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Glândulas endócrinas – Junqueira & Carneiro, 13° ed – Asttha Perotti, XI HORMÔNIOS Moléculas atuando como sinalizadores químicos. Células endócrinas o Comumente se unem formando glândulas endócrinas, organizando-se geralmente sob forma de cordões celulares. o Exceção: tiroide – células organizadas em folículos (esferas). o Podem estar isoladas, como as encontradas no SD. o Sempre próximas de capilares sanguíneos – recebem o hormônio distribuição. Assim, muitos hormônios agem distante do local de secreção. o Controle parácrino – hormônios atuam a uma distância curta, podendo chegar no local de atuação por curtos trechos de vasos sanguíneos. Exemplo: gastrina – liberada por células G, na região do piloro no estômago – alcança glândulas fúndicas do estômago por vasos sanguíneos, estimulando a produção de HCl. o Controle justácrino – liberada na matriz extracelular – difusão – atua em células situadas a uma curta distância de onde foi liberada. Exemplo: inibição da secreção de insulina em ilhotas de Langerhans pela ação da somatostatina produzida por células da mesma ilhota. o Controle autócrino – células podem produzir moléculas que atuam nelas próprias ou em células do mesmo tipo. Exemplo: IGF (fator de crescimento semelhante à insulina). Tecidos ou órgãos alvo – suas células têm receptores que reconhecem especificamente determinado hormônio e só a ele respondem. Células endócrinas podem ser alvo de outras glândulas endócrinas – feedback/retroalimentação. HIPÓFISE/PITUITÁRIA Localização: sella túrcica do osso ESFENOIDE. Liga-se ao hipotálamo, na base do cérebro, por um pedículo que é a ligação entre a hipófise e o SNC. Origem embriológica dupla: nervosa e ectodérmica. o Porção nervosa – desenvolve pelo crescimento do assoalho do diencéfalo em direção caudal. o Porção ectodérmica – desenvolve a partir de um trecho do ectoderma do teto da boca primitiva que cresce em direção cranial – forma a bolsa de Rathke. o Porção originada do diencéfalo mantém continuidade com o SN, constituindo o pedículo da glândulas. Em razão da origem embrio dupla – hipófise é 2 glândulas: neuro-hipófise e adeno-hipófise. o Unidas anatomicamente, mas com função diferente, porém inter-relacionadas. o Neuro-hipófise: origem nervosa; porção volumosa (pars nervosa) + pedículo de fixação (infundíbulo), que se continua com o hipotálamo. o Adeno-hipófise: não tem conexão anatômica com o SN. Subdividida em 3. Pars distalis ou lobo anterior – mais volumosa; Pars tuberalis – porção cranial que abraça o infundíbulo; Pars intermedia – rudimentar nos humanos; intermediária entre a neuro-hipófise e a pars distalis, separada desta pela fissura restante da cavidade da bolsa de Rathke. *lobo posterior: pars nervosa + intermedia. Revestimento – cápsula de tecido conjuntivo, contínua com a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão. SUPRIMENTO SANGUÍNEO Pars distalis é responsável pela secreção de hormônios que controlam outros órgãos endócrinos importantes. Artérias hipofisárias superiores direita e esquerda – irrigam a eminência mediana e o infundíbulo; Artérias hipofisárias inferiores direita e esquerda – irrigam principalmente a neuro-hipófise; envia ramos p/ pedículo. Artérias hipofisárias superiores – plexo capilar primário no infundíbulo – células endoteliais fenestradas. Os capilares formam vênulas e pequenos vasos que vão p/ pars distalis ramificam novamente e formam plexo capilar secundário. Portanto, há 2 sistemas venosos em cascata, o que caracteriza um sistema porta, denominado sistema porta-hipofisário. o O suprimento da pars distalis é feito por sangue vindo do infundíbulo através do sistema porta-hipofisário, principalmente; em escala menor, por alguns ramos de artérias hipofisárias inferiores. SISTEMA HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO Pelo menos 3 locais em que são produzidos diferente grupos de hormônios: Peptídios produzidos por agregados de neurônios secretores situados no hipotálamo, nos núcleos supraópticos e paraventriculares. Produzidos nos corpos celulares dos neurônios transportados pelos axônios acumulados nas terminações, na pars nervosa da neuro-hipófise. Estimulados neurônio libera a secreção difusão capilares vênulas e veias corpo. Peptídios produzidos por neurônios secretores dos núcleos dorsomediano, dorsoventral e infundibular do hipotálamo. Axônio terminações na eminência mediana armazenados. Quando liberados capilares que formam o plexo capilar primário pars distalis por vasos que comunicam plexo primário com secundário. Controlam a secreção de hormônios da pars distalis. Proteínas e glicoproteínas produzidas por células da pars distalis. Entram em vasos que formam o 2° trecho do sistema porta-hipofisário, o plexo capilar secundário. Deste veias circulação. ADENO-HIPÓFISE PARS DISTALIS 75% da massa da hipófise. Cordões e ilhas de células epiteliais cuboides ou poligonais produtoras de hormônios. Hormônios são armazenados em grânulos de secreção. Células foliculoestelares – supõe que não são secretoras; muitos prolongamentos que tem contato, por demossomos e junções comunicantes, com outras células do mesmo tipo. Função não é totalmente conhecida. Entre cordões e ilhas – muitos capilares (plexo capilar secundário do sistema porta-hipofisário). Poucos fibroblastos produzem fibras reticulares que sustentam os cordões de células CÉLULAS SECRETORAS DA PARS DISTALIS Seis importantes hormônios, só três tipos de células reconhecidas por colorações rotineiras. Classificação: o Cromófobas (pouco coradas); poucos ou nenhum grão de secreção; mais difíceis de serem reconhecidas. É possível que algumas cromófobas sejam cromófilas degranuladas OU possam ser células-tronco da adeno-hipófise (há renovação celular nessa glândula). o Cromófilas (grânulos bem corados); Acidófilas; Basófilas. CONTROLE FUNCIONAL DA PARS DISTALIS Padrão de secreção de vários hormônios – pulsátil, com picos de secreção. A secreção de vários obedece a um ritmo circadiano – variável nas diferentes horas do dia e noite. Atividades das células controladas por vários mecanismos. o Um deles é representado por hormônios peptídicos produzidos pelos agregados de células neurossecretoras dos núcleos dorsomediano, dorsoventral e infundibular do hipotálamo. Hormônios armazenados em terminais axônicos na eminência mediana liberados pars distalis pelo plexo capilar, também na eminência mediana. A maioria desses hormônios, chamados de hipofisiotrópicos ou hormônios liberadores hipotalâmicos (hypotalamica releasing hormones), são estimuladores da secreção por células da pars distalis, e 2 inibem a liberação de hormônios da pars distalis. TABELA 20.2 o 2° mecanismo: hormônios produzidos por glândulas endócrinas. Agem sobre a liberação de peptídios da eminência mediana e sobre a função das próprias células da pars distalis. Os níveis plasmáticos de hormônios de várias glândulas endócrinas controlam por retroalimentação negativa a sua própria secreção. o 3° mecanismo: moléculas como inibina e activina, que são peptídios da família do transforming growth fator b (TGF-b) produzidos nas gônadas e que controlam a secreção de FSH. o Todos esses mecanismos possibilitam um controle apurado da secreção pela pars distalis. PARS TUBERALIS Forma de funil e que cerca o infundíbulo da neuro- hipófise. Importante p/ animais que mudam hábito dependendo da estação do ano por meio do controle da produção de prolactina. PARS INTERMEDIA Em humanos adultos é uma região rudimentar Cordões e folículos com células fracamente basófilascom pequenos grânulos de secreção NEURO-HIPÓFISE Pars nervosa + infundíbulo. Pars nervosa não contém células secretoras. Tem um tipo específico de célula glial, muito ramificada – pituícito. Componente mais importante: 100 mil axônios não mielinizados de neurônios secretores cujos corpos celulares estão situados nos núcleos supraópticos e paraventriculares. Neurônios secretores – todas as características de neurônios típicos + corpos de Nissl muito desenvolvidos, relacionados com a produção de neurossecreção. Neurossecreção: transportada ao longo dos axônios e se acumula nas suas extremidades situadas na pars nervosa. Seus depósitos formam corpos de Herring. Grânulos liberados secreção vai pros capilares sanguíneos fenestrados existentes na pars nervosa distribuição pela circulação. o Componentes: 2 hormônios, peptídicos cíclicos de 9 aa – ocitocina e vasopressina-arginina (hormônio antidurético, ADH). Cada um desses hormônios é unido por uma proteína chamada neurofisina. o Complexo hormônio-neurofisina é sintetizado como um único longo peptídio. Por proteólise o hormônio é liberado. Fibras de núcleos supraópticos estão relacionadas principalmente com a secreção de vasopressina, enquanto a maioria das fibras dos núcleos paraventriculares está envolvida com secreção de ocitocina. AÇÕES DOS HORMÔNIOS DA NEURO-HIPÓFISE VASOPRESSINA/ADH – secretada quando a pressão osmótica do sangue aumenta – estímulo de osmorreceptores do hipotálamo anterior secreção em neurônios do núcleo supraóptico. Efeito principal: aumentar a permeabilidade dos túbulos coletores do rim à água. Consequência: sai mais água do lúmen desses túbulos tecido conjuntivo vasos sanguíneos. REGULAÇÃO DO EQUILIBRIO OSMÓTICO INTERNO. Em doses altas – ADH contrai músculo liso de vasos sanguíneos (principalmente artérias pequenas e arteríolas) eleva pressão sanguínea. OCITOCINA – estimula contração do músculo liso da parede uterina durante o coito e o parto, assim como células mioepiteliais que cercam alvéolos e ductos de glândulas mamárias. Estímulo para secreção: distensão da vagina e da cérvice uterina e pela amamentação (reflexo neuro-hormonal estimulado pela sucção dos mamilos é chamado de reflexo de ejeção do leite). HISTOLOGIA APLICADA, 1342 – DIABETES INSÍPIDO, GIGANTISMO, ACROMEGALIA, NANISMO HIPOFISÁRIO. ADRENAIS/SUPRERRENAIS Camada cortical/córtex adrenal – camada periférica espessa; cor amarelada. o Origem embriológica: epitélio celomático, portanto é MESODÉRMICO. Camada medular/medula adrenal: central, menos volumosa; acinzentada. o Origem embriológica: crista neural, portanto NEUROECTODÉRMICA. As camadas podem ser consideradas dois órgãos distintos, de origens embriológicas DIFERENTES, apenas unidas anatomicamente. As duas camadas apresentam funções e morfologia diferentes. Aspecto histológico geral – típico de glândula endócrina formada de células dispostas em cordões cercados por capilares sanguíneos. Cápsula de tecido conjuntivo denso recobre a glândula e envia septos delgados p/interior da adrenal. Estroma – rede de fibras reticulares, que sustentam as células secretoras. CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA Glândulas adrenais – recebem artérias que entram por vários pontos ao seu redor – ramos das artérias formam plexo subcapsular origina 3 grupos de vasos arteriais. o Artérias da cápsula; o Artérias do córtex; ramificam-se repetidamente entre as células dessa camada e formam capilares sanguíneos que deságuam em vasos capilares da camada medular; o Artérias da medula; atravessam o córtex e se ramificam, formando uma rede de capilares. o Portanto: suprimentos duplo p/ medula, tanto arterial (artérias medulares ) e venoso (capilares derivados das artérias do córtex). o Endotélio capilar – fenestrado e delgado; lâmina basal contínua abaixo do endotélio. Capilares da medula + capilares do córtex veias medulares veias adrenais/suprarrenais; em geral desaguam na veia cava inferior do lado direito OU na veia renal do lado esquerdo. CÓRTEX ADRENAL Célula – típica secretora de esteroides – organela predominante: REL. Não armazenam os produtos de secreção em grânulos, pois a maior parte dos esteroides é sintetizada após o estímulo e secretada em seguida. Esteroides – baixo peso molecular e lipossolúveis passam pela MP sem exocitose. Camadas em virtude da disposição e aparência das células o Zona glomerulosa: imediatamente abaixo da cápsula de tecido conjuntivo; células piramidais ou colunares, organizadas em cordões com forma de arco, envolvidos por capilares sanguíneos. o Zona fasciculada: arranjo em cordões de 1 ou 2 células de espessura, retos e retangulares, semelhante a feixes; entremeados por capilares; dispostos perpendicularmente à superfície do órgão. Células poliédricas, muitas gotículas de lipídios, aparecem vacuoladas em preparações rotineiras (dissolução dos lipídios durante a preparação) – células chamadas de espongiócitos. o Zona reticulada: mais interna, entre a zona fasciculada e a medula. Células em cordões irregulares, formando uma rede anastomosada. Células menores que as das outras camadas; menos gotas lipídicas; grânulos c/ pigmento de Lipofuscina são grandes e numerosos. o 15%, 5% e 7% do volume total das glândulas adrenais. HORMÔNIOS DO CÓRTEX E SUAS AÇÕES Esteroides em sua maioria – lipídicos formados por células a partir do colesterol. Síntese do colesterol - principalmente a partir de AcetilcoA e ocorre no REL em vários locais, principalmente no fígado. Maior parte do colesterol usado pelas células do córtex adrenal é originada do plasma e convertida em uma molécula complexa – pregnenolona. Enzimas associadas à síntese de progesterona e desoxicorticosterona a partir de pregnenolona estão no REL; as enzimas que convertem desoxicorticosterona em aldosterona situam-se nas mitocôndrias. Grupos de esteroides secretados: glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos. Zona GLOMERULOSA secreta o principal MINERALOCORTICOIDE ALDOSTERONA o Manter o equilíbrio de Na e K e de água no organismo, consequentemente os níveis de pArterial. o Atuação: túbulos contorcidos distais dos rins e na mucosa gástrica, nas glândulas salivares e sudoríparas – estimulando absorção de Na pelas células desses locais. GLICOCORTICOIDES – um dos mais importantes é o CORTISOL o Secretado principalmente por células da zona FASCICULADA e em menor grau pela reticulada. o Glicocorticoides regulam metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios – ação no organismo inteiro. o Glicocorticoides também suprimem a resposta imune – cortisol tem propriedades anti-inflamatórias por inibição de atividade dos leucócitos, supressão de citocinas e ação imunossupressora. o Alguns glicocorticoides apresentam atividade mineralocorticoides, mas mais fraco que a aldosterona. Zona RETICULADA produz ANDRÓGENOS (principalmente DEIDROEPIANDROSTERONA); em menor grau, mineralocorticoides. CONTROLE DE SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS DO CÓRTEX Controle inicial – hormônio liberador de corticotropina (CRH) na eminência mediana da hipófise. CRH pars distalis da hipófise estimula células corticotróficas a secretarem hormônio adrenocorticotrófico/corticotropina (ACTH) estimula síntese e secreção de hormônios do córtex adrenal. Glicocorticoides circulantes podem inibir a secreção de ACTH, tanto no nível do hipotálamo como da hipófise. Secreção de ALDOSTERONA – depende principalmente de outros fatores – primariamente angiotensina II do sistema renina-angiotensina (capítulo de sistema urinário). HISTOLOGIA APLICADA, 1351 – SINDROME DE CUSHING , SÍNDROME DE CONNE DOENÇA DE ADDISON. PARA SABER MAIS, 1352 - CÓRTEX FETAL MEDULA ADRENAL Células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, sustentados por uma rede de fibras reticulares. Há células do parênquima e células ganglionares parassimpáticas. Todas envolvidas por uma abundante rede de vasos sanguíneos. Origem das células do parênquima –células da crista neural, as quais aparecem durante a formação do tubo neural – migram p/ interior da adrenal camada medular. Citoplasma das células da medular o Grânulos de secreção com epinefrina ou norepinefrina, pertencentes a uma classe de substâncias denominadas catecolaminas. Também têm ATP, proteínas chamadas cromograninas (podem servir de ligação p/ catecolaminas), dopamina beta- hidroxilase (converte dopamina norepinefrina) e peptídios semelhantes a opiáceos (encefalinas). Evidências de que epinefrina e norepinefrina são secretadas por células diferentes. Todas as células da medula – inervadas por terminações COLINÉRGICAS de neurônios simpáticos pré-ganglionares. CONTROLE DE SECREÇÃO E AÇÕES DOS HORMÔNIOS DA ADRENAL Células da medula ARMAZENAM HORMÔNIOS EM GRÂNULOS, ao contrário das do córtex. EPINEFRINA E NOREPINEFRINA – secretadas por grandes quantidades em resposta a intensas reações emocionais. Secreção mediada por fibras pré-ganglionares que inervam as células da medula. Secreção de CATECOLAMINAS na circulação – vasoconstrição, hipertensão, alterações da frequência cardíaca e efeitos metabólicos, como elevação da taxa de glicose no sangue – são partes da reação de defesa do organismo frente a situações de emergencial. Na atividade normal pode haver secreção em pequenas quantidades desses hormônios. Epinefrina e norepinefrina circulantes NÃO regulam a síntese e secreção desses hormônios na medula adrenal. HISTOLOGIA APLICADA, 1357 – FEOCROMOCITOMAS ILHOTAS DE LANGERHANS Micro-órgãos – no pâncreas – ao microscópio: grupos arredondados de células de coloração menos intensa, incrustados no tecido pancreático exócrino. Células poligonais, dispostas em cordões, em volta dos quais existe uma abundante rede de capilares sanguíneos com células endoteliais fenestradas. Há uma fina camada de tecido conjuntivo que envolve a ilhota e a separa do tecido pancreático restante. Colorações rotineiras ou corantes tricrômicos – distinção das células – acidófilas e basófilas. Pelo menos 5 tipos de células: alfa, beta, delta, PP e épsilon. Células alfa – produção de glucagon; Células beta – insulina; HISTOLOGIA APLICADA, 1360 – TUMORES ORIGINADOS DE CÉLULAS DAS ILHOTAS. Microscópio eletrônico de transmissão – semelhantes a células que sintetizam polipeptídios; forma dos grânulos secretores varia de acordo com o conteúdo hormonal e a espécie animal. 20.22 – etapas principais da síntese da insulina. Terminações de fibras nervosas em células de ilhotas podem ser observadas por microscopia de luz ou eletrônica. Junções comunicantes entre as células – provavelmente transferir sinais originados do impulso da inervação autonômica. Controle parácrino de secreção – influência mútua entre células por meio de substâncias solúveis em água. TIREOIDE Desenvolvimento – a partir do endoderma da porção cefálica do tubo digestivo. Função: produzir tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3) – regulam a taxa de metabolismo do corpo. Localização – região cervical, anterior à laringe. Constituição – 2 lóbulos unidos por um istmo. Folículos tireoidianos o Parede de epitélio simples; o Células: tireócitos. o Cavidade dos folículos – substância gelatinosa: coloide. o Revestimento: cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos p/ parênquima – ficam + delgados ao alcançar os folículos, que são separados entre si principalmente por fibras reticulares. Extremamente vascularizado – rede capilar sanguínea e linfática que envolve os folículos. Células endoteliais de capilares sanguíneos são fenestradas – facilita transporte de substâncias. Aspecto dos folículos em cortes – variado – 1)diferentes maneiras de secção e 2) diversos níveis de atividade funcional exercido pelos vários folículos. o Alguns – grandes e cheios de coloide; revestidos por epitélio cúbico ou pavimentoso; outros – menores com epitélio colunar. Quando a altura média do epitélio de um número grande de folículos é baixa, a glândula é considera hipoativa. Em contrapartida – aumento acentuado na altura + diminuição de coloide + diminuição do diâmetro dos folículos = hiperatividade. Célula parafolicular ou célula C o Pode fazer parte do epitélio folicular ou, mais comumente, formar agrupamentos isolados entre folículos tireoidianos. o Produzem calcitonina (ou tirocalcitonina). Efeito: inibir reabsorção de tecido ósseo diminuir o nível de cálcio no plasma. Ativação: aumento da [Ca] no plasma. PARA SABER MAIS,1367 – ULTRAESTRUTURA DAS CÉLULAS FOLICULARES DA TIREOIDE PARA SABER MAIS, 1372 – ULTRAESTRUTURA DAS CÉLULAS PARAFOLICULARES DA TIREOIDE. SÍNTESE E ARMAZENAMENTO DE HORMÔNIOS NAS CÉLULAS FOLICULARES Única glândula endócrina que acumula o produto de secreção em grande quantidade. Armazenamento no coloide. Coloide tireoidiano – tireoglobulina – glicoproteína de alto peso molecular - contém T3 e T4. Coloração variável (acidófila ou basófila); é PAS-positiva devido ao alto conteúdo de hidratos de carbono. Síntese e acúmulo de hormônios tireoidianos – 4 etapas. 1. Síntese de tireoglobulina – semelhante ao que ocorre c/ outras células exportadoras de proteínas (cap 4). REG síntese carboidrato é adicionado à proteína no interior das cisternas do REG e no CG produto final é a tireoglobulina sai do CG por vesículas porção apical libera p/ lúmen do folículo. 2. Captação do iodeto circulante – realizada por uma proteína da membrana basolateral das células foliculares que transporta 2 íons simultaneamente em direções opostas (symporter) – NI symporter ou NIS (proteína cotransportadora de sódio/iodo) – iodeto p/ dentro e Na+ p/ fora. 3. Iodeto intracelular é oxidado – por ação de H2O2; depende de uma peroxidase da tireoide. Iodo vai p/ cavidade do folículo por um transportador de ânions (provavelmente feito por uma molécula chamada pendrina). 4. Iodação das moléculas de tirosina da tireoglobulina – próximo a MP apical Desse modo são produzidos o T3 e T4, que fazem parte de grandes moléculas de tireoglobulina. LIBERAÇÃO DE T3 E T4 E SUAS AÇÕES NO ORGANISMO Células foliculares da tireoide – captam coloide por endocitose digerido por enzimas lisossômicas; quebra da tireoglobulina por proteases T3, T4, DIT (di-iodotirosina) e MIT (monoiodotirosina) são liberadas no citoplasma. T3 e T4 – cruzam livremente a membrana basolateral – difusão até os capilares. T4 é mais abundante (90% do circulante), mas T3 é 3x mais potente. MIT e DIT – não secretadas – iodo removido – produtos: iodo e tirosina – usados de novo por células foliculares. Estimulam a síntese proteica e o consumo de O2 no organismo. Atuam nas mitocôndrias, aumentando o numero dessas organelas e suas cristas e também a oxidação fosforilativa. Aumentam a absorção de carboidratos no intestino e regulam o metabolismo de lipídios. Também influenciam o crescimento do corpo e o desenvolvimento do SN na vida fetal, CONTROLE DA PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS TIREOIDIANOS Principais reguladores: teor de iodo no organismo e hormônio tireotrópico/tireotropina (TSH) secretado pela pars distalis. Membrana celular da parte basal das células foliculares – rica em receptores p/ TSH. TSH – estimula captação de iodeto circulante, produção e liberação de hormônios da tireoide; Iodo plasmático – ação inibitória. Hormônios tireoidianos circulantes – inibem a síntese de TSH. Secreção de tireotropina aumenta por exposição ao frio e diminui no calor e em resposta ao etresse. HISTOLOGIA APLICADA, 1379 – ALGUMAS ALTERAÇ~IES NO FUNCIONAMENTO DA TIREOIDE – BOCIO POR DEFICIÊNCIA DE IODO, HIPOTIREOIDISMO, HIPERTIREOIDISMO. PARATIREOIDES Localização – polos sup e inf da face dorsal da tireoide, geralmente na cápsula que reveste os lobos dessa glândula. Raramente no interior da tireoide ou no mediastino, próximo ao timo (originam-se de esboços embrionários muito próximos entre si). Cada uma – envolvida por capsula de tecido conjuntivo. Da cápsula partem trabéculas p/ interior, que são contínuas com fibras reticulares que sustentam os grupos de células secretoras. CÉLULAS DA PARATIREOIDE Parênquima – células epiteliais em cordões separados por capilares. Células principais – predominam; forma poligonal, núcleo vesicular e citoplasma fracamente acidófilo; são secretoras do hormônio das paratireoide – paratormônio. Células oxífilas – poligonais, maiores e mais claras que as principais; aparecem a partir dos 7 anos; função desconhecida. AÇÕES DO PARATORMÔNIO E SUA INTERAÇÃO COM CALCITONINA Paratormônio – liga-se a receptores em osteoblastos sinal p/ produzirem um fator estimulante de osteoclastos aumenta o numero e atividade dessas células reabsorção de matriz óssea calcificada e liberação de Ca²+ no sangue. Aumento de Ca²+ no sangue inibe produção de paratormônio, por meio de receptores de Ca²+ na superfície das células principais. Calcitonina produzida por células parafoliculares inibe osteoclastos diminui reabsorção de osso e [Ca] no plasma. Paratormônio – aumenta [Ca] plasmático e reduz a [fosfato] no sangue – efeito nos túbulos renais, diminuindo a reabsorção de fosfato e aumentando a excreção na urina. Paratormônio aumenta indiretamente a absorção de Ca²+ no sistdigest, estimulando a síntese de vitamina D, que é necessária p/ essa absorção. HISTOLOGIA APLICADA, 1383 – HIPERPARATIREOIDISMO, OSTEÍTE FIBROSA CÍSTICA, HIPOPARATIREOIDISMO, TETANIA. GLÂNDULA PINEAL/EPÍFISE Localização – extremidade posterior do 3° ventrículo, sobre o teto do diencéfalo, com o qual está conectada por um curto pedúnculo. Revestimento – pia-máter, da qual partem septos de tecido conjuntivo (c/ vasos sanguíneos e fibras nervosas não mielinizadas) que penetram, dividindo a glândula em lóbulos irregulares. Tipos celulares o Pinealócitos – 95% das células da pineal; ramificações com extremidades dilatadas. Produzem melatonina, um derivado de serotonina, e alguns peptídios ainda mal definidos. o Astrócitos – núcleos alongados e mais fortemente corados; prolongamentos e muitos filamentos intermediários. o Cortes com HE – pinealócitos com citoplasma levemente basófilo e grandes núcleos de perfil irregular ou lobados, c/ núcleos bem evidentes. INERVAÇÃO Axônios sem envoltório de mielina (perdem quando entram na pineal) e terminam entre pinealócitos, fazendo algumas sinapses. Vesículas com norepinefrina. Pinealócitos e terminais nervosos simpáticos também contêm serotonina. PAPEL DA PINEAL NO CONTROLE DOS CICLOS BIOLÓGICOS Controle dos biorritmos circadianos; envolvida com eventos relacionados c/ estação do ano. Responde a estímulos luminosos – retina córtex nervos do sistema simpático pineal. Escuridão = provoca secreção de melatonina e vários peptídios mudanças rítmicas nas atividades secretoras de vários órgãos. Importante também no controle do desencadeamento da puberdade. Areia cerebral – depósitos de fosfato e carbonado de Ca frequentemente encontrados na pineal de adultos; aumentam em quantidade com a idade – ficam na matriz extracelular do tecido conjuntivo – são radiopacas = pineal visível nas radiografias. A calcificação da pineal não impede sua atividade QUESTÕES 1390
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