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0 SPACE FOR CONTENT SPACE FOR TITLE PAGE VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão 2020 Highlights Principais novidades Reestratificação das medidas de PA para início de tratamento (PA ÓTIMA / NORMAL / pré-hipertensão) Ampliação dos esquema de tratamento para diferentes perfis de pacientes, facilitando a tomada de decisão. Maior clareza no uso de betabloqueadores, em especial nebivolol. Redução do escopo de uso de atenolol. Ampliação do conceito de prevenção e tratamento de fatores de risco (quanto mais cedo tratar, melhor) Principais mensagens iniciais VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 12. Por se tratar de condição frequentemente assintomática, a HA costuma evoluir com alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e vasos. Ela é o principal fator de risco modificável com associação independente, linear e contínua para doenças cardiovasculares (DCV), doença renal crônica (DRC) e morte prematura. Associa-se a fatores de risco metabólicos para as doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose, e diabetes melito (DM). Fatores de risco mais importantes associados à HAS VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 12. Genética - Os fatores genéticos podem influenciar os níveis de PA entre 30-50%. Idade - com o envelhecimento, a PAS torna-se um problema mais significante, resultante do enrijecimento progressivo e do comprometimento das grandes artérias. Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam HA, e deve-se considerar a transição epidemiológica que o Brasil vem sofrendo, com um número ainda maior de idosos (≥ 60 anos) nas próximas décadas. Sobrepeso/Obesidade - parece haver uma relação direta, contínua e quase linear entre o excesso de peso (sobrepeso/obesidade) e os níveis de PA. Ingestão de Sódio e Potássio - a ingestão elevada de sódio tem-se mostrado um fator de risco para a elevação da PA. A ingestão de sódio está associada a DCV e AVE, quando a ingestão média é superior a 2 g de sódio, o equivalente a 5 g de sal de cozinha. A ingestão média de sal no Brasil é de 9,3 g/dia (9,63 g/dia homens e 9,08 g/dia mulheres), enquanto a de potássio é de 2,7 g/dia (homens) e 2,1 g/dia (mulheres). Sedentarismo - Há uma associação direta entre sedentarismo, elevação da PA e da HA. Chama a atenção que, em 2018, globalmente, a falta de atividade física (menos de 150 minutos de atividade física por semana ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana) era de 27,5% Álcool - há maior prevalência de HA ou elevação dos níveis pressóricos naqueles que ingeriam seis ou mais doses ao dia, o equivalente a 30 g de álcool/dia = 1 garrafa de cerveja (5% de álcool, 600 mL); = 2 taças de vinho (12% de álcool, 250 mL); = 1 dose (42% de álcool, 60 mL) de destilados (uísque, vodca, aguardente). Esse limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso e mulheres. Fatores Socioeconômicos - entre os fatores socioeconômicos, podemos destacar menor escolaridade e condições de habitação inadequadas, além da baixa renda familiar, como fatores de risco significativo para HA. Fatores de risco mais importantes associados à HAS VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 18. Dados epidemiológicos - Brasil VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 13. 32,3% da população brasileira têm PA maior ou igual que 140 por 90 mmHg. A prevalência de HA foi maior entre homens, além de, como esperado, aumentar com a idade por todos os critérios, chegando a 71,7% para os indivíduos acima de 70 anos. 1.312.663 óbitos por ano, sendo 27,3% relacionados diretamente a AVC/IAM. Ao longo da última década, 77% dos custos com hospitalizações no SUS com DAC são representados por DCV associadas à HA e aumentaram 32%, em reais, de 2010 a 2019, passando de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,2 bilhões no período. Poucos morrem diretamente por causa da HAS. Mas ela está na BASE de todas as causas de morte por doença CV. Classificação de HAS VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 27. Classificação de HAS VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 13. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO AVALIAR TRATAMENTO Classificação de HAS VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 27. Classificação de HAS X RISCO VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 27. RISCO BAIXO: avaliar tratamento, implementar mudanças de estilo de vida RISCO MODERADO e ALTO: tratamento medicamentoso + mudanças de estilo de vida Classificação de HAS X RISCO VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 27. Tratamentos medicamentosos Tratamento medicamentoso - benefícios VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 48. A redução de PA leva à redução significativa de risco para as doenças associadas: 37% de redução de risco para AVC; 22% de redução de risco para Doença Arterial Coronariana; 46% de redução de risco para Insuficiência Cardíaca; 20% de redução de risco para mortalidade CV; 12% de redução de risco de mortalidade total; Quanto maior o risco CV, maior o benefício atingido. Os principais estudos e resultados foram obtidos em pacientes acima de 50 anos e com alto risco CV – os benefícios são EXTRAPOLADOS para pacientes jovens, de risco baixo a moderado. 14 VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 54. Tratamento medicamentoso - classes VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 48. BBs passam a ser indicados formalmente para os perfis de pacientes que a prática clínica já usava. NOVIDADE: recomendação para mulheres que desejam engravidar. Tratamento medicamentoso - classes VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 48. MONOTERAPIA: foco em pacientes que iniciam tratamento e têm menor necessidade de redução de PA e/ou pré-hipertensão com risco CV alto. DEVE-SE CONSIDERAR: Fatores de risco Risco CV Histórico familiar Não necessariamente nesta ordem, pois depende da análise dos fatores citados acima. MAS: quanto maior a necessidade de reduzir PA e/ou fatores de risco, maior a necessidade de IECA/BRA. Tratamento medicamentoso - classes VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 49. Reforça-se que a INDAPAMIDA seria a opção mais cômoda quando o paciente precisa de um diurético (eficácia + segurança com menos eventos adversos). NÃO SE SUGERE que clortalidona seja a primeira escolha. Tratamento medicamentoso - classes VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 50. Reforça-se o uso de BRAs como opção para reduções mais agressivas de PA e uso em populações de alto risco CV. “Subentende-se” (embora não esteja escrito) que se classifica como a classe de anti-hipertensivos que atinge melhor resultado no tratamento (considerando eficácia + segurança). Poucos eventos adversos e CONTRA INDICADO em gravidez e A AVALIAR em caso de mulheres em idade fértil. OPORTUNIDADE: hipertensão no paciente diabético (alto risco CV) Tratamento medicamentoso - classes VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 51. Pela primeira vez a Diretriz se aprofunda no conceito da CARDIOSELETIVIDADE (quanto mais cardiosseletivo, mais eficaz no controle de PA e Frequência Cardíaca e menos eventos adversos); Nebivolol é expressamente citado como o mais cardiosseletivo; Nebivilol também é citado pela ação vasodilatadora, o que confere melhores condições no controle de PA; Tratamento medicamentoso - classes VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 49. Nebivolol é citado como o mais seguro, e podemos estender isso também para bisoprolol (espelhamento de benefícios e data de lançamento); Nebivilol também é citado como de impacto neutro em glicemia e colesterol (o que é benefício tanto para pacientes em início de tratamento com ou sem fatores de risco); OPORTUNIDADE: hipertensão no paciente diabético (alto risco CV e não podendo ter aumento de glicemia) Tratamento medicamentoso - classes VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2020. Pg 49. Atenolol “rebaixa” toda a classe – ponto de atenção se o médico citar que os “BBs são menos indicados que as demais classes” (reforçar os perfis aonde são indicados e que bisoprolol/nebivolol devem ser vistos de maneira diferenciada) Pacientes com histórico de IAM/angina Pacientes com fração de ejeção reduzida/IC estabelecida Pacientes em idade fértil Pacientes adrenérgicos Pacientes que necessitam de pouca redução de PA e sem fatores de risco (pré-hipertensão/nível 1) Perfis de pacientes Perfis de pacientes Diabéticos 40% dos pacientes diabéticos são hipertensos. 50% dos pacientes diabéticos têm chance de apresentar PA antes de aparecer algum tipo de lesão renal TRATAMENTO: Preferir BRA ou IECA, principalmente em pacientes com lesão em órgão alvo SE NECESSÁRIO: associar BCC ou diurético preferencialmente. Síndrome metabólica O aumento e não controle de obesidade, sobrepeso e colesterol tende a provocar e/ou descompensar a PA. TRATAMENTO: Preferir BRA, IECA ou BCC. SE NECESSÁRIO: associar diuréticos ou betabloqueadores. Doença Arterial Coronária (DACs) Inclui pacientes com infarto prévio, angina e/ou isquemia, bem como com revascularização. TRATAMENTO: Preferir Betabloqueador, BRA e IECA, nessa ordem, junto a ESTATINAS. Perfis de pacientes Doença renal crônica (DRC) A meta de PA deve ser definida a partir da análise dos fatores de risco e mortalidade. Recomenda-se pela diretriz PA abaixo de 13/8. Estudos mostram que, neste grupo de pacientes, PA abaixo de 12/8 reduz eventos CV em 25%. TRATAMENTO: Preferir BRA ou IECA, seguidos de diuréticos. BETABLOQUEADORES: usar se esses pacientes também tiverem DAC e/ou IC. Insuficiência Cardíaca (IC) É a patologia mais impactada pela HAS, sendo o principal fator de risco para seu desenvolvimento. Pelo menos 90% dos pacientes com IC são hipertensos. O tratamento precoce da HAS muda o curso de desenvolvimento da IC. TRATAMENTO: Betabloqueador, associado a BRA ou IECA e diurético. SE PRECISO: associar espironolactona. A associação sacubitril/valsartana não tem evidências em benefícios para tratamento da HAS. Pré- eclampsia (hipertensão na gestação) Iniciar quando a PA estiver acima de 15/16 por 10/11. Tratar PA leve ou moderada não traz benefícios adicionais. GESTANTE COM FATORES DE RISCO OU LESÃO EM ÓRGÃO ALVO: tratar independentemente do nível de PA. TRATAMENTO: Monoterapia com metildopa, nifedipina de ação prolongada ou BETABLOQUEADORES (menos atenolol). SE PRECISO: associar diurético. NÃO USAR BRA/IECA. Perfis de pacientes Paciente Idoso Separar em dois grupos: IDOSOS (60 a 80 anos) e MUITO IDOSOS (acima de 80 anos). As terapêuticas medicamentosas devem respeitar o metabolismo, fatores de risco e lesões em órgão alvo. A PA em idosos deve ser tratada pois os benefícios superam os riscos (redução de mortalidade, risco CV e eventos CV). TRATAMENTO: Preferir monoterapia com diuréticos, BCCs ou BRA/IECA. BETABLOQUEADOR: recomenda-se o uso apenas quando há doenças associadas, como arritmia, IC, isquemia e/ou histórico de IAM. Pacientes com DPOC/asma: usar betabloqueador cardiosseletivo, “não devendo ser privados do benefício do tratamento”. Hipertensão resistente É a PA que, mesmo sob efeito de mais de duas classes de medicamentos, fica acima de 14/9. TRATAMENTO: Combinar diurético com IECA ou BRA e BCC. DIURÉTICO: preferir indapamida ou clortalidona. Se o paciente tiver arritmia, IC, isquemia e/ou histórico de IAM, substituir o BCC por Betabloqueador. ADESÃO PREÇO Geração da molécula Eventos adversos Posologia Eficácia x terapia combinada Fatores socioeconômicos Classificação de HAS X RISCO Pré-hipertensão HAS estágio 01 HAS estágio 02 HAS estágio 03 Sem FR 1 ou 2 FR Mais de 3 FR LOA, DRC estágio 3, DM,DCV Classificação de HAS X RISCO PACIENTE PREFERENCIAL SECUNDÁRIO/ASSOCIAÇÃO Diabético Síndrome Metabólica DAC IC DRC Pré-Eclâmpsia Idoso HAS resistente Dúvidas?
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