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FIV e FeLV

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RETROVIROSES FELINA
· FIV (imunodeficiência viral felina) e FELV (leucemia viral felina)
· Não existe retrovirose em cão
· Não e considerado zoonose
Características Retroviridae
· Vírus envelopados (quanto mais patogênico, menos resistente ao ambiente)
· Componentes
· Envelope lipídico (do hospedeiro anterior)
· Proteínas de superfície (servem a adsorção e identificação do próximo hospedeiro)
· Capsídeo proteico
· RNA (7 mil a 10 mil bases; três genes principais – gag, poli e env)
· Enzimas virais (transceiptase reversa, integrasse, protease)
Leucemia Viral Felina
· FeLV
· Gamarretrovírus
· Oncovírus
· Isolado em 1964 (Escócia de animal que desenvolveu leucemia granulocítica.
· Subtipos:
· A (patogênico)
· B (linfoma)
· C (anemia)
· T (imunossupressão)
Imunodeficiência Viral Felina
· FIV
· Lentivírus
· Agravamento lento do quadro clínico
· Visna (SNC ovinos)
· Imunodeficiência bovina
· Anemia Infecciosa Equina
· Artrite-encefalite caprina
· Isolado em 1986, quando estudavam a AIDS
· Mesma subfamília do vírus HIV. Há semelhanças físicas e bioquímicas com HIV, mas são espécie-específicos (receptores)
Transmissão
· FeLV 
· Saliva é a principal via de infecção (secreção nasal, fezes, urina) – contato direto
· Fômites – transfusão (testar bolsas)
· Transplacentária (morrem por atrofia tímica em 3 semanas) – vertical 
· FIV
· Mordida (precisa ser transmitido dentro da célula; precisa de solução de continuidade) – contato direto
· Fômites – transfusão (testar bolsas)
· Transmissão possível, principalmente se fêmea for infectada durante a gestação ou lactação (exige pico de viremia) – vertical
· Vetores hematófagos? (DNA isolado em pulgas, mas sem comprovação de que seja vetor)
Fatores de Risco – animais com mais chance de se tornarem virêmicos
· FeLV
· Gatos / abrigos (exposição contínua)
· Imunossuprimidos (fármacos, FIV)
· Jovens (> em animais até 2 anos)
· Sociável (porque se lambem, se reconhecem pelo cheiro)
· FIV
· Machos 3: 1 femeas (disputa de território; 5,4km1 x 3,2 km2)
· Vida livre
· Não castrado
· Na Fiv pode ter falso negativo em infecções de menos de 2 meses – repetir em 60 dias!!
· Na FeLV – falso negativo em infecção aguda, infecção latente - repetir em 80 dias.
· Ou pode ter falso positivo, se tiver hemólise.
· Toda doença infecciosa aproveita comportamento do animal para se propagar.
· Como os retrovírus invadem as células e se multiplicam?
· O vírus penetra na célula através da fusão do invólucro com a membrana plasmática, mas outros retrovírus podem penetrar por endocitose mediada por receptores. Já com a transcriptase reversa, o modelo de RNA e o tRNA do virão no citoplasma, inicia-se a síntese de um fragmento de DNA complementar de sentido negativo.
FeLV
· Fase 1
· Infecção lcoalizada em cavidade oral
· Vírus infecta linfócitos B e macrófagos locais e se replica em linfonodos locais da orofaringe (1 a 4 dias).
· Por infecções experimentais se sabe que macrófagos conseguem ELIMINAR as células infectadas em muitos animais, barrando a relicação viral antes da viremia.
· Infecção abortiva**
· Antígeno viral (proteínas de capsídeo livres) – NEGATIVO
· Pró-vírus (DNA viral) – NEGATIVO
· Anticorpos - POSITIVO
· Fase 2
· Dispersão pelo tecido linfático
· Dentro de células mononucleares, o vírus faz disseminação linfática e sanguínea (transitória). Chega aos demais linfonodos e a todos os órgãos com tecido linfoide.
· Durante a VIREMIA TRANSITÓRIA (de até 16 semanas), o animal pode ter mal-estar, febre, linfonodomegalia. Ele pode transmitir o vírus nessa fase (é infeccioso)
· 70% (7 dos 10 gatos) montam resposta imune e limitam replicação do vírus a pequena população de células (baço, linfonodos, intestino, salivares).
· INFECÇÃO REGRESSIVA
· Antígeno viral (proteínas de capsídeo livres) – POSITIVO (na viremia) para NEGATIVO
· Vírus em células hematopoiéticas (IFD) – NEGATIVO
· Pró-vírus (DNA VIRAL) – POSITIVO
· Anticorpos – POSITIVO.
· Dura 12 semanas e depois some.
· Se der positivo, refazer o teste em 16 semanas para confirmar.
· Se der negativo ele não tem FeLV.
· Fase 3
· Invasão da medula óssea
· Cerca de 10% dos animais têm infecção da medula óssea.
· Células precursoras passam a produzir plaquetas e granulócitos com vírus (IFD positivo).
Células sanguíneos com fluorescência citoplasmática de coloração esverdeada comprovando a infecção pelo VLFe através de técnica de imunoflorescência indireta (100-250x)
· Mesmo com a infeção da medula óssea, a viremia pode ser eliminada por alguns gatos (uma espécie de infecção regressiva, chamada latente)
· INFECÇÃO LATENTE
· Antígeno viral (proteínas de membrana) – NEGATIVO
· Vírus em células hematopoiéticas (IFD) – POSITIVO para NEGATIVO
· Pró-vírus (DNA viral) – POSITIVO (na medula)
· Anticorpos - POSITIVO
· PARA REGRESSIVA E LATENTE, viremia pode recomeçar em imunossupressão (corticoides, doenças, gestação). Animais não são fonte de infecção.
· Mas tem ou não manifestações clínicas?
· Não tem manifestações clínicas
· Fase 4
· Dispersão do vírus pelo sangue
· Cerca de 20% dos adultos fazem VIREMIA PERSISTENTE, com replicação viral em tecidos linfoides, epiteliais e na medula óssea. O vírus prefere células de alta atividade mitótica (pancitotrópico), como epitélio de glândulas salivares. Sai em fezes e urina também, mas pH é menos favorável.
· INFECÇÃO PROGRESSIVA
· Antígeno viral (proteínas de membrana) – POSITIVO
· Vírus em células hematopoiéticas (IFD) – POSITIVO
· Pró-vírus (DNA viral) – POSITIVO (na medula)
· Anticorpos – NEGATIVO
· Risco depende de idade do gato e pressão de infecção (3% de infecção em um só contato). Entre os neonatos, 70% a 100% deles ficam virêmicos, índice que fica entre 30% a 50% entre 8 e 12 semanas de vida.
· Sobrevida de cerca de 3 anos.
Gatos com FeLV morrem por Doenças degenerativas e doenças proliferativas.
· Quando desconfiar? Gengivite, enterite, persistentes/refratárias
· Doenças oportunistas
Doenças degenerativas
· Imunossupressão (quali/quanti)
· Linfócitos 
· Neutrófilos
· Macrófagos
· Atrofia do timo
· Anemias – 2/3 dos felinos com anemia aplásica têm FeLV. Testar FIV/FeLV todo gato anêmico.
 E se der negativo?
· Regenerativas (infeçção precursores/hemólise e mycoplasmose).
· Arregenerativas (destruição precursores) 
· Mecanismos inflamatórios crônicos
· Mielodestruição
· Mielossupressão (pancitopenia, aplasia eritrocitária pura)
· Doença mielieloproliferativa
· Anemia imunomediada
· Glomerulonefrites – deposição de imunocomplexos. Gato com piodermite sugere falha de sistema imune.
· Poliartrites, uveítes
· Infertilidade
· Abortamento
Doenças proliferativas
· Linfoproliferativas (linfomas)
· Tímico ou mediastinal (90% tem FeLV) – meses a 3 anos
· Gatos jovens
· Siamês e raças afins
· Timo, mediastino, linfonosos esternais
· Sintomas: dispneia, inapetência, regurgitação, tosse, pirexia, efusão pleural.
· Multicêntrica (50% tem FeLV) – 4 anos.
· Envolvimento de linfonodos periféricos (baço, fígado, medula óssea) 
· Cuidado: linfoandenopatia periférica benigna
· Alimentar (37% têm FeLV) – nos mais velhos (TGI)
· Gatos adultos a seniores
· Envolvimento do TGI e linfonodos mesentéricos
· Pouca associação com FeLV 
· Provírus
· Extranodal (rim, SNC, pele)
· Renal – sinais clínicos e bioquímicos de doença renal (azotemia)
· Renomegalia e irregularidade
· Metástase SNC (50%)
· Bilateral
· SNC – paresia, paralisia, convulsão
· Ocular – uveíte, glaucoma, hipópio, hifema
· Nasal
· Raros: cutâneo, orofaringe, laringe, traqueia, pulmão e ossos
· Mieloproliferativas 
· Leucemia mieleóide (precursores de granulócitos – 5%)
· Leucemia megacariocítica
· Leucemia eosinofílica
· Policitemia vera
Gatos jovens com linfoma?
Pensar em FeLV (20% tem linfoma) – pela imunossupressão ou por alteração que impões ás células (oncogenes).
Prognóstico 
· Gatos persistentemente virêmicos
· Reservado a ruim
· 70 a 90% morrem entre 18 e 36 meses
Estágios da FIV
· Fase 1 (infecção aguda – até 6 semanas)
· Organismo
· Inoculado dentro de células, vai para tecidos linfoidese medula óssea
· Se replica e passa a infectar, principalmente, células linfócitos T CD4 (helper) e macrófagos (acha com PCR em 2 semanas; pico de viremia em semanas)
· Início de resposta humoral (produção de Acs começa entre 2 e 4 semanas pós-infecção), mas não resolve (intracelular)
· Paciente
· Pode ter febre, prostração leve, linfonodomegalia, infecções secundárias brandas, como estomatite e diarreia. São sinais inespecíficos e auto-limitantes. Poucos pensam em FIV e poucos são levados ao veterinário.
Há gatos com PCR positivo pró-vírus, mas negativo para anticorpo. Escape?
· Fase 2 (portador assintomático – até 10 anos)
· Organismo
· Após a rápida viremia, as células T CD-* (citotóxicas) conseguem alguma supressão da reprodução do vírus e mantêm essa atividade inibitória (até quando?)
· Não é latência verdadeira, porque é possível achar vírus completo (infecção pesistente garante produção de Acs)
· Paciente
· O animal é assintomático, mas o vírus está lá, destruindo e alterando funcionalmente células CD4. Quando tem alguma manifestação clínica, são periodontites, febre, linfoadenomegalia.
· Dono reluta em fazer exame, e quando faz, reluta em acreditar no resultado.
· Fase 3 (fase de síndrome da imunodeficiência Adquirida)
· Organismo
· Declínio de células CD4 (redução de produção, lise, destruição pelo sistema imune) causa queda progressiva de imunidade celular (helper)
· Início gradual de destruição outras linhagens celulares (co-estímulo)
· Animal passa a apresentar manifestações clínicas relacionadas a imunossupressão e as doenças oportunistas.
· Paciente
· Linfonodomegalia, febre, apatia, prostração, neutropenia, anemia, anorexia, perda de peso, gengivite, estomatites refratárias (60% dos que tem estomatite refratária são FIV), otites, problemas de pele, intestinais, renais.
** curso da doença depende de condições imunes do hospedeiro (idade), quantidade de vírus, cepa.
· Fase 4 (fase terminal)
· Organismo: vírus já está destruindo CD8 e linfócitos B
· Paciente
· Perda de peso se agrava. Manifestações clínicas pioram e se tornam crônicas. Animais desenvolve doenças tratáveis, mas não respondem ao tratamento porque têm sistema imune exaurido. Muitos sinais em cavidade oral (50%), sistema respiratório (30%), gastrointestinal (20%), cutâneo (15%), além de tumores e manifestações neurológicas. Suscetível a doenças infecciosas (toxoplasmose, criptococose). Apenas 10% chegam a esse estágio e duram algumas semanas ou poucos meses.
SIDA – Imunodeficiencia / infecções secundárias
Diagnóstico
· Sorologia FIV (repetir em 60 dias)
· Busca anticorpo (viremia muito baixa)
· Falso negativo (infecção há <2 meses, depletado)
· Falso positivo (Acs maternos / 6meses, reação cruzada e vaxina – não tem no BR, soro x sangue)
· FeLV (repetir em 28 dias)
· Busca antígeno no sangue/soro
· Falso negativo (pré-aguda, infecção latente)
· Falso positivo (infecção regressiva, hemólise)
· Pré-requisitos
· Epidemiologia
· Forma de transmissão
· Isolamento
· Expectativa de vida
Diagnóstico Imunofluorescência
· Gatos após estágio 4
· Antígeno em neutrófilo
· Retroviroses tem cara?
· Que gatos testar?
· Todo gato doente (mais ainda os que não melhoram!)
· Todo gato que vai ser adotado
· Gatos de origem desconhecida
· Gatos com possível exposição recente
· Gatos que sofreram mordidas/ferimentos
· Domiciliados com vida livre
· Gatos que convivem com animal infectado/não testado
Tratamento
· Drogas antirretrovirais
Inibem ação da enzima transcriptase reversa (barra multiplicação e poupa células imunologicamente competentes)
· Mais famosa: AZT (zidovudina)
· Análogo da timina (muda DNA produzido)
· 5 mg/kg/BID/VO (remanipular – 100mg / 200mg/ 20mg/mL)
· Efeitos colaterais: anorexia, êmese, mielossupressão (atenção aos já anêmicos) – monitorar semanalmente por 1 mês/mensal
· Prescrição restrita a médicos no Brasil
· Tentar? Suco de uva “Superbom”(1mL/gato/BID) – Flavanóides
· IMUNOMODULADORES
· Intenção é que estimule macrófagos/linfócitos da mucosa oral, que melhorariam resposta imune geral (sem comprovação científica, mas há possibilidade)
· ROFERON / INTRON-A (interferon-2-alfa)
· 30U/gato/semanas alternadas
· Frasco com 3 milhões UI/mL. Diluir 0,25mL em 250ml de solução fisiológica.
· Armazenar sob refrigeração 2 meses.
· TRATAR DOENÇAS EM GERAL (em especial, oportunistas)
· Anemia – transfusão, eritropoietina (100U/kg/2 x semana? Deficiente?
· Micoplasmose – doxiciclina ( 5mg/kg/BID/3 SEMANAS – 5ML água)
· Linfoma – COP (ciclosfofamida, oncovin/vincristina, prednisona)
· Estomatite/doença periodontal – ATB, esteroide dose anti-inflamatória, extração/reabsorção.
MANEJO
· Evitar que saiam a rua (transmitir / contrair)
· Remoção de positivos da colônia
· Testar gatos novos
· Higiene e desinfecção
VACINAÇÃO
· Vacinação (FeLV em condições de risco x predisposição á sarcoma)
· 1 para 5 mil têm sarcoma
· Alimentação, controle de dor, vacinação, vermifugação, evitar estresse
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