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DIREITO AMBIENTAL - POLUIÇÃO E ASPECTOS DO MEIO AMBIENTE

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DIREITO AMBIENTAL – 
AULA 7 – POLUIÇÃO SONORA 
RESPONSABILIDADE PELO DANO AMBIENTAL – poluição sonora: 
- primeiramente, a pretensão de indenização, reparação do dano, obrigação de fazer, pode vir judicialmente por meio de AÇÃO CIVIL PÚBLICA (LEI 7347/85) e também pela AÇÃO POPULAR. A partir da CF/88 o meio ambiente passou a ser protegido também pela ação popular. 
Quando há poluição sonora concretizada as responsabilizações podem ser as seguintes: EXTENÇÃO DA RESPONSABILIZAÇÃO DA POLUIÇÃO SONORA: 
	- indenização pelo dano (materiais ao meio ambiente e morais a coletividade) causado (apurado no caso concreto) – dano moral causado a coletividade pela poluição sonora e esse dano está previsto na lei da ação civil pública; 
	- condenação em obrigação de fazer e/ou não fazer. 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR: o empregador tem responsabilidade civil pela poluição sonora causada no trabalho- problemas de audição causados pela poluição sonora no ambiente de trabalho? SIM 
Os seguintes acórdãos tratam da matéria: STJ, REsp 284.279/2001 e REsp 541.274/2006.
	- superação da súmula 229 STF “a indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou culpa grave do empregador)” – Essa súmula não foi revogada, no entanto esse entendimento já foi superado pelo STF 
	- o que está em vigor atualmente: é a responsabilização do empregador independentemente do grau de culpa – antes falava-se em dolo ou culpa grave do empregador para a caracterização, atualmente basta a culpa leve. 
	- irrelevante se se trata de não fornecimento ou fornecimento tardio de EPI aos empregados, ou falta de fiscalização quanto a seu efetivo e eficaz uso – pouco importa qual situação seja (das três) – pois será responsabilizado da mesma forma, sendo que o grau de responsabilização será analisado na ação. 
	- cabe ainda nesse caso o dano moral ao empregado (ex. empregado que continuou trabalhando com a audição reduzida). 
RESPONSABILIDADE DO ESTADO: benefício previdenciário 
O trabalhador pode ter direito a um benefício previdenciário sem prejuízo da responsabilidade civil do empregador, por conta da poluição sonora. 
O Estado deve conceder benefício previdenciário caso o trabalhador tenha perdido sua audição em ambiente de trabalho, sem que fique comprometida a responsabilização civil do empregador. 
DISACUSIA (distúrbio de audição) autoriza pagamento de benefício acidentário. – REsp 198.261
A União tem entrado com ação para que quem arque com o benefício em questão seja o empregador. 
ENQUADRAMENTO LEGAL: 
	A poluição sonora tem enquadramento nas hipóteses: art. 3º, III, alíneas “a” até “e” da Lei 6.938/81 – a análise a ser feita é: se ultrapassa padrões estabelecidos ----- é poluição de acordo com a alínea “e”. Não ultrapassa os limites, pode ainda ser poluição se se encaixar em alguma das demais alíneas. 
		- art. 3º, III “a” Lei 6938/81 - prejudica a saúde e o bem-estar da população.
		- art. 3º, III, “e” Lei 6938/81 - hipótese essa em que a administração pública fixa limites. Quando esses limites são ultrapassados há a configuração da poluição. Salienta ainda que a poluição sonora se encaixa nessa hipótese porque “ruído” é considerado uma forma de energia. 
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE POLUIÇÃO SONORA: 
	- União, Estados e DF (artigo 24 CF) – competência concorrente 
		Incisos IV – controle da poluição 
		 XII – proteção e defesa da saúde. 
	- Município (CF) – Artigos 23, VI e 30, I, II (competência administrativa) – o STF entende que para por em prática esses incisos é necessário lei então o município pode legislar sobre esse assunto para desenvolver a sua competência administrativa, SÓ QUE MUNICÍPIO SÓ PODE LEGISLAR DE ACORDO COM O INTERESSE LOCAL OU SUPLEMENTAR (SUPRIR, COMPLETAR) A LEGISLAÇÃO FEDERAL OU ESTADUAL, tendo em vista a competência legislativa. Não há previsão expressa que autoriza o município a legislar, mas implicitamente lhe é autorizado como forma de cumprir sua competência administrativa. 
		Artigo 23, VI: combater a poluição em qualquer de suas formas. 
		Artigo 30, I: interesse local; II: suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. 
O município de SP editou duas leis (Lei nº 13.190/2001 e Lei 13.287/2001) que posteriormente foram declaradas inconstitucionais pelo TJSP (ADI 141.238 TJSP – 2008). Foram declaradas inconstitucionais pois criaram um sistema próprio especificamente para a medição de ruídos nos templos de culto religioso. O tribunal entendeu que houve quebra do princípio da isonomia. 
 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: leis que fazem menção à poluição sonora: exemplos: 
- Lei 4.737 – Código eleitoral
- Lei 9.503 – Código de Trânsito Brasileiro 
	O CTB trata da poluição sonora quando se refere a escapamentos furados ou enferrujados, alterações no silencioso ou cano de descarga, alterações no motor, acelerações e freadas bruscas e uso excessivo da buzina. – fatos punidos na esfera administrativa 
Art. 227. Usar a buzina:
I – em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
II – prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III – entre as vinte e duas e as seis horas;
IV – em locais e horários proibidos pela sinalização;
V – em desacordo com os padrões e freqüências estabelecidas pelo CONTRAN:
Infração: leve
Penalidade: multa
Art. 230. Conduzir o veículo:
XI – com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso, deficiente ou inoperante.
Infração grave, com pena de multa e medida administrativa de retenção de veículo para regularização.
- Código Civil – não faz referência à poluição, mas é possível fundamentar com base no direito de vizinhança para o combate à poluição sonora
	Artigo 1.277 CC: O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha. 
	Não trata da poluição sonora, mas pode ser utilizado para combater a poluição sonora. Há nesse dispositivo uma subjetividade (há pessoas mais toleráveis a ruídos e pessoas menos toleráveis a ruídos), o que não é subjetivo é o padrão fixado pela administração pública. Nesse caso o processo é movido pelo particular para se discutir o direito de vizinhança relacionado À poluição sonora. 
- CONAMA (Conselho nacional do meio ambiente) - resoluções nºs 1/90, referindo-se às NBRs/ABNT 10.151 (avaliação do ruído em áreas habitadas) e 10.152 (níveis de ruído); 2/90 (Programa de Educação e Controle da Poluição Sonora – Silêncio) e 418/09 (controle de poluição veicular) 
- Legislação Municipal: muitos municípios (não todos) têm legislação própria que trata da poluição sonora 
OBS: NO BRASIL IMPÉRIO: decreto de 6 de maio de 1824: proíbe ruído permanente e abusivo da chiadeira dos carros (de boi) dentro da cidade. Pena: 8.000 réis a 10 dias de cadeia; se o infrator fosse escravo: 50 açoites. 
OBS: Não esquecer que configurada a poluição a CF prevê uma tríplice responsabilização (o mesmo fato pode gerar responsabilidade nas 3 áreas diferentes):
	- civil 
	- penal (deve haver um tipo penal em que o fato se enquadre para que haja a responsabilização nessa esfera)
	- administrativa (deve haver um tipo administrativo em que o fato se enquadre para que haja responsabilização nessa esfera)
POLUIÇÃO SONORA: 
Aspecto criminal da poluição sonora: 
Dispõe o artigo 54 da lei 9605/98 (LEI DE CRIMES AMBIENTAIS) “causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou destruição significativa da flora...”
- norma penal em branco. A administração pública deve fixar os limites à poluição. 
- em relação a poluição sonora essa se ENCAIXARIA (pq na verdade não é aplicado esse artigo a poluição sonora) na parte inicial do artigo. 
Em relação a esse artigo PODERIA (pq na verdade não é aplicado esse artigo a poluição sonora) a poluição sonora ser caracterizada crime desde que exceda o nível fixado pela administraçãopública. 
No entanto, na mesma lei havia ainda o artigo 59: “produzir sons, ruídos ou vibrações em desacordo com as prescrições legais ou regulamentares, ou desrespeitando as normas sobre emissão e imissão de ruídos e vibrações resultantes de quaisquer atividades.” – ESSE ARTIGO ERA UM CRIME ESPECÍFICO PARA A POLUIÇÃO SONORA, NO ENTANTO ESSE ARTIGO FOI VETADO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: parte final do veto “tendo em vista que a redação do dispositivo tipifica a produção de sons, ruídos ou vibrações em desacordo com as normas legais ou regulamentares, não a perturbação da tranquilidade ambiental provocada por poluição sonora, além de prever penalidade em desacordo com a dosimetria penal vigente, torna-se necessário o veto do artigo 59 da norma projetada.”
 
- Antes da lei 9605/98 não havia um tipo específico para enquadrar a conduta da poluição. O que existia era um dispositivo na Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, artigo 15 – porém, esse tipo era muito amplo e em razão disso pouco aplicado. Era aplicado também, antes da lei 9605, a Lei das Contravenções Penais (LCP – DL 3688/41) o artigo 42: 
	Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios: 
	I – com gritaria ou algazarra; 
	II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; 
	III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; 
	IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda. 
OBS: não é um tipo criado especificamente para poluição sonora, embora faça referência ao abuso de sons e ruídos. Antes da lei de crimes ambientais toda a poluição sonora estava limitada a essa contravenção penal, isso quando o caso se encaixava em alguma das hipóteses acima. 
FICA A SEGUINTE SITUAÇÃO – ENTENDE-SE o Legislador da Lei de Crimes Ambientais fez 2 tipos penais para poluição: o artigo 54 que trata de poluição em geral (todas as formas de poluição menos a poluição sonora) e o artigo 59 que tratava da poluição sonora. Ao ser vetado o artigo 59 da poluição sonora, afastou-se a existência de crime de poluição sonora uma vez que não pode ser aplicado o artigo 54 da mesma lei (se assim quisesse o legislador teria ele feito apenas um artigo), logo para a poluição sonora permanece a aplicação do artigo 42 da Lei das Contravenções Penais. 
JULGADOS EXEMPLIFICANDO A POLUIÇÃO SONORA: 
STJ, HC 60.654/2008: “Considerando que a Lei nº 9.605/98 dispõe sobre condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, nela não se enquadra, relativamente ao art. 54 (...), a conduta de realizar atividades em bar com a emissão de sons e ruídos, ainda que muito acima do volume permitido”.
STJ, HC 54.536/2006: “Para a caracterização do delito previsto no art. 54 da Lei nº 9.605/98, a poluição gerada deve ter o condão de, ao menos, poder causar danos à saúde humana, fato inocorrente na espécie” (música em veículo, na zona urbana, produzindo 94dB).
O que a justiça deve considerar para caracterização ou não da poluição (além de ultrapassar o limite estabelecido) é também a sadia qualidade de vida. O que se busca com a proteção do meio ambiente é a sadia qualidade de vida, então é essa que deve ser levada em consideração para a análise de alguns fatos que podem em tese caracterizar crime de poluição ou poluição sonora do art. 42 da LCP. 
POLUIÇÃO VISUAL: 
Conceito: é a ultrapassagem do limite da visão para reconhecimento das características naturais do meio, a participação da inserção de novas imagens ou deterioração da paisagem já existente. 
Significa que é necessário que haja a inserção de novas imagens que atrapalham o reconhecimento das características do meio ambiente ou ainda que haja a deterioração da paisagem já existente. 
CARACTERÍSTICAS: 
- típica do meio ambiente urbano (embora não se limite a ele); 
- imagens dominam o cenário urbano, ocultando o remanescente de flora e as construções, muitas delas que integram o patrimônio cultural (ou seja, essas novas imagens inseridas no meio ambiente ocultam a flora e as construções, inclusive monumentos históricos); 
- Disputa pelo espaço que está no campo visual das pessoas (consumo, marcas, publicidade) (essa poluição é uma disputa pelo campo visual das pessoas, disputa essa entre marcas, publicidades para promover o consumo);
 - Efeito quebra-cabeça (devido ao fato de que tem várias imagens embaralhadas, misturadas, difícil identificar uma imagem por inteiro); 
- Não envolve energia
POLUIÇÃO VISUAL 
EQUADRAMENTO LEGAL: artigo 3º, III, “a” ao “e” lei 6938/81
A poluição visual prejudica o bem-estar (conforto ambiental) e afeta as condições estéticas do meio ambiente. Na poluição visual não há padrões de emissão (inserção não pode ser confundida com emissão) a serem quebrados então não cabe a alínea “e”. 
Pode ser facilmente enquadrada: 
	No artigo 3º, III, “a” da Lei 6.938/81 - prejudica o bem-estar (conforto ambiental)
	No artigo 3º, III, “d” da Lei 6.938/81 - afeta as condições estéticas do meio ambiente.
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE POLUIÇÃO VISUAL: 
Constituição Federal:
Art. 30, I (interesse local) e VIII (ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano) –O INCISO VIII NÃO TEM A VER COM A COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE POLUIÇÃO VISUAL, MAS FOI ESSE FOI O FUNDAMENTO UTILIZADO EM UMA ADI COMO FUNDAMENTO PARA QUE O MUNICÍPIO PUDESSE LEGISLAR SOBRE POLUIÇÃO VISUAL. 
Art. 23, VI – competência legislativa – a competência para legislar nesse caso não é explícita, mas sim implícita, como forma de colocar em prática a competência administrativa do artigo 23, PODE LEGISLAR SE HOUVER INTERESSE LOCAL (combate à poluição, em qualquer de suas formas).
Dispositivos indicados na ADI 146.794-0/TJSP/2008 como fundamento para o Município legislar em matéria de poluição visual. Apreciação da Lei nº 14.223/2006-Município de São Paulo. Constitucionalidade (votação unânime).
LEGISLAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SOBRE POLUIÇÃO VISUAL: 
Lei nº 14.223/2006, do município de São Paulo (Lei “Cidade Limpa”)
· Proteção da paisagem urbana diante da apropriação indevida do espaço público.
· Um dos objetivos é o combate à poluição visual (art. 3º., III).
· Constitucionalidade (TJSP): ap. 776.666, 3ª.C.D.Público TJSP (2008); ap. 681.040, 3ª.C.D.Público TJSP (2009), e ap. 746.521, 6ª.C.D.Público TJSP (2009).
· ADI 146.794-0/TJSP/2008: improcedente – ou seja o tribunal decidiu que a lei é constitucional.
“É legítima a atividade normativa do Município disciplinando a colocação de anúncios de propaganda objetivando conter a poluição visual ambiental e preservar a segurança nas vias públicas”. – TRECHO DO ACÓRDÃO TJSP - Agravo de instrumento nº 611.984/2007 e Apelação nº 994.07.124686-5
· Fundamento do acórdão: arts. 30, I e VIII; 23, VI, e 24, VI (COMPETÊNCIA CONCORRENTE – UNIÃO, ESTADOS E DF – não entra municípios aqui nesse inciso), da Constituição Federal.
· Fundamento do pedido: impedimento ao livre exercício de profissão.
PROCESSO LEGISLATIVO DE LEI SOBRE POLUIÇÃO VISUAL: 
Projeto de lei municipal de Ribeirão Preto dispondo sobre “propaganda e publicidade ao ar livre” convertido em lei (Lei nº 9.874/2003-RP)
ADI procedente. Vício de iniciativa. Competência privativa do chefe do Executivo Municipal: ordenamento urbano. Lei inconstitucional. Afronta à Constituição Estadual: arts. 5º.; 47, XI; 144; 180, V, e 181. – LOGO, A INCONSTITUCIONALIDADE NÃO SE DEU POR CONTA DA MATÉRIA LEGISLADA (NÃO SE AFIRMOU QUE O MUNICÍPIO NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR EM MATÉRIA DE POLUIÇÃO), MAS SIM POR CONTA DE VÍCIO DE INICIATIVA. O TRIBUNAL ENTENDEU QUE COMO SE REFERIA AO ORDENAMENTO URBANO A COMPETÊNCIA ERA PRIVATIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO MUNICIPAL (PREFEITO), NÃO TENDO SIDO A INICIATIVA DO PERFEITO A LEI FOI DECLARADA INCONSTITUCIONAL POR CONTA DISSO. 
ADI nº 109.112 – TJSP-2005
Projeto de lei municipal de Ribeirão Preto dispondo sobre “propaganda e publicidade ao ar livre” convertido em lei (Lei nº 9.596/2002-RP)
ADI improcedente. Vício de iniciativa inocorrente. Competência concorrente do chefe do ExecutivoMunicipal e dos vereadores: ordenamento urbano. Lei constitucional. – NESSE CASO O TRIBUNAL FALOU QUE NÃO HÁ VÍCIO DE INICIATIVA (MESMA MATÉRIA, E DECISÕES DIFERENTES SOBRE O MESMO ASSUNTO)
ADI nº 101.655 – TJSP-2004
POLUIÇÃO VISUAL – JULGADO: 
Ação civil pública procedente – comarca de São Vicente. – EM PRIMEIRA INSTÂNCIA FOI DECLARADA PROCEDENTE
Remoção de placa publicitária instalada em imóvel do Ilha Porchat Clube.
Recurso sustentando não infração à lei e ausência de dano ambiental.
Inconformismo acolhido. Matéria não regulamentada pelo Município. Conduta legal. Ato administrativo com presunção de legitimidade. – O RECURSO FOI ACOLHIDO E O TRIBUNAL ENTENDEU QUE A AÇÃO NÃO PODERIA TER SIDO DECLARADA PROCEDENTE PORQUE A MATÉRIA NÃO ERA REGULAMENTADA PELO MUNICÍPIO E SEM A LEI NÃO HÁ QUE SE FALAR EM INFRAÇÃO. 
TJSP – apelação cível nº 356.458/2008
“O Ministério Público tem legitimidade para pleitear remoção de anúncios em painéis, instalados de maneira irregular e que implicam em dano estético ao ambiente onde se encontram instalados a propaganda ou o anúncio, sem autorização prévia para tanto” – TRECHO DO ACÓRDÃO REAFIRMANDO A LEGITIMIDADE DO MP PARA PEITEAR EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA. 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL A POLUIÇÃO VISUAL: 
· Decreto-lei nº 25/1937 (organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional).
	Art. 18. Sem prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção que lhe impeça ou reduza a visibilidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandada destruir a obra ou retirar o objeto, impondo-se neste caso a multa de cincoenta por cento do valor do mesmo objeto.
JULGADO TJ SP: 
Município autorizou instalação de painel luminoso publicitário nas imediações de imóvel tombado, contrariando deliberação do Condephaat no sentido de que devesse ser retirado.
Ação civil pública procedente, determinando a remoção do painel. Acórdão confirmatório. Legislação estadual.
Apelação cível 114.135.
· Legislação municipal.
· CTB: 
Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar cartazes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que possam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização e comprometer a segurança do trânsito – EMBORA O DISPOSITIVO NÃO SE REFIRA EXPLICITAMENTE A POLUIÇÃO VISUAL É POSSIVEL CONCLUIR QUE ESSA TAMBÉM PREJUDICA O TRÂNSITO. 
· CÓDIGO ELEITORAL: 
Art. 243. Não será tolerada propaganda:
 VIII. que prejudique a higiene e estética urbana ou contravenha a posturas municipais ou a outra qualquer restrição de direito. – OU SEJA, PROPAGANDA ELEITORAL PODE CONSISTIR EM POLUIÇÃO VISUAL. 
POLUIÇÃO VISUAL/POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA
RESPONSABILIDADE PENAL DA POLUIÇÃO VISUAL: 
Lei nº 9.605/1998 – lei de crimes ambientais: A LEI DE CRIMES AMBIENTAIS DISPUNHA EM SEU PROJETO ORIGINAL, NO ARTIGO 65: 
	Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar [sujar, manchar] edificação ou monumento urbano:...
	Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
	Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção, e multa.
NA REDAÇÃO ORIGINAL O GRAFITE ERA CRIME, PORÉM SENDO CONSIDERADO ARTE NÃO PODERIA SER CRIME, DESSA FORMA, A LEI 12.408/2011 ALTEROU A REDAÇÃO DO ARTIGO 65:
	Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano; ...
FOI AINDA ACRESCENTADO UM PARÁGRAFO 2º AO ARTIGO 65, TAMBÉM ACRESCENTADO PELA LEI 12.408/2011: 
Fase: Senado, Comissão Diretora – redação final.
Art. 65, § 2º.: “Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional”. - 	SIGNIFICA QUE SE HOUVER LEI MUNICIPAL ELA DEVE SER OBSERVADA. Pode ser que o município proíba, mas não será crime o grafite. 
POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA: 
CONCEITO: É o excesso de ondas eletromagnéticas emitidas por equipamentos elétricos e eletrônicos (radiação não-ionizante: que não forma átomos eletricamente carregados), capaz de influenciar o comportamento celular do organismo humano, danificar aparelhos elétricos e até desorientar o vôo de algumas aves (atravessa qualquer tipo de matéria viva ou inorgânica).
CARACTERÍSTICAS: 
- Imperceptível: silenciosa, invisível, inodora – DE DIFÍCIL PERCEPÇÃO. NORMALMENTE SÓ SE NOTA A POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA APÓS ELA TER CAUSADO UM DANO. 
EFEITOS: 
· Efeito térmico do excesso de radiação: pode causar queimaduras e parada cardíaca.
Corpo humano também irradia ondas eletromagnéticas em frequências muito baixas de infravermelho, que são produzidas pelo calor do próprio corpo. É a vibração dessas células que permite a realização de exames como a tomografia.
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA: 
Constituição Federal: art. 22 (competência privativa da União)
	IV – ...telecomunicações e radiodifusão;
Constituição Federal: art. 30 (competência do Município)
	VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; - O QUE ISSO TEM A VER COM AS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS? NÃO ESTÁ RELACIONADO AS ONDAS DIRETAMENTE, MAS É O MUNICÍPIO QUE PODE DISPOR SOBRE A LOCALIZAÇÃO DAS ANTENAS (DE ONDE ESSAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS SÃO GERADAS) – DENTRO DO MEIO URBANO, EM DETERMINADA REGIÃO, NÃO É POSSÍVEL A INSTALAÇÃO DE QUALQUER TIPO DE ANTENA. NÃO CONFUNDIR: O MUNICÍPIO PODE LEGISLAR SOBRE O USO DO SOLO URBANO (LOCALIZAÇÃO DAS ANTENAS), MAS NÃO PODE LEGISLAR SOBRE TELECOMUNICAÇÕES E RADIODIFUSÃO. 
TJSP: apelação cível 708.713-5/4: 
Construção de estação rádio-base de telefonia celular (“ERB”).
Indeferimento pelo Município – existência de lei municipal sobre o tema: validade. – O QUE ESTAVA SENDO JULGADO NÃO ERA A EMISSÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS, MAS SIM A CONSTRUÇÃO DA ESTAÇÃO DE RÁDIO, POR ISSO A COMPETÊNCIA ERA SIM DO MUNICÍPIO. 
Competência do Município para “legislar” sobre a matéria, fundada no art. 30, VIII, da Constituição Federal.
POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA E PAISAGEM: 
Telefonia móvel: alterou sensivelmente as paisagens rural e urbana dos municípios.
Torres: danos à paisagem.
Como se corrige o dano visual causado pelas torres? Nos EUA elas são feitas de forma a se camuflar na vegetação local. Tem uma torre camuflada na UFMG. 
EFEITOS DA POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA: 
1. Depressão psíquica, sensação de cansaço, mudanças de comportamento.
2. Redução dos glóbulos vermelhos e aumento dos glóbulos brancos, favorecendo surgimento de câncer.
3. Danos ao cérebro, afetando a memória recente e provocando dores de cabeça.
4. LER - lesão por esforço repetitivo (ondas emitidas pelo computador).
5. Desorientação de aves (é comum encontrar pombos-correio “perdidos” próximo da Av. Paulista). São Paulo é considerada a cidade que tem mais regiões com concentração de campos eletromagnéticos na América do Sul).
6. Alarmes dos veículos disparam sozinhos em locais de muita propagação.
7. Mal de Parkinson e mal de Alzheimer.
8. Queimaduras, catarata, má-formação fetal, parada cardíaca e derrame.
· Concordância entre os especialistas: excesso de ondas pode alterar o funcionamento de equipamentos eletrônicos quando muito próximos uns dos outros – COM RELAÇÃO AS DOENÇAS ANTERIORMENTE INFORMADAS: NÃO HÁ CONCORDÂNCIA ENTRE OS ESPECIALISTAS A RESPEITO DE SEREM AS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS CAUSADODAS E INFLUENCIADORAS DESSAS. 
· Influencia no funcionamento de alguns sistemas eletrônicos (por isso é proibido o uso de celulares a bordo de aeronaves). Interfere em marca-passos e válvulas cardíacas a rádio.
POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA:decisão da União Européia (abril/2009): 
“O parlamento europeu votou em massa a favor de uma lei que criará distâncias mínimas entre antenas de celular e núcleos populacionais. [...] As autoridades européias argumentam que enquanto não houver consenso sobre a segurança ou não da radiação emitida por essas estações, elas devem ficar longe de habitações humanas”. – APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO, INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. 
www.portaldomeioambiente.org.br, 6.4.2009
ENQUADRAMENTO LEGAL: artigo 3º, III, a, b, c, d, e, Lei 6.938/81
Se prejudica a saúde, a segurança e o bem-estar da população, afeta desfavoravelmente a fauna ou se há lançamento de energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos, é POLUIÇÃO: art. 3º., III, a, c e e, da Lei nº 6.938/81 – A POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA ENQUADRA-SE MELHOR NESSAS ALÍNEAS. 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: 
· Regras para ocupação do solo: competência do Município (art. 30, VIII, da Constituição Federal).
· Lei nº 9.472/97:atribuição da ANATEL.
ANATEL – art. 19 – competência:
XI – expedir e extinguir autorização para prestação de serviço no regime privado, fiscalizando e aplicando sanções;
XII – expedir normas e padrões a serem cumpridos pelas prestadoras de serviços de telecomunicações quanto aos equipamentos que utilizarem.
A COMPETÊNCIA PRIVATIVA PARA LEGISLAR SOBRE ESSA MATÉRIA É DA UNIÃO E ESSA LEI É O EXEMPLO CLARO DO EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO. 
ANATEL: competência para expedir normas e padrões a serem cumpridos pelas prestadoras de serviços de telecomunicações quanto aos equipamentos que utilizarem (art. 19, XII, da Lei nº 9.472/1997).
· Lei nº 11.934, de 5.5.2009 (limites à exposição da população em geral a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos, e de trabalhadores, em razão de seu trabalho).
Dispõe sobre limites à exposição humana a campos eletromagnéticos.
Art. 1º. Esta lei estabelece limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos, associados ao funcionamento de estações transmissoras de radiocomunicação, de terminais de usuário e de sistemas de energia elétrica nas faixas de frequências até 300 Ghz (trezentos gigahertz), visando a garantir a proteção da saúde e do meio ambiente.
· Lei Estadual nº 10.995/2001: distância da base em relação ao imóvel vizinho – JULGADA INCONSTITUCIONAL 
Art. 13. As prestadoras de serviços que utilizem estações transmissoras de radiocomunicação deverão, em intervalos máximos de 5 (cinco) anos, realizar medições dos níveis de campo elétrico, magnético e eletromagnético de radiofrequência, provenientes de todas as suas estações transmissoras de radiocomunicação.
TJSP – ap. cível 919.544-5: 
Objeto: instalação de antenas transmissores de telefonia celular.
Art. 4º. O ponto de emissão de radiação da antena transmissora deverá estar, no mínimo, a 30 (trinta) metros de distância da divisa do imóvel onde estiver instalada.
TJSP: prevalência da Lei Estadual nº 10.995/2001 sobre a norma da ANATEL.
ADI 3.110 – proposta pela PGR (invade competência da União, que tem competência privativa para legislar sobre telecomunicações: art. 22, IV, da CF). Sem liminar e sem julgamento de mérito. – A PGR PROPÔS ESSA ADI POR ACREDITAR QUE O ESTADO DE SP ESTAVA INVADINDO COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE TELECOMUNICAÇÃO
Decisão: é inconstitucional a Lei n. 10.995/2001 do Estado de São Paulo, pois, a pretexto de proteger a saúde da população, disciplinando a instalação de antenas transmissoras de telefonia celular adentrou esfera de competência privativa da União. Ação direta julgada procedente (acordão de 4.05.2020)
· CDC.
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
Art. 9º. O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
RESPONSABILIDADE PENAL – POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA
Se houver a caracterização de crime: enquadra-se no artigo 54 da Lei 9.605/98
o artigo 54 da lei 9605/98 (LEI DE CRIMES AMBIENTAIS) “causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou destruição significativa da flora...”
 AULA 12 – POLUIÇÃO LUMINOSA
No Brasil não havia nenhuma referência no direito ambiental à poluição luminosa. Diferentemente do que se encontrava no direito ambiental internacional. 
No Brasil a única reclamação sobre poluição luminosa era um pleito dos astrônomos dizendo que a quantidade excessiva de luz atrapalhava a observação dos astros. 
CONCEITO: É qualquer efeito adverso (desfavorável) causado ao meio ambiente pela luz artificial excessiva ou mal direcionada – Roberto F. Silvestre, astrônomo. 
CONCEITO DE LUZ INTRUSA: quando ultrapassa os limites da área a ser iluminada. Ex. uma lâmpada que é colocada para iluminar apenas um jardim, mas por sua intensidade acaba que ilumina parte da área da casa vizinha, gerando incômodo. 
ASPECTOS DA POLUIÇÃO LUMINOSA: 
- ECONÔMICO: consumo excessivo de combustíveis fósseis, energia e recursos naturais, além do que é necessário. – A POLUIÇÃO LUMINOSA EM SI NAO CONSOME RECURSOS AMBIENTAIS. O QUE CONSOME RECURSOS É A GERAÇÃO DE ILUMINAÇÃO 
- SOCIAL: luz intrusa (a que ultrapassa os limites da área a ser iluminada) pode causar fadiga, insônia e stress, comprometendo o sossego público. Luz veicular pode causar cegueira temporária, comprometendo a segurança no trânsito. – A POLUIÇÃO LUMINOSA CAUSA UM MAL IMPERCEPTIVEL. 
- AMBIENTAL: desorientação de animais; influencia equilíbrio natural dos animais de vida noturna, afetando reprodução, atraindo animais (predadores?); diminuindo insetos (alterando a polinização das plantas), etc. 
CONSEQUÊNCIA: por se tratar de um mal imperceptível, de difícil visualização, quando a poluição luminosa gerar um dano grave, esse será irreversível, de não poder voltar para corrigir, impossível reparação. Porque as consequências da poluição luminosa, muitas vezes, ocorreram de forma lenta e gradual no tempo, quando passa a ser visível para o homem já se trata de um problema grande e não há como reverter o cenário. 
María Calvo (Espanhola) “... os ciclos biológicos do ser humano estão regulados pela alternância do dia e da noite, regulados pela alternância do dia e da noite, resultando a escuridão natural noturna indispensável para a obtenção de uma boa saúde” – O SER HUMANO PRECISA DO ESCURO PARA DORMIR, NÃO TER ESCURIDÃO NATURAL PODE PREJUDICAR A SAÚDE. 
CARTA DA UNESCO DE 1994: texto Gerações futuras têm o direito a uma Terra sem poluição e destruição, inclusive o direito a um céu limpo” (refere -se também ao excesso de luz que atrapalha a observação dos astros).
DIFERENÇA ENTRE POLUIÇÃO VISUAL E POLUIÇÃO LUMINOSA: A poluição visual diz respeito a imagens, já a poluição luminosa é causada pelo excesso de luz. Pode ser que essas duas formas de poluição apareçam juntas, como por exemplo, em um grande outdoor bem iluminado, que ilumine inclusive áreas vizinhas.
ENQUADRAMENTO LEGAL DA POLUIÇÃO LUMINOSA: enquadramento no art 3º, III, da lei 6938/81: 
A poluição luminosa prejudica a saúde e o bem-estar da população e afeta desfavoravelmente a fauna. 
Logo enquadra-se no artigo 3º, III, alíneas “a” e “c” da lei 6938/81
POLUIÇÃO LUMINOSA COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR: 
- A CF no artigo 24, V: trata da competência concorrente da União, Estados e DF para legislar sobre consumo – INCLUSIVE O DE ENERGIA ELÉTRICA OU QUALQUER OUTRA FORMA DE ENERGIA. 
- CF no artigo 23, VI: trata da competência comum administrativa da União, Estados, DF e Municípios para legislar sobre a proteção do meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas – inclusive a poluição luminosa. ARTIGO MAIS IMPORTANTE SOBRE A COMPETÊNCIADA POLUIÇÃO LUMINOSA. SE É UMA COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA NÃO É ESPECIFICAMENTE COMPETENCIA PARA LEGISLAR, PORÉM NA AUSÊNCIA DE LEIS E DA NECESSIDADE DE VIABILIZAR ESSA COMPETENCIA ADMINISTRATIVA PARA COMBATER A POLUIÇAO NAS SUAS DIVERSAS FORMAS – INCLUSIVE LUMINOSA – ADMITE-SE QUE SE PROCEDA A LEGISLAÇÃO SOBRE O QUE FOR NECESSÁRIO, DESDE QUE NÃO SEJA COMPETENCIA PRIVATIVA DA UNIÃO OU DOS ESTADOS. 
- CF no artigo 30, I e II: trata da competência dos Municípios para legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e estadual no que couber. – EMBORA UM POUCO DISTANTE DA QUESTÃO DA POLUIÇÃO É POSSÍVEL ENQUADRÁ-LA NESSE ARTIGO POR SER ALGO QUE PREJUDICA O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE. 
POLUIÇAO LUMINOSA – CASO BRASILEIRO de influência da poluição luminosa na fauna: projeto TAMAR – BA: quando as tartarugas nascem, muitas são atraídas pela luz emanada pelo reflexo do mar. A presença de luzes artificiais fortes próximas aos locais de postura dos ovos afugenta as tartarugas que chegam para a desova, bem como desorienta os filhotes, que se afastam do mar e acabam atropelados em estradas próximas ou desidratadas em áreas de restinga. 
Proteção das tartarugas marinhas: Portaria Ibama nº 11/1995 e Lei estadual (BA) nº 7034/1997: Locais de notificação de tartarugas marinhas (regiões onde há notícias de que tem tartarugas marinhas): luminárias especialmente desenhadas para que a luz não incida diretamente sobre a praia. Sul da BA (entre Prado e Ponta do Corumbau): considerada de área de “zero lux” pela lei estadual (luz zero – não é permitida a iluminação artificial justamente para proteger as tartarugas marinhas) 
RESPONSABILIDADE PENAL DA POLUIÇÃO LUMINOSA: 
Artigo 54 da Lei 9.605/98: Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou destruição significativa da flora...” – DE DIFÍCIL ENQUADRAMENTO POIS É DIFICIL ESTABELECER NEXO CAUSAL, BEM COMO DOLO DIRETO OU EVENTUAL
ASPECTOS DO MEIO AMBIENTE: 
- a lei 6938/81 traz o conceito de meio ambiente - conceito insuficiente (é necessário estudar os aspectos do meio ambiente para compreender porque a lei traz um conceito insuficiente, principalmente considerando a atual CF/88)
ASPECTOS DO MEIO AMBIENTE: quer dizer as faces do meio ambiente, pois esse é uno, um só (só existe um meio ambiente), porém ele tem algumas faces, aspectos. 
	- ABORDAGEM REFERENTE ÀS Constituições Federais: 
Importante deixar claro que quando alguma CF trata de recursos ambientais (de forma geral ou citando algum recurso) ela não trata do meio ambiente – quando fala sobre recursos ambientais está tratando sobre propriedade (de quem são os recursos ambientais, quem pode legislar sobre eles) – pode ser que desse margem para a proteção do meio ambiente em legislação infraconstitucional, mas constitucional e de forma direta não houve até 1988. 
CF /1824: época do Império: Não trazia nada especificamente sobre o meio ambiente. Se referia, de forma distante (indireta, e sem a pretensão de tratar sobre meio ambiente), ao meio ambiente, em seu artigo 179, XXIV: 
Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Imperio, pela maneira seguinte.
 XXIV. Nenhum genero de trabalho, de cultura, industria, ou commercio póde ser prohibido, uma vez que não se opponha aos costumes publicos, á segurança, e saude dos Cidadãos. – 
QUANDO TRATA DE SAÚDE TRATA NECESSARIAMENTE DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS BOAS, SUFICIENTES PARA UMA QUALIDADE DE VIDA SAUDÁVEL. DE FORMA INDIRETA TRATA DE UM CUIDADO COM O MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DA SAÚDE.
CF/1934: Nenhuma referência ao meio ambiente. 
CF/1946: previa em seu artigo 147: 
Art 147 - O uso da propriedade será condicionado ao bem-estar social. A lei poderá, com observância do disposto no art. 141, § 16, promover a justa distribuição da propriedade, com igual oportunidade para todos. – ÚNICA PARTE DO TEXTO CONSTITUCIONAL QUE PODE SER UTILIZADO PARA SE AFIRMAR QUE HAVIA ALGUMA PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE. UMA REFERÊNCIA INDIRETA AO MEIO AMBIENTE. NÃO HAVIA REFERÊNCIA ALGUMA AO MEIO AMBIENTE NESSES EXATOS TERMOS. 
§ 1º Para os fins previstos neste artigo, a União poderá promover desapropriação da propriedade territorial rural, mediante pagamento da prévia e justa indenização em títulos especiais da dívida pública, com cláusula de exata correção monetária, segundo índices fixados pelo Conselho Nacional de Economia, resgatáveis no prazo máximo de vinte anos, em parcelas anuais sucessivas, assegurada a sua aceitação a qualquer tempo, como meio de pagamento de até cinqüenta por cento do Impôsto Territorial Rural e como pagamento do preço de terras públicas.      (Incluído pela Emenda Constitucional nº 10, de 1964)
§ 2º A lei disporá, sôbre o volume anual ou periódico das emissões, bem como sôbre as características dos títulos, a taxa dos juros, o prazo e as condições de resgate.       (Incluído pela Emenda Constitucional nº 10, de 1964)
§ 3º A desapropriação de que trata o § 1º é da competência exclusiva da União e limitar-se-á às áreas incluídas nas zonas prioritárias, fixadas em decreto do Poder Executivo, só recaindo sôbre propriedades rurais cuja forma de exploração contrarie o disposto neste artigo, conforme fôr definido em lei.         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 10, de 1964)
§ 4º A indenização em títulos sòmente se fará quando se tratar de latifúndio, como tal conceituado em lei, excetuadas as benfeitorias necessárias e úteis, que serão sempre pagas em dinheiro.       (Incluído pela Emenda Constitucional nº 10, de 1964)
§ 5º Os planos que envolvem desapropriação para fins de reforma agrária serão aprovados por decreto do Poder Executivo, e sua execução será da competência de órgãos colegiados, constituídos por brasileiros de notável saber e idoneidade, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal.        (Incluído pela Emenda Constitucional nº 10, de 1964)
§ 6º Nos casos de desapropriação, na forma do § 1º do presente artigo, os proprietários ficarão isentos dos impostos federais, estaduais e municipais que incidam sôbre a transferência da propriedade desapropriada.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 10, de 1964)
 
CF/1967: Assinalou em um de seus princípios o Princípio da Função Social da Propriedade. Atualmente, não há dúvidas de que esse princípio inclui a proteção do meio ambiente (Expresso na CF/88), mas que pode ser presumido da CF 1967. 
Essa CF fala em função social da propriedade, mas não a define porque essa missão é da legislação infraconstitucional. 
O Ministro José Celso de Melo Filho do STF comentava que a CF/67 embora não fizesse referência ao Meio ambiente ela também protegia o meio ambiente quando protegia a saúde (a proteção da saúde somente seria possível com a proteção do meio ambiente) – “a tutela jurídica do meio ambiente decorre da competência para legislar sobre defesa e proteção da saúde”
CF/1988: A primeira CF que se referiu especificamente ao meio ambiente foi a CF 88. Se referiu ao termo “meio ambiente” e dedicou um artigo extenso que se constitui em um capítulo (artigo-capitulo) que trata especificamente do meio ambiente. 
Há outros dispositivos que remetem ao meio ambiente e alguns de seus aspectos.
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. – A CF DEIXOU BEM CLARO QUE A SADIA QUALIDADE DE VIDA SÓ É POSSÍVEL COM O MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;         (Regulamento)
II -preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;         (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento)
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;         (Regulamento)
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;         (Regulamento)
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;         (Regulamento)
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.         (Regulamento)
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.         (Regulamento)         (Regulamento)
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 96, de 2017)
4 ASPECTOS DO MEIO AMBIENTE: esses são essenciais para o equilíbrio ecológico e para a sadia qualidade de vida 
	1. ASPECTO NATURAL DO MEIO AMBIENTE – também é chamado de aspecto físico do meio ambiente/meio ambiente físico. Tem uma referência muito forte no artigo 225 CF. EX. inciso I e VII do §1º, bem como quando se refere a competência legislativa (competência para legislar sobre águas, sobre fauna, sobre flora) – nesse último caso não significa proteção ao meio ambiente, mas apenas está determinando a competência para legislar a respeito dessas matérias, a proteção ao meio ambiente viria após, em lei infraconstitucional. Quando se fala em aspecto natural do meio ambiente o artigo dá um destaque para a fauna e a flora, mas o meio ambiente natural também engloba os recursos naturais referidos no artigo 3º da lei 6.938/81 (água, ar, solo, fauna e flora). 
	2. ASPECTO URBANO DO MEIO AMBIENTE – se refere as cidades – meio ambiente construído pelo homem, de certa forma é artificial pois não se encontrava no ambiente natural, antes das modificações. Alguns autores chamam o meio ambiente urbano de meio ambiente artificial (Dr. José entende que essa denominação está incorreta porque na zona rural também há construções e não são chamadas de meio ambiente urbano uma vez que essa denominação “meio ambiente urbano” se refere especificamente às cidades, não podendo ser chamado de meio ambiente artificial porque há coisas artificiais tanto no meio ambiente urbano quanto no rural). 
Do meio ambiente urbano tratam os artigos 182 e 183 CF, no capitulo a que se refere a política urbana (é o atendimento ao plano diretor (LEI MUNICIPAL) que vai indicar se a propriedade urbana está cumprindo a sua função social §2º do artigo 182 CF). 
Há também normas específicas sobre meio ambiente urbano no Estatuto da Cidade (lei 10.257/2001) – o estatuto da cidade é uma regulamentação própria em relação ao aspecto urbano do meio ambiente. 
Por quê um cuidado especial com o meio ambiente urbano? Porque a ordenação da cidade é extremamente importante para a qualidade de vida das pessoas (Construções iluminação pública, iluminação das propriedades privadas, transito, ventilação, equipamentos urbanos – de combate a incêndio por ex; infraestrutura, esgoto sanitário, água, recolhimento de lixo, ambientes públicos, lazer – TODOS ESSES ASPECTOS INFLUENCIAM NA QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS E SÃO ORIUNDOS DE UM MEIO AMBIENTE URBANO – tem que cuidar da cidade porque cuidando da cidade cuida-se também da qualidade de vida das pessoas, que ficam menos estressadas, lazer mais eficaz. ENTÃO É EXTREMAMENTE IMPORTANTE PARA SADIA QUALIDADE DE VIDA A QUALIDADE DAS CIDADES E DOS SERVIÇOS QUE ELA OFERECE). 
	Pode haver na cidade também elementos do meio ambiente natural (pode ter fauna, flora, água, solo, ar), no entanto, quando se refere a ambiente urbano refere-se à cidade construída, porque ela, seus equipamentos, seus recursos são importantes para a sadia qualidade de vida. Não pode confundir construções da zona rural com meio ambiente urbano, pois, urbano é cidade. Na zona rural as construções representam algo que não é natural, mas que não é urbano, porque a zona rural não integra a cidade. 
3. ASPECTO CULTURAL DO MEIO AMBIENTE – composto por valores históricos, arquitetônicos, paisagísticos, usos, costumes, tudo que possa ser útil para a qualidade de vida das pessoas de uma forma sadia- bens materiais e imateriais (atualmente não se dá tanto valor). Ex. as cidades têm nos centros uma construção chamada coreto. 
É difícil fazer uma avaliação do meio ambiente cultural e sua importância para sadia qualidade de vida porque as pessoas não se preocupam com cultura, não tem lembranças culturais. Hoje a cultura emana dos celulares, as pessoas não conhecem museus, não verificam valores históricos. 
As pessoas mais velhas têm uma formação bem diferente, uma formação cultural. A formação cultural não está relacionada ao nível de ensino da pessoa. Ex. uma comunidade mais velha onde há uma construção antiga, essa construção gera muitas memórias para essas pessoas. Quando essa construção é destruída isso pode causar um sentimento de tristeza, mágoa nessas pessoas. 
A Constituição Federal trata do meio ambiente cultural especificamente nos artigos 215 e 216 CF. 
OBS: história não se confunde com antiguidade. Existem coisas antigas que não tem valor histórico nenhum. ANTIGUIDADE POR SI SÓ NÃO TORNA AQUELE BEM UM PATRIMÔNIO CULTURAL. 
ENTÃO PARA TER VALOR CULTURAL É NECESSÁRIO QUE O BEM TENHA UM VALOR AGREGADO (ex. um valor histórico, artístico, arquitetônico). Logo, não é a antiguidade que determina se é um patrimônio cultural ou não, mas sim o valor agregado ao bem. 
Quando se trata do aspecto cultural do meio ambiente esse se refere a bens materiais e bens imateriais (Ex. uma tradição). 
	4. ASPECTO DO TRABALHO DO MEIO AMBIENTE - Por quê tratar desse aspecto? Justamente porque a sadia qualidade de vida das pessoas depende também da qualidade do seu local de trabalho (ex. um local de trabalho que pode causar uma contaminação ou tenha um alto nível de ruído, não proporciona sadia qualidade de vida aos seus empregados, porque as pessoas passam a maior parte do dia no ambiente de trabalho, então, um ambiente detrabalho que tenha péssimas condições para que se desenvolva a atividade laborativa de uma forma saudável, evidentemente vai prejudicar a qualidade de vida). 
Portanto, as normas do trabalho são importantes, porque visam proteger o trabalhador e proteger especialmente sua saúde e a qualidade de vida. 
Assim, temos que cuidar do meio ambiente do trabalho justamente para alcançar uma efetiva sadia qualidade de vida – caput do art. 225 CF. 
Não há nenhum dispositivo expresso que remeta ao meio ambiente do trabalho na CF/88, mas ele é lembrado no artigo 200 CF, inciso VIII (fala das competências do SUS) – ou seja, o legislador lembrou perfeitamente da existência do aspecto do trabalho do meio ambiente. Não tem uma disciplina unicamente sobre meio ambiente do trabalho na CF, mas há nela uma referência a esse aspecto, uma indicação do legislador que admite que existe um aspecto do trabalho do meio ambiente (isso é, preciso cuidar do ambiente de trabalho para que eu tenha sadia qualidade e vida).
Além disso a CF protege o trabalho quando trata dos direitos do trabalhistas no artigo 7º CF.
A associação desses 4 aspectos formam o meio ambiente e eles estando em boas condições proporcionam uma sadia qualidade de vida. 
CONCEITO LEGAL DE MEIO AMBIENTE – avaliação se esse conceito seria insuficiente perante a CF 88, após análise dos aspectos do meio ambiente. 
Artigo 3º, I da Lei 6.938/81
De uma forma geral, meio ambiente é tudo que nos cerca, mas o que é protegido pelas leis ambientais são aquelas coisas que refletem/proporcionam sadia qualidade de vida, nos termos do caput do artigo 225 CF. 
O meio ambiente é uno, no entanto, pode ser dividido por aspectos (natural, urbano, cultural, do trabalho). Ao se falar em meio ambiente deve haver esses 4 aspectos subentendidos. 
QUANDO A LEI 6938/81 CONCEITUOU MEIO AMBIENTE SERÁ QUE ELA TRATOU DESSES 4 ASPECTOS? 
Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei (FINS DO ARTIGO 2º CAPUT DA MESMA LEI E AO CAPUT DO ARTIGO 225 CF), entende-se por:
I - Meio ambiente, o conjunto de condições, leis (LEIS DA NATUREZA), influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; - NOTÁVEL QUE DESSE CONCEITO NÃO É POSSÍVEL EXTRAIR O ASPECTO URBANO, DO TRABALHO, CULTURAL DO MEIO AMBIENTE. ESSE É UM CONCEITO DIZ RESPEITO A APENAS UM DOS ASPECTOS DO MEIO AMBIENTE – O ASPECTO NATURAL. 
Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
Art. 225 CF: meio ambiente ecologicamente equilibrado...essencial à sadia qualidade de vida. 
DA ANÁLISE ISOLADA DO INCISO I DO ARTIGO 3º CHEGA-SE A CONCLUSÃO DE QUE ESSE CONCEITO NÃO RETRATA OS 4 ASPECTOS (ESTÁ RELACIONADO APENAS AO ASPECTO NATURAL), PORTANTO, PARA QUE ELE SE ADEQUE À CF/88 É NECESSÁRIO REALIZAR UMA INTERPRETAÇÃO CONJUNTA DESSE DISPOSITIVO COM OUTRO DA MESMA LEI (6.938): O ARTIGO 3º, III, QUE CONCEITUA POLUIÇÃO (EMBORA NESSE INCISO III HAJA UMA REFERÊNCIA AMPLA AOS 4 ASPECTOS DO MEIO AMBIENTE, NAS 5 ALÍNEAS HÁ A PRESENÇA DELES, COMPLEMENTANDO O INCISO II. SE O LEGISLADOR PROÍBE A POLUIÇÃO ELE ESTÁ PROTEGENDO VALORES – OS ASPECTOS DO MEIO AMBIENTE). JUNTANDO OS DOIS É QUE TEREMOS O VERDADEIRO CONCEITO DE MEIO AMBIENTE AJUSTADO A CF/88. 
Então, muito embora haja uma menção mais precisa na CF/88, a lei 6.938/81 já fazia menção aos 4 aspectos do meio ambiente, embora especificamente na definição de meio ambiente ela expresse referência somente ao aspecto natural do meio ambiente, posteriormente, os demais aspectos estão inclusos na conceituação de poluição. 
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE I: 
EVOLUÇÃO CONSTITUCIONAL DO DIREITO DE PROPRIEDADE NO BRASIL: 
CF 1824 – CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO: caráter individualista da propriedade, sem restrições ou limitações, exceto desapropriação (pelo Estado) por necessidade ou utilidade social. Nem a CF e nem a legislação infraconstitucional impunham limitações à propriedade. 
CF 1891 – PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: mesmo tratamento dado pela CF 1824, ou seja, a propriedade tinha caráter individualista, sem restrições ou limitações a não ser (Exceto) no caso de desapropriação (pelo Estado) ou utilidade social. Nem a CF e nem a legislação infraconstitucional impunham limitações à propriedade. 
CF 1934: o direito de propriedade não pode ser exercido contra o interesse social ou coletivo (ideia de função social). O direito de propriedade não é mais ilimitado. Nasce a ideia de função social da propriedade: você pode exercer seu direito à propriedade desde que não prejudique o interesse social e coletivo.
CF 1937: assegurou, simplesmente, o direito de propriedade, remetendo à lei ordinária o estabelecimento do seu conteúdo e limite. Deixou que lei ordinária estabelecesse o limite do direito de propriedade e seu conteúdo. Em termos constitucionais, houve um retrocesso. 
CF 1946: reconheceu o caráter supraindividual (ACIMA DO INDIVIDUAL) da propriedade, introduzindo a noção de função social da propriedade ao condicionar o direito de propriedade ao bem-estar social. 
O direito de propriedade está garantido, mas deve-se observar o bem-estar social quando do exercício do direito de propriedade (significa dizer que não posso utilizar a propriedade de forma que prejudique o bem-estar da sociedade). Ideia mais concreta do que seria a função social da propriedade. 
A função social da propriedade foi regulamentada em 1962, por lei que tratava da desapropriação por interesse social. 
Em 1964, adveio o Estatuto da Terra, que não definiu “função social da propriedade” (Assim como as constituições não definiram), mas indicou seus requisitos essenciais. 
Na verdade, o Estatuto da Terra atribuiu ao direito à propriedade uma função social mais ampla em relação ao tratamento dado pelas CFs de 1934 e 1937. A CF de 1946 deu uma função social mais ampla ao direito de propriedade. 
CF 1967: repetiu a CF 1946, e introduziu a função social da propriedade como princípio da ordem econômica (artigo 157)
CF 1969*(porque alguns chamam o conjunto de emendas de 1969 de Constituição): essas emendas garantiram o direito à propriedade, prevendo que a ordem econômica e social estava subordinada ao atendimento do princípio da função social da propriedade (Artigo 160)
CF 1988: traz um tratamento mais amplo e prevê no artigo 5º a inviolabilidade do direito à propriedade (PROPRIEDADE URBANA E RURAL) ... nos seguintes termos: 
	XXII: é garantido o direito de propriedade. 
	XXIII: a propriedade atenderá a sua função social. – ou seja, a propriedade também tem uma função em relação à sociedade (essa propriedade não pode ser utilizada de forma que prejudique os interesses da sociedade) 
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: nenhuma das Constituições conceituou função social da propriedade. 
O Estatuto da Terra (lei 4.504/64): não a conceituou, mas estabeleceu requisitos a serem atendidos simultaneamente. A CF 1988 repetiu a metodologia do Estatuto da Terra, estabelecendo os requisitos necessários a configuração da função social da propriedade.
 Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. – ESPECÍFICO DA PROPRIEDADE URBANA. A PROPRIEDADE URBANA NÃO VAI ATENDER A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE QUANDO NÃO ATENDER AS DIRETRIZES EXPRESSAS NO PLANO DIRETOR.
 
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende (ESPECÍFICO PARA PROPRIEDADE RURAL), simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; - OU SEJA, NÃO PODE ABUSAR DOS RECURSOS NATURAIS, DE FORMA A COMPROMETÊ-LOS, DEVE AINDA PRESERVAR TODOS OS ASPECTOS DO MEIO AMBIENTE INSERIDOS NO MEIO RURAL (NATURAL, CULTURAL E DO TRABALHO). 
 III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
 
Observa-se dos requisitos que o cuidado com o meio ambiente é um dos requisitos da função social da propriedade. É necessário cuidar do meio ambiente para que a propriedade atenda à função social da propriedade, observados os demais requisitos. 
O Código Civil também não conceitua função social da propriedade: 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1 o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. 
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE: a obrigação de reparar o dano ambiental é obrigação propter rem. 
- uma área não possui reserva legal e áreas de preservação permanente ou ainda desmatamento: obrigação propter rem. O proprietário deve constituir área de reserva legal e de preservação permanente – caso contrário não estará cumprindo com a função social dessa propriedade, uma vez que essa inclui a preservação do meio ambiente em seus requisitos. 
AQUELE QUE NÃO CUMPRE COM A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE RECEBE UMA PUNIÇÃO/ UM ÔNUS. 
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA: pode ocorrer em uma propriedade rural. É a criação de área de preservação ambiental que impossibilite a exploração econômica lícita: indenização devida (STJ). É o seguinte: você tem uma propriedade rural e o poder público cria nessa propriedade uma área de preservação (desapropriação indireta) e a criação dessa área impossibilita que você explore economicamente e de forma lícita sua propriedade (Se não pode explorar quer dizer desapropriação) – o STJ tem o entendimento de que cabe indenização por desapropriação indireta. 
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE II:
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE URBANA: 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. – ESPECÍFICO DA PROPRIEDADE URBANA.: A PROPRIEDADE URBANA NÃO VAI ATENDER A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE QUANDO NÃO ATENDER AS DIRETRIZES EXPRESSAS NO PLANO DIRETOR.
SANÇÃO PARA O NÃO ATENDIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: 
	- se for propriedade rural: a sanção será a desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária pela União – prevista no artigo 184 CF. 
	- se for propriedade urbana: desapropriação pelo município – prevista no Estatuto da Cidade: Lei 10.257/2001
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
V – institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação;
O Estatuto da Cidade ainda prevê outra sanção para o não atendimento da função social da propriedade: mecanismo alternativo para assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana: progressividade das alíquotas para o IPTU
SÚMULA 668 STF: é inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. – LOGO ANTES DESSA EC PODIA TER ALÍQUOTA PROGRESSIVA DE IPTU SIM, MAS APENAS PARA OS CASO DE ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. 
PROPRIEDADE PRIVADA: você faz o que quiser desde que haja o respeito aos direitos da coletividade (indisponíveis). Entre os direitos da coletividade, está aquele relativo ao meio ambiente, que decorre do texto do art. 225 CF (bem de uso comum do povo), artigo 5º CF – direito a vida – interpretado em conjunto com o art. 225 CF: é um direito qualificado – direito de viver com sadia qualidade de vida. A propriedade privada não é absoluta, pode-se dispor dela como bem entender, desde que respeitados os direitos da coletividade. 
A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE É UM DIREITO OU REGRA? 
Se for um princípio significa dizer que admite modulações, flexibilização. 
Se for uma regra significa dizer que é inflexível. 
- Édis Milaré: autor de direito ambiental: enumera como sendo princípio da função social da propriedade. 
- Paulo Affonso Leme Machado e Maria Luiza Machado Granziera: autores do direito ambiental: não o enumeram como princípio. 
- Toshio Mukai: inexistência de uma principiologia de direito ambiental (Ele acha que, na verdade, se associa um grupo de princípios sem dar uma certa ordenação, sistematização a eles). 
DR. JOSÉ SE VINCULA A IDEIA DE SER UM PRINCÍPIO, MAS NÃO É PRÓPRIO DO DIREITO AMBIENTAL, MAS SIM DO DIREITO CIVIL (E NEM PASSA A SER DE DIREITO AMBIENTAL POR TER EM UM DE SEUS REQUISITOS A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE). 
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: CF. ART. 170
Art. 170: a ordem econômica...observando os seguintes princípios: 
...
III – função social da propriedade. – não tem o sentido de princípio, nesse caso, principalmente para o direito ambiental. 
CONTEÚDO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: Alvaro L. V. Mirra: a função social não constitui simples limite ao exercício do direito de propriedade, mas autoriza imposição de comportamentos positivos, para que a propriedade se adeque à preservação do meio ambiente. (limite + sanção – desapropriação, alíquota de IPTU progressiva)
JUSTIFICATIVA PARA A INTERVENÇÃO NO DIREITO DE PROPRIEDADE SOB A ÓTICA AMBIENTAL: 
- 2º LEI DA TERMODINÂMICA: tendência da globalização da poluição (ex. queimadas em lavouras de cana de açúcar) – VOCE NÃO PODE QUEIMAR PORQUE A POLUIÇÃO NÃO SE LIMITA A SUA PROPRIEDADE, ELA SE ESTENDE – FERE, PORTANTO, O PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. A INTERVENÇÃO SE JUSTIFICA, EM TERMOS AMBIENTAIS, PORQUE TUDO QUE VOCÊ FAZ DE ILÍCITO AMBIENTAL EXTRAVASA OS LIMITES DA PROPRIEDADE E FERE INTERESSE COLETIVO. – PRINCÍPIO DA GLOBALIDADE 
- Podem ser incluídas no raciocínio algumas outras formas de degradação. 
- Poluição transfronteiriça internacional: inexistência de poder de coação (Ex. contaminação da água nascente do Rio Amazonas)
“Entre defender o valor individual e defender o valor social, o direito brasileiro fez uma opção clara: defendeu o valor social” (AI 598.360.402, TJRS, 1998). O direito de posse e propriedade existem e devem ser garantidos. Contudo, somente quando é atendida a função social merecerão a garantia e a proteção.
CONCLUSÕES: 
· O direito à propriedade foi relativizado pela imposição do dever de usá-la segundo os interesses do titular, mas sem que isso ofenda os da comunidade.
· A função social é a compatibilização da propriedade privada com o interesse da comunidade.
· A proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado é dever, também, da coletividade, e os seus membros deverão usar as suas propriedades com observância da legislação ambiental, pois o meio ambiente é uno.

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