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CORRUPÇÃO E A CRISE ECONÔMICA

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CORRUPÇÃO E A CRISE ECONÔMICA 
Tiago dos Anjos Alves[footnoteRef:1] [1: Graduando em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira. Trabalho feito como requisito obrigatório da disciplina de TCC para conclusão do curso de Direito da Universidade Salgado de Oliveira, orientado pela Professora Doutora Lauriani Porto Albertini. Agradeço primeiramente a Deus, pois é Ele quem dá sentido a tudo. A minha família por todo apoio e paciência sem eles eu não chegaria até aqui. E aos meus amigos pelo apoio. Nunca pare de estudar!] 
RESUMO:
Este trabalho aborda o conceito de corrupção buscando esclarecer essa prática, relacionando com a crise econômica que assola o país, tendo ênfase no estado do Rio de Janeiro. Atualmente, o Brasil está envolvido em grande número de escândalos políticos que atingem desde a sua capital até os estados e municípios, e no meio desse processo os brasileiros enfrentam uma crise econômica que massacra principalmente o estado do Rio de Janeiro. É certo que o ato de corromper não é prática exclusiva da classe política, tampouco um comportamento moderno, porém nos dias atuais esse é o caso mais visto pela população brasileira e mundial, uma vez que os atos de maior dimensão são publicados ao redor do mundo. Veremos o tema corrupção no Brasil desde suas origens, tratando seus efeitos e relacionando com a crise econômica.
Palavras chaves: Corrupção; Crise econômica; Tipos de corrupção; Rio de Janeiro.
ABSTRACT: 
This work approaches the concept of corruption seeking to clarify this practice, relating to the economic crisis that plagues the country, with emphasis on the state of Rio de Janeiro. Brazil is currently involved in a large number of political scandals that range from its capital to states and municipalities, and in the midst of this process Brazilians face an economic crisis that massacres mainly the state of Rio de Janeiro. It is true that the act of corrupting is not the exclusive practice of the political class, nor a modern behavior, but nowadays this is the case most seen by the Brazilian and world population, since the acts of greater dimension are published around the world. We will see the corruption theme in Brazil from its origins, treating its effects and relating to the economic crisis.
Keywords: Corruption; Economic crisis; Types of corruption; Rio de Janeiro.
INTRODUÇÃO
Este artigo contempla o tema “Corrupção e a Crise Econômica”. O objetivo principal deste trabalho é apresentar o conceito e as várias modalidades de corrupção, a forma como este ato é tratado no Brasil, apontando seus efeitos e relacionando a atual crise econômica no país, mas principalmente no estado do Rio de Janeiro.
Embora pareça ser prática exclusiva do Brasil, a corrupção foi causa de decadência de grandes impérios. Torna-se impossível medir o nível exato de corrupção em um país, pois apenas as partes envolvidas no esquema o conhecem de verdade, porém é possível medir a percepção da corrupção. A organização Transparência Internacional publica desde 1995 relatório ordenando os países de acordo com o grau de percepção da corrupção, e no último Índice de Percepção de Corrupção (IPC), publicado em 2016, o Brasil encontrava-se na 79ª posição. Para entender esse tema faz-se necessário entender sua origem e conceito.
Não bastasse a situação geral do país, o Rio de Janeiro enfrenta uma das maiores crises econômicas do estado. Tendo este artigo a finalidade de expor e explicar a relação entre a corrupção e a crise econômica no Rio de Janeiro.
1. CORRUPÇÃO
A palavra corrupção vem do latim corruptio que significa deterioração, sedução, depravação. Ao buscar seu conceito, o dicionário Priberam da Língua Portuguesa [footnoteRef:2]define como: ato ou efeito de corromper ou de se corromper; comportamento desonesto, fraudulento ou ilegal que implica a troca de dinheiro, valores ou serviços em proveito próprio; degradação moral. [2: Disponível em: https://www.priberam.pt/dlpo/corrup%C3%A7%C3%A3o . Acesso em: 20/09/2017.] 
Entendemos então a corrupção como a forma de utilização de autoridade ou poder a fim de obter vantagem e fazer uso de dinheiro público em interesse próprio, ou de terceiros. No ano de 2015, de acordo com pesquisa realizada pelo instituto Datafolha[footnoteRef:3], a corrupção foi vista pela primeira vez como principal problema do país. [3: Disponível em: http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2015/11/1712972-corrupcao-lidera-pela-primeira-vez-pauta-de-problemas-do-pais.shtml . Acesso em: 20/09/2017.] 
Em 2016, de acordo com o índice de corrupção do Fórum Econômico Mundial[footnoteRef:4], o Brasil passou a ocupar o 4º lugar no ranking de países mais corruptos. Dessa forma, percebemos que esse é um dos maiores problemas da sociedade brasileira nos dias atuais. [4: Disponível em: http://reports.weforum.org/global-competitiveness-index-2017-2018/competitiveness-rankings/#series=GCI.A.01.01.02 . Data de acesso: 20/09/2017.] 
A corrupção constitui ao mesmo tempo causa e efeito das inúmeras fragilidades sociais, políticas e econômicas. O ato de corromper é a utilização do poder ou autoridade para obter vantagens. De acordo com a legislação penal brasileira, entende-se como atos de corrupção: desviar verbas públicas e/ou dinheiro destinado a um fim público; favorecer políticos em troca de algo; favorecer uma empresa no processo de licitação em troca de algo; aceitar e/ou solicitar recursos financeiros para obter algum serviço público; oferecer ou aceitar suborno.
	É importante lembrar que qualquer ser humano é passível de corrupção, por isso no dia a dia é possível perceber atos corruptos que são carinhosamente apelidados de “jeitinho brasileiro”. Isso acontece em diversas situações, como quando o sujeito “molha a mão” do serventuário para adiantar seu processo, ou quando em uma blitz é oferecido o “cafezinho” ao policial para sair ileso da abordagem, etc. Como bem cita Camila Souza Novaes, em seu artigo Corrupção no Brasil: uma visão da psicologia analítica (2016, v. 34, n. 2, p. 5-17).
A corrupção pode ser descrita como um "comportamento desviante" das normas legais e valores morais, "que se manifesta sob a forma de um abuso de função na política, sociedade ou economia em favor de outra pessoa ou instituição" (RABL, 2008, p. 25). Se refere a processos de decisão em situações de dilemas éticos e também a estratégias de justificativa que os indivíduos corruptos utilizam. Por exemplo, o indivíduo corrupto pode optar por um suborno para fechar um negócio difícil ou para sair de uma dificuldade financeira.
	
A corrupção gera impactos negativos, e seus efeitos influenciam diretamente a economia das empresas, afetando assim, a economia dos países. As principais formas de corrupção, elencadas no Código Penal brasileiro são: peculato, extorsão, fraude e suborno. Segundo Saadi e Machado (2017, p. 484):
A gestão criminosa de recursos públicos prejudica sobremaneira o desenvolvimento dos países. O desvio de dinheiro impede o desenvolvimento de obras públicas e a manutenção de serviços essenciais, o que afeta a circulação de recursos e a geração de empregos e riquezas. 
É certo e visível que a corrupção é capaz de produzir ineficiência e injustiça, cujos efeitos refletem negativamente sobre a legitimidade política do país. A corrupção traz a público a existência de problemas ainda maiores nas relações do Estado com o setor privado, de forma que o mais grave não são os subornos, mas sim as distorções que se revelam poder ter sido criadas pelas autoridades com a finalidade de cobrar propinas. Ainda, “a malversação de recursos públicos dificulta a prestação de serviços em prol da cidadania, o que, em última análise, gera um quadro de desesperança na sociedade, que pode pôr em risco a legitimidade de gestão do poder público.” (Saadi e Machado, 2017, p. 484).
	É possível observar em uma breve análise do IPC, que o ranking dos mais corruptos é ocupado por países subdesenvolvidos, uma vez que a falta de transparência na administração e o nível elevado de escândalos políticos
afasta o investimento de grandes multinacionais que movimentariam a economia do país. Dessa forma, combater arduamente a corrupção é investir no desenvolvimento do país. A esse respeito, dizem Saadi e Machado (2017, p. 485).
Investidores não se interessam em alocar recursos a áreas onde prevalecem atividades de corrupção e de descontrole administrativo. Por isso, o subdesenvolvimento econômico e social é condição que não pode ser superada sem o enfrentamento do abuso de poderes confiados ao Estado e ilegalmente utilizados para obter ganhos privados.
	Por essas razões, é imprescindível que os governantes e a justiça exponham e condenem de maneira concreta os atos de corrupção praticados no país. E o papel da sociedade é agir de acordo com a lei, não praticando atos de corrupção e nem aceitando ser corrompida. Cabe também a população cobrar medidas de combate e punição a corrupção. 
1.1 TIPOS DE CORRUPÇÃO
	Sabemos que o ato de obter vantagem em detrimento de outra pessoa, é além de ilegal, deplorável e extremamente prejudicial a sociedade e a economia. A fim de chamar a atenção da população para esse problema, o website Terra[footnoteRef:5], no ano de 2015 publicou uma matéria demonstrando os tipos de corrupção do cotidiano brasileiro. São eles: a sonegação de impostos, o uso de carteiras estudantis falsas, a compra da Carteira Nacional de Habilitação, pirataria, fazer hora no trabalho para receber hora extra, contrabandear produtos de outros países a fim de não pagar os impostos, o contrabando de energia elétrica e televisão à cabo, popularmente conhecido como “gatonet”, entre outros. [5: Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/veja-10-exemplos-de-corrupcao-no-cotidiano-do-brasileiro,880b6c891fd2c410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html .Acesso em: 20/09/2017.
] 
	Podemos perceber que a corrupção está presente no dia a dia da sociedade, e diferente do que muitos pensam não parte só dos políticos e grandes empresários. Começa com um gesto pequeno como pagar para “furar fila” em um show e vai se tornando uma bola de neve, até o sujeito não ter mais limites entre o certo e o errado. O jornal El País, publicou em dezembro de 2013 uma reportagem que tratava justamente dos pequenos atos ilícitos dos brasileiros no dia a dia.
No Brasil, basta um escândalo de corrupção estampar as manchetes dos jornais para que os comentaristas de plantão vociferem palavras de ordem na internet em que exigem, até a pena de morte para os corruptores. Mas esses mesmos gritos raivosos aceitam, pacificamente, os pequenos crimes que eles próprios e muitos conhecidos praticam no dia a dia, sem nem mesmo perceber que o “jeitinho” do cotidiano também é uma forma de corrupção. [footnoteRef:6] [6: Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2013/12/04/sociedad/1386197033_853176.html . Data de acesso: 20/09/2017.] 
Hoje em dia podemos pensar na corrupção como algo cultural, que passa de pai para filho, e o grande problema dessa situação é que no fim a pessoa não acredita ter agido de maneira errada. O sujeito entende que no Brasil as coisas só funcionam se ele agir errado. E em uma das piores hipóteses pensar que a culpa é só da pessoa no alto escalão do governo, ou pior ainda, pensar que aquele político corrupto “rouba, mas faz” então está tudo bem. Isso vai de encontro a publicação feita pelo professor de Direito Luiz Flávio Gomes “vários estudos afirmam que o político que rouba, mas é competente e faz coisas importantes para a população, tem longevidade garantida”. E ainda: 
Os cidadãos que assimilam essa ideia (competência ligada à corrupção) reduzem, do ponto de vista psicológico, a tensão associada ao ato de votar em político corrupto. É mais frequente do que se possa imaginar o trade-off (jargão usado na economia para dizer que a escolha de uma opção se dá em detrimento de outra) entre a competência e a corrupção. Para quem tem plena consciência do voto, é deveras indigesto votar num conhecido pilhador do dinheiro público. Mas os eleitores fazem isso pensando nos benefícios que já conquistaram ou no que poderão alcançar, em razão da competência do corrupto. [footnoteRef:7] [7: Disponível em: http://luizflaviogomes.com/rouba-mas-faz-os-eleitores-perdoam-os-corruptos-competentes/ . Data de acesso: 06/12/2017.] 
É preciso que a população mude sua forma de pensar e agir politicamente. Uma sociedade consciente cobra e pune os crimes cometidos. O Juiz de Direito José Herval Sampaio Junior, discorre sobre este tema:
Não podemos mais aceitar que um político ou qualquer autoridade cometa crimes e por estes não sejam punidos, mesmo que se tenha resultados concretos com sua ação ou omissão, pois um crime merece a imediata reprimenda social e quando esta não vem, temos a impunidade como mote para cometimentos de outros num círculo vicioso e pernicioso, em que a própria população inverte os valores.[footnoteRef:8] [8: Disponível em: https://joseherval.jusbrasil.com.br/artigos/406870975/a-politica-do-rouba-mas-faz-precisa-finalmente-ser-superada . Data de acesso: 06/12/2017.] 
Fernando Filgueiras em seu artigo A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia entre normas morais e prática social (OPINIÃO PÚBLICA, Campinas, vol. 15, nº 2, novembro, 2009, p.386-42), expõe a razão pela qual a corrupção é vista como algo normal no meio político.
A antinomia entre normas morais e prática social cria um contexto de tolerância à corrupção que explica o fato de atores, consensualmente, concordarem com a importância de valores fundamentais como respeito, honestidade, decoro e virtudes políticas, mas, ao mesmo tempo, concordarem que, na política, um pouco de desonestidade pode cumprir uma função importante.
O Código Penal brasileiro elenca dois tipos de corrupção: ativa e passiva. Ainda, a relações públicas, Ariane Feijó em artigo para o blog S2 Consultoria, nos apresenta a mais quatro tipos de corrupção: intencional, necessária, preditiva e lateral. Trataremos os seis tipos a seguir. 
1.1.1 CORRUPÇÃO INTENCIONAL
	Ocorre quando existe o desejo de se obter vantagem ilícita[footnoteRef:9]. O mais conhecido ato que se enquadra nessa tipologia é o suborno. A prática de prometer, pagar ou oferecer algo a um agente público, privado ou um governante para que se porte de maneira errônea e não ética no cumprimento de suas funções é caracterizado como suborno. É considerado crime na maior parte do mundo. [9: Disponível em: https://www.s2consultoria.com.br/corrupcao/ . Data de acesso: 20/09/2017.] 
	Temos como exemplo clássico de suborno, um político corrupto que paga certa quantia para um magistrado reduzir sua pena. A grande consequência desse ato, é a sua ação na economia da sociedade a longo prazo, vejamos o superfaturamento de obras por parte de políticos que praticam o suborno, acaba levando a falta de dinheiro para investir em saúde, segurança e principalmente em educação, o que acaba causando um grande impacto econômico no futuro, uma vez que não há verba para contratar professores de qualidade, há um déficit no ensino que acaba com um grande número de pessoas desempregadas.
	No Brasil, o suborno é crime passível de punição como podemos ver no artigo 333, do Código Penal:
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
	Além de prática criminosa, o suborno constitui uma falta de ética desmedida. O ato de corromper alguém em proveito próprio deveria ser evitado independente de legislação.
1.1.2 CORRUPÇÃO NECESSÁRIA
	O agente acredita que precisa recorrer a corrupção para agilizar processos ou obter algum serviço. Como exemplo podemos citar um caso em que a pessoa pague alguma quantia a um funcionário público ou privado, para obter
um documento imediatamente ou em menor espaço de tempo.
	Acerca desse assunto, o professor de ciência política na Universidade de Pittisburgh (Estados Unidos da América), Barry Ames em uma entrevista para a BBC Brasil em 2016, disse:
É muito difícil de manter um sistema presidencial multipartidário coeso sem algum tipo de clientelismo. Carlos Pereira (cientista político da Fundação Getúlio Vargas) acha que o sistema só funciona por causa do clientelismo. Quando a economia não vai bem, é muito difícil manter essa coalizão unida. Se não houver clientelismo, obras públicas e nomeações, como manter esses partidos apoiando o governo? Não há a possibilidade de obter a maioria absoluta no Legislativo.[footnoteRef:10] [10: Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36394381 . Data de acesso: 20/09/2017.] 
	Ou seja, no Brasil atual, é muito difícil governar sem a ajuda do legislativo e judiciário, entenda-se como ajuda, ter um congresso favorável aos seus objetivos, um exemplo claro de como isso pode dar muito errado foi o caso do Mensalão, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Uma vez que é preciso uma câmara legislativa favorável às ideias do Executivo para aprovar projetos de lei de seu interesse. Em contrapartida o político corrupto precisa garantir sua impunidade, nomeando seus aliados para cargos de extrema importância da administração do país. O resultado é uma nação que funciona baseada na troca de favores.
1.1.3 CORRUPÇÃO ATIVA
	Caracteriza-se em oferecer qualquer tipo de vantagem ou benefícios a funcionário público, com a intenção de receber benefícios próprios ou de terceiros. É definida pelo caput do artigo 333 do Código penal, como “oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício”, passível de prisão.
	A corrupção ativa é cometida em geral por um agente privado. O exemplo mais comum desse tipo de crime, é a pessoa oferecer dinheiro ao guarda de trânsito a fim de evitar receber uma multa. Não se faz necessária a aceitação do suborno, o simples fato de oferecer o dinheiro já caracteriza o crime. É importante lembrar que a pena pode ser aumentada se o funcionário deixar de cumprir de forma correta e ética a sua função em troca de receber alguma vantagem. Como prevê o parágrafo único do artigo 333, Código Penal:
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
	É dever cívico da população denunciar atos de corrupção independentemente de recompensa. Como já foi falado neste artigo, cabe a sociedade fiscalizar e guardar a lei, para que dessa forma as autoridades legais possam punir os infratores. 
1.1.4 CORRUPÇÃO PASSIVA
	
Em contrapartida com a corrupção ativa, essa modalidade implica em solicitar alguma compensação ilícita para realizar o seu trabalho. Um exemplo desse crime na área jurídica e que infelizmente é comum de se ver, é o caso em que o funcionário do cartório judicial pede o “cafezinho” para adiantar o processo.
	Como ocorre no crime de corrupção ativa, o simples ato de solicitar vantagem indevida já configura o crime, como está tipificado no artigo 317 do Código Penal.
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
	A legislação também prevê nos parágrafos seguintes, o aumento de pena para esse crime.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
	É importante frisar que independente da aceitação, o ato de solicitar alguma vantagem é crime. E novamente cabe a população fiscalizar e denunciar essa conduta ilícita.
1.1.5 CORRUPÇÃO PREDITIVA
	Como o próprio nome já diz, esse tipo de corrupção está relacionado a um mecanismo onde um agente político pode ser corrompido antes de ser eleito[footnoteRef:11]. Como por exemplo, grandes empresários que selam acordos com um ou todos os candidatos que competem nas eleições através de pauta de compromissos e doações de campanha eleitoral, independente de tendência ideológica. Ou seja, o agente antecipa a ação, esperando receber vantagem indevida em um futuro próximo. [11: Disponível em: http://blog.uplexis.com.br/conheca-os-tipos-de-corrupcao/ . Data de acesso: 20/09/2017.] 
	Podemos ver algo bem semelhante na Operação Lava-jato, como a prisão do empresário Marcelo Odebrecht, em um trecho da matéria da BBC Brasil em março de 2016:
O juiz Sergio Moro considerou o executivo culpado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa e o sentenciou a 19 anos e 4 meses de prisão. Para o magistrado, as investigações comprovaram que Odebrecht pagou mais de R$ 113 milhões em propinas para que sua empresa conquistasse contratos com a Petrobras, lógica que repete a adotada por outras companhias envolvidas no esquema, segundo decisões anteriores.[footnoteRef:12] [12: Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160308_perfil_odebrecht_condenacao_jf_ab . Data de acesso: 20/10/2017] 
	
Esse é apenas um dos casos de empreiteiras envolvidas nesse tipo de crime. É necessário que o poder público investigue a origem do dinheiro recebido em campanhas eleitorais, e do enriquecimento crescente de políticos e grandes empresas. 
1.1.6 CORRUPÇÃO LATERAL
	Esse mecanismo, como apresentado por Ariane Feijó[footnoteRef:13] é “voltado para agentes do governo”. Nesse caso um governante em questão alicia bancadas legislativas de diversos partidos de forma que aprovem projetos legislativos de seu interesse. Diferente dos demais, esse tipo de crime só pode ser praticado por agente público, o poder executivo corrompendo os legisladores. [13: Disponível em: https://www.s2consultoria.com.br/corrupcao/ . Data de acesso: 20/10/2017.] 
	A corrupção lateral pode ser ativa quando o governo, em troca de apoio oferece valores provenientes de outros tipos de corrupção, causando grave deformidade no sistema político democrático ao transformar a administração pública em um grande comércio, no qual apoio se torna moeda de troca e dessa forma os interesses sociais ficam em segundo plano.
	Na modalidade passiva, o governante oferece cargos públicos exageradamente e sem nenhum critério, aumentando o número de secretárias, cargos em comissão e de confiança para conseguir acomodar membros de partidos de sua coligação. Esse mecanismo é o mais conhecido e utilizado pelos partidos políticos, a fim de obter recursos financeiros da máquina pública e revertê-lo para campanhas eleitorais, e até mesmo eleger candidatos que não obtiveram votos suficientes. Como exemplo, podemos citar matéria da BBC Brasil de abril de 2016, que fala sobre as muitas trocas de ministros realizadas pela então Presidente da República Dilma Rousseff.
Desde que assumiu a Presidência, em 2011, Dilma Rousseff demitiu, substituiu ou aceitou a demissão de 86 ministros. Em média, um ministro foi demitido ou trocado no governo Dilma a cada 22 dias. [footnoteRef:14] [14: Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160419_dilma_ministros_jf_lk . Data de acesso: 20/10/2017.] 
	Ainda em outro trecho da matéria, Ricardo Ismael, cientista político e diretor do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio, explica o porquê de tamanha rotatividade de ministros.
Tradicionalmente, a nomeação de ministros no Brasil é usada para dar força e prestígio à base governista no Congresso. Grande parte dos ministros é indicada por partidos, que, em troca, comprometem-se
a apoiar o governo nas votações no Legislativo. Ao assumir as pastas, muitos ministros alojam aliados políticos nos órgãos. Ismael afirma ainda que as trocas constantes prejudicam a função essencial dos ministérios: formular e executar políticas públicas. "Embora os ministérios tenham uma burocracia estável que faz a máquina andar, é o ministro quem dá o tom e define a agenda. [footnoteRef:15] [15: Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160419_dilma_ministros_jf_lk . Data de acesso: 20/10/2017.] 
	Outro exemplo bastante conhecido desse tipo de corrupção foi o caso do Mensalão, que consistiu em esquema de pagamento de propina para que parlamentares votassem a favor de projetos do governo. Nesse caso, vinte e quatro agentes públicos foram condenados.
1.1.7 OUTROS MEIOS DE CORRUPÇÃO
 	O Ministério Público Federal (MPF), ainda elencou em seu portal de combate a corrupção[footnoteRef:16] os principais tipos de corrupção cometidos no Brasil. São eles: tráfico de influência, corrupção eleitoral, crimes da lei de licitações, inserção de dados falsos em Sistemas de Informações, Improbidade Administrativa, peculato, prevaricação, entre outros. [16: Disponível em: http://combateacorrupcao.mpf.mp.br/tipos-de-corrupcao . Data de acesso: 20/09/2017.] 
1.1.7.1 TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
	Consiste em uma pessoa se aproveitar de sua posição privilegiada dentro de uma empresa, para influenciar políticos, a fim de obter benefícios para si, ou para terceiros, em troca de favores ou pagamento. Está previsto no Código Penal brasileiro, e é passível de prisão.
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995).
	Esse tipo de crime é praticado por particulares e empresas privadas, contra a administração pública.
2.1.7.2 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
	Atitude inadequada, prevista na lei n. 8.429/1992. Caracteriza-se pela má conduta do agente público, causando danos à administração. São atos comuns de improbidade administrativa, o enriquecimento ilícito, atos que causem prejuízo ao erário, atos que ferem os princípios da administração pública.
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Em seu parágrafo único, o artigo 1º do CP também elenca outras modalidades do crime.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Muito embora não sejam considerados crimes, os atos de improbidade administrativa são passíveis de punição, como especificado no artigo 12 da lei 8.429/92:
Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
	No que tange a fixação das penas, a lei nos esclarece no parágrafo único do artigo 12.
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
Quando um político ou agente público utilize de seu cargo para adquirir vantagem econômica, causando lesão à União, constitui-se o enriquecimento ilícito. Um exemplo muito comum é um soldado da polícia, que adquire um automóvel importado, uma vez que com base em seu salário, isso não seria possível. 	Recentemente, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), Jorge Picciani foi preso em face de investigação sobre crimes de corrupção, e segundo a matéria do portal Terra, também por enriquecimento ilícito.
O Ministério Público Federal afirma que Jorge Picciani e Paulo Melo receberam mais de R$ 112 milhões em propinas num período de cinco anos. "Planilhas dizem para nós que, no período de 15 de julho de 2010 a 14 de julho de 2015, foram pagos da conta da Fetranspor para Picciani R$ 58,58 milhões, e para Paulo Melo R$ 54,3 milhões. Desse dinheiro, parte foi paga a mando de Sérgio Cabral. Havia um projeto de poder de enriquecimento ilícito por muitos integrantes do PMDB Rio”, disse a procuradora Andréa Bayão Pereira Freire. [footnoteRef:17] [17: Jornal do Brasil. Disponível em: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2017/11/16/trf2-aceita-pedido-de-prisao-de-jorge-picciani-e-mais-dois-deputados-da-alerj/ . Acesso em: 20/09/2017
] 
	Ainda sobre esse tema, o artigo 9º da lei 8.429/92, descreve o enriquecimento ilícito e aponta os atos referentes a ele.
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
	
Atos que causem prejuízo ao erário são ações que venham a causar a perda dos recursos financeiros da União, por meio de atitudes tais como a utilização de recursos públicos para fins particulares, aplicação irregular de verba pública ou facilitação do enriquecimento próprio ou de terceiros às custas do dinheiro público. Assim como no caso anterior essas ações estão especificadas na lei 8.429/92:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
	As condutas que violam os princípios de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições públicas, são consideradas como atos que violam os princípios da administração pública. São eles: praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; negar publicidade aos atos oficiais; frustrar a licitude de concurso público; deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas. Deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
	Podemos perceber que a legislação é bem clara ao definir a tipificação de cada
crime. Dessa forma a sociedade pode e deve fiscalizar as autoridades, e ainda denunciar qualquer ato ilícito que tiver conhecimento ao Ministério Público.
1.1.7.3 PREVARICAÇÃO E PECULATO
	De acordo com a legislação penal brasileira, prevaricação é considerado crime funcional, ou seja, só pode ser praticado por funcionário público contra a Administração Pública em geral. Configura-se quando o sujeito retarda ou deixa de praticar indevidamente ato de ofício, ou ainda quando o pratica de maneira diversa da prevista em lei, a fim de satisfazer interesse pessoal.
	Tem previsão no Código penal brasileiro, sendo passível de prisão.
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
	O peculato por sua vez, também só pode ser cometido por funcionário público. Caracteriza-se quando o agente toma para si um bem público, ou ainda desvia um bem para si ou para outrem. Existem diversas modalidades de peculato, entre elas: peculato-culposo, apropriação, desvio, furto, etc.
	Para ser considerado crime, precisa preencher dois quesitos. O primeiro, ser cometido por agente que exerce função pública. E por fim, o bem subtraído estar em posse do agente por conta de sua função. O peculato está previsto no Código Penal brasileiro, também sendo passível de prisão: 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
	O artigo 312 do Código Penal, apresenta ainda outras modalidades de peculato.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Peculato mediante erro de outrem
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
	Esse crime ainda pode ser cometido violando o sistema de informações e dados do governo, como podemos ver no artigo 31e do Código Penal.
Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
	E ainda:
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).
	Novamente podemos constatar que a própria legislação esclarece a respeito do crime e apresenta a punição cabível. Cabe a população e as autoridades fiscalizar, investigar e aplicar a lei.
1.1.8 MEIOS DE COMBATE À CORRUPÇÃO
O Ministério Público Federal (MPF), possui uma campanha de combate a corrupção. Em seu portal de combate a corrupção, nos apresenta a iniciativa “10 medidas contra a corrupção”. São elas: Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação; Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos; Aumento das penas e crime hediondo para a corrupção de altos valores; Eficiência dos recursos no processo penal; Celeridade nas ações de improbidade administrativa; Reforma no sistema de prescrição penal; Ajustes nas nulidades penais; Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2; Prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado; Recuperação do lucro derivado do crime[footnoteRef:18]. [18: Disponível em: http://combateacorrupcao.mpf.mp.br/tipos-de-corrupcao. Data de acesso: 20/09/2017.] 
Além de informar a população a respeito da corrupção no Brasil, a iniciativa ainda apresentou o Projeto de Lei 4850/2016, apresentando essas medidas, contando com o apoio da população. O projeto contou com 2.189.276 de assinaturas.
Atualmente, ouve-se muito falar em reforma política, como um meio de deter a corrupção. Mas como essa “reforma” deve ser entendida e aplicada? Na verdade, esse processo para ser bem feito, precisa atingir as demais áreas governamentais, além do polo eleitoral. Um artigo publicado na Revista académica de economia, por José Matias Pereira, “Os Efeitos da Crise Política e Ética Sobre as Instituições e a Economia no Brasil”, o autor elucida bem essa afirmação.
A expressão ''reforma política'' deve ser entendida como a forma que os mecanismos institucionais devem ter, em especial, os mecanismos eleitorais e partidários, para a constituição de um regime político representativo capaz de atender as demandas da sociedade brasileira.[footnoteRef:19] [19: José Matias Pereira. Disponível em: http://repositorio.unb.br/handle/10482/1000. Data de acesso: 26/11/2017.] 
	Atualmente, as propostas apresentadas na Câmara dos deputados e no Senado Federal, que podem ser acessadas em seu portal eletrônico, estão relacionadas a: desincompatibilização, suplência, domicílio eleitoral, cargo de vice, eleições, data de posse, lista fechada, fim das coligações, financiamento e mandato nos tribunais.[footnoteRef:20] [20: Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/08/10/propostas-de-reforma-politica-em-discussao-no-congresso. Data de acesso: 05/10/2017.] 
	Desincompatibilização, é o período pelo qual um político precisa estar afastado do cargo para concorrer na eleição seguinte. Nos dias atuais, esse espaço de tempo varia de acordo com o cargo ocupado, pela proposta do relator, o deputado Vicente Cândido, esse prazo passaria a ser unificado, de quatro meses para todos os cargos políticos, e ainda o candidato poderia concorrer a mais de um cargo. No que tange a suplência, ele defende o fim de uma das duas suplências no Senado, e ainda a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais por uma semana antes das eleições.
	Hoje em dia, o candidato deve ter domicilio na cidade onde pretende se candidatar, por pelo menos um ano antes da eleição e filiado ao partido a pelo menos seis meses. Na nova proposta, o domicilio eleitoral e filiação ao partido político deverá ocorrer em até nove meses antes da eleição. Referente as eleições, a proposta prevê a votação em pleitos diferentes parar os cargos do Executivo e Legislativo.
	No entanto a mudança mais intrigante, é a Lista Fechada, nesse sistema o eleitor não votaria em um candidato específico, mas sim em um partido. Essa ideia aqui no Brasil, não me parece como um meio de combater a fraude e a corrupção, mas sim uma forma de fomentá-la. Veja bem, já que não seria possível eleger apenas o candidato em que o cidadão confia, as chances de corruptos assumirem o poder seria maior. Essa pauta causou alvoroço entre os deputados, uns são favoráveis, outros não.
	Ainda no tema sobre combate a corrupção, é impossível não falar sobre a Lei Complementar 135 de 2010,
mais conhecida como a Lei da Ficha Limpa. Nascida de iniciativa popular, a lei elenca as causas pelas quais um político fica impedido de concorrer às eleições. 
	Normalmente, os políticos ficam inelegíveis por oito anos após sua condenação ou após terem cometido alguma das práticas elencadas na lei, são elas: renunciar ao cargo a fim de não ser processado e evitar condenação; condenação por crimes de natureza diversa, como improbidade administrativa e lavagem de dinheiro; descumprir prerrogativas de seu cargo; condenação por má prática no cargo; perda de cargo por infração cometida enquanto exercia sua função; que tenham processos em andamento já aprovados pela Justiça Eleitoral.
	Porém, o melhor método de combater a corrupção, é a população exercer seu poder de voto conscientemente e cobrar que seu candidato aja de acordo com a lei. É necessário fiscalizar e acompanhar as propostas dos candidatos eleitos. Afinal, o poder emana do povo.
2. A CRISE NO RIO DE JANEIRO
	A cidade do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do Brasil[footnoteRef:21], além de arrecadar com o turismo, possui um parque industrial, composto por indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, químicas, de alimentos, mecânicas, editorial e celulose. Possui grandes reservas de gás natural e petróleo na Bacia de Campos, esta jazida submarina é responsável por 83% da produção brasileira de petróleo e ajuda o Brasil a tornar-se autossuficiente na produção de óleo cru. Como um estado tão rico chegou a decretar falência? [21: Luiz Octavio Bicudo Casarin. Disponível em: http://www.fazenda.rj.gov.br/sefaz/content/conn/UCMServer/uuid/dDocName%3A1424013 . Data de acesso: 05/10/2017.] 
	É certo que a crise do petróleo, agravou a situação econômica do estado, devido a queda de arrecadação com os royalties. Porém, a atual situação econômica vem se moldando já faz algum tempo. Podemos encontrar em diversas publicações[footnoteRef:22] a opinião de economistas e especialistas financeiros sobre o motivo pelo qual essa queda afetou tanto a economia do Rio, e a resposta é simples: o governo do estado garantiu o pagamento dos aposentados no dinheiro proveniente do petróleo. A partir daí, fez-se necessário retirar verba de outros serviços para cobrir o déficit. Resultado, o Rio de Janeiro gasta mais do que ganha. [22: Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/05/especialistas-analisam-problemas-financeiros-enfrentados-pelo-rj.html . Data de acesso: 05/10/2017.
Disponível em: http://brasildebate.com.br/crise-financeira-no-rio-de-janeiro-como-enfrenta-la-com-visao-de-desenvolvimento/ . Data de acesso: 05/10/2017.
Disponível em: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2016/11/26/farra-nas-isencoes-irresponsabilidade-administrativa-e-corrupcao-a-receita-da-crise-no-rio/ . Data de acesso: 05/10/2017.] 
O rombo do Estado neste ano, é resultado de uma combinação que inclui recessão econômica, retração nas atividades da indústria do petróleo, queda da arrecadação e déficit previdenciário. “A situação é falimentar”, diz o secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa. A Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) prevê que, mesmo com o plano de recuperação fiscal, o Rio voltará a arrecadar mais do que gasta somente em 2029. Apenas em 2038 o Estado será capaz de pagar, integralmente, os juros e a amortização da dívida com a União.[footnoteRef:23] [23: ESTADÃO. Disponível em: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,em-decadencia-politica-rio-vivera-uma-decada-de-crise,70001748272 . Acesso em: 05/10/2017.] 
	No entanto, podemos afirmar que a corrupção teve papel fundamental no agravamento da crise que o estado enfrenta nos dias atuais. Com o avanço da internet e das mídias sócias, a população tem acompanhado os maiores escândalos já vistos na história do Rio de Janeiro. Atualmente, dois ex-governadores, ex-secretários e conselheiros do Tribunal de Contas tiveram suas prisões decretadas em decorrência de investigações como a Lava-Jato. 
Em matéria publicada pelo Estadão, em abril de 2017, podemos entender o caos que a má administração somada a corrupção gerou no estado.
Hoje falta dinheiro para o pagamento de salários dos servidores, para a distribuição de remédios na rede pública de saúde e até para o abastecimento de viaturas da polícia. Investimentos novos, nem pensar. E programas que foram vitrines, como as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), estão à beira do colapso.[footnoteRef:24] [24: ESTADÃO. Disponível em: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,em-decadencia-politica-rio-vivera-uma-decada-de-crise,70001748272 . Acesso em: 05/10/2017.] 
	Constata-se que a notícia de que um político roubou milhões, bilhões é só a “ponta do iceberg”. Cada centavo roubado significa a perda de um cidadão, perda de estabilidade financeira, do mínimo para se ter uma vida digna. Por essa razão faz-se necessária a fiscalização e punição dos agentes corruptos, é preciso fazer valer a legislação brasileira.
2.1 CONSEQUÊNCIAS DA CRISE
	Hospitais com emergências fechadas e atendimento reduzido, aumento na violência, escolas fechadas, greve dos servidores estaduais, são as maiores consequências da má administração do Rio de Janeiro. A falta de verba gerou colapso nos principais serviços oferecidos pelo estado.
A essa crise está associada uma redução de 8% na cobertura da saúde suplementar. São pessoas que tinham plano de saúde, mas perderam emprego ou renda e tiveram de recorrer ao SUS, congestionando um sistema que já operava no limite. O ponto mais dramático, contudo, é a crise fiscal do estado fluminense. Os royalties inflados do petróleo e as transferências federais para o projeto olímpico criaram um espírito de abundância incompatível com a realidade das contas públicas. Agora, os parcos recursos mal dão para áreas essenciais, como saúde e segurança pública. [footnoteRef:25]
 [25: O Globo. Disponível em: https://oglobo.globo.com/rio/artigo-saude-rio-21777475#ixzz50coh9UMf. Data de acesso: 06/12/2017.] 
  
	Com o aumento do desemprego, muitas famílias acabaram por recorrer a uma educação pública para seus filhos. Mas além da falta de interesse do governo em investir em escolas públicas de qualidade, o aumento da violência acabou acarretando no fechamento de creches e escolas públicas.
Até 2014, a educação pública, na capital e no estado, caminhava para começar a resolver seu maior problema, a qualidade, uma vez que o número de crianças matriculadas no ensino básico vinha melhorando. As iniciativas, porém, foram atropeladas pela falência do Estado do Rio. A violência fez surgir um trágico “indicador”, monitorado dia a dia: o número de escolas fechadas e crianças sem aula por conta de tiroteios.[footnoteRef:26] [26: O Globo. Disponível em: 
https://oglobo.globo.com/rio/educacao-anda-para-tras-com-crise-descaso-21777555#ixzz50co2d0mG. Acesso em: 06/12/2017.] 
É comprovado o aumento do índice de violência, a situação está extrema a ponto de o jornal britânico Financial Times, publicar uma matéria apontando o aumento da violência como reflexo da crise, reproduzida pelo Jornal do Brasil.
O estado do Rio de Janeiro foi governado pelo senhor deputado Cabral, um político popular e centrista. Uma das suas iniciativas mais importantes foi instalar uma nova iniciativa policial comunitária, chamada unidades de pacificação policial, ou UPPs, em algumas das muitas favelas da cidade. Durante algum tempo, a presença policial pareceu reduzir o conflito armado. Mas as promessas de acompanhar o aumento do investimento público nas favelas não foram cumpridas. Ativistas sociais suspeitavam que o programa da UPP visava bloquear as favelas durante a hospedagem do país durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas e permitir que Cabral ganhasse a reeleição[footnoteRef:27]. [27: Jornal do Brasil. Disponível em: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2017/08/03/financial-times-violencia-do-rio-e-reflexo-da-crise-economica-e-corrupcao/ . Acesso em: 05/10/2017.] 
	A matéria aborda ainda o momento em que a
situação começou a piorar.
O Rio começou a afundar no fim do super ciclo de commodities após 2011. O gasto público considerável que sustentou o governo Cabral no Rio secou. Para o Rio, a ressaca das Olimpíadas começou imediatamente depois quando o enorme programa de segurança organizado para os Jogos foi retirado. O número de assaltos começou a subir. Cabral foi acusado de corrupção e preso. O estado foi praticamente falido, sem dinheiro para saúde, educação e especialmente segurança.[footnoteRef:28] [28: Jornal do Brasil. Disponível em: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2017/08/03/financial-times-violencia-do-rio-e-reflexo-da-crise-economica-e-corrupcao/ . Acesso em: 05/10/2017.] 
Só em 2017, foram registradas duas greves da polícia militar e corpo de bombeiros do estado. Os servidores estão com vencimentos atrasados, além da falta de estrutura para prestar o serviço. Viaturas quebradas, falta de combustível são só alguns dos problemas apontados pelos militares. Há ainda o aumento da violência, reflexo da crise na educação.
	A conceituada Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), corre risco de encerrar suas atividades. Atraso de pagamento do salário de professores e funcionários, é a causa. Como toda grande instituição do país, a UERJ também possui o Hospital Universitário Pedro Ernesto, que reduziu o número de atendimentos. Esse fato demonstra de forma clara como o ciclo da corrupção e má administração afeta todas as áreas da sociedade.
De acordo com a assessoria do hospital, apenas 70 dos 512 leitos da unidade estão em funcionamento. A direção atribui a decisão à situação dos servidores, há três meses com o salário atrasado, o que tem imposto "drama pessoal e familiar caracterizado por endividamento financeiro, adoecimento psicológico e físico, além de impossibilidade financeira até de se locomover ao trabalho.[footnoteRef:29] [29: UOL. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/06/15/em-crise-hospital-da-uerj-passa-de-512-para-70-leitos-e-suspende-novos-atendimentos.htm . Data de acesso: 05/11/2017] 
	Além das universidades, escolas estaduais foram fechadas em decorrência da falta de investimento e do aumento da violência. Sem educação de qualidade, o cidadão não consegue emprego, em consequência a violência aumenta. Novamente, mais um exemplo claro do ciclo da corrupção.
2.2 A CORRUPÇÃO E A CRISE
	Face ao exposto, torna-se impossível não relacionar a crise econômica no Rio de Janeiro aos casos de corrupção no estado. É certo que a má gestão também é culpada pela falência do estado.
	A administração precisa ser entendida como uma constante busca de respostas para perguntas que estão sempre mudando. As últimas décadas trouxeram profundas mudanças políticas, econômicas e tecnológicas, teorias, técnicas e modismos gerenciais que seriam capazes de reinventar a administração.
	O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF), aponta a corrupção como a grande vilã da crise no estado, como afirmou o procurador Lauro Coelho Junior para a revista Veja em novembro de 2016.
A grave crise econômica que o Rio enfrenta é resultado da corrupção. “O caso revelado hoje é um exemplo clássico que retrata os efeitos avassaladores da corrupção para o Rio de Janeiro. Hoje, vemos claramente que falta o mínimo para a população nas áreas da saúde e segurança”, disse durante coletiva de imprensa sobre a 37ª fase da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-governador Sérgio Cabral[footnoteRef:30]. [30: Veja. Disponível em: https://veja.abril.com.br/brasil/crise-no-rj-e-resultado-da-corrupcao-diz-mpf/. Data de acesso: 10/11/2017.] 
	Em contrapartida, o governador do estado, Luiz Fernando Pezão afirma que a corrupção nada tem a ver com a crise. 
Na visão do chefe do Executivo fluminense, que apresentou na quarta-feira (6) as metas do acordo de recuperação fiscal firmado com a União, "esse não é o principal problema do Rio. “Isso aí não atinge a nossa administração".[footnoteRef:31] [31: UOL. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/09/07/pezao-defende-gestao-e-diz-que-corrupcao-nao-levou-a-crise-esse-nao-e-o-problema-do-rj.htm. Data de acesso: 05/10/2017.] 
Ainda sobre o tema, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal responsável pelos processos da operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, afirmou em um despacho referente ao ex-governador Sérgio Cabral, que a crise no estado é consequência de atos corruptos.
Nota-se ainda que, com a corrosão dos orçamentos públicos, depreciados pelo 'custo-corrupção', toda a sociedade vem a ser chamada a cobrir 'rombos orçamentários'. Aliás, essa razão que levou o governador do Estado do Rio de Janeiro a decretar o estado de calamidade pública devido à crise financeira. [footnoteRef:32] [32: UOL. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/09/07/pezao-defende-gestao-e-diz-que-corrupcao-nao-levou-a-crise-esse-nao-e-o-problema-do-rj.htm. Data de acesso: 05/10/2017.] 
A lição que tiramos desse caos, é que a população tende a ser mais consciente de seus direitos e deveres. Pesquisas apontam que o brasileiro percebeu o aumento da corrupção, o que ocorre, porém é que o avanço tecnológico ajudou a expor os casos ocorridos no país, ou seja, não há mais corrupção agora, mas sim uma maior percepção. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Buscamos apresentar nesse artigo, o conceito e formas de corrupção e uma breve exposição acerca da crise que assola o estado do Rio de Janeiro. É de se esperar um resultado não satisfatório da ordem orçamentária, na relação de um processo orçamentário caótico com as características históricas da prática de negociação política no Brasil.
A corrupção, resumidamente é o conjunto de atividades e relações entre quem detém o poder público e quem detém o poder econômico. É crime passível de punição pelo Código Penal. Pode ser ativa ou passiva, em ambos os casos, não necessita de aceitação da parte contrária para caracterizar o crime.
Pudemos observar que a corrupção apesar de não ser a única causa da crise no estado do Rio de Janeiro, é uma grande colaboradora. Por um lado, o judiciário acredita que o ato de corrupção dos governantes está diretamente ligado a falência do estado, em contrapartida os agentes do governo afirmam que a corrupção não influencia.
Embora a previsão de melhora não esteja próxima, é possível perceber uma população mais atenta aos problemas do estado. Essa talvez seja a grande surpresa por trás de tantos escândalos, e o começo da solução. Uma sociedade consciente, que fiscalize seus governantes.
É preciso que aja fiscalização, investigação e punição dos agentes corruptos pelo Estado. Mas também, a população precisa mudar sua forma de pensar e agir, não buscar facilidades, e sim que as coisas ocorram de maneira justa e de acordo com a lei. Afinal, uma sociedade corrupta, não pode exigir um governante honesto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros:
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Artigos:
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