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O RETORNO DA JUSFILOSOFIA ARISTOTÉLICO - TOMISTA Jacques Maritain Heinrich Rommen Michel Villey Referências: ARISTÓTELES. Coleção "Os Pensadores". São Paulo: Nova Cultura, 2004. Suma Teológica ou Summa Theologica é o título da obra básica de São Tomás de Aquino, frade, teólogo e santo da Igreja Católica, um corpo de doutrina que se constitui numa das bases da dogmática do catolicismo e considerada uma das principais obras filosóficas da escolástica. Foi escrita entre os anos de 1265 a 1273. NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 7 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1992 MARITAIN,Jacques:Humanismo integral (Humanisme intégral, 1936). ROMMEN, Heinrich:Die Ewige Wiederkehr des Naturrechts (O Eterno Retorno do Direito Natural) 1947, pp. 147, 159: VILLEY,Michael:O Direito e os Direitos Humanos - 2ª EDIÇÃO - 2016 JACQUES MARITAIN Maritain, nasce em 1982 no momento em que se celebra o triunfo do Iluminismo que declarava um homem novo, o homem que se considerava Deus, que era o Deus de si mesmo e não precisava da hipótese de Deus criador. Casou-se com Raissa, e juntos buscavam a verdade, não concordavam com a visão de “viver sem a razão de ser”, do que é o ser humano. Jacques Maritain dominava a ciência e a metafisica, mas isso não bastava. A ousadia dos Iluministas e dos Sociólogos na percepção de Maritain, tinham introduzido um homem solitário, um homem demasiado humano um homem que se bastava a si mesmo. Foi através de Raissa que começou a ler a “SUMA TEOLÓGICA DE SÃO TOMAS DE AQUINO”, que encontraram a verdade que procuravam. ARISTOTELES A JUSTIÇA POLÍTICA “Digo que, de um lado, há a lei particular e, do outro lado, a lei comum: a primeira varia segundo os povos e define-se em relação a estes, quer seja escrita ou não escrita; a lei comum é aquela que é segundo a natureza. Pois há uma justiça e uma injustiça, de que o homem tem, de algum modo, a intuição, e que são comuns a todos, mesmo fora de toda comunidade e de toda convenção recíproca. É o que expressamente diz a Antígona de Sófocles, quando, a despeito da proibição que lhe foi feita, declara haver procedido justamente, enterrando Polinices: era esse seu direito natural: Não é de hoje, nem de ontem, mas de todos os tempos que estas leis existem e ninguém sabe qual a origem delas" (ARISTÓTELES, 1959, p86) FILOSOFIA POLITICA JACQUES MARITAIN Ele escreve sobre o Homem e o Estado: Humanismo Teocentrico - O homem tem Deus na sua vida O homem é pessoa quando desenvolve a sua liberdade. Ex. Liberdade de escolha A pessoa humana recebe a dignidade no fato que ele tem Origem,principio que é o Espírito que é o criador. Meta final o retorno a esse principio Espírito e Pessoa. Nesse sentido ele fala da reafirmação da integridade da pessoa humana O homem é portador, um filho da riqueza divina que esta dentro dela Onde nós encontramos: Valores Humanos e Direitos Humanos Maritain contribuiu para a Carta dos Direitos Humanos HEINRICHE ROMMEN A posição desse doutrinador consignou que o Direito Natural pertence ao patrimônio Imperecível (eterno),do espírito humano, pois não desapareceu completamente em nenhum período histórico. As normas de Direito Natural são poucas, estando expressas nos primeiros princípios, e se relacionando diretamente com a natureza humana (por ex.: “honra teu pai e tua mãe”; “não deves matar”; “não deves roubar”, etc.). Assim, no que tange às deduções, extraídas desses primeiros princípios, verifica-se uma evolução na doutrina do Direito Natural, que, sempre com fulcro naqueles primeiros princípios, pode e deve adaptar-se às circunstâncias históricas concretas que se apresentem no correr dos tempos Esses primeiros princípios mais evidentes são, segundo ROMMEN, os seguintes: “é necessário fazer o que é justo”, “é necessário evitar o que é injusto”, e “a antiga e venerável regra”: “dar a cada um o que é seu” ROMMEN conclui que “todo direito deve ser justo, porque somente com essa condição o direito pode atingir o fim que toda comunidade, em particular toda comunidade política, persegue e de forma sempre nova justifica: ou seja, obrigar em consciência. E esta é a função específica do direito natural: representar a unidade entre moral e direito” MICHEL VILLEY PARA VALLEY “A essência da doutrina clássica do Direito Natural reside em que não é verdadeiro que o homem seja o único autor de seu Direito. O homem não é ‘criador’ das normas, ao menos daquelas de Direito Natural; sua tarefa não é mais do que desvelar, recolher e abstrair das coisas em que elas nos são dadas. Qual é o outro autor? A natureza, ou seja, sem dúvida um Deus, ordenador da natureza; não o Deus confessional, revelado como objeto de crença, mas somente o Deus dos filósofos, que qualquer pessoa pode atingir ao considerar a naturez VILLEY. sempre acreditou que a versão “clássica” do Direito Natural é a única capaz de superar os problemas que desafiam a moderna Filosofia do Direito. Para VILLEY, o pressuposto sobre o qual se assenta a concepção clássica de Direito Natural é a afirmação de que o intelecto humano é capaz de apreender – ainda que de forma incompleta a essência das coisas. Defende ele que a posição realista quanto à gnosiologia (Teoria Geral do Conhecimento Humano), as estruturas do real acham-se nas próprias coisas, sendo ali descobertas pela razão, e não criadas por ela é a única que permite uma doutrina objetivista do Direito . Afirma também que, para a compreensão do Direito Natural Clássico, é necessário romper com o idealismo moderno e aceitar a filosofia realista de S. Tomás, pois não existe nenhum conhecimento concreto em nossa mente que não esteja antes nas coisas, e que delas provenha. JUSFILOSOFIA A jusfilosofia, além de investigar os fundamentos conceituais do Direito, se ocupa de questões fundamentais "como a relativa aos elementos constitutivos do Direito; a indagação se este compõe-se de norma e é a expressão da vontade do Estado; se a coação faz parte da essência do Direito; se a lei injusta é Direito e, como tal, obrigatória; se a efetividade é essencial à validade do Direito, etc." TOMISTA Significado de Tomista: 1. Que é relativo ao tomismo. 2. Diz-se de ou pessoa adepta do tomismo Exemplo do uso da palavra Tomista: O jovem seguia Tomás de Aquino, portanto, era tomista.
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