importância do poder de policia para conciliar os interesses 
privados e os interesses da coletividade. 
 
Servidão administrativa 
A servidão trata-se de um direito real da coisa alheia incidindo sobre bens específicos 
e imóveis, para servir entes a prestação de um determinado serviços públicos, sendo a 
mesma perpétua, todavia, podendo ser desfeita caso não haja mais interesse público 
na utilização do bem, se o bem desaparecer ou se houver de consolidação 
A Constituição Federal prevê a possibilidade de intervenção do Estado na propriedade 
privada, nas hipóteses em que a mesma não esteja cumprindo sua função social . 
Dessa forma, o Estado utiliza esses meios de intervenção como forma de assegurar 
que o exercício do direito de propriedade efetive-se e cumpra a sua finalidade social. 
A Servidão administrativa é uma modalidade de intervenção restritiva que consiste em 
exercer o direito pelo poder público, pode ser mais especificamente definido como o 
direito real de gozo do Poder Público (União, Estados, Município.) sobre propriedade 
alheia de acordo com o interesse da coletividade. 
Maria Sylvia Zanella di Pietro conceitua servidão administrativa como sendo: 
 "o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de 
propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus 
delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de 
utilidade pública". 
Como característica da servidão podemos citar, ônus real de uso imposto pela 
Administração, ela ocorre para a realização de obra ou serviço público de interesse 
coletivo, a mesma incide apenas sobre bens imóveis, ainda, Instituída por decreto e 
efetivada por acordo administrativo ou sentença judicial e deve ser registrada no 
Cartório de Registro de Imóveis para possuir efeito erga omnes 
Artigo 10 e 40 do Decreto Lei nº 3.365 de 21 de Junho de 1941 
Art. 40. O expropriante poderá constituir servidões, mediante indenização na 
forma desta lei. (Vide Decreto nº 35.851, de 1954). 
Art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se 
judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do 
respectivo decreto e findos os quais este caducará. (Vide Decreto-lei nº 
9.282, de 1946). 
Neste caso, somente decorrido um ano, poderá ser o mesmo bem objeto de nova 
declaração. 
Parágrafo único. Extingue-se em cinco anos o direito de propor ação que vise a 
indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001). 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Tombamento 
O tombamento é a forma de intervenção do Estado na propriedade que visa proteger e 
conversar o patrimônio cultural brasileiro, tuteladopelo art.216 da CF/88, impondo ao 
proprietário obrigações positivas, como promover reformas e outras obras de 
conservação; negativas, como não alterar determinadas características do bem; ou 
permissivas, que deverão permitir a fiscalização do órgão responsável, com relação ao 
bem tombado. 
O patrimônio brasileiro compõe o chamado meio ambiente cultural. O art. 1° do 
Decreto-Lei 25/37, que regula o tombamento, conceitua patrimônio histórico e artístico 
nacional como: 
 “O conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país cuja conservação 
seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da 
história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, 
bibliográfico ou artístico. 
Conforme disposto no art. 24, VII, da CF/88, a competência para legislar sobre 
proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico é concorrente 
entre a União, os Estados e o Distrito Federal. Mas a competência material para 
instituir o tombamento é comum dos entes federados. Podem ser tombados bens 
móveis ou imóveis, de natureza material ou imaterial, públicos ou particulares de 
interesse cultural ou ambiental. 
O tombamento não retira do proprietário o domínio do bem, que pode inclusive 
ser vendido, mas apenas limita o direito de usar; gozar e dispor da coisa tombada. 
Tratando-se de bens imóveis, o proprietário não poderá fazer alterações, com 
reformas, reparos, pinturas etc., sem antes buscar a assistência e autorização dos 
órgãos responsáveis. Deverá também promover diversas medidas de conservação do 
bem, estabelecidas por ocasião do tombamento, devendo comunicar ao órgão 
responsável caso não tenha condições financeiras de suportar o custo de tais medidas, 
sob pena de ser multado. Neste caso, caberá ao Poder Público o custeio das 
intervenções necessárias à conservação. Por fim, os proprietários são obrigados a se 
submeter a fiscalização dos órgãos administrativos competentes. 
 
Requisição administrativa 
 
A requisição administrativa tem sua base no artigo 5°, inciso XXV da 
Constituição Federal, sendo um artigo autoexplicativo, ele estabelece uma regra 
simples de requisição, vejamos: 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente 
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário 
indenização ulterior, se houver dano; 
 
Ou seja, em situações de iminente perigo público o estado poderá requisitar o 
bem de um particular para que possa resolver a situação de perigo, e, posteriormente, 
caso haja dano, o estado indenizará. 
Cabe ressaltar que, a competência legislativa para tratar de requisições é 
privativa da união como previsto artigo 22, inciso III, da Constituição Federal, compete 
privativamente à união legislar sobre requisições civis e militares em caso de iminente 
perigo e em tempo de guerra. 
Um grande exemplo de requisição administrativa é em casos enchentes onde 
há grande destruição de moradias, e, consequentemente, várias pessoas ficam 
desabrigadas e o Estado requisita um galpão ou outro local diverso de um particular e 
coloca essas pessoas. Então a requisição é uma situação de perigo, requisita-se o bem 
do particular e em caso de dano, posteriormente, o mesmo será indenizado, tendo um 
prazo de 5 (cinco) anos para solicitar a indenização. 
Ademais a requisição pode incidir sobre bens móveis, imóveis e sobre serviços. 
Celso Bandeira de Mello nos traz um exemplo claro de requisição administrativa de 
serviços ao afirmar que, os homens são reservistas, e, caso haja uma guerra, o Estado 
poderá requerer os serviços para a guerra e caso venha a morrer indeniza-se a família 
do de cujus, não havendo problema algum nesta indenização posterior em caso de 
dano. 
É possível, ainda, a requisição de bens consumíveis, classificado no direito civil 
com aquele bem que no primeiro uso perde a sua utilidade. Todavia no momento que 
se requisita esse bem já se sabe que após o uso não há o interesse de devolver, 
devendo então pagar o valor dele. No entanto há uma ressalva, para que não 
confundamos essa requisição de bens consumíveis com desapropriação. A doutrina diz 
que os bens consumíveis podem ser requisitados desde que eles sejam fungíveis, ou 
seja, se o estado tiver como requisitar e depois devolver outro bem exatamente igual. 
Entretanto, se for um bem consumível e infungível, que o Estado não terá como 
devolver outro bem igual, não se caracterizará como requisição e sim como 
desapropriação, porque o Estado estará tomando o bem sabendo que não haverá a 
possibilidade de devolver igual. Então, por exemplo, o Estado pode requisitar roupas de 
uma loja para que possa garantir agasalho de pessoas, mas não pode requisitar roupas 
de um particular porque essas peças são pessoalizadas, ou seja, são infungíveis. 
Ademais, É importante ressaltar que, em nosso momento atual de 
enfrentamento da COVID-19, o poder público pode requisitar e assumir o controle de 
um hospital particular, é o que fundamenta o artigo 15, XIII, da lei 8.080/90 e a recente 
lei 13.9979/2020 em seu artigo 7°, VII. 
 
Ocupação Temporária 
A ocupação temporária é a forma de intervenção do Estado em que há a 
utilização temporária e compulsória pela Administração de bens imóveis privados, com 
ou sem remuneração, como local de apoio para a execução de obras ou serviços 
públicos em áreas vizinhas, como a utilização de terreno para alocação de maquinário 
durante obras em estradas. 
O art. 36 do Decreto-Lei 3.365/41 permite “a ocupação temporária, que será 
indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e 
necessários à sua realização”. Neste caso específico, que pode ocorrer durante o 
processo de desapropriação, será devida a indenização, porque se pressupõe que o 
imóvel vizinho ao que foi desapropriado ficará ocupado por longo período. Nos demais 
casos de ocupação temporária, a indenização somente será devida pelos prejuízos 
efetivamente comprovados pelo proprietário. 
 
Conclusão 
Podemos notar que, a intervenção do Estado na propriedade privada a modifica 
totalmente, levando a mesma a cumprir um interesse público ou função social, visando 
beneficiar o coletivo, e, dessa maneira, surgindo um maior aproveitamento e finalidades 
diversas de alcance do bem-estar social. 
Todavia, necessita-se que o nosso poder judiciário tenha disposição pra empenhar de 
maneira significativa como meio garantidor de direitos individuais e coletivos, aplicando 
em cada caso concreto a melhor “tática” para que se alcance e proteja o direito de 
todos de maneira efetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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